É o Aviocar "16524" de pesquisa geofísica, pertencente à Esq. 401 "Cientistas".
O espigão presente na cauda é, de facto, um Detector de Anomalias Magnéticas ou MAD (Magnetic Anomaly Detector). O MAD é usado para detectar as diferenças existentes no campo magnético da Terra, quer essas diferenças sejam naturais ou causadas pelo Homem. Este sensor funciona como uma espécie de detector de metais; sobre terra pode pesquisar o solo em busca de formações minerais, lençóis de água, etc, através da alteração que estes elementos produzem no campo magnético.
No entanto, o MAD é geralmente associado às aeronaves de luta anti-submarina, isto porque o casco metálico do submersível perturba e interfere no campo magnético natural da Terra. Daí que em quase todas os aviões de ASW se note a presença do "MAD boom" na cauda, uma localização onde a radiação eléctrica produzida pelos equipamentos a bordo da aeronave é menor tornando, por conseguinte, a detecção de anomalias mais eficaz e o risco de auto-interferências menos acentuado.
O campo magnético da Terra produz um constante ruído de fundo, se assim se pode chamar. O MAD permite ao avião alinhar-se com esse mesmo ruído. Qualquer perturbação no mesmo é indício da presença de algo que está a alterar o campo magnético. Numa aeronave ASW, por exemplo, é necessário estar muito próximo do alvo para que ocorra a sua identificação através da mudança que causa a nível magnético.
Em relação à questão se o C-295 também será equipado com um MAD, há a hipótese de os dois aparelhos destinados a vigilância marítima poderem dispôr deste sensor até porque se encontra dentro das capacidades da aeronave mas ainda é cedo para haverem mais dados concretos a esse respeito.