A Brigada Mecanizada (-) (-) .

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #315 em: Abril 26, 2023, 10:10:16 am »
A volta do Serviço Militar Obrigatório, serviria apenas para que as unidades tivessem pessoal suficiente para fazer guarda ao quartel...
Era o paraiso para alguns senhores incompetentes, que não têm a mais pequena noção da realidade dos exércitos atuais.

Eu assisti ao fim do SMO. E mesmo assim, o pessoal era treinado para operar os sistemas TOW e a única experiencia que tinha era a fazer click, porque nunca tinham visto nenhum a ser disparado.
Todos os responsáveis diziam a mesma coisa ...
"Quando estão operacionais e realmente aprendem a fazer as coisas, é que se vão embora"...

Uma força militar moderna, não precisa de SMO.
Sóse fosse para criar um exército de grandes dimensões com soldados treinados para pegar em armas e saber manejar uma arma ligeira, e mais nada...
E para isso, bastaria um serviço militar de oito a doze semanas, apenas para habituar as pessoas à simples presença das armas.

Um contrato de longa duração, de por exemplo 20 anos, levaria a despejar no mercado de trabalho pessoas  aos 40 anos de idade, com prática a disparar e de utilizar armas de fogo mais ou menos sofisticadas.

Só há uma coisa de fazer isto funcionar ... Deixar funcionar as regras do mercado. Se não há quem faça as coisas ... Paguem mais !
O problema que surge depois, é que por arrasto, ninguém aceita (estando numa posição hierarquica superior), passar a ganhar pouco mais que um militar que entrou para o serviço antes de ontem...

O descontentamento do pessoal do quadro, perante as condições dadas aos milicianos durante a guerra em África, não resultou na revolta destes.
Mas quando os oficiais subalternos se revoltaram, o que aconteceu é que o pessoal do quadro não fez nada.
E essa inação, levou à vitória dos revoltosos.

Só acredita nas tretas sobre o 25 de Abril vitorioso, e libertador do povo e das classes trabalhadoras quem quer.
Em 25 de Abril, ocorreu um golpe levado a cabo por homens que queriam acabar com a guerra e aqueles que em Lisboa podiam fazer alguma coisa, não se mexeram porque não estavam contentes com o salário...

Esta é a realidade que, cinquenta anos depois o pessoal ainda tenta esconder, assobiando para o lado...

Então, soluções?

-Não querem o SMO, devido as questões políticas, juventudes partidárias e por motivos ideológicos;
-Não querem SMO, porque "não funciona", no entanto na Áustria, Finlândia, Suécia etc existe.
-Não querem pagar a sério em toda a pirâmide...

Querem o que ?

Falam da ministra, mas são iguais, produzam mais relatórios, toneladas de papel etc, a conclusão é que num país de mais de 10 milhões, ninguém quer ser voluntário para as FA.
Isto não pode ser mais um emprego, é um serviço que é prestado a nação....Mas esperem, que conceito é esse de nação para a juventude? É a seleção nacional e o hino ?
Muito me engano ou em 10 anos teremos as FA reduzidas a cinzas.
CPS

Eu cá quero um quadro de praças!

Mas quadro de praças, para infante ? Vais ter um infante dos 18 aos 40 no Exército e depois ? Vai para a rua fazer o que ?

18 a 40????
É esticar isso porque têm bom corpinho e saúde para ir mais longe. Mantenham  a forma.

E depois, porque não se pode entrar mais tarde do que actualmente? Nas forças de segurança podem. Que tem a mais as FA a mais que impeça? Até saem das FA e vão para as policias, onde até podem aceder a  unidades especiais bem mais complexas.   
Claro que cada especialização tem os seus requisitos, mas aí que se estipule por idade. 

