Relações Portugal-Brasil

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comanche

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« Responder #30 em: Abril 25, 2009, 10:42:11 pm »
Portugal apóia construção de trem-bala no Brasil

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Os governos português e brasileiro comprometeram-se, em 13 de abril, a promover as vantagens e potencialidades dos portos portugueses junto às empresas brasileiras que exportam produtos por via marítima para Portugal e União Européia. "Chegamos a um consenso quanto a divulgarmos junto dos exportadores brasileiros e empresas de logística as possibilidades que são oferecidas pelos portos portugueses para os exportadores brasileiros que vendem a Portugal e à União Européia", afirmou o secretário-executivo do ministério brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.

Segundo ele, que falava aos jornalistas em Brasília, no final de uma reunião com a secretária portuguesa de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, não ficou definido um calendário para a concretização das ações de divulgação dos portos portugueses. "O que está aqui em causa é que nós [portugueses] podemos oferecer cadeias logísticas mais rápidas e baratas do Brasil para a Europa e da Europa para o Brasil", afirmou Vitorino, destacando a importância de demonstrar "que através dos nossos portos é mais barato e demora-se menos tempo".

Os portos portugueses, realçou, "estão desburocratizados, têm capacidade, tem uma eficiência ao nível do que de melhor se faz no mundo e são mais baratos para várias cadeia logísticas". Vitorino explicou que a ação de divulgação dos portos portugueses será apoiada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) e pela embaixada portuguesa no Brasil.

Os dois países assumiram também o compromisso de abrir um centro de negócios brasileiro em Lisboa. "Há um compromisso para abrir um centro de negócios em Lisboa, o que não existe hoje", afirmou Vitorino. No primeiro trimestre, as exportações do Brasil para Portugal totalizaram US$ 171 milhões, menos 50,6% do que no mesmo período de 2008, segundo dados do ministério do Comércio Exterior. Já as importações de produtos portugueses caíram 20,1% entre janeiro e março em comparação ao mesmo ciclo, totalizando US$ 84 milhões.

Cooperação em transporte
No final de uma reunião com secretário-executivo do Ministério dos Transportes do Brasil, Paulo Sérgio Passos, em Brasília, a secretária lusa de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, anunciou que a cooperação entre ambos países abrangerá projetos como a alta velocidade ferroviária, a logística e os sistemas ferroviários urbanos. "Não se trata apenas de partilhar experiências. Trata-se de discutir várias soluções possíveis para a implementação de vários tipos de projetos", acrescentou a secretária de Estado dos Transportes.

Ainda, este acordo "servirá de facilitador para uma segunda etapa", que será da competência das empresas privadas. "A segunda fase, que já não será da competência dos Estados mas sim das empresas privadas, servirá para abrir novas oportunidades para as empresas brasileiras poderem trabalhar em Portugal e para as empresas portuguesas poderem trabalhar no Brasil", explicou.

"Interessa-nos estabelecer um diálogo onde, pela convergência de interesses, possamos tirar proveitos mútuos", disse o secretário-executivo do Ministério dos Transportes do Brasil, Paulo Sérgio Passos, lembrando que o Brasil está dando os primeiros passos para a construção de uma linha de alta velocidade ferroviária entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, com uma extensão de 550 quilômetros, um investimento de 8 bilhões (8 mil milhões) de euros. “Com essa experiência podemos ajudar o governo federal do Brasil a encontrar as melhores soluções para implantar o trem-bala que está sendo proposto para os trechos Rio de Janeiro-São Paulo e São Paulo-Campinas", disse Ana Paula Vitorino.

Ao Portugal Digital, Vitorino disse que conhece bem o Brasil - já fez mais de 20 visitas ao país -, mas esta é a primeira a trabalho. "O Brasil é meu destino preferencial de férias", contou. Com tantas visitas, sendo a última em 2003, a secretária de Estado consegue fazer um comparativo do que viu da última vez. "O que noto hoje é uma vontade mais firme e mais pró-ativa do Brasil de investir em infraestrutura e desenvolver mais o país. Notei uma postura mais profissional, mais forte, mais firme e com mais vontade de ir para a frente nesse setor”, exemplificou.

Depois de São Paulo, a secretária de Estado portuguesa e sua comitiva seguiram para Buenos Aires, Argentina.

Portos portugueses: promoção no Brasil
Os principais portos portugueses participaram da feira "Intermodal South America", que abriu na terça-feira 14 de abril, em São Paulo. A "Intermodal South America" é considerada a maior feira do setor logístico da América do Sul, e contou com a participação dos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Aveiro e Douro-Leixões. "O objetivo é atrair os empresários da região para os portos portugueses, mostrando as potencialidades da nossa cadeia logística", disse Natércia Cabral, presidente do Instituto Portuário e do Trabalho Marítimo (IPTM), citada pelo Portugal Digital.

