Sistema de segurança português

  • 47 Respostas
  • 21234 Visualizações
*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
Resposta ao othelo
« Responder #30 em: Agosto 03, 2006, 12:09:35 pm »
Viva!

Sim é verdade, também há oficiais que são provenientes da carreira base sendo que alguns não têm licenciatura, mas também há oficiais de carreira base com licenciatura. Tens de reconhecer que sem licenciatura são muito poucos.

Mas o que eu defendo é a criação de uma força policial única, onde todos tenham lugar.

Quanto à necessidade de licenciatura, apenas concordo contigo em parte. Todos os dias saem das universidades "carradas" de licenciados, que acabam por não ter trabalho nas suas áreas. Então se estão disponíveis, porque não aproveitá-los para a polícia se eles assim o pretenderem? Podem não vir a ser os melhores polícias, mas engrandecem-nos a todos com os seus conhecimentos. Serão sempre uma mais valia.

Depois há crimes específicos, que só são possíveis de combater por alguém que tenho conhecimentos superiores na matéria. Esse combate não se compadece com curiosos (crimes informáticos, fiscais, etc).

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20276
  • Recebeu: 2999 vez(es)
  • Enviou: 2249 vez(es)
  • +1344/-3465
(sem assunto)
« Responder #31 em: Agosto 03, 2006, 02:21:21 pm »
Exactamente Lecavo e é por isso é que no último concurso que foi aberto para inspectores da PJ, havia vagas para pessoal com licenciatura em psicologia, gestão, etc.

Eu sei, não sou capaz de calar-me com a PJ!  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

othelo

  • 46
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #32 em: Agosto 06, 2006, 12:46:06 am »
Pelo contrário Lecavo, a maioria dos Subcomissários da carreira de base ñ tem licenciatura, mas em contrapartida a grande maioria tem um bom conhecimento prático das questões de Policia.

As opiniões valem o que valem, e a minha não é excepção, mas continuo a dizer que não vale a pena ter um licenciado, se este não tiver espirito para desempenho da função, alem disso posso afirmar que nem sempre os melhores entram, e dou-te o exemplo de uma minha familiar, formada em psicologia forense, com uma das melhores notas do curso, o 3º efectuado nas faculdades portuguesas, e que quando quis concorrer à PJ disseram-lhe que não podia pois ñ tinha altura.
Se a PJ é uma policia essencialmente "intlectual" acho este critério à data, era descabido (acho que actualmente já ñ é critério de selecção), mas enfim, é um dos critério.

Sabes que Portugal é dos poucos paises Europeus, onde se dá tanto valor a uma licenciatura para entrada no mercado de trabalho? Na maioria dos paises desenvolvidos, dá-se primazia e preferência à experiência do trabalhador, não sendo raro ver não licenciados a comandar licenciados e a serem incentivados a progredir na carreira e nos estudos, referentes à sua área profissional, sendo flagrantes exemplos  a Noruega, Suécia, Holanda e até Espanha, pelo que podemos afirmar que nesses paises vê-se a licenciatura como uma valorização primeiro pessoal e cultural e só depois profissional.
Já reparas-te na saida que os actuais cursos técnico profissionais estão a ter quer junto dos estudantes, quer junto das entidades empregadoras? Isso alguma coisa quer dizer.
Sou da opinião que cada profissão tem que ter uma formação especifica e especializada para cada área de trabalho, como aliás começa a acontecer na PSP, sendo que, e isso é evidente, tem que existir sempre uma "escolaridade obrigatória".
Sabes que está provado que para incentivar a formação e o desenvolvimento profissional e até pessoal, todo e qualquer curso de formação deve ser aberto a todos aqueles que demonstrem ter capacidades e vontade de os frequentar, isso obriga a desenvolver um espirito competitivo, o que leva ao estudo, e por isso ao desenvolvimento profissional e pessoal.

A propósito, sabes que os melhores técnicos de informática e comunicações que a PJ tinha até à algum tempo atrás, eram técnicos sem formação superior?
Olho por Olho, Dente por Dente
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #33 em: Agosto 06, 2006, 12:50:01 am »
Citação de: "othelo"
Sabes que Portugal é dos poucos paises Europeus, onde se dá tanto valor a uma licenciatura para entrada no mercado de trabalho?


Junto com Portugal estão pelo menos França e Alemanha, e provávelmente mais..
 

*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #34 em: Agosto 06, 2006, 12:50:00 pm »
Viva!

