Raptor nos Açores

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antoninho

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« Responder #105 em: Junho 15, 2009, 10:32:34 pm »
Aconselho-vos a ler a revista Mais Alto nº345, para vocês terem uma ideia do sapo que o Salazar teve que engolir com o aluguer, se não aluga-se  os americanos pura e simplesmente ocupavam o arquipélago. Valeu do lado português termos o Humberto Delgado que deu uma ideia ao Salazar do que ele arriscava.....o Presidente dos EUA até queria tropas brasileiras a ocupar os Açores.
 

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Edu

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« Responder #106 em: Junho 15, 2009, 11:00:14 pm »
Os EUA querem continuar na base, muito bem, aluga-se. Mas havia de ser o aluguer mais caro por metro quadrado em Portugal. Haviamos de lhes chupar o maior dinheiro que conseguissemos, e dinheiro dinheiro, nada cá de equipamentos. Eles dão-nos o dinheiro e nós escolhemos o que comprar a quem quiser-mos.

Cumprimentos  :wink:
 

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migbar2

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« Responder #107 em: Junho 15, 2009, 11:54:51 pm »
Citação de: "Edu"
Os EUA querem continuar na base, muito bem, aluga-se. Mas havia de ser o aluguer mais caro por metro quadrado em Portugal. Haviamos de lhes chupar o maior dinheiro que conseguissemos, e dinheiro dinheiro, nada cá de equipamentos. Eles dão-nos o dinheiro e nós escolhemos o que comprar a quem quiser-mos.

Cumprimentos  :roll:
Mas do que se quer até á realidade vai um grande caminho. A verdade é que podemos permitir ou não o treino dos pilotos Americanos no nosso território, mas ao permitirmos então a nossa posição de aliados e membros NATO não nos deixa grande espaço de manobra para nos armarmos em mercenários. Isto é como emprestar uma casa a um amigo, se é um inquilino é negócio logo paga renda, se é emprestar a um amigo já não podemos pedir grande coisa, no entretanto se ele fôr generoso até nos poderá agradecer principescamente, mas claro que não podemos esperar tal coisa. Ora aqui parece-me que tudo depende de como queremos que os E.U.A nos vejam, se um amigo que empresta uma casa, se um senhorio que faz apenas um negócio e ponto final...o que preferem ???
 

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Edu

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« Responder #108 em: Junho 16, 2009, 01:50:50 am »
migbar2, quanto à questão do dinheiro ir para carros na assembleia da republica, fazia-se o mesmo que no Chile. No Chile uma certa percentagem do lucro da exploração das minas de cobre tem de obrigatoriamente por lei ir para as forças armadas. Em Portugal criava-se uma lei qualquer que obrigasse a ue todo o dinheiro pago pelos EUA pela base das Lages fosse para as forças armadas. Havendo essa lei, caso ela não se cumprisse qualquer pessoa podia por o responsavel pelo incumprimento em tribunal.
 

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pmdavila

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« Responder #109 em: Junho 16, 2009, 01:08:36 pm »
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Base das Lajes vai ter capacidade para reparar caças F-22
Publicado: 2009-06-16 10:40:36 | Actualizado: 2009-06-16 11:37:35
Por: Carlos Tavares


Após o acordo estabelecido entre os Governos português e norte-americano, a Base das Lajes, na ilha Terceira, vai ter capacidade para reparar os caças F-22, de última geração.

Está já a ser projectada uma infra-estrutura para albergar as oficinas e os aviões que vão começar a operar a partir da Base das Lajes, em princípio, no primeiro trimestre de 2010.

Tratam-se de novas instalações que permitirão apoiar as nova função da Base das Lajes, e que tem a ver com o treino aéreo, numa vasta área do Atlântico, junto dos Açores, treino aéreo da nova geração de caças F-22, como também de sistemas de armamento avançados, alguns até considerados futuristas.

O novo hangar-oficina vai servir para a reparação das novas aeronaves e também para o seu abrigo, o que exigirá a deslocação para a ilha Terceira de técnicos especializados, nos mais sofisticados sistemas de voo e de armamento, bem como a construção de uma infra-estrutura de armazenamento de combustível de alto débito.

Armando Mendes / Carlos Tavares.


Fonte
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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Daniel

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« Responder #110 em: Junho 16, 2009, 01:09:21 pm »
antoninho
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Aconselho-vos a ler a revista Mais Alto nº345, para vocês terem uma ideia do sapo que o Salazar teve que engolir com o aluguer, se não aluga-se os americanos pura e simplesmente ocupavam o arquipélago. Valeu do lado português termos o Humberto Delgado que deu uma ideia ao Salazar do que ele arriscava.....o Presidente dos EUA até queria tropas brasileiras a ocupar os Açores.

Bom não sei se isso realmente é verdade, a ser verdade mais uma vez se prova o bem que os americanos nos querem, creio que hoje não é diferente, eles fizeram o pedido para serem simpáticos, pois portugal não pode dizer não, não tem politicos a altura.