A Intermodal de São Paulo reuniu nesta edição 450 expositores, pretendendo atrair 45 mil profissionais, de mais de 40 países. Consagrada como a mais importante feira na América Latina, a 15ª edição da Intermodal trouxe, em três dias de realização, as principais empresas do setor de logística, comércio exterior e transporte mundial. O evento apresenta tecnologia em serviços, equipamentos e produtos, inovação e informação impulsionando negócios e parcerias, servindo de plataforma para lançamentos, reforço de marca, joint-ventures, vendas e networking.


http://www.mundolusiada.com.br/POLITICA ... _abr09.htm
 

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André

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« Responder #31 em: Julho 19, 2009, 07:53:13 pm »
Trezentos empresários da Bahia visitam Portugal


Mais de 300 empresários e autoridades locais da região brasileira do Oeste da Bahia estão em missão empresarial a Portugal para o desenvolvimento bilateral do comércio e do investimento.

A visita, que se iniciou na semana passada, vai continuar segunda-feira na região da Cova da Beira em reuniões com empresas de diversos sectores e associações empresariais.

A iniciativa é da prefeita [presidente de câmara] do município de Barreiras, Jusmari Oliveira, e apoiada pela Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia, e na agenda de segunda e terça-feira estão encontros com associações empresariais e sectoriais no Fundão, Covilhã e Belmonte.

Os membros da comitiva brasileira têm esta segunda-feira um encontro de trabalho com os membros da Associação dos Municípios da Cova da Beira e empresários no Fundão e visitam o Parque Industrial do Tortosendo (Covilhã) para contactos com as empresas Joalpe, Frulact e Fitcom.

A formatação desta "missão", sublinham os organizadores, levou em consideração os interesses específicos demonstrados pelas entidades municipais patrocinadoras e dos empresários e associações/entidades a visitar em Portugal.

A missão empresarial e institucional, num programa que se estende por mais de uma semana e com mais de 300 participantes brasileiros e portugueses inscritos, acontece depois de identificadas na região brasileira de Barreiras algumas oportunidades para diversos sectores de actividade, desde a indústria à construção e infra-estruturas, agricultura e comércio.

A construção da via férrea que ligará o novo porto de Ilhéus ao grande "hub" e centro de logística projectado para Barreiras deverão ampliar as oportunidade de desenvolvimento do comércio e da indústria, consideram os responsáveis daquela região brasileira.

Há também um elevado déficit habitacional, calculado em 5.000 unidades, e a inexistência de centro de convenções e hotéis de qualidade que podem constituir oportunidades de investimento para os empresários portugueses.

O interesse e necessidade de desenvolver projectos na área das energias alternativas levou já esta missão empresarial e institucional a Beja para conhecer a segunda maior central fotovoltaica do mundo, e a uma reunião na Galp, numa aproximação com a empresa para possível produção na região de oleaginosas para bio-combustíveis.

Em Lisboa, onde iniciaram a visita, os membros desta missão brasileira tiveram encontros com a Confederação Internacional dos Empresários Portugueses e também com a Associação Comercial de Lisboa, para identificação de oportunidades de desenvolvimento de comércio e investimentos bilaterais.

Depois de dois dias na região da Cova da Beira, os empresários e autoridades da região Oeste da Bahia vão ainda ao Porto para apresentar as potencialidades da região às associações empresariais e comerciais do Norte de Portugal.

Lusa
« Última modificação: Julho 19, 2009, 08:19:26 pm por André »

 

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Chicken_Bone

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« Responder #32 em: Julho 19, 2009, 08:15:45 pm »
ó André, se conheceres o "bacano" (apeteceu-me escrever "à mouro") que escreveu o artigo, diz-lhe para ter calma, pq rapidamente encontrei erros!

1º (tv não seja erro)
Diz 300 empresários brasucas em 2 sítios, mas depois "com mais de 300 participantes brasileiros e portugueses inscritos", o que dá a entender que nos 300 e tal já estão incluídos muitos Portugueses.


"elevado déficit habitacional". Não preciso de dizer onde está o prob.


" investimento para os empresários portuguesas". Os empresários fizeram operações de mudança de sexo durante a escrita da frase, aparentemente.