É curioso, mas Portugal é o país mais pobre do todo o grupo da frente na EU. É também o mais atrasado em termos tecnológicos, de organização do estado, etc. Acho que não é necessário enumerar aqui todos os nossos factores de atraso em relação ao grupo da frente. É também curioso que somos o país com menos licenciados! Será que isto tem alguma coisa a ver? Eu acho que sim. Já vi várias estatísticas sobre o nº. de licenciados em cada país, agora não faço ideia onde, mas certamente se procurarmos damos com esses nºs. e a Espanha tem, em termos percentuais, claro, muitos mais do que nós (julgo que o triplo!,  se alguém tiver facilidade em obter esses nºs. seria interessante compará-los, já que os países do norte da Europa têm percentagens elevadíssimas). Portugal não tem investido tanto quanto devia na formação. Tem praticado uma série de politicas tremendamente erradas, mas isso é outra conversa.

Quanto à competitividade, concordo contigo. Na verdade prefiro trabalhar com um indivíduo muito motivado e com menos formação que outro que não tenha motivação nenhuma (então se tocar ao rasgadinho….), mas que se esforça de verdade. Mas repara, tirando casos excepcionais em que as pessoas deixaram de estudar por factores externos à sua vontade, todos os licenciados são em princípio mais competitivos ou pelo menos mais perseverantes que os não licenciados, já que estes desistiram de lutar para conseguir esse objectivo (eu não sou licenciado). É um conceito errado julgar que a formação superior não é necessária ou pelo menos pode ser dispensada. Um indivíduo com formação superior se for tão “combativo” como outro qualquer, vai certamente obter melhores resultados. Se extrapolarmos a coisa para outros países, repara que nos “States” o FBI só admite licenciados. O mesmo se passa em muitas polícia europeias. Todos devem ter lugar na sociedade, mas concordo que as instituições devem dar primazia a indivíduos com mais formação. Como disse anteriormente, se andam por aí licenciados ás “carradas” e querem vir para a “bófia”, porque não aproveitá-los? Seria um disparate rejeitá-los.  

Falas-te no caso dos técnicos de informática da PJ que até à poucos anos não eram licenciados. Então põe-te no lugar de um qualquer empregador: Necessitas de um técnico de informática/computadores, tens pela frente dois indivíduos, um com o 12º. Ano e bastante curioso em informática/computadores, desenrasca-se bem (até é bastante motivado). O outro acabou de sair da universidade (tem cara de fuinha, magrinho, meio enfezado até) com média final de 16 ou 17 num curso qualquer de informática. Qual escolhias?  

PS: Claro que esse critério da altura para uma psicóloga!!!!!!!! É um autentico disparate. Nem merece comentários. Mas mais uma vez é o país que temos. Possivelmente é por termos poucos licenciados..LOLOLOLO


Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11097
  • Recebeu: 2356 vez(es)
  • Enviou: 3271 vez(es)
  • +741/-1033
(sem assunto)
« Responder #35 em: Agosto 06, 2006, 06:28:16 pm »
No caso da Força Aérea actualmente para se ir para oficial contractado (os oficiais do quadro permanente vem da Academia) tem que se possuir um curso superior e de preferencia o curso idêntico à sua função na Força Aérea como por exemplo Administração, Engenharia Electrotécnica, Engenharia Aeronautica, etc, etc...
Só numa especialidade é que basta possuir o 12º ano, Piloto.
 

*

othelo

  • 46
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #36 em: Agosto 09, 2006, 09:10:09 am »
Não interpretem mal o que disse. Acho que a licenciatura é sempre uma mais valia quer para a pessoa, quer para quem a emprega.

Marauder, estás enganado, embora a Alemanha tenha um grande numero de licenciados, nesse pais, a preferência para entrada no mercado de trabalho, é dado à experiência e capacidades das pessoas.
Incentiva-se a progressão através da formação especifica para a área, e dá-se grande importância aos cursos que cá se chamam "técnico-profissionais", embora lá, e segundo sei, estes variem em duração de formação e dão equivalência conforme essa duração a um ou dois anos de formação universitária.

Lecavo
Nenhum licenciado quer vir para a "Bófia", são obrigados pela falta de entradas na área em que são formados, e isso reflecte-se na disponibilidade, relacionamento e vontade que demonstram ter, e olha que sei do que estou a falar, é claro que existem sempre excepções.

A propósito, um dos melhores técnicos de infomática q a PSP tem, não é formado, mas tem mta vontade de aprender e tem aprendido com os engºs informáticos que cá estão em serviço e actualmente deve estar em termos de hierarquia em terceiro ou quarto lugar (neste momento passou a técnico civil).
Eu digo que a teoria é uma coisa e a prática outra. Quantas vezes é que já deste de frente com uma situação, cuja resolução pouco tem a ver com aquilo que t ensinaram? É claro que, desde que adaptada à função, a base teórica é sempre necessária e imprescindivel, embora tenhamos que admitir que a grande maioria dos curriculos dos cursos ministrados em Portugal, estão desadequados da realidade laboral, salvando-se os curriculos da maior parte dos cursos técnico-profissionais.

Defendo tanto estes cursos, porque já verifiquei in-loco a mais valia que representam e as áreas curriculares que ministram aos formandos e olha que frequentei o 1º ano de direito, embora não saiba se ir só aos primeiros meses de aulas a isso se possa chamar "frequentar"
Olho por Olho, Dente por Dente
 

*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #37 em: Agosto 09, 2006, 10:56:38 am »
Viva!

OTHELO

Eu também nunca disse que vir para a PSP ou GNR era a primeira opção de um recém-licenciado. Claro que depois de acabarem os seus cursos têm de se fazer à vida e se não há trabalho na sua área, têm de o procurar onde há. Alguns virão a ser muito bons polícias, outros assim-assim e haverá outros que nunca vão prestar para nada, que apenas vão fazer número. Mas sempre assim foi (quer com licenciados, quer sem licenciados) e infelizmente sempre assim será. Em todas as incorporações há pessoal que desiste logo na escola. Alguns dos que chegam a ser polícias, ao fim de algum tempo a dar no duro, acabam por se ir também embora, ou porque não se adaptaram; ou porque não aguentaram o esforço exigido e o risco; ou porque não era bem aquilo que queriam; ou porque julgavam que ser polícia era outra coisa, era ter mais prestígio na sociedade, do que na verdade tem; era ter um vencimento melhor; era trabalhar apenas durante o dia; era não trabalhar aos fins-de-semana (aconteceu com um colega da minha escola - que só trabalhou um mês, foi-se logo embora!!!! O rapaz era de Lisboa, mas não devia sair à noite e ao fim-de-semana -  lolololol); etc.

Depois há aqueles que não se adaptam, mas que por inércia, comodismo, por não aparecerem oportunidades melhores lá fora ou outra coisa qualquer, embora não gostando de estar na polícia, se deixam ficar e se vão arrastando pelo tempo. Sabes bem que há disso. Mas isso não é apenas uma característica da PSP/GNR ou outra. Isso é comum a todos os serviços públicos (e possivelmente também nos privados). Não julgues que no ministério da educação, só para dar este exemplo, todos os professores e funcionários estão altamente motivados. Também pulula por lá muita gentinha que não anda lá a fazer nada.  

Se fosse dado mais prestígio à condição de agente da autoridade (como acontece nos outros países), melhores condições de trabalho e melhores vencimentos, ias ver que a PSP/GNR passava a estar no topo de preferências de muita gente, mesmo com a envolvente risco de vida. Repara que o curso de oficiais de polícia tem muitos candidatos, há sempre milhares a querer entrar. Porque será? Certamente por tudo o que oferece ao futuro oficial de polícia. Nada parecido com os agentes, que têm um longo e penoso caminho pela frente, até chegar à reforma (se lá chegarem!!!!!!).

Um abraço.  

Um abraço.

--Lecavo
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #38 em: Agosto 09, 2006, 10:59:04 am »
Citação de: "othelo"
Marauder, estás enganado, embora a Alemanha tenha um grande numero de licenciados, nesse pais, a preferência para entrada no mercado de trabalho, é dado à experiência e capacidades das pessoas.
Incentiva-se a progressão através da formação especifica para a área, e dá-se grande importância aos cursos que cá se chamam "técnico-profissionais", embora lá, e segundo sei, estes variem em duração de formação e dão equivalência conforme essa duração a um ou dois anos de formação universitária.


Sim, correcto, a especialização, que começa pelo diploma no meu entender. A Alemanha não é como o RU, que com um diploma em artes ou literatura clássica se pode entrar para cargos diferentes. Certamente é diferente da França, onde o diploma tem imensa importancia, mas ainda tem alguma, porque como voce disse e muito bem, eles prezam mais pela especialização. Não digo que a experiencia seja negligenciada, apenas que, para serem considerados especializados, isto passa também por licenciaturas, mestrados, doutoramentos dentro de determinada área.
 

*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #39 em: Agosto 14, 2006, 10:10:14 am »
VIva!

Marcar passo contra o terrorismo
Desde a presidência inglesa da União Europeia, no segundo semestre de 2005, que os Estados membros aceitaram criar mecanismos internos de combate ao terrorismo. O objectivo é organizar rotinas que permitam trocas de informação e acções concertadas com vista à prevenção e desarticulação de grupos extremistas. Os ataques que, segundo a Scotland Yard, estavam previstos para voos com partidas ou chegadas a Inglaterra mostram bem que a cooperação internacional é cada vez mais necessária e que as ligações entre as autoridades de diferentes países têm de ser célebres e eficazes.
Segundo o EXPRESSO apurou, Portugal ainda não aprovou qualquer protocolo nesse sentido. Deverá fazê-lo em breve, pondo o SIS e a PJ a coordenarem as operações, nomeadamente as de recolha de informações. O que espanta é que já tenham passado oito meses sobre o fim da presidência britânica e por cá tudo continue como se nada se tivesse passado. Espanta, mas percebe-se, ou não fossem conhecidos conflitos entre polícias – e desacordos entre ministros - por questões de protagonismo no combate à criminalidade.
 
J.G.
Publicado sexta-feira, 11 de Agosto de 2006 22:51 por Expresso Multimedia

-- Quando digo que a única via lógica a seguir é a criação de um corpo único de polícia, é baseado em factos como este.

Mas não se pense que este é um assunto (ou caso) único, nada disso, isto ocorre diariamente com outros aspectos da “nossa” criminalidade. Tenho vindo a afirmar que o nosso principal inimigo (aquele que pode pôr em causa a nossa segurança e bem estar a nível nacional) é o terrorismo internacional representado pelos actuais grupos islamitas. Essa ameaça é tão grave/importante (ultimas notícias sobre atentados a transportes aéreos), que não podemos, nem devemos perder tempo a discutir migalhas, senão corremos o risco de mais tarde nos arrependermos de verdade. Embora também não se deva descurar o combate à criminalidade interna, em franco crescendo e cada  vez mais organizada, aproveitando ao máximo esta divisão entre as polícias. A organização e articulação internacional dos grupos terroristas árabes é tal, que quem tem de os investigar e enfrentar tem de estar muito bem organizado. Esta máquina tem de estar muito bem oleada, não pode ter “perdas por atrito”. Esta proliferação de corpos de polícia são um atrito enorme, nesta máquina já de si pouco rendosa.

Um abraço.
Um abraço.

--Lecavo
 

*

Bravo Two Zero

  • Especialista
  • ****
  • 1007
  • Recebeu: 13 vez(es)
  • Enviou: 16 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #40 em: Agosto 17, 2006, 10:20:33 pm »
No DD:




Citar
Admissões à GNR passam a ser feitas em concurso anual único

As admissões na Guarda Nacional Republicana (GNR) passam a ser feitas num concurso anual único, de acordo com um decreto-lei aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros.
«O número de candidatos que observam o requisito legal de tempo de serviço militar em Regime de Voluntariado e Contrato (RV/RC) é muito inferior ao número de vagas postas a concurso anualmente, não se justifica a abertura de dois concursos - um normal e outro excepcional com dispensa daquele requisito, para preenchimento das vagas remanescentes do primeiro -, sendo preferível a abertura de um único concurso para todos os cidadãos que pretendam ingressar na GNR e preencham as demais condições legais», refere o comunicado.

«O número de vagas a reservar aos titulares do incentivo à prestação de serviço militar, com um limite mínimo de 30% das vagas postas a concurso» será fixado por despacho, acrescenta o texto.

O decreto hoje aprovado altera também «o descritivo das funções de oficial, permitindo a atribuição do comando de destacamentos a oficiais com o posto de major, sempre que a sua localização estratégica, a dimensão territorial ou a maior sujeição a factores críticos de insegurança o justifiquem».

17-08-2006 20:09:54



http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=239903
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #41 em: Setembro 09, 2006, 09:28:00 pm »
Viva!

O texto que se segue, foi-me enviado via mail por um colega. Não sei onde o foi buscar.

                               ---- Texto em referência -----


As trapalhadas de A. Costa e a P.J.


       Já se sabia da falta de jeito para funções políticas do actual Ministro da Justiça (MJ), Dr. Alberto Costa (AC) e do horror que tem às forças policiais ("esta não é a minha polícia" - chegou a dizer noutra encarnação como ministro da administração interna), desde jovem universitário quando teve que gastar algumas solas fugindo à autoridade e lamber as feridas de contactos menos macios de cassetete nas suas zonas lombares, em virtude das lutas estudantis em que se envolveu.
       Sabendo-se tudo isto carece de compreensão porque o actual Primeiro-Ministro decidiu convidá-lo para fazer parte do actual governo uma pasta que se adivinhava assaz complicada. Deve ter sido para ele subir a nota …
       No "nó górdio" em que se transformou a Justiça portuguesa, fruto de estruturas e doutrinas erradas que ninguém se atreve a denunciar, nem o MJ consegue desatar seja o que fôr e muito menos tem força para sacar da espada e cortar o nó ao meio. Não contente com isto foi arranjar maneira de destabilizar a PJ, uma das poucas organizações no País que apesar da carência de meios, funciona razoavelmente. E a prova disso é o fluxo contínuo de gente presa, droga apreendida, contrabando capturado, quadrilhas desmanteladas e corrupção denunciada. A maioria das investigações chega a bom porto. E outros seriam os resultados, caso os seus quadros não estivessem reduzidos, há anos, a cerca de metade, não houvesse tanta instabilidade na sua chefia, as leis não fossem tão permissivas, o desbragamento da sociedade tão extenso e a falta de autoridade do Estado tão omnipresente. E, já agora, se houvesse outro empenhamento político …
       Bom, em abono da verdade, esta crise não cai apenas no MJ. Ela resulta também da acção do seu colega do MAI  e homónimo Dr. António Costa.
       A crise ao que sabemos, tem origem em duas questões de premência temporal, mas escora-se em razões de fundo que vêm de trás.
       As questões próximas têm a ver com, a rivalidade/incompatibilidade entre os dois ministros já citados e entre AC e o pretérito Director da PJ, nomeadas pelo anterior governo, ainda que com o acordo do PS.
       Neste último caso resta saber se o conselheiro Santos Cabral (porque será que nunca é um polícia a ser nomeado para director da PJ?!), se foi embora por falta de verbas para o funcionamento da polícia ou se asfixiaram financeiramente a polícia para ele se ir embora …
       A outra questão tem a ver com a proximidade de uma inspecção de uma "Agência Europeia" ("SIRENE") que lida com a Convenção de Aplicação dos Acordos de Shengen. As últimas inspecções efectuadas por várias agências da UE revelaram graves lacunas na coordenação relativas à cooperação internacional por parte de Portugal, o que levou o MAI a querer intervir em várias áreas a fim de precaver o desfecho da próxima inspecção.
       Sem embargo, os problemas que afectam as diferentes polícias são muitos e são de carácter estrutural. E há um problema de dimensão. Isto é, o Portugal do Minho a Timor deu lugar ao Portugal do Minho ao Corvo e houve uma quantidade de estruturas que não "encolheram" em função disso (a única que de facto se tem remodelado -  e muito - é a Instituição Militar e só dela se ouve constantemente dizer que é preciso reestruturar!). Quando acabaram com a Guarda Fiscal mantiveram uma Brigada Fiscal na GNR e ainda não se conseguiu articular aquela, com as diferentes missões da Armada que lhe são afins; e após a extinção da PIDE/DGS criaram-se três organizações para a substituir: o SIEDM, o SIS e o SEF! A PSP e a GNR, têm cada uma delas, mais efectivos que o Exército! E ambas mais homens que os três ramos das FAs!
       Cada um daqueles corpos militares e de segurança, multiplicam órgãos especializados em fazerem as mesmas coisas que os outros fazem (ex, o GOE da PSP, o COE da GNR; a URT da PJ, etc.).
       Para além disso enxameia-se o horizonte de "apêndices": as polícias municipais; um "batalhão" na GNR para combater fogos, a polícia florestal, os guardas-nocturnos, etc. E quando o perigo aperta, como foi o caso do terrorismo lá se cria mais uma estrutura: o Gabinete Coordenador de Segurança. Falta ainda referir a coordenação necessária entre as alfândegas, a GNR e a PJ, relativa ao contrabando…
