Ciclo de Manutenção VDG

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typhonman

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« Responder #30 em: Janeiro 30, 2006, 05:20:06 pm »
PT acertou na "mouche" :roll:
 

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Miguel

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« Responder #31 em: Janeiro 30, 2006, 06:44:24 pm »
Papatango :wink:
 

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emarques

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« Responder #32 em: Janeiro 30, 2006, 10:39:53 pm »
Eu acho que o ciclo terá sido determinado simplesmente pelo número de navios. Se fossem quatro tinham um ciclo de manutenção de quatro anos. Se o pessoal que faz a manutenção das VdG é especializado no material moderno, assim está sempre ocupado. :)
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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luis filipe silva

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« Responder #33 em: Janeiro 31, 2006, 12:15:13 am »
Caro E. Marques

Então e se for uma class de 20 navios? é de 20 em 20 anos?
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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emarques

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« Responder #34 em: Janeiro 31, 2006, 12:46:26 am »
Se nós tivessemos 20 fragatas da mesma classe podíamos perfeitamente ter 4 em manutenção constantemente, o que permitiria ciclos de manutenção de 5 anos.

Acredita que se a classe tivesse 4 fragatas tinhamos na mesma um ciclo de manutenção de 3 anos?
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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TOMKAT

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« Responder #35 em: Janeiro 31, 2006, 03:09:49 am »
Citação de: "emarques"
Se nós tivessemos 20 fragatas da mesma classe podíamos perfeitamente ter 4 em manutenção constantemente, o que permitiria ciclos de manutenção de 5 anos.

Acredita que se a classe tivesse 4 fragatas tinhamos na mesma um ciclo de manutenção de 3 anos?


Há números que seria interessante saber para ajudar esta discussão e que ainda não foram lançados para a "mesa"...

Quantas horas de mar, ou de navegação com queiram, tem um VdG nesse ano operacional?

É um promenor a não desprezar.
Entendo que uma utilização intensiva, por ser apenas uma que está disponível, poderá justificar períodos de manutenção mais apertados.

Agora se nesse ano operacional as horas de mar forem mais reduzidas em comparação com outras marinhas congéneres, poder-se-á discutir se o período é ou não demasiado curto.

Ao alargarem-se os períodos entre manutenção o desgaste nos equipamentos é maior, com o consequente aumento da probabilidade de avarias.
 
Outro factor a ter em conta quando se fazem comparações com outras marinhas com um número superior de unidade navais, e que têm períodos entre manutenção mais alargados, é precisamente o maior número de unidades navais que têm ao dispôr.

Numa marinha, como a espanhola por exemplo, com 12 fragatas, se 2 ficarem inoperacionais por qualquer motivo, ainda ficam disponíveis 10, mesmo estando algumas em manutenção, ainda ficarão 6 ou 7,
para não falar de outros meios navais com capacidades militares que Portugal não tem.

Se por azar uma das Vasco da Gama, durante esse período operacional tiver problemas, apenas ficam 2,... na realidade apenas ficará 1, porque outra estará obrigatóriamente em manutenção.

Pode Portugal dar-se ao luxo de arriscar a prolongar o período de operação das suas Fragatas?

Se alguém souber responder que responda.
Gostaria de saber a média de horas de navegação/ano de uma VdG, e os mesmos dados sobre as Fragatas espanholas por exemplo.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Rui Elias

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« Responder #36 em: Janeiro 31, 2006, 03:34:43 pm »
Daqulo que julgo saber, os periodos de paragem não são assim tão prolongados.

Julgo que uma GR não vai além dos 6 meses, e ainda assim tem sido desde o início de 4 em 4 anos para cada VdG.

É o que eu julgo saber, mas agora o colega vem com outros números   :?

Depois até 2003, para além das VdG tinhamos as 4 João Belo.

Em 2003 abateu-se a Roberto Ivens e em 2004 a Hermenegildo Capelo, que continua acostada na BNL mas já desarmada.