Espero que o pessoal Português esteja preparado para falar Português com sotaque brasuca, de modo a serem entendidos. :D
"Ask DNA"
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #33 em: Maio 01, 2010, 11:30:41 pm »
Lula e Sócrates reforçarão cooperação nas áreas de energia, turismo e ciência e tecnologia


A X Cimeira Brasil-Portugal, a ser realizada no próximo dia 19, em Lisboa, procurará dar ênfase a uma cooperação bilateral maior nas áreas de energia, turismo e ciência e tecnologia.

Segundo a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, a reunião entre o Presidente brasileiro e o primeiro ministro José Sócrates deverá formalizar também o Ano de Portugal no Brasil (2011) e o Ano do Brasil em Portugal (2012), quando Lula da Silva já não estará na Presidência.

«A agenda entre os dois países é muito positiva e há grandes perspectivas de ampliação», afirmou ainda Maria Edileuza.

O Brasil tem interesse em ampliar os investimentos em Portugal e também as trocas comerciais, nomeadamente com a venda de diesel e querosene para aviões para o mercado europeu através de Portugal.

Durante a cimeira, deverá ser anunciada a criação de dois novos grupos de trabalho para as áreas de energia e turismo.

O Presidente Lula da Silva chega a Lisboa às 16h15 locais, após visitar Moscovo, Doha, Teerão e Madrid, onde participa na Cimeira UE-Brasil.

Após a reunião, Lula da Silva e Sócrates assinarão acordos para protecção da igualdade de género e para maior cooperação jurídica e farão uma declaração à imprensa.

Os dois líderes deverão participar também na cerimónia de entrega do Prémio Camões 2009 ao escritor e poeta cabo-verdiano Arménio Vieira.

O Presidente brasileiro regressa a Brasília na noite do dia 19.

SOL
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #34 em: Maio 20, 2010, 07:45:33 pm »
Lula da Silva diz que investimento brasileiro vai apoiar economia portuguesa
 

O Presidente do Brasil, Luíz Inácio Lula da Silva, garantiu em Lisboa a participação do seu país no apoio à economia portuguesa, através do investimento de empresas brasileiras em Portugal

«Eu estou feliz porque finalmente o Brasil e Portugal juntam-se numa coisa extraordinária e o potencial do Brasil pode ajudar a alavancar a economia portuguesa», disse Lula da Silva, na declaração conjunta com o primeiro-ministro, José Sócrates, após a X Cimeira Luso-brasileira.

Lula da Silva destacou o facto de mais de 600 empresas terem investido num passado recente 20 mil milhões de euros no Brasil, afirmando que chegou a hora de os empresários brasileiros investirem em Portugal.

Depois de reconhecer que o mundo atravessa actualmente uma crise sui generis, uma crise «que vai exigir sacrifícios», Lula da Silva salientou que o Brasil está a viver um «momento excepcional», e apresentou o seu país como «um caso de sucesso».

Referindo-se à cimeira Portugal-Brasil, considerou «muito importante» a assinatura dos sete acordos de cooperação política e empresarial, e elogiou os empresários portugueses pela «descoberta do Brasil», considerando ser agora chegada a hora de retribuir.

Os elogios estenderam-se ainda ao Governo de José Sócrates, a quem tratou por «companheiro», e referiu que foi preciso visitar Portugal «para descobrir um país onde uma empresa se cria em 30 minutos».

«O ministro da Indústria (brasileiro) vai ter que aprender com Portugal. Nós vamos ter que aprender com Portugal», acentuou.

A concluir, Lula da Silva confessou-se «muito cansado», justificando assim a não realização da prevista conferência de imprensa.

«Um Presidente da República não pode dizer que está cansado. Mas eu estou. Estou cansado. Estou a terminar uma viagem longa, que começou na Rússia e passou pelo Qatar, Irão, além de Espanha e Portugal», disse.

«Mas estou feliz», garantiu, terminando com votos de que sejam assinados mais acordos de cooperação, pelo menos até ao fim do seu mandato, a 31 de Dezembro deste ano.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #35 em: Julho 06, 2010, 01:50:22 pm »
Brasil espera mais investimentos da EDP e da Galp


O ministro de Minas e Energia brasileiro disse hoje esperar mais investimentos das empresas EDP e Galp no Brasil, mas nada adiantou sobre uma eventual aquisição de capital da petrolífera portuguesa pela Petrobras.

“Eu desconheço esse assunto”, respondeu à agência Lusa Márcio Pereira Zimmermann quando questionado sobre a possibilidade de a Petrobras, empresa de capitais maioritariamente estatais, entrar na Galp em substituição dos italianos da ENI.

O governante, que lembrou a atuação da Galp no Brasil, considerou existir uma “interação muito grande” com a Petrobras e defendeu a continuidade da parceria.