PereiraMarques
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Então não foi "esse" que começou o "aluguer" da Base?



E o que é que isso tem haver com a atual politica do governo português, também foi esse que disse aos americanos que portugal não estava a venda. c34x
 

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migbar2

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« Responder #111 em: Junho 16, 2009, 10:47:36 pm »
Citação de: "Edu"
migbar2, quanto à questão do dinheiro ir para carros na assembleia da republica, fazia-se o mesmo que no Chile. No Chile uma certa percentagem do lucro da exploração das minas de cobre tem de obrigatoriamente por lei ir para as forças armadas. Em Portugal criava-se uma lei qualquer que obrigasse a ue todo o dinheiro pago pelos EUA pela base das Lages fosse para as forças armadas. Havendo essa lei, caso ela não se cumprisse qualquer pessoa podia por o responsavel pelo incumprimento em tribunal.




Até aí concordo plenamente, mas a questão mantem-se, acredita realmente que temos políticos que se preocupassem ao ponto de fazer uma lei assim? Além de que os E.U.A também não gostariam nada da ideia, até nos podiam pagar em dinheiro, mas com a condição de comprarmos material americano.
 

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Instrutor

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« Responder #112 em: Junho 17, 2009, 12:57:55 am »
Citação de: "Daniel"
antoninho
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Aconselho-vos a ler a revista Mais Alto nº345, para vocês terem uma ideia do sapo que o Salazar teve que engolir com o aluguer, se não aluga-se os americanos pura e simplesmente ocupavam o arquipélago. Valeu do lado português termos o Humberto Delgado que deu uma ideia ao Salazar do que ele arriscava.....o Presidente dos EUA até queria tropas brasileiras a ocupar os Açores.

Bom não sei se isso realmente é verdade, a ser verdade mais uma vez se prova o bem que os americanos nos querem, creio que hoje não é diferente, eles fizeram o pedido para serem simpáticos, pois portugal não pode dizer não, não tem politicos a altura.

PereiraMarques
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Então não foi "esse" que começou o "aluguer" da Base?


E o que é que isso tem haver com a atual politica do governo português, também foi esse que disse aos americanos que portugal não estava a venda. c34x


Ou melhor nao temos armamento nuclear.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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nelson38899

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« Responder #113 em: Junho 17, 2009, 09:54:53 am »
Continuo a não perceber este alarido, pela vinda dos raptors para as Lajes. Quantas e quantas vezes não foi a partir das Lajes que os B2, B1 e B52 foram reabastecidos para bombardear outros países.  Por isso não vejo o problema dos raptors ou f35 ou outros que ainda não conhecemos, venham treinar a Portugal. Agora se Portugal for inteligente deve aproveitar as contrapartidas para encher os stocks de misseis (terrestres, aéreos e marítimos) e quem sabe obter um sistema AA melhor que o avenger.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #114 em: Junho 17, 2009, 10:33:55 am »
O meu pai relembra-se constantemente quando falamos dos Norte-Americanos na Terceira de como eles tinham milhares de militares lá quando ele era miúdo. Agora são meia dúzia de gatos pingados. Acho que no entanto se os F-22 vierem para lá, então que se negoceie muito bem as contra-partidas em beneficio da população local (já que o governo central faz o que faz...). :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Jorge Pereira

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Re: Raptor nos Açores
« Responder #115 em: Abril 15, 2010, 07:59:03 pm »
Segundo se constou hoje, todos os estudos feitos em relação ao estabelecimento da área de treino dos F-22 no Açores são amplamente favoráveis a esta iniciativa.

Vamos ver as contrapartidas e quando é que os vamos ter por cá. c34x
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Lightning

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Re:
« Responder #116 em: Abril 15, 2010, 08:49:57 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
O meu pai relembra-se constantemente quando falamos dos Norte-Americanos na Terceira de como eles tinham milhares de militares lá quando ele era miúdo. Agora são meia dúzia de gatos pingados. Acho que no entanto se os F-22 vierem para lá, então que se negoceie muito bem as contra-partidas em beneficio da população local (já que o governo central faz o que faz...). :mrgreen: .

Mas de certeza que os Portugueses nessas épocas também eram mais (SMO e tal)...
 

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Lancero

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Re: Raptor nos Açores
« Responder #117 em: Abril 16, 2010, 05:35:45 pm »
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Base das Lajes: Carlos César lamenta "oportunidades perdidas" devido a "ministros sem auto-estima"    

    Angra do Heroísmo, 14 abr (Lusa) - O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, criticou hoje os "ministros com pouca auto-estima", sem especificar nomes, ao comentar as "oportunidades perdidas" quanto à importância da Base das Lajes, na Terceira.  

 

    "Há pessoas que têm uma baixa auto-estima, ao contrário de mim, que entendo que os Açores têm muito valor e, portanto, não me queixo desse problema", afirmou Carlos César, em declarações à Lusa à margem da sessão de abertura do II Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt.  