       Junte-se a isto a articulação com a Magistratura e o Ministério Público (que não morrem de amores um pelo outro!), e misture-se com a invasão das diferentes polícias, do MAI e do MJ, etc., por licenciados civis em áreas que não lhe são afins e "boys" dos partidos que se alternam no poder, e teremos a verdadeira fotografia do desastre em que isto tudo se transformou. É claro que o facto do crime aumentar; a segurança diminuir; a justiça ser confundida com o exercício delatário do Direito; a crença dos cidadãos nos serviços do Estado estar pelas ruas da amargura, ou as diferentes experiências pedagógicas e filosóficas com que inundaram a sociedade se terem revelado uma falácia por completamente desajustadas à natureza humana e à maneira de ser dos portugueses, tal não parece ter incomodado a consciência dos responsáveis. O problema agora é que não há dinheiro e por isso vai ser preciso fazer alguma coisa.
       Mas como os erros foram muitos, a autoridade é pouca, o "complexo de quinta" impera, e o saber também não parece muito, não se sabe por onde pegar. Esqueceram-se há muito que as estruturas para funcionarem têm que ser simples, ter liderança, linhas claras de autoridade, níveis diferenciados de decisão. Não há maneira de se perder o péssimo hábito de atacar efeitos em vez de causas e quando um organismo não funciona, em vez de se lhe mexer a sério, cria-se outro paralelo!
       E há coisas que são delicadas de se mexer, sendo necessário conhecer muito bem as organizações a reorganizar. Por exemplo, falar em mudar a PJ para o MAI ou acenar-lhes com qualquer integração com a PSP é estar seguramente a comprar uma "guerra" de proporções inauditas. E a razão é simples: não deve haver na PJ dois funcionários que lhes passe isso pela cabeça (se quiserem saber, perguntem-lhes porquê?).
       Ora o que não falta na problemática actual são áreas sensíveis para além da questão magna de quem abocanha o quê a quem, vamos tentar enumerar algumas em termos simplistas:
       - a questão da investigação criminal
       - a questão das informações
       - a questão da tomada de reféns
       Sobre nenhuma das três há qualquer tipo de entendimento.
       Quanto à questão da investigação criminal há quem na PJ defenda possuir um "corpo de investigação" com a responsabilidade de investigar os crimes mais complexos e o crime organizado, pretendendo ainda centralizar toda a informação criminal.
       A PSP e a GNR, ficariam com a segurança pública e com a investigação de crimes mais simples e de âmbito local; na PSP defende-se a existência de uma polícia única (que não eles); na GNR sustenta-se (solução francesa), a existência de duas polícias com a mesma competência e funções, uma rural e suburbana, de base militar e outra urbana (civil).
       Quanto à informação, existem dois ficheiros nacionais relativos a criminosos, um na PJ e outro na PSP, mas muita outra informação anda dispersa por vários organismos. O problema fundamental (e crucial!) é o de integrar a informação, tratá-la e difundi-la segundo as necessidades de cada operação ou investigação. Mas não existe entendimento mínimo sobre isto. Parece, pois, lícito pensar, que ninguém confia em ninguém e ninguém manda.
       Relativamente à tomada de reféns esta regista três níveis de actuação: a negociação, a intervenção e a decisão. Sobre isto também ninguém se entende. Ou seja, todos eles, a PJ, a PSP e a GNR, têm negociadores, unidades de intervenção e têm também quem decida. Aparentemente não se consegue formar uma única equipa homogénea e interdisciplinar. E pôr alguém a comandá-la. Estão a ver não estão?
       Ora, parece-nos, que o papel dos senhores ministros, no meio desta "babilónia" era o de se entenderem e dialogarem com quem destas coisas tem saber de experiência feito e conhece a realidade nacional. Finalmente, harmonizar a implementação das decisões tidas por melhores. Em vez disto, degladiam-se e encomendam estudos. Muitos estudos, que custam muito dinheiro.
       O último parece ter sido encomendado pelo MAI ao ex-MAI Dr. Severiano Teixeira que tenta estudar vários modelos existentes a nível europeu, havendo alguma apetência pelo modelo belga, que extinguiria a PJ e obrigaria a uma "melée" entre a PSP, a GNR e o SEF.
       Azar dos Távoras: diz quem sabe que este modelo deu péssimo resultado na Bélgica e por cá já teve o condão de incendiar as hostes.
       Isto de se tentar copiar modelos estranhos para a realidade portuguesa tem-se revelado um enigma recheado de péssimos resultados. E copiar a Bélgica é, em termos gerais e em todos os âmbitos, uma infelicidade idiota. Se há país (europeu) nos antípodas do nosso esse é justamente a Bélgica.
       Isto revela entre outras coisas, um provincianismo e menoridade mental atávicos.
       Para quando uma solução portuguesa?