No Brasil desde 1999, a Galp Energia, em parceria com a Petrobras, está presente em cerca de 20 projetos, dos quais o campo Tupi – que tem reservas estimadas entre cinco e oito mil milhões de barris de petróleo e gás natural - é o principal.

O ministro brasileiro referiu ainda a experiência portuguesa e a da Petrobras em África, acreditando que neste continente pode ser potenciado mais trabalho para as duas empresas.

“São empresas, têm a lógica empresarial, mas o que tem ocorrido é, normalmente, a complementaridade”, declarou, considerando que esta traz “bons negócios para as duas empresas”.

Márcio Pereira Zimmermann, que hoje participou num fórum sobre energia na Expo 2010, em Xangai, na China, afirmou também que a EDP, no mercado brasileiro desde 1996, está a cumprir um “papel interessante” no país, adiantando existir “expetativa” de que a empresa “aumente os investimentos na área da geração”.

Apontando os “vários negócios de construção de hidroelétricas” que a empresa portuguesa tem realizado no Brasil, Márcio Pereira Zimmermann admitiu ainda que “com a expansão forte” que o país vai ter na área hidroelétrica nos próximos anos a EDP vai tornar-se um “forte ator”.

De acordo com o seu sítio na Internet, a EDP Energias do Brasil, criada em 2000, é uma holding que detém investimentos no setor de energia elétrica, estando presente no segmento de geração em seis estados e no segmento de distribuição em dois estados.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #36 em: Setembro 16, 2010, 12:12:18 am »
Madeira promove Zona Franca no Brasil


A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) promove até sexta-feira e em várias cidades do Brasil, a Zona Franca do arquipélago como uma plataforma para a internacionalização das empresas brasileiras.
A SDM, que administra o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), anunciou a campanha de promoção numa nota divulgada hoje, na qual salienta que os mercados da América do Sul "revelam interesse crescente" pela praça financeira madeirense.

O programa promocional começou segunda-feira com reuniões em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, terminando com um conjunto de iniciativas em São Paulo, numa aposta num país que foi confirmado como a 8.ª economia mundial, com um mercado em expansão, refere a mesma nota.

A SDM está a apresentar as "vantagens do CINM ao nível do regime fiscal favorável e um conjunto de outras valias operacionais, que fazem da Madeira uma porta de entrada credível e competitiva para o mercado da União Europeia, para segmentos de actividade como os serviços e o comércio internacional e as sociedades holding", acrescenta.

Segundo o comunicado o CINM regista de momento 2.981 empresas nacionais e internacionais e tem conseguido captar investimento nos mercados italiano, espanhol, suíço e inglês, tendo-se revelado ainda um crescente interesse por parte de investidores sul e norte-americanos, da Europa de Leste e África.

A SDM é responsável pela gestão do CINM, que engloba ainda a Zona Franca Industrial e o Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR).

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #37 em: Outubro 02, 2010, 05:00:10 pm »
Eleições/Brasil: relações com Portugal sairão sempre favorecidas


O ministro dos Negócios Estrangeiros português acredita que as relações com Portugal serão favorecidas qualquer que seja o próximo governo brasileiro e que no essencial a política externa do país se vai manter após as eleições de domingo.

Luís Amado falava à agência Lusa à margem da reunião ministerial sobre o reforço da mobilização dos recursos financeiros para os Países Menos Avançados que decorre em Lisboa.

“Há uma identificação clara de objetivos estratégicos comuns que reforçam os interesses das nossas relações bilaterais, no quadro de uma parceria estratégica, entre um país que tem uma presença forte na União Europeia [Portugal] e outro que se está a afirmar na América do Sul e no sul em geral e que se constitui como parceiro da UE”, afirmou.

Para o ministro, as relações Brasil-Portugal são “únicas” e "serão favorecidas com qualquer Governo”.

Quanto à política externa brasileira, Luis Amado também não prevê que haja grandes alterações.

“Acredito que a política externa brasileira, depois das orientações que lhe foram imprimidas por Lula, deverá manter-se no essencial porque têm projetado o país no plano internacional com contrapartidas muito importantes do ponto de vista económico e comercial”, disse.

O chefe da diplomacia portuguesa acredita que, depois das eleições de domingo, vai ser mantida a “via de afirmação externa do Brasil com o grande ator global que lidera hoje um processo de afirmação”, apesar de serem necessárias adaptações curto e médio prazo.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #38 em: Novembro 25, 2010, 07:13:08 pm »
Crescimento do Brasil atrai atenção das metalúrgicas portuguesas


O crescimento "robusto" da economia brasileira está a atrair a atenção de empresas metalúrgicas portuguesas, disse hoje à agência Lusa um responsável pelo sector.