Termos agora 5 fragatas.

Esse ciclo que diz existir coloca em grave risco o estado de operacionalidade da Marinha.
 

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Raul Neto

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« Responder #37 em: Janeiro 31, 2006, 04:38:05 pm »


    in Revista de Marinha, Nº 144, DEZEMBRO DE 1984, páginas 18, 19 e 20.[/list]
     

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    luis filipe silva

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    « Responder #38 em: Janeiro 31, 2006, 07:49:10 pm »
    OH Raúl

    As voltas que eu já dei aos meus papeis à procura desse artigo.
    Infelizmente já o tinha deitado fora para arranjar espaço para outras revistas

    Muito obrigado

    Luis F. Silva
    -----------------------------
    saudações:
    Luis Filipe Silva
     

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    Raul Neto

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    « Responder #39 em: Janeiro 31, 2006, 08:31:13 pm »
      Sempre às ordens Luís  :wink:
     

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    papatango

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    « Responder #40 em: Janeiro 31, 2006, 09:50:59 pm »
    Dados muito interessantes Raul Neto. Obrigado por os ter colocado.

    = = =

    Relativamente a este tema, recebi um e-mail que tece algumas considerações sobre o tema.
    Por razões várias, a pessoa que transmitiu a informação não pretende faze-lo directamente.

    É o seguinte o teor do mail:
    ==================

    Disse alguém que acompanhou o processo de incorporação das fragatas Vasco da Gama à marinha que nomeadamente no que diz respeito à parte electrónica (sonares, radares etc...), não existe um periodo certo para as Grandes Reparações (GR).
    O costume sería: 3 anos no mar e um ano numa GR, e mesmo assim, isso depende da necessidade de alterações a nível de equipamentos electrónicos ou por exemplo software dos equipamentos do navio.

    Um dos problemas com os atrasos com as reparações, tem a ver com a falta de verbas para a aquisição de equipamentos quando há falta deles. Quando isso acontece, existe um procedimento que consiste em "canibalizar" provisóriamente a VdG que está em reparação, para permitir às outras duas estar a 100%.

    Óbviamente, acaba por recair na VdG que está em reparação, o ónus de estar à espera dos equipamentos que faltaram nas fragatas que estão operacionais.

    = = = =
    Um dos principais custos com a operação das VdG são os equipamentos electrónicos.
    Estes, não são colocados na fragata e substituidos apenas quando dão problemas.
    Para manter a operacionalidade do navio, a marinha tem que cumprir com os prazos estipulados para a duração dos equipamentos electrónicos (MTBF - Medium Time Between Faliures).
    Quando esse prazo é atingido ou ultrapassado, há equipamentos têm obrigatoriamente que ser substituidos, mesmo que não tenham apresentado problemas.
    Mesmo assim, muitos dos equipamentos são utilizados de forma intensiva, e são feitos upgrades com bastante frequência.

    Como resultado, pode-se considerar que as fragatas são navios "State of the Art", mesmo sem o MLU.

    É no entanto verdade, que pelas razões apontadas, muitas vezes é dificil ter duas das três fragatas operacionais, e a sua manutenção tem sido desde a sua compra, um dos principais destinos das verbas da marinha para manutenção.

    O pessoal do Arsenal do Alfeite está técnicamente capacitado para as funções necessárias à manutenção das fragatas na sua máxima operacionalidade, embora tenha parecido existir interesse por parte do poder político em privatizar o Arsenal, nomeadamente pela sua venda ao grupo Espirito Santo.
    ===
    fim
    ===

    Tenho que agradecer à fonte  :D , e espero que sirva também para tirarmos as nossas conclusões.

    Cumprimentos
    « Última modificação: Janeiro 31, 2006, 10:57:57 pm por papatango »
    É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
     

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    Luso

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    « Responder #41 em: Janeiro 31, 2006, 10:10:50 pm »
    Resumindo, temos uma marinha da treta, mais interessada em vaidades  - leia-se cagança.
    Duas fragatecas???

