GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS

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FoxTroop

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #345 em: Agosto 08, 2022, 06:28:05 am »


Já vi que está mais preocupado com o que se passa a leste do que em Portugal......

Está a assumir algo que não disse nem sequer sugeri. Essa de acusar de estar mais preocupado com os outros de com onde pertenço não pega e se julga isso está completamente enganado. Sou português e europeu e tenho a perfeita noçao do que vai acontecer ao nosso "retangulo" em caso de dificuldades severas nas economias que servem de locomotiva à UE.


O caro Foxtroop sabe o que é racionar água para consumo humano? Abrir uma torneira num wc ou numa cozinha e não haver uma gota de água? E sofrer cortes de energia pelas 13h em ponto?

Não estou a falar em ficção nem do Inverno, é o que já acontece em Portugal nesta altura e não estou a falar em casas no cu de judas!!!!

Mais uma vez a assumir coisas. Caso não tenha reparado ainda, eu cresci nos 70 e 80. Sei muito bem, melhor do que muitos aqui, o que é não ter água nem electricidade durante dias, para mais porque a 60 e poucos km de Lisboa, onde cresci, agua canalizada só nos finais dos 80 é que chegou a todo o lado. Ir à fonte carregar canecos e garrafões para ter agua em casa calhou-me muitas vezes.
Depois, como militar de uma força de elite, também passei por isso.

Se está a acontecer em Portugal hoje em dia, os primeiros culpados são o Povo e os politicos elegidos por ele. Criação de uma agricultura intensiva com especies a necessitar de imensas quantidades de água e pouco adaptadas aos ciclos meteorologicos da Peninsula, total falta de planeamento hidrico. todo e qualquer boneco a fazer furos atrás de furos a lixar os lençois freaticos, eucalipto a monte, campos de golfe em zonas que não lembra a ninguém a consumir agua que dava para transformar o Saara numa floresta, etc, etc...



Quando mostra mais preocupação por algum frio que possam passar alguns países do centro da Europa e desconhece o que se passa no "seu" país! Quem não sabe o que mais lhe diga sou eu!!!!!

Sobre algum frio, como lhe chama, deve estar a pensar que aqui onde estou é a Guarda ou Chaves. Aqui, no ultimo Inverno tive temperaturas de -28Cº durante o dia, -35Cº durante a noite e, segundo os registos e também pelas conversas com os locais, foi um Inverno bastante ameno. Simplesmente, sem o gás, isto pára!! Venha cá, passe só 1 hora na rua a trabalhar e depois venha para dentro de uma casa não aquecida. Fica logo a saber o que é "algum frio"


A mim preocupa-me mais a falta de água, que estamos a sofrer agora, não é ficção.

Vide acima. Planeamento, planeamento e ainda mais planeamento. Já agora, uma das fontes (mina como lhe chamavamos) onde ia buscar água quando "não sabia o que era racionar água" e que secou na minha terra, foi devido à plantação de um gigantesco eucaliptal mesmo nas encostas onde existiam toda uma serie de fontes e um riacho que corria o ano inteiro. Nunca mais se viu lá agua até hoje.


Quanto ao pensamento analítico, não é o único que estudou estratégia, história.........

Pois... consigo perceber.... Então sabe muito bem que quando se mostra a arma sem se estar disposto a utilizar-la, já fostes. Que foi o que os chineses, por exemplo fizeram nesta questão de Taiwan ao contrário dos russos com a Ucrania. Coisa aliás que já sabiamos desde 2008, que eles não iam fazer basofia. Mesmo assim quisemos ir a jogo sem estar dispostos a apostar as fichas. Está a correr bem.... Porque discursos de apoio à Ucrania estão claramente a fazer os russos mudarem de ideia....


E já agora que é o supra-sumo da estratégia, ainda não percebeu que quem vai perder com esta guerra é a Ucrãnia, Rússia e depois a Europa? E quem sai reforçado são os EUA e a China?