Pedro Carvalho, da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (Aimmap), que está a liderar uma missão empresarial a São Paulo, salientou as oportunidades que o Brasil pode oferecer ao sector português.

"Estamos a estudar as oportunidades, principalmente com o actual crescimento robusto [da economia] e grandes eventos que se aproximam", realçou, referindo-se ao Mundial de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos a serem organizados pelo Brasil.

Composta por nove empresas, a missão empresarial realizou diversos contactos ao longo desta semana com potenciais parceiros em São Paulo, com o apoio da consultoria portuguesa Market Access.
Pedro Carvalho avançou que a missão foi o "início de uma sondagem", mas que pelo menos três empresas participantes da missão já manifestaram o interesse de abrir unidades próprias no Brasil.

O responsável disse que o proteccionismo agrícola europeu faz com que outros países elevem os seus impostos de importação para produtos industriais da Europa, como forma de retaliação.

No Brasil, por exemplo, esses impostos variam entre 25 a 80% do preço final dos produtos industriais, diminuindo a competitividade de marcas europeias no mercado local.

A saída para contornar a cobrança destes impostos é a criação de uma unidade local, nomeadamente no sector automóvel, onde fabricantes de auto-peças precisam estar próximos do cliente final.

Pedro Carvalho salientou ainda que as exportações do sector metalúrgico e metalomecânico aumentaram 16% nos oito primeiros meses deste ano face ao mesmo período de 2009, para cerca de 5 mil milhões de euros.

"O nosso sector tem sido o sustentáculo actual da economia portuguesa, isoladamente exporta mais que os demais sectores da economia".

Os principais mercados são países europeus como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra, além de Angola, mais recentemente.

"Portugal precisa tirar proveito de sua localização geográfica, como fez há 500 anos, e aproveitar os laços históricos que nos unem ao Brasil", conclui.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #39 em: Junho 27, 2011, 06:23:39 pm »
Investimento português em empresas brasileiras cresce em Maio


O investimento direto de Portugal no capital de empresas brasileiras cresceu 22,2 por cento em Maio, para 22 milhões de dólares, contra 18 milhões de dólares no mesmo mês do ano passado. Entretanto, se for considerada a soma dos cinco primeiros meses do ano, os investimentos portugueses nas companhias brasileiras tiveram uma queda de 17,1 por cento, para 174 milhões de dólares, face aos 210 milhões de dólares no mesmo período de 2010.

Os dados fazem parte do relatório divulgado hoje pelo Banco Central do Brasil.

Segundo a nota, o total do investimento estrangeiro no capital das empresas brasileiras caiu 50,1 por cento em maio, em relação ao mesmo mês de 2010, para 3,2 mil milhões de dólares. Na comparação com os cinco primeiros meses do ano, houve uma subida de 69,9 por cento, para 26,5 mil milhões de dólares.

Descontados os retornos, o Brasil alcançou um saldo líquido de 2,2 mil milhões de dólares no investimento de estrangeiros em companhias do país em maio.

O retorno dos investimentos portugueses somou 4 milhões de dólares em maio, contra os 3 milhões de dólares em igual mês de 2010.

Nos cinco primeiros meses do ano, houve um retorno para Portugal 12 milhões de dólares investidos em empresas brasileiras. No mesmo intervalo de 2010, tinha havido um retorno de 80 milhões de dólares.

Portugal também registou um aumento dos empréstimos para companhias brasileiras, que passou de 35 milhões de dólares em maio de 2010 para 55 milhões de dólares no mês passado.

No período de Janeiro a Maio, o aumento foi de 5,9 por cento em relação a 2010, para 234 milhões de dólares.

A amortização dos empréstimos portugueses às companhias brasileiras manteve-se estável em maio, em 6 milhões de dólares. Nos cinco primeiros meses, os pagamentos caíram para 32 milhões de dólares, contra 37 milhões de dólares no ano passado.

Portugal ocupa o lugar 17º maior investidor no capital de empresas brasileiras, com 0,7 por cento do total de ingressos. Espanha e Estados Unidos, são alguns dos que encabeçam o ranking.

Em relação aos empréstimos intercompanhias, Portugal possui participação de 1,6 por cento no total e ocupa a 14ª posição.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #40 em: Junho 30, 2011, 01:00:32 pm »
Portugueses preferem férias a investir no Brasil


Portugal ocupa a sexta posição dos países com mais turistas em terras do Brasil e ocupa o 45º lugar como exportador. O investimento fica em 839,5 milhões de euros.