Uma coisa é certa, muitos que mais novos não o fazem, com o amadurecimento poderiam acabar por escolher as FA. É só dar oportunidade

« Última modificação: Abril 26, 2023, 10:12:21 am por Pescador »
 

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #316 em: Abril 26, 2023, 10:29:37 am »

Diria até que mais valia acabar com os Leopard e M113 e aproveitar o dinheiro para manter outras capacidades, mas a verdade é que se esse dinheiro não seria novamente investido nas forças armadas. Por isso é melhor continuar a fazer de conta porque já sabemos que não vai haver dinheiro para mais Leopard ou substituir os M113. Já temos muita sorte em ter dinheiro para manutenção e combustível.

Cumprimentos,

Há já muito tempo que defendo exatamente isto. Quer se queira quer não, não há dinheiro. E a BrigMec é um cancro no EP, cujo único meio moderno são os Leo (e as Scar, vá). De resto, é deitar à sucata e arranjar novo. M113, Chaparral, VBLP, VCE, M109, etc. Pouco ou nada se aproveita.
E já que isso não parece possível (substituição completa ao mesmo tempo de uma brigada que, por necessidade, tem os meios mais caros do exército), parece-me natural evoluir para uma força mais ligeira, mais móvel, e com equipamento adequado.
 
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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #317 em: Abril 26, 2023, 10:40:52 am »

Diria até que mais valia acabar com os Leopard e M113 e aproveitar o dinheiro para manter outras capacidades, mas a verdade é que se esse dinheiro não seria novamente investido nas forças armadas. Por isso é melhor continuar a fazer de conta porque já sabemos que não vai haver dinheiro para mais Leopard ou substituir os M113. Já temos muita sorte em ter dinheiro para manutenção e combustível.

Cumprimentos,

Há já muito tempo que defendo exatamente isto. Quer se queira quer não, não há dinheiro. E a BrigMec é um cancro no EP, cujo único meio moderno são os Leo (e as Scar, vá). De resto, é deitar à sucata e arranjar novo. M113, Chaparral, VBLP, VCE, M109, etc. Pouco ou nada se aproveita.
E já que isso não parece possível (substituição completa ao mesmo tempo de uma brigada que, por necessidade, tem os meios mais caros do exército), parece-me natural evoluir para uma força mais ligeira, mais móvel, e com equipamento adequado.

Há essa possibilidade, a tal Brigada Média e a BRR, sendo que o investimento que sai da Bri Mec, passaria para a BM e BRR e UALE...
No entanto a NATO continua a pedir contribuição para as forças pesadas...
Não há outra forma sem ser aumentar o orçamento e...fechar algumas unidades fantasma...
Cps
 

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Lightning

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #318 em: Abril 26, 2023, 01:24:51 pm »
Se trouxerem o SMO, vai haver ainda menos dinheiro para meios.

Se é para gastar mais dinheiro em pessoal, prefiro que aumentem os vencimentos dos escalões mais baixos, é assim tão complicado competir com os supermercados?

Como é que na Holanda, Belgica, Dinamarca, Alemanha  etc, há pessoal a ir para militar? Lá os ordenados "civis" até são muito melhores que em Portugal, os ordenados dos militares lá tem que competir com uma situação ainda pior.
« Última modificação: Abril 26, 2023, 01:25:53 pm por Lightning »
 

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #319 em: Abril 26, 2023, 01:52:17 pm »
Pessoalmente, acho que se deveria investir em força na Marinha e FA, ficando o Exército com forças médias/ligeiras e aeromóveis.
Sendo as 2 brigadas completamente projetáveis, a BRR em 24h e a BMI em 4 a 5 dias.
Mas para isto era necessário, de forma complementar:


-Meios de projeção estratégica, vulgo LPD/JSS ou LHD a somar a A-400M+KC-390+A-330MRTT;
-Meios CSAR, transporte aéreo tático, transporte pesado, apoio aéreo próximo (CAS), como seja UH-60V,CH-47F, ou AW-101 adicionais... helicópteros de apoio armados, como seja o AH-1, T-129, MH-6 etc, transportáveis em A-400M e KC-390;
-Treino de reabastecimento em voo, e provisão para AAR, para UH-60V, AW-101, CH-47 etc, assim como operação com NVG;
-Aquisição de CV-90, para IFV e para missões mais musculadas, dentro da BMI;
-MLU dos Pandur, com RWS, mísseis Spike etc;
-Sistemas A/C apeados, como o Spike
-Sistemas SAM a baixa altitude e altitude média como Stinger, IRIST-SL e SAMP/T;
-Sistemas CI2/CI3;
-Sistemas EW competentes;
-Artilharia rebocada e com rodas, M-777 e CAESAR 6x6, projetável em A-400M, KC-390 e via heli;