Ucrania?!! Essa deixou de existir em Março quando a Zakarova disse o que disse e os russos mudaram de estratégia. Europa já perdeu, agora é limitar danos.  EUA e China?!! chineses ainda não sei agora os EUA é apenas, tal como disse na mensagem anterior, um balão de oxigénio. Quanto à Rússia, daqui a 2 a 3 anos veremos. Neste momento não me parece estar a perder


« Última modificação: Agosto 08, 2022, 06:52:49 am por FoxTroop »
 

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ricardonunes

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #346 em: Agosto 09, 2022, 10:25:58 am »
Do fogo russo para as brasas chinesas: União Europeia já enfrenta novo desafio energético

Por Francisco Laranjeira em 07:30, 9 Ago 2022

A segurança energética está na boca de todos, sobretudo na União Europeia – depois de décadas de dependência do gás russo, tanto Bruxelas como os Governos dos Estados-Membros estão a fazer tudo o que é possível para se livrarem do jugo do Kremlin.

Assim, na sequência da guerra na Ucrânia, as energias renováveis passaram a ser vistas como um recurso que vai além da luta contra as alterações climáticas mas como parte integrante da segurança energética europeia. Christian Lindner, ministro das Finanças alemão, chegou a chamá-las de “energias de libertação”. A REPowerEU, o plano da Comissão Europeia para se tornar completamente independente dos combustíveis fósseis russos até 2030, prevê um investimento maciço para garantir que, até essa data, 45% da energia utilizada no continente provém de fontes renováveis.

No entanto, muitos analistas temem que, neste esforço para eliminar a sua dependência energética da Rússia, a UE caminha para uma situação semelhante com a China, um país que se tornou líder global indispensável numa vasta gama de tecnologias renováveis.

Ano após ano, Pequim estreia uma quantidade de infraestruturas eólicas e solares no seu território equivalente à construída pelo resto dos países do mundo como um todo. Em 2022 prepara-se para bater um novo recorde, somando cerca de 140 gigawatts de capacidade renovável, um valor cerca de 4 vezes superior ao alcançado pelos 27 em 2021, o seu melhor ano até à data. “Para dar uma ideia da escala, a China está a instalar 5 vezes mais energia eólica do que toda a UE combinada, ultrapassando mesmo a Europa pela primeira vez em instalações totais e anuais de energia eólica offshore”, disse Pierre Tardieu, diretor de políticas da WindEurope, ao jornal espanhol ‘El Confidencial’.

O domínio de Pequim não surpreende, dada a sua posição privilegiada na cadeia de abastecimento dos materiais mais utilizados no sector das energias renováveis. O país tem um monopólio prático no mercado de ‘terras- aras’, monopolizando mais de 90% da sua produção global. Cerca de 80% dos componentes necessários para fabricar uma turbina eólica são produzidos na China, assim como mais de 90% das bolachas de polissilício necessárias para construir um painel solar.

A vantagem colossal da China no sector das energias renováveis é cada vez mais vista como um risco considerável para o Ocidente. “Do ponto de vista da segurança energética, é imperativo que as nações que partilham os mesmos valores desenvolvam as nossas próprias cadeias de abastecimento”, alertou recentemente a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm. “Já vimos o que acontece quando dependemos demasiado de um país como fonte de energia.”

Não é só uma questão de matéria-prima. O enorme mercado interno da China gera economias de escala difíceis de igualar no resto do mundo, uma vantagem que, aliada ao tratamento frequente e favorável por parte do Governo, permite às empresas de tecnologia renovável do país vender os seus produtos a um preço difícil de competir.

O exemplo da energia eólica é um dos mais representativos deste problema crescente. Os fabricantes europeus de turbinas são há muito os líderes claros do mundo, com a empresa dinamarquesa Vestas e a alemã-espanhola Siemens Gamesa ainda na vanguarda do ranking global. No entanto, apesar dos elevados preços da energia que deveriam beneficiar o sector, quatro em cada cinco destas empresas produtoras perderam dinheiro em 2021, o que levou ao encerramento de fábricas e ao despedimento de trabalhadores – a Siemens Gamesa planeia uma nova redução da sua força de trabalho.

Entretanto, em abril passado, o gigante chinês MingYang marcou a sua primeira vitória no mercado eólico offshore europeu, fornecendo as turbinas necessárias para colocar o parque marinho em Taranto, o único do género em Itália, em funcionamento. Apenas alguns meses antes, o maior parque da Croácia foi inaugurado, na cidade costeira de Senj, que foi construído e gerido pela empresa chinesa Norinco International. “Os fabricantes europeus de turbinas ainda são muito dominantes nos mercados do continente mas estamos a começar a ver sinais de que isso pode não durar para sempre”, explicou Tardieu.

