Não sei se estará a referir-se também a mim, mas é melhor eu expressar melhor o meu ponto de vista. Eu não estou impaciente que esse tal futuro venha depressa e seja o presente, sei muito bem que para desenvolver uma plataforma destas com as capacidades necessárias e devidamente testado como deve ser vai demorar mais uma década. A minha (semi-)preocupação é que essa década passe e nós simplesmente pegamos e vamos comprar material ao estrangeiro.
Na minha opinião um UAV de patrulha marítima para complementar um avião de luta anti-submarina seria uma excelente oportunidade para desenvolvermos uma plataforma destas nacional visto que não temos necessidade de um UAV para andar a bombardear bases terroristas. Um projecto destes seria bom para criar um UAV comum às necessidades dos três ramos que embora o motivo por detrás do seu desenvolvimento fosse duplicar meios para a patrulha marítima seria também utilizado para dar apoio às tropas no terreno (reconhecimento, observação, posto de comunicações, talvez até reconhecimento armado) e apoio durante a época dos incêndios ou na ocorrência de acidentes ou desastres naturais.
Já quanto a substituir inteiramente um P-3 por um UAV é algo difícil devido aos sensores utilizados, mas para uma nação tecnologicamente avançada e a quem não falte financiamento não acho impossível. Seria claro necessário software capaz de interpretar os dados dos sensores tão bem quanto uma pessoa (e isto está ainda décadas de distância) ou largura de banda suficiente e com boa qualidade para enviar de volta para uma base onde aí seria avaliada a informação e dadas ordens ao UAV.
Cumprimentos,
Do pouco que eu sei do assunto, a investigação em Portugal sobre UAVs está a ser feita em várias institutições em conjunto, como por exemplo a Força Aérea, atravês do Centro de Investigação da Academia da Força Aérea em conjunto com várias universidades nacionais e internacionais e outras entidades ligadas à tecnologia e à aviação.
http://www.emfa.pt/www/po/afa/index.php ... ng=pt&op=2Se existirem outros projectos de UAV em Portugal que não sejam esses que eu indiquei, e que sejam mais complexos, agradecia que os indicassem pois desconheço-os, os que eu conheço é os da Força Aérea.
Dos projectos que parece existirem em Portugal acho que ainda falta um bom bocado para chegarmos a UAVs completamente capazes de substituir um P-3 (é o caso sobre o qual começamos a falar, além de este tópico ser sobre o P-3 e não sobre UAV, devia-se abrir um tópico sobre UAV para falarmos desta tecnologia no geral), mas por algum lado se tem que começar.
Em relação a um UAV comum aos 3 ramos das Forças Armadas, bem isso é muito relativo, depende do que é que cada ramo quer que o seu ou seus UAVs façam, é que se o Exército pode querer um UAV pequeno, para as suas unidades de infantaria o poderem transportar e utilizar facilmente no terreno, sem precisar de grandes meios de apoio logistico, mas também sem necessitar de grande autonomia.
A Marinha já pode querer um com mais capacidade, mais alcance, mais sistemas instalados, já pode ser maior pois não necessita de ser transportado por uma pessoa, mas pequeno o suficiente para não necessitar de pista para descolar, talvez um lançado por catapulta?
A Força Aérea pode querer um ainda com mais capacidade, alcance, que pode ter o tamanho que for necessário pois pode descolar de pistas em terra.
PS: Não sabia que o Global Hawk era tão grande, é do tamanho de um avião "a sério" :lol: .
Resumindo, o futuro próximo talvez vejamos a entrada nas Forças Armadas de UAVs pequenos, simples, baratos de construir, de utilização táctica, idêntico aos que eu pus acima para utilização por forças terrestres e forças navais, não para substituirem completamente os sistemas que existem actualmente, mas sim para se aprender à medida que se vão utilizado, faz-se um, usa-se, e vê-se o que é que se pode melhorar, aprender com os erros dos primeiros UAVs para os seguintes já serem corrigidos.
Em relação a UAVs grandes e complexos estilo o Global Hawk, acho que só em cooperação com outras nações, ai já não seria num futuro próximo, pois como estes sistemas são maiores, e mais complexos, também são forçosamente mais caros, por isso não vai ser algo que façamos isoladamente, na melhor das hipoteses será em cooperação com outras nações e adquiremos esses UAVs pouco depois das nações lideres no desenvolvimento desses UAVs, em hipoteses não tão boas é fazermos o que temos feito até agora com os aviões, que é ir comprar a outros paises.