A indústria dos incêndios

  • 43 Respostas
  • 10459 Visualizações
*

soultrain

  • Membro
  • *
  • 71
  • +0/-0
A indústria dos incêndios
« em: Agosto 12, 2005, 12:41:07 am »
Citar
      
 
A indústria dos incêndios


A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.

José Gomes Ferreira
Sub-director de Informação SIC



Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.

Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:

1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?

Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?

Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?

Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?

Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?


2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...

3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.

5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.

Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...

Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?

Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.

Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.

Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:

1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.

2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).

3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores

4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.

5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.

6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.

Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.

José Gomes Ferreira



Nao sei se este artigo chegou a ser publicado mas este senhor jornalista tem tomates, o que nao se pode dizer de muitos. Estragou tudo quando começou a falar das FA e especialmente dos helis :roll:

Comentários...

cump.
 

*

komet

  • Investigador
  • *****
  • 1662
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #1 em: Agosto 15, 2005, 03:12:12 pm »
Um mail interessante que recebi:

Citar
Os incêndios do regime
Paulo Varela Gomes
O território português que está a arder - que arde há vários anos - não é
um território abstracto, caído do céu aos trambolhões: é o território
criado pelo regime democrático instalado em Portugal desde as eleições de
1976 (a III República Portuguesa). Está a arder por causa daquilo que o
regime fez, por culpa dos responsáveis do regime e dos eleitores que
votaram neles.
Ardem, em Portugal, dois tipos de território: em primeiro lugar, a floresta
de madeireiro, as grandes manchas arborizadas a pinheiro e eucalipto. A
floresta arde porque as temperaturas não param de subir e porque, como toda
a gente sabe, está suja e mal ordenada. Não foi sempre assim: este tipo de
floresta começou a crescer nos últimos 50 anos, com a destruição
progressiva da agricultura tradicional, ou seja, com a expropriação dos
pequenos agricultores, obrigados em primeiro lugar a recorrer à floresta
pela ruína da agricultura, para, depois, perderem tudo com os incêndios e
desaparecerem do mapa social do país. Também isso está na matriz da III
República: ela existe para "modernizar" o país, o que também quer dizer
acabar com as camadas sociais de antigamente, nomeadamente os pequenos
agricultores. Em 2005, os distritos de Portalegre, Castelo Branco e Faro
ardem menos que os outros e não admira: já ardeu aí muita da grande mancha
florestal que podia arder, já centenas de agricultores e silvicultores das
serras do Caldeirão ou de S. Mamede perderam tudo o que podiam perder.
O segundo tipo de território que está a arder, em particular neste ano de
2005, é o território das matas periurbanas, características dos distritos
mais feios e mais destruídos do país: os do litoral Centro e Norte. Os
citadinos podem ver esse território nas imagens da televisão, a arder por
detrás dos bombeiros exaustos e das mulheres desesperadas que gritam
"valha-me Nossa Senhora!": é o território das casas espalhadas por todas as
encostas e vales, uma aqui, outra acolá, encostadas umas às outras, sem
espaço para passar um autotanque, separadas por caminhos serpenteantes, que
ficaram em parte por alcatroar - é o território das oficinecas no meio de
matos de restolho sujo de óleo, montanhas de papel amarelecido ao sol,
garrafas de plástico rebentadas. É o território dos armazéns mais ou menos
ilegais, cheios de materiais de obra, roupas, mobiliário, coisas de
pirotecnia, encostados a casas ou escondidos nos eucaliptais, o território
dos parques de sucata entre pinheiros, rodeados de charcos de óleo, poças
de gasolina, garrafas de gás, o território dos lugares que nem aldeias são,
debruados a lixeiras, paletes de madeira a apodrecer, bermas atafulhadas de
papel velho, embalagens, ervas secas. É o território que os citadinos,
leitores de jornais, jornalistas, ministros, nunca vêem porque só andam nas
auto-estradas, o território, onde, à beira de cada estradeca, no sopé de
casa encosta, convenientemente escondido dos olhares pelas silvas e os
tufos espessos de arbustos, há milhares - literalmente milhares - de
lixeiras clandestinas, mobília velha, garrafas de plástico, madeiras de
obras (é verdade, embora poucos o saibam: o campo, em Portugal, é muito
mais sujo que as cidades).
Este território foi criado, inteiramente criado, pela III República. Nasceu
da conjugação entre um meio-enriquecimento das pessoas, que, 30 anos depois
do 25 de Abril, não chega para lhes permitir uma verdadeira mudança de
vida, e o colapso da autoridade do Estado central e local, este regime de
desrespeito completo pela lei, que começa nos ministros e acaba no último
dos cidadãos. É o território do incumprimento dos planos, das portarias e
regulamentos camarários, o território da pequena e média corrupção, esse
sangue, alma, nervo da III República.
É evidente que a tragédia dos campos e das periferias urbanas portuguesas
se deve também ao aumento das temperaturas. Para isso, o regime tão-pouco
oferece perspectivas. De facto, seria necessário mudar de vida para
enfrentar o que aí vem, a alteração climatérica de que começamos a
experimentar apenas os primeiros efeitos: por exemplo, seria necessário
reordenar a paisagem, recorrendo à expropriação de casas, oficinas,
armazéns, sucatas. Seria necessário proibir a plantação de eucaliptos e
pinheiros. Na cidade, pensando sobretudo nas questões relativas ao consumo
de energia, seria necessário pensar na mudança de horários de trabalho,
fechando empresas, lojas e escolas entre o meio-dia e as cinco da tarde de
Junho a Setembro, mantendo-as abertas até às oito ou nove da noite, de modo
a poupar os ares condicionados - cuja factura vai subir em flecha.
Modificar os regulamentos da construção civil, de modo a impor pés-direitos
mais altos, menos janelas a poente, sistemas de arrefecimento não
eléctricos.
Para alterações deste calibre - que são alterações quase de civilização -,
seria preciso um regime muito diferente deste, um regime de dirigentes
capazes de dizer a verdade, de mobilizar os cidadãos, de manter as mãos
limpas.
Vivo no campo ou perto do campo, na região centro, há já alguns anos. Há
três Verões que me sento a trabalhar, enquanto a cinza cai de mansinho no
meu teclado, em cima dos meus livros, no chão que piso.
Não tenho culpa do que é hoje este país e o regime que o representa:
militei e votei sempre em partidos que apregoavam querer outro tipo de
regime e deixei de militar e de votar quando vi esses partidos tornarem-se
tão legitimistas como os outros.
Espero um rebate de consciência política por parte destes políticos, ou o
aparecimento de outros. Faço como muitos portugueses: espero por D.
Sebastião, desempenho a minha profissão o melhor que posso, e penso em
emigrar.
Historiador (Podentes, concelho de Penela)
(do Público, 11-08-05)
"History is always written by who wins the war..."
 