    O Papatango fez uma alusão interessante entre o número de miliares da marinha e o número de navios de guerra operacionais. É um tema que merece uma análise mais aprofundada ao nível do... "rendimento".

    Eu sabia que estavamos em baixo, mas ASSIM TANTO não...
    Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
     

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    PereiraMarques

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    « Responder #42 em: Janeiro 31, 2006, 10:14:29 pm »
    Citação de: "papatango"
    Um dos problemas com os atrasos com as reparações, tem a var com a falta de verbas para a aquisição de equipamentos quando há falta deles. Quando isso acontece, existe um procedimento que consiste em "canibalizar" provisóriamente a VdG que está em reparação, para permitir às outras duas estar a 100%.


    ...e aviões...e carros de combate...e tudo e mais alguma coisa, etc e tal...
     

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    Luso

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    « Responder #43 em: Janeiro 31, 2006, 10:23:34 pm »
    Por motivos profissionais, hoje dei o "tilt". E por isso vejo a "coisa a repetir-se. Vejo-a mais nítida.
    Essa da canibalização mostra o sentido do carreirismo dos políticos e dos militares de topo. Qual capacidade de defesa, qual carapuça!
    O que interessa é que, quando chegar à hora, que haja um brinquedinho espelhando para alimentar a vaidade do senhor político.
    Há que escolher prioridades: ou a Defesa da Nacional ou o tacho.
    Bandalhos!
    Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
     

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    papatango

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    « Responder #44 em: Janeiro 31, 2006, 11:10:42 pm »
    Relativamente à canibalização, isso não é exclusivo da marinha portuguesa. Outras marinhas procedem assim.

    O que é referido, é que por falta de verbas, há uma certa lentidão entre o pedido do equipamento que precisa ser substituido e a sua chegada.

    Para manter os dois nacios operacionais, opta-se por retirar os equipamentos da fragata que estiver em periodo de reparação.

    Eu até compreendo a situação. Na marinha "desenrascam-se" como podem.

    = = =

    Isto leva-nos de qualquer forma à questão do Sharkzi, sobre os custos de manutenção das fragatas Vasco da Gama.

    Ao mesmo tempo, confirma que os custos das fragatas, sem contar com o pessoal, são muito elevados por causa da electrónica, o que não ocorre no caso dos LPD's.

    Aliás, bastaría olhar para a Royal Navy, que ao mesmo tempo que reduz ao numero de fragatas e vende fragatas que entraram em operação há pouco tempo, adquire novos navios do tipo LPD.

    No entanto, a questão do efectivo da marinha é uma questão interessante.

    Acredito ser o resultado da análise que os politicos fazem sobre os problemas das Forças Armadas.

    O principal problema são os salários.

    O resultado é uma estrutura que aparece desequilibrada, gorda, anafada, e com uma eficiência reduzida.

    No entanto, nem tudo é mau. Novos navios com menor tripulação podem melhorar as coisas. Afinal não nos podemos esquecer de que temos uma marinha que na sua esmagadora maioria foi "desenhada" para combater em África.

    A minha conclusão, é a mesma que já tinha tirado antes.
    Teremos pouca capacidade para operar mais que três fragatas.

    As Perry, são velhas, mas os seus custos de manutenção, por se tratar de um navio que em termos tecnológicos está muito mais próximo das VdG que qualquer outro navio da marinha, serão provavelmente tão grandes quanto os custos das VdG.

    É muito mais importante a capacidade de projecção de forças que a capacidade para ter navios com capacidade para caçar navios soviéticos no mar.

    O nosso Mar, no momenmto que vivemos, pode defender-se com NPO's e NPC's (e os que estão em construção e projectados, parecem bastante bons para o efeito).


    Cumprimentos
    É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...