João José Brandão Ferreira
Tcor/Pilav (Ref.)
Comd. de Linha Aèrea
brandaof@sapo.pt

 
                                       ------- Fim de texto em referência ------


   Depois de ter lido com grande atenção o texto acima, que espelha a opinião do sr. Tcor/Pilav (Ref) e Comandante de Linha Aérea, sói dizer-se que:

   1º. O sr. Está relativamente bem informado quando ao que se passa dentro das Diversas Forças Policiais.

   2º. Esqueceu-me de uma terceira base de dados, que é a pertencente aos tribunais (embora neste caso especifico a PJ também tenha acesso – mas as restantes forças polícias não!)

   3º. Na verdade parece que apenas a PSP aceita com alguma passividade a unificação das forças policiais. Já que tanto a PJ como a GNR (os seus dirigentes) não têm demonstrado grande entusiasmo por essa via.

   4º. O modelo Belga é igual ao Austríaco; ao Luxemburguês e ao Grego.

   5º. Na minha opinião não há necessidade de copiar qualquer modelo, já que bastava extinguir todas e criar um novo de raiz, em que todos teriam lugar, consoante a sua formação e o cargo que ocupavam na força policial a que pertenciam antes da sua extinção.  

   6º. “ Isto revela entre outras coisas, um provincianismo e menoridade mental atávicos. Para quando uma solução portuguesa?” – Ou me engano muito, ou vamos esperar mais uns anitos e continuar a gastar rios de dinheiros, ou então vão fazer um facelift às duas forças policiais mais numerosas (PSP e GNR), só para tapar o sol com a peneira, à boa maneira portuguesa. No final das contas, fica tudo na mesma.
Um abraço.

--Lecavo
 

*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #42 em: Setembro 10, 2006, 09:48:03 pm »
Viva!

Mais uma achega, desta vez foi-me enviada via mail pelo Foxtrotvictor.

Hay que seguir dando pasos para hacer el camino

Reformas tímidas para un sistema policial obsoleto


El Consejo de Ministros prosigue su tímida reforma del obsoleto sistema policial español. En el 2004 se creó el Comité Ejecutivo del Mando Unificado (CEMU) o, lo que es lo mismo, el teórico instrumento de coordinación e intercambio de informaciones entre la Policía y la Guardia civil. Ahora acaba de aprobar un decreto por el que reforma la estructura orgánica del Ministerio del Interior y, entre otras cosas, crea una Dirección General en la que se refunden las actuales Direcciones Generales de la Policía y de la Guardia Civil.

Se justifica esta medida aludiendo al compromiso electoral del PSOE de unificar las cuerpos policiales estatales, lo cual es doblemente positivo. Por un lado, por lo que tiene de ejecución del contrato que los elegidos ofrecieron a sus electores. Resulta igualmente positivo porque comporta proseguir, aunque con exasperante lentitud, la superación de un modelo policial centralista, a la par que disperso, abandonando una concepción que ya era muy conservadora, la de España rural de mediados del siglo XIX.

En cambio, sorprende el poco alcance material de la reforma. Es más, no se atisba ningún cambio operativo inmediato. Expresamente, la normativa establece que las dos estructuras policiales del Estado se mantienen intactas. Si el único alcance que se pretende dar a esta reforma es el de la coordinación y cooperación entre cuerpos policiales, surge una pregunta obvia: ¿qué función desempeña la Secretaría de Estado de Seguridad, creada hace casi 25 años con esa capital función?

¿Atentado contra España?
Lo que ha demostrado el actual sistema es que la cacareada coordinación y/u otras formas eufemísticas de poner a trabajar en cooperativa lealtad y no en hostil competencia a los cuerpos policiales está abocada al fracaso, si se mantienen las estructuras actuales. Sin dejar de tener en cuenta las resistencias corporativas y personales a los cambios en cualquier servicio público, en lo que afecta al sistema policial español topamos con un hueso duro de roer y una oposición feroz. Las furibundas críticas de los sacerdotes del culto al dios del peor imposible pretende hacernos creer que coordinar de una vez por todas –cosa que está aun por ver- a la Guardia Civil y a la Policía es un atentado al ser mismo de España. Ello supondría politizar ambas instituciones, poniendo al frente de ambas, especialmente de la primera, venales y corruptos comisarios políticos cuya misión capital sería la de tapar los escándalos pasados, presentes y futuros del Gobierno actual, escándalos que parecen pivotar sobre el 11-M. No menor relieve tendría descomponer la Guardia civil al arrebatarle la naturaleza militar.

Vayamos por partes. Dejando de lado la tediosa cantinela de España se rompe, mayor valor retórico, que no jurídico, tiene la alusión a que la potencial desmilitarización de la Guardia Civil tendría como consecuencia la entrega de España a sus enemigos. Aun sin ver la ligazón entre ambas afirmaciones y aun suponiendo que ambas fueran plausibles, los vocingleros opositores parten de algo que no es verdad: que la Guardia Civil sea militar por naturaleza.

Contradicción
En democracia, la ley le ha conferido régimen militar, utilizando erróneamente y no por casualidad, el término "naturaleza". Pero, ni en la Constitución ni en la anterior ley de defensa nacional (1980) ni en la actual (2005) ni se menciona ni se atribuye a la Guardia Civil una sola función militar. Significativo es que, a diferencia de otros países con sistema policial análogo (Francia, Italia, Estados Unidos, ..), la Guardia Civil no forme parte de las Fuerzas Armadas, no sea un Ejército o un Arma más en su seno. La Guardia Civil es, ante todo, una policía judicial y administrativa (especialmente fiscal, de fronteras, de armas y explosivos), funciones que dentro de las limitaciones del sistema cumple razonablemente bien, como es su deber, al igual que el resto de funcionarios públicos; con luces y algunas sombras, pero el que esté libre de pecado que tiene la primera piedra.