*

fgomes

  • Perito
  • **
  • 475
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #2 em: Agosto 15, 2005, 04:02:33 pm »
O problema dos incêndios, é de regime. Neste regime é impossível proceder às reformas necessárias para resolver este problema, portanto vamos continuar a arder...
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8530
  • Recebeu: 1623 vez(es)
  • Enviou: 684 vez(es)
  • +940/-7282
(sem assunto)
« Responder #3 em: Agosto 15, 2005, 05:01:57 pm »
Bem dito e lembrado, fgomes.
Isto já deu o que tinha a dar.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

NBSVieiraPT

  • Perito
  • **
  • 348
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #4 em: Agosto 16, 2005, 04:09:10 pm »
*clap* *clap*

Parabéns a esse digno senhor José Gomes Ferreira por ter os "tomates" que ninguém nesta terra de cegos (pior cego é aquele que não quer ver) teve até agora.

Isto era o que se devia fazer aos incendiários-->  :Esmagar:

fgomes... toda a razão. No regime actualmente vigente no nosso território estas reformas nunca serão tomadas, porque, mais importante é o défice e limpar o cuzinho aos americanos. Quando a nossa população vai sofrendo estes dramas e outros, totalmente abandonada pelo "poder" e que pode apenas contar com a sua força de vontade e garra.

Mas pronto...

NBR Out!
 

*

J.Ricardo

  • Perito
  • **
  • 307
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #5 em: Agosto 23, 2005, 05:40:01 pm »
Amigos, chega a ser assustador as imagens que chegam a nós, dos incendios que assolam seu país, que medidas a população (voluntariamente) vem tomando para sanar esse problema.
 

*

Normando

  • Perito
  • **
  • 339
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #6 em: Agosto 23, 2005, 10:42:59 pm »
Ainda agora vi na Sic-Notícias que três bombeiros profissionais franceses meteram dez dias de licença, compraram bilhetes de avião e vieram para Portugal porque sentem que podem ajudar os colegas lusos (que não têm mãos a medir). Dizem eles que se conseguirem salvar uma casa já terá valido a pena porque uma casa quase sempre representa uma vida de trabalho de alguém. E quanto à possibilidade de o SNBPC poder não admitir a presença de bombeiros estrangeiros nos teatros de operações, diz um dos Sapeurs-Pompiers: "nem que tenhamos de ir de autocarro para a frente de fogo". Quem fala assim não é gago... Seja bem vindo quem vier por bem.

