Talvez porque o custo de transporte em camiões seja aproximado ao transporte em linha férrea e sem os constrangimentos de cargas e descargas das carruagens?
Mas vocês decidam-se!
Um dia querem acabar com as unidades todas e concentrar tudo em Santa Margarida, no outro dia querem mini Regimentos de Transportes de Norte a Sul do país...
Então não é? Aquilo que é financeiramente lógico, é levar um camião de Lisboa para o Norte, para ir fazer "ponte" para um Pandur de um Regimento para Viana do Castelo. Deve ser por isso que quando é para transportar vários veículos, outros países, cujas FA são obviamente menos inteligentes e perspicazes que as nossas, optam por usar linha férrea.
E ainda não conseguiram contra-argumentar a ideia de ter o RTransp na BA6. Vão dizer o quê, que não é tão glamoroso como estar em Lisboa? Ou será o pseudo-independentismo, que faz com que haja quintinhas mono-missão em todo o lado, ao invés de aproveitar infraestrutura existente, com bastante espaço?
A última frase já é aquela típica de quem já não sabe o que dizer. Ninguém fala em concentrar tudo em Santa Margarida, nem em criar mini-regimentos. Agora ter um pequeno hub logístico militar na BA11, outro na BA6 e outro no AM1, é bastante diferente de andar a criar regimentos.
Mas como sempre, quando o tema é reorganizar o Exército (e FA em geral), vai sempre haver choradeira, e no fim continua tudo na mesma.
É isso que eu estou a dizer à canos, falam em fundir/unir/concentrar para passado 5 segundos estarem a falar em descentralizar tudo e um par de botas (por norma, unidades operacionais).
Para isso é preciso ter capacidade de compreensão. Consegues fundir e descentralizar ao mesmo tempo, se feito como deve ser. Consegues ter menos regimentos, e ao mesmo tempo, ter mais especialidades dentro dos regimentos existentes. E numa era em que "armas combinadas" é a norma, menos sentido faz cada especialidade estar no seu cantinho.
E dada a falta de pessoal, e que um dos factores para isto é a distância a casa, também não faz sentido ter unidades operacionais e de grande importância, nomeadamente as forças de elite, concentradas num só sítio, e rezar que a malta vá lá ter. Volto a frisar, ninguém de Faro vai largar a sua terra para ser Paraquedista, ninguém da Madeira vai largar a sua casa para ser Comando, e ninguém nos Açores vai sair de lá para ser Fuzileiro. Há excepções, mas a regra geral é esta, distância a casa + salários baixos/semelhantes aos de um supermercado a 5 minutos de casa, fazem com que isto aconteça.
Agora se me vão dizer que o EP não teria capacidade de ter, por exemplo, um Pelotão ou Companhia de Comandos no RI13, ou que não haveria capacidade de ter uma companhia de Fuzileiros no RI10, e outra no RG2, (tirando partido precisamente do factor casa, e conseguir reforçar estas unidades com pessoal, sem necessidade de criar regimentos novos), então mais vale extinguir as FA. Estamos a falar de unidades ligeiras, que não têm grande complexidade de meios.