Dados muito interessantes Raul Neto. Obrigado por os ter colocado.
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Relativamente a este tema, recebi um e-mail que tece algumas considerações sobre o tema.
Por razões várias, a pessoa que transmitiu a informação não pretende faze-lo directamente.
É o seguinte o teor do mail:
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Disse alguém que acompanhou o processo de incorporação das fragatas Vasco da Gama à marinha que nomeadamente no que diz respeito à parte electrónica (sonares, radares etc...), não existe um periodo certo para as Grandes Reparações (GR).
O costume sería: 3 anos no mar e um ano numa GR, e mesmo assim, isso depende da necessidade de alterações a nível de equipamentos electrónicos ou por exemplo software dos equipamentos do navio.
Um dos problemas com os atrasos com as reparações, tem a ver com a falta de verbas para a aquisição de equipamentos quando há falta deles. Quando isso acontece, existe um procedimento que consiste em "canibalizar" provisóriamente a VdG que está em reparação, para permitir às outras duas estar a 100%.
Óbviamente, acaba por recair na VdG que está em reparação, o ónus de estar à espera dos equipamentos que faltaram nas fragatas que estão operacionais.
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Um dos principais custos com a operação das VdG são os equipamentos electrónicos.
Estes, não são colocados na fragata e substituidos apenas quando dão problemas.
Para manter a operacionalidade do navio, a marinha tem que cumprir com os prazos estipulados para a duração dos equipamentos electrónicos (MTBF - Medium Time Between Faliures).
Quando esse prazo é atingido ou ultrapassado, há equipamentos têm obrigatoriamente que ser substituidos, mesmo que não tenham apresentado problemas.
Mesmo assim, muitos dos equipamentos são utilizados de forma intensiva, e são feitos upgrades com bastante frequência.
Como resultado, pode-se considerar que as fragatas são navios "State of the Art", mesmo sem o MLU.
É no entanto verdade, que pelas razões apontadas, muitas vezes é dificil ter duas das três fragatas operacionais, e a sua manutenção tem sido desde a sua compra, um dos principais destinos das verbas da marinha para manutenção.
O pessoal do Arsenal do Alfeite está técnicamente capacitado para as funções necessárias à manutenção das fragatas na sua máxima operacionalidade, embora tenha parecido existir interesse por parte do poder político em privatizar o Arsenal, nomeadamente pela sua venda ao grupo Espirito Santo.
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fim
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Tenho que agradecer à fonte
, e espero que sirva também para tirarmos as nossas conclusões.
Cumprimentos