Assim, podiam acabar com os Leopard2, M-113, M-109 etc e toda a logística por detrás disto...
Nos meios internos do Exército também há quem assim pense, no entanto, há muita resistência a mudança...

Amanhã podemos ter uma operação semelhante a do Sudão, mas com 200 300 ou 1000 portugueses a evacuar...
Cps,


« Última modificação: Abril 26, 2023, 02:07:00 pm por Subsea7 »
 
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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #320 em: Abril 26, 2023, 02:50:13 pm »
A volta do Serviço Militar Obrigatório, serviria apenas para que as unidades tivessem pessoal suficiente para fazer guarda ao quartel...
Era o paraiso para alguns senhores incompetentes, que não têm a mais pequena noção da realidade dos exércitos atuais.

Eu assisti ao fim do SMO. E mesmo assim, o pessoal era treinado para operar os sistemas TOW e a única experiencia que tinha era a fazer click, porque nunca tinham visto nenhum a ser disparado.
Todos os responsáveis diziam a mesma coisa ...
"Quando estão operacionais e realmente aprendem a fazer as coisas, é que se vão embora"...

Uma força militar moderna, não precisa de SMO.
Sóse fosse para criar um exército de grandes dimensões com soldados treinados para pegar em armas e saber manejar uma arma ligeira, e mais nada...
E para isso, bastaria um serviço militar de oito a doze semanas, apenas para habituar as pessoas à simples presença das armas.

Um contrato de longa duração, de por exemplo 20 anos, levaria a despejar no mercado de trabalho pessoas  aos 40 anos de idade, com prática a disparar e de utilizar armas de fogo mais ou menos sofisticadas.

Só há uma coisa de fazer isto funcionar ... Deixar funcionar as regras do mercado. Se não há quem faça as coisas ... Paguem mais !
O problema que surge depois, é que por arrasto, ninguém aceita (estando numa posição hierarquica superior), passar a ganhar pouco mais que um militar que entrou para o serviço antes de ontem...

O descontentamento do pessoal do quadro, perante as condições dadas aos milicianos durante a guerra em África, não resultou na revolta destes.
Mas quando os oficiais subalternos se revoltaram, o que aconteceu é que o pessoal do quadro não fez nada.
E essa inação, levou à vitória dos revoltosos.

Só acredita nas tretas sobre o 25 de Abril vitorioso, e libertador do povo e das classes trabalhadoras quem quer.
Em 25 de Abril, ocorreu um golpe levado a cabo por homens que queriam acabar com a guerra e aqueles que em Lisboa podiam fazer alguma coisa, não se mexeram porque não estavam contentes com o salário...

Esta é a realidade que, cinquenta anos depois o pessoal ainda tenta esconder, assobiando para o lado...

Então, soluções?

-Não querem o SMO, devido as questões políticas, juventudes partidárias e por motivos ideológicos;
-Não querem SMO, porque "não funciona", no entanto na Áustria, Finlândia, Suécia etc existe.
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Querem o que ?