Brasil é uma verdadeira terra de oportunidades para os empresários portugueses. Multiplicam-se os exemplos de empresas portuguesas no país de Dilma Rousseff, mas as empresas brasileiras também começam a olhar para Portugal como uma excelente porta de entrada para o mercado Europeu. E o fraco crescimento económico da Europa e a relação privilegiada entre os dois países, sejam elas históricas ou culturais, potenciam esse mesmo reforço económico.

Mas, nem tudo está a correr de feição para o lado português. Para já os portugueses preferem fazer férias do que exportar ou investir no Brasil. Esta é um das principais conclusões que se podem retirar quando olhamos para os indicadores económicos que definem as relações bilaterais entre Portugal e o Brasil. Senão, vejamos. Portugal ocupa o 45º lugar como exportador e, quando falamos sobre investimento, concretamente o líquido (investimento menos o desinvestimento) fixou-se num montante um pouco acima dos 839,5 milhões de euros em 2010. E quanto a destino turístico Portugal ocupa a sexta posição dos países com mais turistas a visitar as terras de Vera Cruz.

Olhemos então para os números. Segundo o World Investment Report 2010, verifica-se uma tendência de crescimento dos valores globais de Investimento Directo Externo (IDE) no Brasil a partir de 2005, tendo registado um aumento de 30% em 2008. Isso permitiu ao país passar de uma quota de 1,3% do total IDE mundial em 2006 para uma quota de 2,7% em 2008. Um resultado que representa um montante que ascende a 45,1 mil milhões de dólares e que colocou o Brasil na 14ª posição no ‘ranking' de países que mais receberam IDE em 2009. Refira-se ainda que, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, o Brasil, depois de ter sido o primeiro mercado de destino do investimento português em finais da década de 90 e início de 2000, apresentou períodos com ligeiras oscilações. Entre 2006-2010, o Brasil nunca desceu abaixo da 5ª posição (só registada em 2009) como país receptor de investimento, e evoluiu para o 3º mercado nos anos de 2006 e 2007 para voltar a cair um lugar (4º mercado) nos anos de 2008 e de 2010. Um resultado também muito conseguido por alguns investimentos turísticos portugueses no Brasil que tem como estratégia empresarial conquistar mais turistas lusos para aquele país. Investidores portugueses como o Grupo Vila Galé, Grupo Espírito Santo, Grupo Pestana, Dorisol, Oásis Atlântico, João Vaz Guedes, o Aquiraz Golf & Beach Villas no Ceará, como "o maior empreendimento turístico português", englobando oito hotéis, o Grupo Dom Pedro e a Solverde.

A par destes investimentos, temos a hidroeléctrica de Peixe Angical (no Estado do Tocantins) cuja construção foi da responsabilidade da EDP Energias do Brasil em parceria com a estatal Furnas, a par de outros investimentos da EDP e da Galp.

Trocas comerciais entre Portugal e Brasil

Também aqui os dados apontam para verdadeiras montanhas russas, sobretudo quando avaliamos a posição do Brasil como cliente de Portugal. Vejamos então por partes. Apesar do resultado positivo conseguido em 2010 com uma melhoria de quatro pontos no respectivo ranking (10ª posição), quando comparado com 2006 (14ª), os montantes das trocas comerciais entre os dois países têm pouca expressão. E quem o diz é a própria AICEP: "os fluxos comerciais envolvem valores relativamente baixos (sobretudo no caso das exportações nacionais)". Trocas comerciais que apresentam uma característica: estão muito concentradas numa gama reduzida de produtos (produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, minerais e minérios, produtos alimentares e metais comuns que, no seu conjunto, representaram 80,4% das vendas para este mercado) e apresentam um baixo índice de coincidência entre si. Em 2009, contaram-se 1.089 empresas a exportar para o Brasil, enquanto em 2005 foram 1.032, segundo o levantamento realizado pela agência de promoção do investimento (AICEP).

Em relação à emissão de turistas portugueses para o Brasil, e segundo o Ministério do Turismo daquele país, Portugal posicionou-se como mercado emissor em 6º lugar, em 2008 (depois da Argentina, EUA, Itália, Alemanha e Chile), com 222.558 turistas (4,4%), contra o 3º lugar que ocupou em 2007, ano em que foi responsável por 280.438 turistas (5,6%), embora o número total de turistas que visitaram o Brasil em 2008, ao contrário do registado a nível geral, tenha subido cerca de 0,5%, face a 2007.

Diário Económico
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #41 em: Julho 18, 2011, 10:03:54 pm »
Portugal regista excedente comercial com o Brasil em Junho


Portugal registou em Junho e pela primeira vez este ano um saldo comercial positivo nas relações com o Brasil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) brasileiro.

