LPM 2023-2034

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Duarte

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #375 em: Abril 25, 2024, 04:09:35 pm »

Sim, é uma boa ideia, principalmente se resultar em algo concreto, seja através de uma frota de M-113 não tripulados como multiplicadores de força da BrigMec, seja para o desenvolvimento de um UGV de raiz de produção nacional.

Imaginem, cada secção de atiradores em Bradley do BIMec  (L) ter uma M-113 de controle remoto.. Aquilo pode ir  `a frente, tipo rebenta-minas, ou carregado de explosivos, qual viatura kamikaze, ou com uma RWS 12,7mm, etc. ou se for em batalha contra russos, carregado de garrafas vodka. Ele rendem-se logo. :mrgreen:
Basta por uns bonecos insufláveis em cima, de peito feito e barba rija para atrair o fogo inimigo e revelarem as suas posições  :G-bigun:  :mrgreen:

слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #376 em: Abril 25, 2024, 04:58:21 pm »
Eu acho graça a estes tipos, não têm o mais básico mas sonham com robotizações.
Fazem-me lembrar alguém
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Re: LPM 2023-2034
« Responder #377 em: Abril 25, 2024, 05:21:37 pm »
Ao menos a robotização de alguns M-113 deve ser um processo relativamente barato. Depois depende é se dá em alguma coisa, ou se se andou a desenvolver uma tecnologia, para ser posta de lado mais tarde por falta de verba. Com os governos que temos tido, é de esperar tudo.

Imaginem, cada secção de atiradores em Bradley do BIMec  (L) ter uma M-113 de controle remoto.. Aquilo pode ir  `a frente, tipo rebenta-minas, ou carregado de explosivos, qual viatura kamikaze, ou com uma RWS 12,7mm, etc. ou se for em batalha contra russos, carregado de garrafas vodka. Ele rendem-se logo. :mrgreen:
Basta por uns bonecos insufláveis em cima, de peito feito e barba rija para atrair o fogo inimigo e revelarem as suas posições  :G-bigun:  :mrgreen:

Os russos chegaram a fazer isso, mas era algo bastante rudimentar, que permitia essencialmente enviar MBTs antigos contra as linhas ucranianas. Nós não temos milhares de veículos encostados para isso.  :mrgreen:

E a mim parece-me que a intenção passará por usá-los para missões específicas e não como veículos suicidas. Eventualmente uma versão de desminagem seria engraçado...
 

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #378 em: Abril 25, 2024, 05:44:17 pm »
Acho que já descobri porque é que o Navpol não desaparece. No primeiro slide ele aparece como pertencendo aos serviços centrais e não estritamente à Marinha. É um navio pago com dinheiro da Marinha mas tbm com dinheiro de outros (exército?).
 

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #379 em: Abril 25, 2024, 06:28:14 pm »
Sim, o M113 aparece pelos projetos de robotização

Também chamou ao M113 obsoleto

E mesmo assim o imbecil do Gen CFT declarou a voz alta que "as lagartas são o futuro!". O que, estando claramente certo, é seguido de ordens para """modernizar""" a porcaria dos M577 em vez das Pandur de transmissões  :bang:
 
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Re: LPM 2023-2034
« Responder #380 em: Abril 25, 2024, 06:31:22 pm »
Estamos bem entregues
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dc

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #381 em: Abril 25, 2024, 07:27:14 pm »
Acho que já descobri porque é que o Navpol não desaparece. No primeiro slide ele aparece como pertencendo aos serviços centrais e não estritamente à Marinha. É um navio pago com dinheiro da Marinha mas tbm com dinheiro de outros (exército?).

Na prática o navio "beneficia" todos os ramos, e por isso "conta" como capacidade conjunta. Mas na realidade, da mesma forma que já acontece com as aeronaves de transporte da FAP, como os KC colocados também na dita alínea, este beneficio inter-ramos é algo limitado, e no fim os custos de operação e manutenção são alocados ao ramo que os opera. De resto, o pagamento vem do Estado, logo não faz diferença em que alínea estão, sem ser por politiquices.

Seguindo a mesma lógica que coloca esse meio nas capacidades conjuntas, então os F-16 também têm que ser lá colocados, já que são o único meio nacional que permite contestar o espaço aéreo, impedindo que seja totalmente controlado por um adversário, o que permite que os restantes ramos realizem as suas missões. Sem os F-16, a Marinha e o Exército são meros alvos para target practice.

A LPM é em grande parte uma fantochada, e a alínea das capacidades conjuntas é absurda quando engloba meios que serão inteiramente operados por um ramo específico. Faz sentido é ter lá cibersegurança, EMGFA e coisas similares, eventualmente um comando conjunto de helicópteros.
Até porque disto, depreende-se que os restantes investimentos, não beneficiam mais nenhum ramo sem ser o próprio onde está alocado.


De resto, para mim, o LPD está completamente obsoleto, e não passa de uma megalomania para chefias que estão paradas nos anos 80/90. Além disto, a síndrome do 8 ou 80 mantém-se. De um lado chefias que querem um LPD clássico, completamente obsoleto, do outro um CEMA que só pensa numa frota de pequenos porta-drones, enquanto que a solução certa, passa por ter navios que se encontram a meio dos dois conceitos: LHD porta-drones.
 