Os riscos para a indústria eólica europeia e para a segurança energética do continente são consideráveis, especialmente tendo em conta o precedente solar. Para esta fonte de energia renovável, pode já ser tarde demais.

Um relatório recente da Agência Internacional de Energia alertou que a quota da China nas fases de produção da tecnologia fotovoltaica, desde a produção de polissilício até aos próprios painéis, ultrapassa os 80%. Em algumas das fases intermédias de fabrico, a quota de empresas chinesas em breve chegará aos 95%. “O mundo dependerá quase inteiramente da China para o fornecimento de componentes-chave para a produção de painéis solares”, alertou a agência, no qual apelou aos Governos de todo o mundo para que invistam no sector para reduzir as vulnerabilidades da cadeia de abastecimento.

O desafio é grande. Os custos de fabrico destes produtos na China são 35% mais baixos do que na Europa e os 27 precisam de um número maciço de painéis para cumprir os objetivos estabelecidos no REPowerEU. Perante a prioridade de eliminar o gás russo, não há tempo ou recursos suficientes para mudar o seu fornecedor. As importações europeias de tecnologia solar chinesa aumentaram 127% em maio deste ano, em comparação com a anterior.

Os esforços anteriores para combater o domínio chinês no sector caíram em ‘saco roto’. Em 2012, a Comissão Europeia, na sequência de um pedido dos fabricantes europeus, lançou uma investigação “anti-dumping” e anti-subvenções aos painéis solares provenientes da China, que na altura começavam a inundar o mercado europeu. Pequim retaliou, lançando a sua própria investigação sobre as importações de vinho da UE e ameaçando fazer o mesmo com os carros de luxo. Finalmente, em 2013 foi alcançado um acordo que estabeleceu um preço mínimo para os produtos chineses mas que se revelou insuficiente para abrandar o seu progresso. A indústria do continente chamou a este pacto uma “capitulação” das autoridades da UE.

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #347 em: Agosto 09, 2022, 10:37:30 am »
Entretanto, e depois de tanto foguetório com o acordo para a passagem de navios carregados dos essências cereais para matar a fome no mundo.... esqueceram se de perguntar aos clientes se ainda estavam interessados na mercadoria :mrgreen:

Citar
Primeiro navio com cereais ucranianos destinado ao Líbano fica sem comprador
O primeiro navio com cereais a partir da Ucrânia está a procura de outro porto para descarregar as 26 mil toneladas de milho. A embaixada ucraniana no Líbano revelou hoje que o comprador do país recusou a carga a bordo do Razoni devido ao atraso de mais de cinco meses.

“De acordo com as informações prestadas pelo expedidor de cereais ucranianos a bordo do Razoni, o comprador no Líbano recusou aceitar a carga devido ao atraso nos termos da entrega”, escreveu a embaixada numa publicação do Facebook.

O cargueiro Razoni, com bandeira da Serra Leoa, saiu do porto de Odessa a 1 de agosto ao abrigo de um acordo mediado pela Turquia e ONU. A embaixada refere que agora o navio está à procura de outro consignatário para descarregar a carga no Líbano ou noutro porto ou país.

É caso para dizer '«não bate a bota com a perdigota»'....

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #348 em: Agosto 09, 2022, 10:40:30 am »
Ah!! Finalmente a entenderem o buraco onde se meteram com essa ideia de "energia verde". Vejam os resultados que sairam da Siemens!!! Continuemos portanto.

Quanto aos cereais, é um trollanço digno de figurar nos Guinness Book
 

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #349 em: Agosto 09, 2022, 11:49:43 am »
Última fatura da eletricidade...fontes de produção quase 60% é graças ao Gás Natural. Os principais fornecedores são os EUA e a Nigéria.





« Última modificação: Agosto 09, 2022, 11:55:05 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #350 em: Agosto 09, 2022, 07:56:20 pm »
Do fogo russo para as brasas chinesas: União Europeia já enfrenta novo desafio energético

Por Francisco Laranjeira em 07:30, 9 Ago 2022

A segurança energética está na boca de todos, sobretudo na União Europeia – depois de décadas de dependência do gás russo, tanto Bruxelas como os Governos dos Estados-Membros estão a fazer tudo o que é possível para se livrarem do jugo do Kremlin.

