compatriota (a tu pesar) ; "no son ganicas de joder" ... pero...
Mira lo que pone en tu DNI /PASAPORTE ... ¿REINO DE ESPAÑA ? ..¿no? !español! ... !que eres un español ! ... !que maravilla!..... y que util es nuestra koiné compartida con otros .
!adios paisano ! por muchos años .....!a disfrutarlo! ; que por algo lo usas ¿no? ..... porque te es rentable .... !pillin!
si ; no hay nada que una mas que el dinero .....(y el jamón fuera de nuestra España )
O meu DNI diz: "ESPAÑA", e logo a seguir, meus dados pessoais.
No meu passaporte, ainda mais explicitamente põe: nacionalidad: ESPAÑOLA.
Entre certificações multiplas (cartão sanitário, estudos, nomeamento de funcionário,...) dá pelo baixo
até quatorze documentos nos que se diz que sou espanhol ou ainda cidadão do Reino de España (também na carta de condução)... Certamente, ainda sem ter bandeira alguma na minha moradia, dá para pensar que usufruo a categoría jurídica de espanhol.
Usá-lo?!... bom, o dni avondo. O passaporte apenas para duas viagens (Egito e Terra Santa --por certo, esta última viagem recomendo a qualquer pessoa, mormente se acredita em Deus; é uma experiência formidável--).
A língua na que escrevo era a dos meus avôs paternos --eles usavam o autoglotónimo "galego" e apenas o escreviam--; a língua dos meus pais e irmãs mais velhas é o castelhano ou espanhol. Esta é ainda (calculo que isto não pode já mudar) a língua na que correm os meus sonhos.
E ainda assim... se me tenho de definir etnicamente, historicamente... sou galego. Eis a identidade colectiva. Daí para diante sou muitas outras coisas: latino, hispano, lusófono, judeu-cristão, católico, social-democrata, ateu (sim, ateu e judeu-cristão, porque uma coisa é a educação e o que deixa na pessoa e outra é a convicção à que chegas na vida, relativamente a alguma coisa...). Até sou inequivocamente espanhol --juridicamente, essa coisa irrefutável--... também sou atlântico e latino (como as duas línguas que mal falo, sobretudo esta na que escrevo e as únicas nas que me posso exprimir).
Só não sou duas coisas pelas quais não posso passar: ibérico e europeu. As duas são realidades que não fazem sentido algúm; Ibéria é apenas uma ideia geográfica -igual que a Grã Bretanha é uma ilha-; nada que dea para coisa alguma. Europa, porém, ainda nem sequer é isso. De facto, ninguém sabe onde é que remata Europa.
Tenho dito cá que não odeio Espanha nem a língua de minha mãe. Também não posso orgulhar-me dum estado espanhol que rechaça a imensa pluralidade interna; a manifesta incompetência espanhola na aprendizagem das línguas podia ser ter corrigido com a vontade de aprendermos todas as línguas iberorromances, que partilham perto de um 80% de léxico, ainda sendo preciso cuidar-se dos falsos amigos. Engadir-lhe à hipótese de falarmos as línguas próprias da Espanha a ignorância e o despreço manifesto aos espanhóis cuja língua mãe é o chinês, o árabe ou o russo dá bem na realidade duma Espanha que se quer monolingüe e orgulhosa da sua ignorância, banindo um potencial humano que está a fugir, para ficar a ser terra de atletas da bola bem pagos, políticos medíocres e famintos de pedir.
Tenho o passaporte de um país que não existe. Pode-se escrever em alemão, mas sou latino e alemão não falo, por desgraça.