Economia Mundial

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legionario

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Re: Economia Mundial
« Responder #90 em: Março 26, 2020, 06:14:41 pm »
O mercado do "ouro papel" entrará em colapso     por Egon Von Greyerz

O ouro e outros metais preciosos manterão o seu poder de compra à medida que o enorme mercado de ouro e prata em papel, que é completamente manipulado, entra em colapso.

Atualmente, a procura por ouro e prata é muito forte. Os pequenos comerciantes estão sem estoque de produtos. Os grandes investidores ainda podem obter ouro das refinarias, mas em relação à prata, leva várias semanas.

Muitos fatores serão extremamente favoráveis ​​aos metais preciosos:

- Medo e perda de confiança na economia
- O colapso do sistema financeiro
- O padrão do mercado de papel (ETF, etc)
- Depreciação e hiperinflação da moeda
- O aumento exponencial da procura por metais preciosos

A produção de ouro atingiu o pico e cairá.
Ainda é possível comprar ouro e prata físicos baratos no mercado de papel. Isso não vai durar muito, porque a escassez será desencadeada em breve e a reavaliação dos preços do metal é iminente. Escrevi esta frase em 24 de março. O ouro já aumentou em US $ 100 desde então. Este é apenas o começo de uma grande reavaliação a longo prazo do ouro.

Lembre-se: a principal razão para manter metais físicos é garantir e preservar sua riqueza, não para obter ganhos a curto prazo.

Pressão no mercado físico de ouro e fim do mercado de papel
O encerramento das refinarias no cantão de Ticino tem um impacto considerável no fornecimento de ouro.  70% das barras de ouro do mundo são produzidas na Suíça e as três maiores refinarias estão em Ticino, onde o governo local ordenou o encerraento de fábricas que não são essenciais.
« Última modificação: Março 26, 2020, 06:17:11 pm por legionario »
 

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HSMW

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Re: Economia Mundial
« Responder #91 em: Março 26, 2020, 08:11:32 pm »
E a prata? Vale a pena?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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legionario

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Re: Economia Mundial
« Responder #92 em: Março 26, 2020, 09:22:15 pm »
E a prata? Vale a pena?

O potencial da prata é ainda maior que o do ouro.
Estou a preparar um pequeno trabalho para publicar aqui sobre a prata. Vai-me levar algum tempo pois tenho que selecionar publicações de especialistas, traduzir para português, ... 
Enquanto preparo isso, publico ja a seguir um comentario que fiz no Forum Numismatica em outubro 2019  e que me parece ser de grande atualidade. Caso para dizer   :   "até parece que sou bruxo"
Um dos meus interesses é a numismatica. Não sou de todo um "numismata" mas um "juntador de moedas de coleção" (Portugal e ex-colonias, assim como moedas de prata e de ouro de todo o mundo).
« Última modificação: Março 26, 2020, 09:23:05 pm por legionario »
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #93 em: Março 26, 2020, 09:24:44 pm »
Cuidado com a aposta nos metais preciosos!!!!!
Esta crise não é normal, tem uma paragem muito brusca na economia, mas a capacidade instalada não desaparece como numa guerra!!!!!

Vejam lá os gráficos históricos com o ouro: (está quase no pico histórico)

https://goldprice.org/pt/gold-price-chart.html
Vejam para o período máximo..... eu não vejo grandes subidas para o ouro

Nem para a prata:

https://silverprice.org/pt/silver-price-history.html

E então o petróleo, vejam lá o tombo:

https://www.macrotrends.net/2480/brent-crude-oil-prices-10-year-daily-chart

Cuidado. Ter umas reservas em metais preciosos tudo bem, mas apostar muito....... eu não vejo que vão disparar!!!!
Não esqueçam que a gigantesca capacidade industrial não desapareceu!!!! As máquinas rapidamente ligam.......
Mas tirem as vossas conclusões e vejam a variação da cotação em pleno pico da crise e digam-me onde vêem que estejam a servir de refúgio!!!!!

Eu muito mais depressa apostaria em acções da indústria farmacêutica, sem hesitar!!!!!!
 

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legionario

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Re: Economia Mundial
« Responder #94 em: Março 26, 2020, 09:24:55 pm »
#1 Mensagem por Pedro Leg » segunda out 07, 2019 11:59 pm  (comentario que fiz no Forum Numismatica)

As teses dos profetas do descalabro do sistema financeiro e monetário ganham força com as "taxas negativas" , a emissão de moeda "falsa" por parte do BCE et da FED, os anúncios dos despedimentos em massa por parte de grandes bancos, as falências de grandes empresas globais, como recentemente a Thomas Cook, and so on .