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #382 em: Abril 25, 2024, 07:50:02 pm »
Sim, o M113 aparece pelos projetos de robotização

Também chamou ao M113 obsoleto

E mesmo assim o imbecil do Gen CFT declarou a voz alta que "as lagartas são o futuro!". O que, estando claramente certo, é seguido de ordens para """modernizar""" a porcaria dos M577 em vez das Pandur de transmissões  :bang:

Gen CFT ??

A modernização dos M577 supostamente já foi "testado" no Rosa Brava, não sei é o que andaram a fazer  :mrgreen: :mrgreen:
 

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Re: LPM 2023-2034
« Responder #383 em: Abril 25, 2024, 09:16:10 pm »
Acho que já descobri porque é que o Navpol não desaparece. No primeiro slide ele aparece como pertencendo aos serviços centrais e não estritamente à Marinha. É um navio pago com dinheiro da Marinha mas tbm com dinheiro de outros (exército?).

Na prática o navio "beneficia" todos os ramos, e por isso "conta" como capacidade conjunta. Mas na realidade, da mesma forma que já acontece com as aeronaves de transporte da FAP, como os KC colocados também na dita alínea, este beneficio inter-ramos é algo limitado, e no fim os custos de operação e manutenção são alocados ao ramo que os opera. De resto, o pagamento vem do Estado, logo não faz diferença em que alínea estão, sem ser por politiquices.

Seguindo a mesma lógica que coloca esse meio nas capacidades conjuntas, então os F-16 também têm que ser lá colocados, já que são o único meio nacional que permite contestar o espaço aéreo, impedindo que seja totalmente controlado por um adversário, o que permite que os restantes ramos realizem as suas missões. Sem os F-16, a Marinha e o Exército são meros alvos para target practice.

A LPM é em grande parte uma fantochada, e a alínea das capacidades conjuntas é absurda quando engloba meios que serão inteiramente operados por um ramo específico. Faz sentido é ter lá cibersegurança, EMGFA e coisas similares, eventualmente um comando conjunto de helicópteros.
Até porque disto, depreende-se que os restantes investimentos, não beneficiam mais nenhum ramo sem ser o próprio onde está alocado.


De resto, para mim, o LPD está completamente obsoleto, e não passa de uma megalomania para chefias que estão paradas nos anos 80/90. Além disto, a síndrome do 8 ou 80 mantém-se. De um lado chefias que querem um LPD clássico, completamente obsoleto, do outro um CEMA que só pensa numa frota de pequenos porta-drones, enquanto que a solução certa, passa por ter navios que se encontram a meio dos dois conceitos: LHD porta-drones.

Se o dinheiro que vem do orçamento do exército pagar 1/3 então a Marinha pode:

a) ter mais um navio ou
b) recuperar só 60M que não vão servir para comprar nada.

É como o CAS. Se tiveres ST a FA fica com treinadores e CAS. Se comprarem Helis se calhar até é preferível...mas para quem? Principalmente para o exército. Mas a FA fica sem orçamento para trainers avançados. É o problema de fazer a LPM por setores (ramos) e não como um todo. Por vezes o melhor para uns não é o melhor para outros.
 
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Re: LPM 2023-2034
« Responder #384 em: Abril 25, 2024, 10:23:20 pm »
O dinheiro é da parte de nenhum dos dois, da mesma forma que o EP e a MGP não pagaram um cêntimo pelo KC, nem pela aeronave CAS. É apenas fingimento poético. O NAVPOL será tão ou mais usado pela Protecção Civil do que pelo Exército, e a PC (ou o MAI) também não vai pagar um cêntimo.

Mesmo compartimentando as verbas, cerca de 100 milhões (que eram 150) já dava para alguma coisa. 30 milhões no EP duplicava a verba do programa SHORAD por exemplo, 60 milhões na MGP permitiam reforçar stocks de munições, ou aumentar ligeiramente a verba para os dois AORs, ou canalizar a verba para substituir as VdG.

Para a Marinha, é mais um navio a mamar recursos e guarnição. Uma Marinha que já se vê à rasca para manter o pouco que tem. Mantendo-se o interesse no NAVPOL + o PNM, não se entende para quê os 2 AORs. Com a opção feita por 2 AORs e o PNM, não se entende o porquê de um NAVPOL. Certamente não na conjuntura actual, onde a capacidade de combate continua a ser relegada para 3º plano.

O CAS é uma invenção para comprar o ST. Com os 180 milhões do CAS + os 110 do 6º KC, conseguias substituir os Alpha Jet por um turboprop mais barato (que até podia ser o ST não combatente e em menor número, já que não seria usado para destacamentos), conseguias duplicar ou triplicar a verba dos helis de evacuação, que permitia adquirir mais helis e mais bem equipados (e com capacidade CAS incluída), e ainda sobrava verba, fosse para contribuir para o MLU dos Merlin ou C-295, fosse para armamento para os F-16.

Ter pouco dinheiro já é lixado, agora ter pouco e geri-lo mal, é ainda pior!
 
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