Assim, na sequência da guerra na Ucrânia, as energias renováveis passaram a ser vistas como um recurso que vai além da luta contra as alterações climáticas mas como parte integrante da segurança energética europeia. Christian Lindner, ministro das Finanças alemão, chegou a chamá-las de “energias de libertação”. A REPowerEU, o plano da Comissão Europeia para se tornar completamente independente dos combustíveis fósseis russos até 2030, prevê um investimento maciço para garantir que, até essa data, 45% da energia utilizada no continente provém de fontes renováveis.

No entanto, muitos analistas temem que, neste esforço para eliminar a sua dependência energética da Rússia, a UE caminha para uma situação semelhante com a China, um país que se tornou líder global indispensável numa vasta gama de tecnologias renováveis.

Ano após ano, Pequim estreia uma quantidade de infraestruturas eólicas e solares no seu território equivalente à construída pelo resto dos países do mundo como um todo. Em 2022 prepara-se para bater um novo recorde, somando cerca de 140 gigawatts de capacidade renovável, um valor cerca de 4 vezes superior ao alcançado pelos 27 em 2021, o seu melhor ano até à data. “Para dar uma ideia da escala, a China está a instalar 5 vezes mais energia eólica do que toda a UE combinada, ultrapassando mesmo a Europa pela primeira vez em instalações totais e anuais de energia eólica offshore”, disse Pierre Tardieu, diretor de políticas da WindEurope, ao jornal espanhol ‘El Confidencial’.

O domínio de Pequim não surpreende, dada a sua posição privilegiada na cadeia de abastecimento dos materiais mais utilizados no sector das energias renováveis. O país tem um monopólio prático no mercado de ‘terras- aras’, monopolizando mais de 90% da sua produção global. Cerca de 80% dos componentes necessários para fabricar uma turbina eólica são produzidos na China, assim como mais de 90% das bolachas de polissilício necessárias para construir um painel solar.

A vantagem colossal da China no sector das energias renováveis é cada vez mais vista como um risco considerável para o Ocidente. “Do ponto de vista da segurança energética, é imperativo que as nações que partilham os mesmos valores desenvolvam as nossas próprias cadeias de abastecimento”, alertou recentemente a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm. “Já vimos o que acontece quando dependemos demasiado de um país como fonte de energia.”

Não é só uma questão de matéria-prima. O enorme mercado interno da China gera economias de escala difíceis de igualar no resto do mundo, uma vantagem que, aliada ao tratamento frequente e favorável por parte do Governo, permite às empresas de tecnologia renovável do país vender os seus produtos a um preço difícil de competir.

O exemplo da energia eólica é um dos mais representativos deste problema crescente. Os fabricantes europeus de turbinas são há muito os líderes claros do mundo, com a empresa dinamarquesa Vestas e a alemã-espanhola Siemens Gamesa ainda na vanguarda do ranking global. No entanto, apesar dos elevados preços da energia que deveriam beneficiar o sector, quatro em cada cinco destas empresas produtoras perderam dinheiro em 2021, o que levou ao encerramento de fábricas e ao despedimento de trabalhadores – a Siemens Gamesa planeia uma nova redução da sua força de trabalho.

Entretanto, em abril passado, o gigante chinês MingYang marcou a sua primeira vitória no mercado eólico offshore europeu, fornecendo as turbinas necessárias para colocar o parque marinho em Taranto, o único do género em Itália, em funcionamento. Apenas alguns meses antes, o maior parque da Croácia foi inaugurado, na cidade costeira de Senj, que foi construído e gerido pela empresa chinesa Norinco International. “Os fabricantes europeus de turbinas ainda são muito dominantes nos mercados do continente mas estamos a começar a ver sinais de que isso pode não durar para sempre”, explicou Tardieu.

Os riscos para a indústria eólica europeia e para a segurança energética do continente são consideráveis, especialmente tendo em conta o precedente solar. Para esta fonte de energia renovável, pode já ser tarde demais.

Um relatório recente da Agência Internacional de Energia alertou que a quota da China nas fases de produção da tecnologia fotovoltaica, desde a produção de polissilício até aos próprios painéis, ultrapassa os 80%. Em algumas das fases intermédias de fabrico, a quota de empresas chinesas em breve chegará aos 95%. “O mundo dependerá quase inteiramente da China para o fornecimento de componentes-chave para a produção de painéis solares”, alertou a agência, no qual apelou aos Governos de todo o mundo para que invistam no sector para reduzir as vulnerabilidades da cadeia de abastecimento.

O desafio é grande. Os custos de fabrico destes produtos na China são 35% mais baixos do que na Europa e os 27 precisam de um número maciço de painéis para cumprir os objetivos estabelecidos no REPowerEU. Perante a prioridade de eliminar o gás russo, não há tempo ou recursos suficientes para mudar o seu fornecedor. As importações europeias de tecnologia solar chinesa aumentaram 127% em maio deste ano, em comparação com a anterior.

Os esforços anteriores para combater o domínio chinês no sector caíram em ‘saco roto’. Em 2012, a Comissão Europeia, na sequência de um pedido dos fabricantes europeus, lançou uma investigação “anti-dumping” e anti-subvenções aos painéis solares provenientes da China, que na altura começavam a inundar o mercado europeu. Pequim retaliou, lançando a sua própria investigação sobre as importações de vinho da UE e ameaçando fazer o mesmo com os carros de luxo. Finalmente, em 2013 foi alcançado um acordo que estabeleceu um preço mínimo para os produtos chineses mas que se revelou insuficiente para abrandar o seu progresso. A indústria do continente chamou a este pacto uma “capitulação” das autoridades da UE.

Em função disto acredito que a solução passará pelo nuclear.
No caso português e outros países com costa aguardo com expectativa o desenvolvimento de tecnologias que aproveitam a energia das ondas
 

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ricardonunes

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #351 em: Agosto 11, 2022, 11:55:33 am »
Citar
Suddenly. Ukrainian grain was not so necessary.

The refusal of the Lebanese company to purchase food from Ukraine casts doubt on the fate of other supplies, Western media write.

According to Ahmed al-Fares, a representative of the Razoni carrier company in Turkey, difficulties in finding buyers and fears of losses will lead to an increase in freight rates. In these conditions, there will be even fewer people willing to load in Ukraine.

The Razoni vessel was the first bulk carrier with Ukrainian grain to leave Odessa as part of the agreement on unblocking the Black Sea ports. After that, more than 10 vessels left Ukraine.

The most interesting thing is that none of them went to "starving Africa". Their main target was the western ports. Namely, the plight of the Black Continent was tirelessly pointed out in Kiev and in the West.

In addition, the exported products are mainly not wheat, but corn grain and sunflower oil.

And this once again "casts doubt on the sincerity" of the West's statements that world food security depends on the "grain deal".

Retirado do Telegram

Google translator

Citar
De repente. O grão ucraniano não era tão necessário.

A recusa da empresa libanesa em comprar alimentos da Ucrânia coloca em dúvida o destino de outros suprimentos, escrevem a mídia ocidental.

De acordo com Ahmed al-Fares, representante da transportadora Razoni na Turquia, as dificuldades em encontrar compradores e o medo de perdas levarão a um aumento nas tarifas de frete. Nestas condições, haverá ainda menos pessoas dispostas a carregar na Ucrânia.

O navio Razoni foi o primeiro graneleiro com grãos ucranianos a deixar Odessa como parte do acordo de desbloqueio dos portos do Mar Negro. Depois disso, mais de 10 navios deixaram a Ucrânia.

O mais interessante é que nenhum deles foi para a “África faminta”. Seu principal alvo eram os portos ocidentais. Ou seja, a situação do Continente Negro foi incansavelmente apontada em Kiev e no Ocidente.

Além disso, os produtos exportados não são principalmente trigo, mas grãos de milho e óleo de girassol.

E isso mais uma vez "põe em dúvida a sinceridade" das declarações do Ocidente de que a segurança alimentar mundial depende do "acordo de grãos".

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #352 em: Agosto 11, 2022, 05:57:58 pm »



"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #353 em: Agosto 11, 2022, 06:15:07 pm »
Uns dizem fake news, será?

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #354 em: Agosto 15, 2022, 07:43:14 pm »
Última fatura da eletricidade...fontes de produção quase 60% é graças ao Gás Natural. Os principais fornecedores são os EUA e a Nigéria.