 :bombeiro:  :bombeiro:
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8530
  • Recebeu: 1623 vez(es)
  • Enviou: 684 vez(es)
  • +940/-7282
(sem assunto)
« Responder #7 em: Agosto 23, 2005, 11:45:15 pm »
Como agradecer?
Como retribuir?
Há que pensar nisso, se somos honrados.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
(sem assunto)
« Responder #8 em: Agosto 23, 2005, 11:54:10 pm »
Ate nisto existe burocracia :roll:
 

*

emarques

  • Especialista
  • ****
  • 1177
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #9 em: Agosto 24, 2005, 12:03:22 am »
É de agradecer, mas... Acho que isto requer uma certa coordenação, não? Suponho que eles saberão perfeitamente ajudar sem se meterem no caminho dos bombeiros portugueses, claro, mas ainda assim, espero que se consiga que fiquem inseridos em equipas portuguesas para saberem qual é a estratégia para que é suposto que contribuam.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8530
  • Recebeu: 1623 vez(es)
  • Enviou: 684 vez(es)
  • +940/-7282
(sem assunto)
« Responder #10 em: Agosto 24, 2005, 01:20:18 am »
Oh emarques, é de agradecer.
Claro que sim, caramba.
Acha que eles se iam meter aí num sítio qualquer com umas cervejas e a mangueira deles?
- Come on!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Raul Neto

  • Membro
  • *
  • 259
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • Enviou: 2 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #11 em: Agosto 24, 2005, 03:25:37 am »
    No Socorrismo não há Nação, não há Política, não há Religião, nem há ciúme, há apenas Vítimas  :!: :bombeiro:  :bombeiro:
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18297
  • Recebeu: 5541 vez(es)
  • Enviou: 5953 vez(es)
  • +7164/-9542
(sem assunto)
« Responder #12 em: Agosto 24, 2005, 10:12:56 am »
Citação de: "Normando"
Ainda agora vi na Sic-Notícias que três bombeiros profissionais franceses meteram dez dias de licença, compraram bilhetes de avião e vieram para Portugal porque sentem que podem ajudar os colegas lusos (que não têm mãos a medir). Dizem eles que se conseguirem salvar uma casa já terá valido a pena porque uma casa quase sempre representa uma vida de trabalho de alguém. E quanto à possibilidade de o SNBPC poder não admitir a presença de bombeiros estrangeiros nos teatros de operações, diz um dos Sapeurs-Pompiers: "nem que tenhamos de ir de autocarro para a frente de fogo". Quem fala assim não é gago... Seja bem vindo quem vier por bem.

 :bombeiro:  :bombeiro:


Seungo percebi, até a esses bravos Soldados da Paz a PROTECÇÃO CIVIL estava a criar entraves, com "estórias" acerca de seguros e conversa da Treta :!:

Mas também me pergunto, desculpem não estar a par dos factos...

Os PUMA não iam ser colocados ao serviço dos Bombeiros  :?:

(desde já agradecia se me pudessem exclarecer...)

E claro que ás empresas privadas que dispobilizam os Meios de Combate aos Incêndios, qtos mais houver...MELHOR, certo????

VERGONHA!!!!!

Se calhar era melhor convidar os U2 a virem apagar uns incêndios, podia ser que assim o PR e o (des)Governo se mexessem....
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18297
  • Recebeu: 5541 vez(es)
  • Enviou: 5953 vez(es)
  • +7164/-9542
(sem assunto)
« Responder #13 em: Agosto 24, 2005, 10:17:45 am »
Citação de: "emarques"
É de agradecer, mas... Acho que isto requer uma certa coordenação, não? Suponho que eles saberão perfeitamente ajudar sem se meterem no caminho dos bombeiros portugueses, claro, mas ainda assim, espero que se consiga que fiquem inseridos em equipas portuguesas para saberem qual é a estratégia para que é suposto que contribuam.


Para informação, eles são Bombeiro PROFISSIONAIS em França, não são "voluntários", que por muita boa vontade que tenham, muitas vezes são simples estudante que não desprezando a sua vontade de ajudar, não têm qq tipo de experiência no combate a incêndios...

Eu fiz um Curso Avançado de combate a incêndios do Grp 2 de Escolas da Armada e aquilo não são "2 cantigas"
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

emarques

  • Especialista
  • ****
  • 1177
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #14 em: Agosto 24, 2005, 12:19:52 pm »
E por serem profissionais devem saber que o esforço coordenado dá melhor resultado e tem menos possibilidades de ser contra-producente. Era só isso que eu queria dizer.

Citar
Os PUMA não iam ser colocados ao serviço dos Bombeiros

Se bem me lembro, ainda não era este ano, porque não há EH-101 que cheguem para os sustituir, ou porque os EH-101 ainda não estão completamente ao serviço, ou qualquer coisa assim.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.