 

    O presidente do executivo açoriano, instado pela Lusa, comentava uma afirmação que proferiu no discurso inaugural deste fórum, quando disse que "Portugal dispõe de condições privilegiadas para figurar no conjunto dos países que podem liderar o processo de reformulação do padrão de relações nesta partida do mundo".  

 

    "Enquanto país de vocação atlântica, ligado aos principais atores do transatlantismo, (Portugal) ganha essa sua consideração por via da história e geografia das suas regiões autónomas", defendeu.  

 

    Para Carlos César, esse é o "dever de uma diplomacia que se pretende inovadora, liderante, capaz de reinventar as suas prioridades, adequando-as ao apelo dos tempos".  

 

    "É isso também que se impõe a um Estado que tem o dever de potenciar as vantagens competitivas da sua geografia e da sua plataforma insular atlântica", frisou.  

 

    Carlos César, que se encontrou depois com o Ministro Conselheiro da Embaixada dos EUA em Lisboa, David Ballard, considerou este diplomata "um elemento de importância fundamental para a valorização dos Açores no contexto das relações diplomáticas entre os Açores e os EUA".  

 

    Nesse sentido, defendeu "ser importante que alguém com responsabilidades, particularmente no âmbito americano, faça notar isso nas relações correntes e até junto do Estado português".  

 

    David Ballard, que se mostrou emocionado pela despedida de Portugal, considerou, em declarações à Lusa, que os Açores "foram sempre uma referência para os EUA".  

 

    "Agora vão continuar com o mesmo papel, assente na sua importância histórica, no seu papel sociológico, político e militar, o que evidencia as muitas maneiras de expressar a importância dos Açores para os EUA", frisou o diplomata norte-americano.  

 

    David Ballard salientou ainda que "é preciso encontrar uma evolução" para a Base das Lajes, assegurando que isso será feito.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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Re: Raptor nos Açores
« Responder #118 em: Abril 16, 2010, 07:28:29 pm »
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Fórum Roosevelt: Base das Lajes tem menos prioridade estratégica do que é dito em Portugal - analista    

   Angra do Heroísmo, 16 abr (Lusa) - A base aérea dos Estados Unidos nas  Lajes, ilha Terceira, é considerada de importância estratégica reduzida  e poderá ser ainda mais desvalorizada num futuro próximo, alertou o analista  Miguel Monjardino no II Fórum Roosevelt, que hoje termina em Angra do Heroísmo.  

 

 

   O professor da universidade católica e especialista em relações internacionais,  baseia-se num documento elaborado em março de 2009, "que coloca as Lajes  num nível de prioridade estratégica mais baixo do que normalmente é dito  publicamente em Portugal".  

 

   Em março de 2009 o Air Mobility Command (AMC), organização que atua  no âmbito do Pentágono, elaborou um documento que analisa as várias rotas  disponíveis, as bases e as funções das bases dos EUA no mundo. "Um documento  concetual destinado a estudar as prioridades logísticas dos EUA até 2025",  especifica Monjardino.  

 

   "O documento divide as bases em quatro níveis e diz que atualmente a  base das Lajes (que os Estados Unidos operam desde 1944) está no nível três,  relativamente baixo em termos de valorização estratégica. Na perspetiva  das necessidades logísticas dos EUA até 2025, o documento prevê que as Lajes  possam passar para o nível mais baixo, uma base que assegure apenas a mobilidade  expedicionária", pormenoriza.  

 

   Para o analista a avaliação constitui "um problema político-militar"  que Portugal tem de tentar "gerir e resolver".  

 

   O documento do AMC, intitulado "Global en Route Strategy" e que pode  ser consultado, não analisa as futuras necessidades logísticas de projeção  do poder norte-americano para África, no âmbito do Africom, que ainda possui  uma plataforma militar reduzida, cerca de duas mil pessoas.  

 

   "O Africom aponta para três bases onde não estão incluídos os Açores:  Rota (Sul de Espanha), Sigonella (Itália) e eventualmente Djibuti (leste  de África). Serão as bases mais importantes para a projeção de poder norte-americano  para África", diz Monjardino.  

 

   No entanto, o documento contempla que as Lajes "possam vir a desempenhar  uma função importante neste contexto, sobretudo no trânsito para a África  do norte".  

 

   O Africom foi o tema do painel introduzido na manhã de hoje por Miguel  Monjardino no último dia do II Fórum Roosevelt, organizado pela Fundação  Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) em colaboração com o Governo  Regional dos Açores e que decorre desde quarta feira.    

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Get_It

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Re: Raptor nos Açores
« Responder #119 em: Abril 16, 2010, 07:36:00 pm »
Fora do assunto do tópico: Esta treta da Lusa em utilizar o novo acordo ortográfico nos seus artigos já me deixa com os nervos à flor da pele ao ler os mesmos.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque: