Acho que para essas funções específicas (obtenção de coordenadas de alvos navais para Harpoon, ou outros ASM) e para as funções genéricas de vigilância marítima, estamos bem servidos com os P-3C CUP+ e com os C-295M Persuader/VIMAR, ambos os modelos equipados com o excelente radar de Banda X (alta resolução) EL/M-2022A(V)3 da IAI, capaz de detectar alvos navais a mais de 200 nm (370 km), entre outros sensores . Se os actuais meios pudessem ser complementados por uns 03 ou 04 MQ-4C Triton seria ouro sobre azul, já estes drones podem ficar no ar mais de 24 horas consecutivas, dispõem de um radar superior e voam a uma altitude que é para aí o dobro da dos P-3, dispondo assim de um alcance sensorial muito superior.
Um AEW seria óptimo para vigilância aérea e naval, mas nesta última vertente não traria uma vantagem significativa face aos equipamentos que dispomos actualmente. Recordo que o próprio E-3 quando foi lançado não tinha sequer um modo marítimo. No entanto, se estivesse encarregado das aquisições militares, rapidamente adquiria uns 04 E-2C do Boneyard para colmatar as falhas de cobertura dos actuais radares fixos sobre as áreas oceânicas e para backup em caso de avaria ou destruição destes.