Herencia del pasado
La naturaleza militar atribuida por la Ley no es consecuencia de sus funciones, sino que fue la condición de su nacimiento allá en 1843: supuso el teórico apartamiento del Ejército de la primera línea del mantenimiento del orden público, reservándose éste la supervisión y dirección de las nuevas fuerzas. Está aun por explicar por qué una gran parte del territorio español y, por tanto, la población que vive en él deben estar bajo la jurisdicción de una policía militarizada y no una plenamente civil.

Fuente de conflictos
Se atribuye a Sánchez Ferlosio la boutade de que todo el mundo sabe que la Guardia Civil es militar. Embromada o no, lo cierto es que el sometimiento al régimen castrense de una fuerza policial esencial, como es la Guardia Civil, está en la base de los conflictos que no han superado los sucesivos intentos de coordinación entre ella y la Policía (no se habla de la coordinación con las policías autonómicas y locales). Mientras no se aborde frontalmente esta cuestión, es de temer que el BOE siga trufando de tentativas de coordinación.

Singularidades
En fin, tal régimen jurídico parece tener algo de sacramental, y no solo a efectos retóricos. La Guardia Civil presenta una llamativa peculiaridad, pues tiene dos superiores: Defensa e Interior (y, a veces, tres: Hacienda). Es bien sabido que a cuantos más jefes, más autonomía funcional. Ello permite una autoconcepción del Cuerpo singular: legalmente, entre otras, su Director General tiene la función de representación de la Guardia Civil. Es un caso único; sin embargo, en nuestro contexto no parece casual que un Director General nombrado por el Gobierno no represente a este Gobierno sino a los integrantes del servicio que debe dirigir.

Como vemos, aun quedan muchos pasos por dar en el consecución de un sistema policial efectivo y moderno. Al que comentamos habrá que darle un voto de confianza.

(Joan J. Queralt es catedrático de Derecho penal de la Universidad de Barcelona)

** Pois é, até os espanhóis já se deram conta de que este modelo multi-policial não é uma boa opção para a segurança de um país. É de notar que as polícias espanholas funcionam muito melhor que as nossas. O nível de organização e de equipamento é significativamente superior. Mesmo assim, começam a não estar contentes com o modelo actual, por verificarem que apresenta demasiados problemas na cooperação, troca de informações e eficácia geral de todo o sistema. Ou me engano muito, ou  dentro de pouco tempo os nossos irmãos espanhóis vão seguir para a unificação dos seus corpos policiais, criando um só.  Enquanto isso, em Portugal, vamos continuar na cepa torta. Vamos continuar a discutir as benesses dos senhores morgados das quintas.
Um abraço.

--Lecavo
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20276
  • Recebeu: 2999 vez(es)
  • Enviou: 2249 vez(es)
  • +1344/-3465
(sem assunto)
« Responder #43 em: Setembro 10, 2006, 10:14:34 pm »
Lecavo vou me chatear contigo, então não defendes os costumes e tradições Portuguesas?! Que costume mais antigo há em Portugal senão o velho proteger de tachos?!  :lol:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

lecavo

  • 252
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #44 em: Setembro 19, 2006, 12:31:40 pm »
Viva!

Noticia do Correio da Manhã de 2006SET19:

“EXÉRCITO COLOCA 11 GENERAIS NA GNR”

Situação está a gerar "um descontentamento indisfarçável na Guarda"


Diz a noticia que o exército colocou 11 generais em postos de comando na GNR. A GNR tem mais de 24 mil homens, acaba por ter um general para cerca de 2200 efectivos. A notícia continua “com um total de 58 generais, dos quais 17 tenentes-generais e 40 majores-generais, o exército, colocando onze generais na GNR, acaba por manter estas vagas abertas para os militares do exército.

O que saberão estes senhores de serviço policial? Quanto custam ao MAI e ao erário público estes senhores, com todas as suas regalias?

Com tantos interesses à volta do militarismo da GNR, estou em crer que tão depressa não vamos ter uma força policial única em Portugal. Uma força moderna, bem treinada e equipada, com uma redução considerável de efectivos, com uma estrutura logística ligeira e totalmente virada para a prestação de um serviço público de segurança.

Em suma, este é o nosso atávico Portugal dos senhores quintaleiros!!!!!!!!!!!!!
Um abraço.

--Lecavo