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Sobre a BMP-1 modernizada
Isto não tem nada a ver com os roubos no exército russo.
Uma das formas de as unidades russas receberem mais dinheiro, é atribuirem a sim mesmas um efetivo incorreto.
Um batalhão tem só 350 homens, mas oficialmente aparece nas estatísticas como tendo 500 e recebem meios e recursos para pagar aos soldados e para logistica, baseado no número de 500.
Para onde vai a diferença, já se sabe.
Parte dela fica logo no ministério em Moscovo, outra parte é distribuida pelos oficiais até ao nível do comandante de batalhão. Daí para baixo aparentemente já não há nada.
A realidade no caso da BMP-1 é que já não há nada que se possa fazer para lá de fazer alterações ao motor, sistema de transmissão e comunicações atualizadas, além claro da arma principal.
A razão principal para isto é muito simples, e tem a ver com a flutuabilidade. A BMP-1 é relativamente pequena (baixa) tem o peso do motor concentrado à frente e mais peso de blindagem, torna a viatura impossível de utilizar para atravessar um charco.
O projecto visa vender kits de modernização para países do médio oriente, onde localmente se pode aplicar blindagem adicional, em países onde a água não é um problema, já que uma BMP não afunda no deserto (por acaso até afunda mas isso é outra estória).
Os conceitos de equipamentos russos muitas vezes partem de ideias razoáveis e fazem sentido do ponto de vista da lógica.
O problema deles é que não conseguem transferir as modernizações produzidas nos gabinetes de desenvolvimento para as fábricas.
Se Portugal quisesse voltar a colocar em funcionamento carcaças dos M-60, isso também seria possível. Substituir motores, sistema de transmissão, colocar um sistema mais moderno de controlo de tiro (que hoje com a tecnologia barateada até nem seria a coisa mais cara) e claro, uma arma igual, mas repotênciada.
Seria uma forma de meter dinheiro ao bolso ?
Provavelmente não.
A questão é para que serviria ...