O azeite foi o principal produto exportado por Portugal para o Brasil, seguido do bacalhau.

Em Junho, Portugal exportou o equivalente a 55 milhões de dólares para o Brasil. Já as importações totalizaram 54 milhões de dólares. Com isso, a balança comercial ficou positiva em 1 milhão de dólares para Portugal.

O resultado deve-se, sobretudo, a uma redução brusca na venda de produtos brasileiros para Portugal. As exportações brasileiras caíram 82,5% em comparação com Maio e 60,9% em relação a Junho do ano passado.

A entrada de produtos portugueses no Brasil aumentou, mais em proporção menor na comparação em série. As vendas tiveram em Junho uma subida de 1,18% em relação ao mês anterior. Na comparação homóloga, houve um aumento de mais de 100%.

O arrefecimento da economia portuguesa e a valorização da moeda brasileira, o real, em relação ao euro e ao dólar ajudam a explicar os resultados da balança comercial.

No entanto, no acumulado dos seis primeiros meses de 2011, a balança comercial bilateral continua com saldo positivo para o Brasil, de 607 milhões de dólares.

De Janeiro a Junho, as importações de produtos portugueses pelo Brasil somaram 361 milhões de dólares, e as vendas para Portugal alcançaram 968 milhões de dólares.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #42 em: Agosto 18, 2011, 05:11:31 pm »
Tecneira ganha parque eólico no Brasil


A Tecneira, sub-holding para as energias renováveis do grupo português ProCME, ganhou uma licença para a instalação de um parque eólico no Brasil, um investimento de cerca de 74 milhões de dólares (51,8 milhões de euros). A ProCME avança, em comunicado, que o parque eólico será localizado em Paracuru, no Estado brasileiro do Ceará, e terá uma potência de 300 megawatts (MW).

Os trabalhos terão início em Janeiro de 2013 e "a exploração de energia, estimada em 124.392 MWh/ano, terá início em Março de 2014".

A Tecneira tem actualmente em operação e desenvolvimento, em Portugal e na Polónia, empreendimentos hídricos, eólicos, solares e de biomassa, num total de 240 MW.

O grupo ProCME já estava presente no Brasil, sendo responsável pela concessão de uma linha eléctrica de transmissão no Maranhão, de um contrato de manutenção de redes eléctricas com a Ampla (distribuidora de energia do Rio Janeiro) e pela construção e manutenção de redes de telecomunicações para a Telefónica.

Além do Brasil, o grupo português está presente no Peru, Chile, Colômbia, França, Angola, Polónia, Cabo Verde e África do Sul.

O grupo ProCME emprega mais de mil trabalhadores e gera um volume de negócios de cerca de 300 milhões de euros, segundo a informação disponível na sua página na internet.

Além da Tecneira, o grupo integra a CME - Construção e Manutenção Electromecânica (empresa de prestação de engenharia de construção) e a ProRESI (aterro para resíduos industriais não perigosos, situado na Ota, Alenquer).

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #43 em: Setembro 03, 2011, 12:58:07 pm »
Exportações para o Brasil cresceram mais de 50% até Julho


A fugir da crise na Europa, os empresários portugueses focaram-se no mercado brasileiro, o que levou a uma alta de 50,6% nas exportações para o Brasil, apenas nos primeiros sete meses do ano. De acordo com Arlindo Varela, representante da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, o crescimento ocorreu em função de um "redireccionamento" das exportações portuguesas, tradicionalmente voltadas para os parceiros europeus.

"Portugal sempre teve como foco de seu comércio exterior a União Europeia, com praticamente 80% de suas exportações destinadas aos parceiros europeus. Agora, com a redução do consumo nesses países, devido à crise, isso despertou o interesse em expandir as vendas no Brasil", explicou Varela à Lusa.

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro, o volume total negociado entre os dois países, no primeiro semestre deste ano, foi de 1,32 mil milhões de dólares (cerca de 574 mil milhões de euros), o que representou uma alta de 52 por cento em relação ao montante contabilizado no ano primeiro semestre do ano passado.

"O aumento ocorreu dos dois lados. Tanto Brasil exportou mais para Portugal, quanto Portugal exportou mais para o Brasil. Nossa balança comercial sempre fica superavitária para o Brasil, porém, proporcionalmente, tem havido um aumento maior das exportações portuguesas", destaca.

A considerar os sete primeiros meses do ano, de janeiro a julho, houve um aumento de 52,91% nas exportações brasileiras para Portugal, acompanhados de uma alta de 50,64% das exportações portuguesas para o Brasil.