Falam da ministra, mas são iguais, produzam mais relatórios, toneladas de papel etc, a conclusão é que num país de mais de 10 milhões, ninguém quer ser voluntário para as FA.
Isto não pode ser mais um emprego, é um serviço que é prestado a nação....Mas esperem, que conceito é esse de nação para a juventude? É a seleção nacional e o hino ?
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CPS

SMO funciona de forma excelente na Finlândia sem dúvida, e não me importava nada de termos algo semelhante ou melhor

Mas para lá chegar não vejo a implementação meio á toa do SMO como primeiro passo, diria que precisamos de reformas radicais da estrutura e mentalidade primeiro, em especial na qualidade de oficiais

E claro condições mínimas em bases e etc

Depois disso sim pode-se começar a pensar em testar um programa, começar com uns 1000 homens por exemplo, algo pequeno, e ir expandindo com calma
 

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nelson38899

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #321 em: Abril 26, 2023, 02:51:09 pm »
Na Ucrânica é muito normal ver homens a combater com 50 anos. Logo não vejo o problema
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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dc

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #322 em: Abril 26, 2023, 03:00:49 pm »
Lá está, faz mais sentido melhorar as condições e a atractividade para quem quer lá estar, do que forçar quem não quer (e ainda por cima ter de gastar dinheiro com isso).

A questão das idades é, mais uma vez, demasiado óbvia para não ser falada. No Japão foi logo das primeiras coisas onde mexeram. Por cá, parece que para ter um gajo a conduzir um camião, para ser mecânico, para pilotar drones, para trabalhar na ciber-segurança, e tantas outras funções com menos exigência física, é preciso ter a malta no pico da forma com 25 anos. Até para jogar futebol, desporto de alta competição, a idade é um critério menos importante, do que para ser determinadas especialidades no EP.

Quanto à BrigMec, eu reparo que há sempre o 8 ou o 80 quando se debate o seu futuro: ou se extingue tudo, ou se investe forte e feio para ter uma Brigada Mecanizada independente. Podíamos fazer algo no meio, em que não se extingue, nem se fantasia com uma super Brigada Mecanizada com 300 ou 400 blindados. E isto passa por aceitar o EP como um todo, e não dividido em 3 grandes quintinhas, em que por alguma razão, cada uma delas tem que ser plenamente independente. Nós não temos capacidade no Exército todo, para que tudo somado, se consiga formar uma força de combate independente, quanto mais ter isso em cada uma das brigadas?  ???

Dito isto, gostava sim que houvesse a humildade de aceitar que a BrigMec nunca vai operar sozinha, e o mesmo poderá ser dito para a BrigInt em cenários de média/alta intensidade, sendo o futuro operações de armas combinadas. Com base nisto, podemos aceitar que fazia mais sentido ter uma espécie de Brigada Mista, com meios de rodas e lagartas ao seu dispor, em que o seu emprego será feito na medida do que for adequado face ao TO e ameaça. Assim sendo, é reduzir os meios de lagartas a 120 veículos, entre 50 MBT, 50 IFV, e os restantes 20 nas versões de engenharia e lança-pontes (e de limpeza de minas também), passando as restantes funções para meios de rodas (já existentes na BrigInt ou a adquirir).

Entretanto:
-porta-morteiros ficavam em Pandur (seja com a modificação de APC existentes, seja aquisição de Pandur extra, que seria o ideal)
-artilharia AP assentaria tudo em rodas, e porque não fazer como os dinamarqueses, optando por ATMOS (155mm) e PULS (MLRS) ao mesmo tempo?
-capacidade A/C também em Pandur, idealmente inseridos numa torre RWS, não se perdendo capacidade de transporte de pessoal (e permitindo aumentar bastante o número de plataformas anti-carro)
-SHORAD também em rodas*

Penso que não me esqueci de nada, mas se me esqueci, importa é que fica a ideia.

*aqui as opções são várias:
-VSHORAD montado em Pandur, tipo M-SHORAD ou ATLAS RC G1X
-SHORAD mais complexo e caro, como o IRIS-T SLX, montado noutro veículo 6x6
Idealmente a capacidade SHORAD, usaria o conceito de "letalidade distribuída", tendo um sistema mais completo (digamos o M-SHORAD) num número relativamente limitado de veículos, e complementando por um maior número de torres RWS (a mesma RWS que mencionei para a capacidade A/C) equipadas com 2 Stinger.

Isto tudo, teria de ser obviamente complementado por uma bateria de médio alcance (NASAMS com High Mobility Launchers, ou IRIS-T SLM caso se escolhesse o SLX para SHORAD).

