Pegando novamente no tema da ameaça russa, e de justificar ou não a compra de baterias AA...
É preciso relembrar que os russos e/ou os seus amigos do "Eixo", poderão arranjar aliados, nomeadamente em África ou na América Latina, seja para participar directamente num conflito em larga escala, seja para servir de base para as forças russas/chinesas/...
Num mundo incerto, não sabemos as variáveis que poderão ocorrer num conflito de larga escala desta natureza, e portanto não convém descurar algo tão importante como a capacidade AA.
Por sua vez, a capacidade AA não se limita a defesa territorial/de pontos estratégicos, também tem que se falar em defesa aérea para meios terrestres no campo de batalha. Se tivéssemos algum tipo de participação neste hipotético conflito, convém que as nossas forças terrestres estejam minimamente capacidade para se defender de aeronaves e drones adversários.
Agora, a nível territorial, os Açores, Madeira e toda a Península Ibérica, poderão ser dos territórios mais importantes do conflito, por estarem a uma distância mais segura do território russo, do que a Europa central. Isto poderá significar que, tudo o que é meios estratégicos da NATO, incluindo bombardeiros, aeronaves de transporte, aeronaves de reabastecimento, AWACS, etc, poderão ficar estacionados em bases portuguesas e espanholas, ou realizar cá a manutenção (algo que provavelmente se tornará impossível nos países de origem).
A isto soma-se toda a missão ASW, onde obviamente meios aéreos estacionados nas nossas bases e nas espanholas, seriam das principais ameaças a eventuais submarinos russos, e portanto seriam alvos prioritários para eles. E ainda a possibilidade do conflito se arrastar para África (por exemplo Argélia), onde obviamente a Península Ibérica, a Madeira e as Canárias (e Marrocos, dependendo de que lado estão) teriam um valor acrescido.