O crescimento expressivo - que ele vê como uma tendência a ser esperada também para os próximos meses - teve ainda mais peso para Portugal, proporcionalmente, durante o passado.

Em 2010, as exportações portuguesas para o Brasil cresceram em 33%, em relação a 2009, enquanto as exportações brasileiras para Portugal aumentaram em 18%, na mesma base comparativa.

Varela explicou que os empresários portugueses tanto passaram a explorar mais os mercados nos quais já actuavam -- com destaque para produtos básicos e alimentos, como azeite, vinhos e bacalhau - como começaram a buscar outros nichos, até então pouco explorados.

"O Conselho realizou uma pesquisa e formulou uma lista dos mercados em que havia potencial de crescimento para produtos portugueses. São produtos que Portugal produz e o Brasil consome, mas ainda não compravam de fabricantes portugueses", explica.

A lista à qual se refere possui quase 50 itens que vão desde peixes secos e salgados (além do bacalhau) até peças de aparelhos eléctricos e electrónicos. A intenção é seguir o ritmo e buscar ainda novos sectores inexplorados.

Para tanto, ele lembra que no próximo dia 16 se realizará, no Rio de Janeiro, o 6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal, que conta com o apoio do Conselho das Câmaras portuguesas.

O evento, que se tem realizado a cada dois anos, servirá como plataforma de debate para discutir as oportunidades de negócios entre os dois países, com foco nas potencialidades que virão a partir dos dois grandes eventos desportivos que o Brasil sediará em 2014 e 2016.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Brasil
« Responder #44 em: Setembro 17, 2011, 01:48:58 pm »
Ministro pede ao Brasil para investir em Portugal


O ministro da Economia pediu ao Brasil para investir em Portugal, destacando a energia e os transportes como sectores de aposta.
Álvaro Santos Pereira falava no 6.º Encontro de Negócios Portugal/Brasil, no Rio de Janeiro, e aproveitou para convidar os empresários brasileiros a olhar para as «diversas oportunidades» que Portugal oferece, como a indústria naval, a aeronáutica, os transportes, a energia e a construção.

«Este é o momento ideal para investir e para apostar nos mercados financeiros. Este é o momento ideal para agarrar oportunidades de negócios, e desenvolver parcerias estratégicas empresariais», afirmou o ministro, citado pela Lusa, numa altura em que o país terá de realizar privatizações em algumas dessas áreas.

Na indústria naval, o Álvaro Santos Pereira referiu a «posição de destaque mundial como produtor e consumidor» e a «mudança histórica» que Portugal se prepara para fazer. Na aeronáutica, sublinhou as «oportunidades» do país no setor, desde a concepção à produção.

Também as plataformas logísticas, o «alargado conjunto de competências e expansão de enorme sucesso à escala global» na energia e a «capacidade operacional» das empresas de construção no «mercado lusófono» foram evidenciadas pelo ministro.

Portugal é, defendeu, uma «porta privilegiada de entrada na Europa» e um «parceiro ideal em África», uma vez que «passou de uma pequena economia a membro da maior economia do mundo em valor, com mais de 500 milhões de consumidores e uma força de trabalho de 240 milhões de pessoas».

Por isso, «o potencial do universo lusófono e das suas redes de negócios continentais é uma oportunidade» a que é preciso dar resposta, destacando os casos de Angola, Moçambique e Cabo Verde.

«Todos conhecemos, por exemplo, o potencial de negócios em Angola, que sobretudo desde 2003 é dos países com taxas de crescimento mais elevadas do mundo, mas lembro também que Moçambique cresce há 20 anos acima de sete por cento e que Cabo Verde é apresentado internacionalmente como um exemplo de estabilidade democrática e desempenho económico nos últimos 20 anos».

Reconhecendo a «relação privilegiada» entre os dois «países irmãos» e as «crescentes ligações» entre Portugal e Brasil, Álvaro Santos Pereira considera que há «muita margem» para alargar as parcerias. «O investimento entre os dois países permanece ainda bastante exíguo. Nos últimos 30 anos, Portugal investiu 27 mil milhões de euros no Brasil. Em 2010, este valor foi de 650 milhões de euros».

O governante disse ainda que «o investimento brasileiro em Portugal foi bem mais modesto» uma vez que, nas últimas três décadas, «o Brasil investiu 2.500 milhões de euros», o que significa que «Portugal investiu 10 vezes mais no Brasil do que o Brasil em Portugal» nesse período. No entanto, estes números «começam a dar sinais de que poderão estar a acabar», porque «nos últimos dois anos, o Brasil investiu tanto como nos últimos 30 anos» em Portugal.

Lusa