Relembro que, isto tudo que disse acima, teria de ser feito praticamente 2 vezes, caso se mantivesse e tentasse equipar duas brigadas (Int e Mec).
 

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Lightning

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #323 em: Abril 26, 2023, 03:12:19 pm »
Eu acho que a nível das Brigadas Media e Pesada concordo com a visão de um trabalho que coloquei no forum à pouco.

A NATO atribuiu a Portugal levantar uma Brigada Média, esta Brigada teria como base a Brigada de Intervenção com viaturas Pandur, mas possui falhas, por exemplo para a NATO as Brigadas devem ter 4 Batalhões de manobra, a Brigada de Intervenção possui 3, o Batalhão em falta podia ser o Agrupamento Mecanizado que é a real força de combate que a Brigada Mecanizada consegue formar, isto também daria mais poder de fogo à Brigada Media.

O Agrupamento Mecanizado é composto por 2 Esquadrões CC e duas CatMec com VCI modernos, por isso bastaria termos os VCI suficientes para estas duas companhias, já não para toda uma Brigada.

Uma coisa que não sei se existe ou não, é um quartel general projectavel, em Santa Margarida andou-se a tentar criar um mas não sei em que estado está actualmente, isso também é uma estrutura fundamental, pois os actuais comandos de Brigada não são projectaveis, funcionam mais como os antigos Comandos de Zona Militar.

Eu não acabava com os quarteis do norte pois acho que são importantes a nivel de recrutamento, mas também não acabaria com Santa Margarida pois é a melhor unidade do exército para se ter uma Brigada.

Muito resumido a Brigada Media NATO é a Brigada de Intervenção mais o Agrupamento Mecanizado.

Isto também ajudava a eliminar algumas unidades duplicadas que deixam de fazer sentido, por exemplo o GAC de cada uma das Brigadas, eu acabava com o de Vendas Novas e juntava esse pessoal ao GAC de Santa Margarida, pois para a Brigada NATO só é necessário um GAC.

É pegarmos nas unidades que a Brigada Media NATO precisa e acabar com o que sobra, juntando os recursos humanos nas unidades que realmente devem existir.
« Última modificação: Abril 26, 2023, 03:18:56 pm por Lightning »
 

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #324 em: Abril 26, 2023, 03:26:28 pm »
Agora falando na Brigada que sobra, a Brigada de Reacção Rápida, a minha dúvida é se vale a pena continuar a manter uma estrutura de Brigada clássica, com cavalaria, artilharia, engenharia, etc.

Ou se podiamos fazer como os belgas, ter praticamente só as unidades especiais e o restante apoio, a ser preciso, ser dado pelas forças da Brigada NATO, não seria necessário existirem unidades dedicadas, claro que podiam existir excepções.

Os Paras precisam do apoio de uma unidade de reconhecimento de cavalaria? Sim ou não? Se sim, é necessário uma unidade dedicada com material especifico ou por exemplo pode ser em Esquadrão de cavalaria com Pandur?

Os Paras precisam do apoio de artilharia? Sim ou não? Se sim, é necessário uma unidade dedicada ou pode ser o GAC AP da Brigada NATO?

Etc, etc.

Eu estava tentado a acabar com a cavalaria das M11, mas a artilharia rebocada, a engenharia e a AAA, com material ligeiro capaz de ser transportado por via aérea parece-me importante.
« Última modificação: Abril 26, 2023, 03:27:23 pm por Lightning »
 

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Kalil

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« Responder #325 em: Abril 26, 2023, 04:21:44 pm »

Diria até que mais valia acabar com os Leopard e M113 e aproveitar o dinheiro para manter outras capacidades, mas a verdade é que se esse dinheiro não seria novamente investido nas forças armadas. Por isso é melhor continuar a fazer de conta porque já sabemos que não vai haver dinheiro para mais Leopard ou substituir os M113. Já temos muita sorte em ter dinheiro para manutenção e combustível.