A minha energia  é 100%  energia solar, desde 2018 e até vendo o excesso. Foi a melhor coisa que fiz.  A Eurpoa ja devia ter mandado o Putin apanhar no cu ha muito tempo..
« Última modificação: Agosto 15, 2022, 07:45:03 pm por Duarte »
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #355 em: Agosto 15, 2022, 07:44:02 pm »
Os maiores bancos Americanos voltaram a negociar títulos da dívida Russa. Segundo o departamento do tesouro Americano, o negócio feito por pessoas singulares não é considerado violação do embargo.

Não entendo nada disto.

Não tenho acesso ao artigo completo: https://www.bloomberg.com/news/articles/2022-08-15/banks-offer-to-facilitate-russian-bond-trades-reuters-reports#xj4y7vzkg
 
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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #356 em: Agosto 15, 2022, 07:48:49 pm »
Os maiores bancos Americanos voltaram a negociar títulos da dívida Russa. Segundo o departamento do tesouro Americano, o negócio feito por pessoas singulares não é considerado violação do embargo.

Não entendo nada disto.

Não tenho acesso ao artigo completo: https://www.bloomberg.com/news/articles/2022-08-15/banks-offer-to-facilitate-russian-bond-trades-reuters-reports#xj4y7vzkg

Vou a correr para comprar... ou melhor fico aqui a queimar notas de 50 Euros que dá no mesmo e não cansa tanto.  :mrgreen:
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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #357 em: Agosto 16, 2022, 06:42:23 pm »
Os maiores bancos Americanos voltaram a negociar títulos da dívida Russa. Segundo o departamento do tesouro Americano, o negócio feito por pessoas singulares não é considerado violação do embargo.

Não entendo nada disto.

Não tenho acesso ao artigo completo: https://www.bloomberg.com/news/articles/2022-08-15/banks-offer-to-facilitate-russian-bond-trades-reuters-reports#xj4y7vzkg

Simples, os graúdos continuam nas suas negociatas como se nada fosse. Quem se vai lixar como sempre vai ser o Zé Povinho que terá de fazer "sacrificios"
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #358 em: Agosto 16, 2022, 07:39:06 pm »
Os maiores bancos Americanos voltaram a negociar títulos da dívida Russa. Segundo o departamento do tesouro Americano, o negócio feito por pessoas singulares não é considerado violação do embargo.

Não entendo nada disto.

Não tenho acesso ao artigo completo: https://www.bloomberg.com/news/articles/2022-08-15/banks-offer-to-facilitate-russian-bond-trades-reuters-reports#xj4y7vzkg

https://www.reuters.com/markets/europe/exclusive-wall-street-revives-russian-bond-trading-after-us-go-ahead-2022-08-15/

https://www.msn.com/en-us/money/markets/japan-intends-to-keep-stake-in-russian-oil-and-gas-project-despite-western-exodus/ar-AA10rwc5?fromMaestro=true

https://www.bloomberg.com/news/articles/2016-06-08/russia-doesn-t-want-stronger-ruble-seeks-to-avoid-sharp-gains-ip6td37f#xj4y7vzkg

Pouco a pouco, o que afirmei aqui várias vezes vem ao de cima entre o mar de esterco lançado pelos do costume. E torno a afirmar, isto tem pouco a ver com a Ucrânia e tudo a ver com a redefinição geopolítica que vem ganhando ímpeto desde 2007. E, como tantas vezes aqui disse, o maior rival geopolítico dos "anglo-saxões" neste alinhamento, seria a Europa. Agora, bem...  agora já não há volta a dar. Continuemos portanto a ir na conversa dos EUA e "sus muchachos" em vez de fazermos o que ele faz.
 
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Re: GEOPOLÍTICA EUROPEIA NOS CONFLITOS ACTUAIS
« Responder #359 em: Agosto 16, 2022, 08:18:37 pm »
Ainda me lembro de ler aqui neste fórum, quando começou a "operação militar especial", que os preços da gasolina iam disparar e todos seriam obrigados a vergar perante o pudin!

Estamos em Agosto e o preço dos combustíveis já está ao nivel anterior á invasão.  Pudin, o maior estratega dos tempos modernos!!!   :bang: :bang: :bang: :bang: :bang: :bang: :bang: :bang:
 
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