Cumprimentos,

Há já muito tempo que defendo exatamente isto. Quer se queira quer não, não há dinheiro. E a BrigMec é um cancro no EP, cujo único meio moderno são os Leo (e as Scar, vá). De resto, é deitar à sucata e arranjar novo. M113, Chaparral, VBLP, VCE, M109, etc. Pouco ou nada se aproveita.
E já que isso não parece possível (substituição completa ao mesmo tempo de uma brigada que, por necessidade, tem os meios mais caros do exército), parece-me natural evoluir para uma força mais ligeira, mais móvel, e com equipamento adequado.

Há essa possibilidade, a tal Brigada Média e a BRR, sendo que o investimento que sai da Bri Mec, passaria para a BM e BRR e UALE...
No entanto a NATO continua a pedir contribuição para as forças pesadas...
Não há outra forma sem ser aumentar o orçamento e...fechar algumas unidades fantasma...
Cps

Com os recursos humanos e financeiros que temos, seria completamente razoável ter apenas 2 brigadas, reduzindo a BriMec a um batalhão mecanizado dentro de uma destas.
Duas brigadas relativamente simétricas, com os páras numa e os comandos noutra. Artilharia, engenharia, CTOE, e os batalhões de guerra eletronica, transporte e sanitário, podiam permanecer fora das brigadas e prestar apoio a ambas, quando necessário.

Que cada uma das brigadas conseguisse projectar uma unidade equivalente a um batalhão completo, seria já bem acima da capacidade actual.

Nesta linha, muitos regimentos deveriam ser concentrados/suprimidos. Não há sentido em ter 2 regimentos se artilharia, por exemplo, quando não há material nem para um..

Iria sobrar muitas instalações vazias que podiam ser alienadas ou utilizadas para outros fins.

O grande problema aqui é, o que fazer com as centenas de postos de oficial que iriam deixar de ser necessários..
 

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dc

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« Responder #326 em: Abril 26, 2023, 04:58:43 pm »
A questão da BRR é importante, mas também é preciso ver para que serve. A mim parece-me que um dos pontos fortes desta brigada, é ter a capacidade de se "desenrascar sozinha" em cenários de baixa intensidade (onde as outras brigadas podem ser vistas como excessivas), e ainda servindo de força de resposta imediata para conflitos mais sérios, tendo capacidade de combate mais ou menos completa, mas muito mais fácil de transportar de forma rápida do que a BrigMec e BrigInt. Eu incluiria na BRR, mesmo que apenas de um ponto de vista administrativo/de comando/de acesso às unidades de apoio, os Fuzileiros.

Dito isto, tanto faz se o GAC se mantém ou não, importa é que os L-119 se mantenham no EP, e façam parte do leque de opções. Em princípio, consegues transportar um L-119 por cada C-295, o que te permite colocar uma força com considerável poder de fogo indirecto em qualquer parte do país (incluindo arquipélagos), com relativa rapidez. Também os consegues transportar como carga suspensa nos Merlin e num futuro UH-60 caso venham. Isto é um exemplo de uma capacidade que não convém perder. Agora é aplicar isto a outros meios e unidades da BRR, que oferecem caracteristicas de "aerotransportabilidade" que meios da BrigInt/Brigada Mista não têm.
 

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« Responder #327 em: Abril 26, 2023, 05:22:04 pm »
Pessoalmente, acho que se deveria investir em força na Marinha e FA, ficando o Exército com forças médias/ligeiras e aeromóveis.
Sendo as 2 brigadas completamente projetáveis, a BRR em 24h e a BMI em 4 a 5 dias.
Mas para isto era necessário, de forma complementar:


-Meios de projeção estratégica, vulgo LPD/JSS ou LHD a somar a A-400M+KC-390+A-330MRTT;
-Meios CSAR, transporte aéreo tático, transporte pesado, apoio aéreo próximo (CAS), como seja UH-60V,CH-47F, ou AW-101 adicionais... helicópteros de apoio armados, como seja o AH-1, T-129, MH-6 etc, transportáveis em A-400M e KC-390;
-Treino de reabastecimento em voo, e provisão para AAR, para UH-60V, AW-101, CH-47 etc, assim como operação com NVG;
-Aquisição de CV-90, para IFV e para missões mais musculadas, dentro da BMI;
-MLU dos Pandur, com RWS, mísseis Spike etc;
-Sistemas A/C apeados, como o Spike
-Sistemas SAM a baixa altitude e altitude média como Stinger, IRIST-SL e SAMP/T;
-Sistemas CI2/CI3;
-Sistemas EW competentes;
-Artilharia rebocada e com rodas, M-777 e CAESAR 6x6, projetável em A-400M, KC-390 e via heli;

Assim, podiam acabar com os Leopard2, M-113, M-109 etc e toda a logística por detrás disto...
Nos meios internos do Exército também há quem assim pense, no entanto, há muita resistência a mudança...

Amanhã podemos ter uma operação semelhante a do Sudão, mas com 200 300 ou 1000 portugueses a evacuar...
Cps,


Seria uma forma de ter bom e mais rentável no uso. Brigada pesada aqui no canto da Europa terá menos importância que tudo isso descrito. Pena pelos CC, mas há tantas alternativas modernas em uso na Europa
 
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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #328 em: Abril 26, 2023, 05:50:40 pm »
Eu não consigo visionar um Exército sem meios Pesados. Se houver vontade politica e militar para acabar com a Brigada Mecanizada, então salve-se o que é mais crucial da dita Brigada, ou seja, o GCC, o EsqRec e o BIMec a lagartas. Tudo isso podia continuara existir em Santa Margarida numa espécie de Regimento Pesado e inserido na "nova" Brigada Média.

No Exército Norueguês tens o Batalhão Telemark e a dita unidade é constituída por:

Citar
Tank Squadron 1: The battalion's tank unit, equipped with Leopard 2 main battle tanks.

Cavalry Squadron 2: The battalion's armoured reconnaissance and scout unit, equipped with CV9030 infantry fighting vehicles, ATVs and different sensors like UAVs etc.

Mechanised Infantry Company 3: Mechanised infantry equipped with CV9030 infantry fighting vehicles.

Mechanised Infantry Company 4: Mechanised infantry equipped with CV9030 infantry fighting vehicles.

Staff and Support Squadron 5: A combat support unit made up by mortar, medic, signals and repair platoons.

 :arrow: https://en.wikipedia.org/wiki/Telemark_Battalion
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Subsea7

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Re: A Brigada Mecanizada (-) (-) .
« Responder #329 em: Abril 26, 2023, 05:52:58 pm »
Eu não consigo visionar um Exército sem meios Pesados. Se houver vontade politica e militar para acabar com a Brigada Mecanizada, então salve-se o que é mais crucial da dita Brigada, ou seja, o GCC, o EsqRec e o BIMec a lagartas. Tudo isso podia continuara existir em Santa Margarida numa espécie de Regimento Pesado e inserido na "nova" Brigada Média.

No Exército Norueguês tens o Batalhão Telemark e a dita unidade é constituída por:

Citar
Tank Squadron 1: The battalion's tank unit, equipped with Leopard 2 main battle tanks.

Cavalry Squadron 2: The battalion's armoured reconnaissance and scout unit, equipped with CV9030 infantry fighting vehicles, ATVs and different sensors like UAVs etc.

Mechanised Infantry Company 3: Mechanised infantry equipped with CV9030 infantry fighting vehicles.

Mechanised Infantry Company 4: Mechanised infantry equipped with CV9030 infantry fighting vehicles.

Staff and Support Squadron 5: A combat support unit made up by mortar, medic, signals and repair platoons.

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Se o lençol não chega, há que puxar um pouco as pontas...As forças médias e ligeiras tem feito um bom trabalho, na UKR, com sistemas A/C, AA e artilharia de longo alcance...
Esqueci-me de referir bateriais HIMARS.
CPS
 
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