Os tradicionais valores refugio como o ouro e a prata ganham peso e tem-se assistido a uma forte valorização dos metais preciosos apesar das mexidas e das manipulações por parte de grandes bancos e instituições financeiras que forçam a cotação, sobretudo da prata, no sentido descendente.

O rácio do valor ouro/prata era em épocas passadas de 1 para 15 ; hoje é de 1 para mais de 80. Ou seja, hoje, 1 onça de ouro é equivalente ao valor de 85 onças de prata. Este rácio é o fruto de uma manipulação por parte de quem as pode e sabe fazer , este é um dado adquirido. Todos os peritos neste tema concordam numa coisa : o custo da prata vai subir muito no futuro.

Alguém teve o poder neste mundo para fazer o governo português (Sócrates) , o governo francês (Sarkozi) e o governo inglês (não me recordo quem) a desfazerem-se, mais ou menos na mesma altura, de centenas de toneladas de ouro, "ao desbarato" para fazer baixar o preço no mercado internacional. O Vitor Constancio, de 2001 a 2009 vendeu mais de duzentas toneladas de ouro das reservas nacionais.

Inevitavelmente, quando esta m...rebentar toda (é uma questão de tempo) convém, ao cidadão previdente, ter umas moedinhas de ouro e de prata em casa para o que der e vier. As moedas de ouro, libras etc, são demasiado valiosas para pagar a conta na mercearia. Para as pequenas despesas do dia a dia convém ter moedas de prata. Mas quais ? As moedas de colecção têm um preço muito acima do seu valor intrínseco. As chamadas "moedas de prata de investimento" : "American eagle" , "Filarmónicas austríacas", "Maple leaf", "Vera Silver" etc . têm também um custo bastante superior ao seu valor real em prata. Estas moedas, que citei, de 1 onça têm um valor intrínseco de cerca de 16 euros, mas custam frequentemente mais de 20 euros cada.

A solução tenho-a encontrado nos leilões, onde, por vezes, se fazem bons negócios, podendo adquirir moedas de prata a um preço próximo, por vezes inferior ao valor spot.

nt  O valor spot é a cotação oficial  do ouro ou da prata em "papel".  Existe uma cotação paralela , não oficial, para a prata e o ouro fisicos.

nt 2   escrevi este comentario em outubro 2019, os valores actuais são diferentes do mencionado acima.  Hoje a cotação oficial da prata é de 14.61 dolares /onça...mas uma moeda de 1 onça custa, se as encontrar,   cerca de 30 euros.
« Última modificação: Março 26, 2020, 09:57:08 pm por legionario »
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #95 em: Março 26, 2020, 09:38:16 pm »
Cuidado Legionario!

Li às uns meses atrás e vi documentários onde afirmavam claramente que o ouro tem a sua maior procura actual pela indústria electrónica e informática. Os processadores precisam de ouro para serem produzidos!!!!

Cuidado que a procura de bens electrónicos vai cair e a procura de ouro também!!!!!

https://www.thebalance.com/gold-the-ultimate-bubble-has-burst-3970478

https://geology.com/minerals/gold/uses-of-gold.shtml

Eu tinha muito cuidado a investir em ouro agora!!!!
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #96 em: Março 26, 2020, 09:43:55 pm »
Caro Viajante,

Eu não invisto agora em metais preciosos.  Ja investi estes ultimos anos quando a onça de prata e do ouro estava bem mais barata.
As aplicações da prata na industria são muito, mas muito superiores às do ouro.
« Última modificação: Março 26, 2020, 09:45:21 pm por legionario »
 

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Daniel

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Re: Economia Mundial
« Responder #97 em: Março 27, 2020, 05:51:46 pm »
Pandemia de COVID-19 já colocou a economia mundial em recessão. "Igual ou pior que a de 2009", admite FMI
https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/covid-19-georgieva-diz-que-economia-mundial-ja-esta-em-recessao

Citar
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou hoje que "já está claro" que a economia mundial entrou "numa recessão, igual ou pior que a de 2009" devido à pandemia de covid-19."Já está claro que estamos numa recessão igual ou pior que a de 2009", afirmou Georgieva, numa conferência de imprensa por vídeo na sede da instituição financeira internacional, para avaliar o impacto económico da expansão global do coronavírus. A líder do FMI disse esperar uma recuperação em 2021 desde que os governos adotem medidas adequadas e "coordenadas".

Só agora é que viu isso, não é igual não senhor é muito mas muito superior a crise de 2009 infelizmente.
Nem com essas medidas que não sei quais são a coisa vai lá num ano, no minimo 2 a 3 anos e com muita dor e sofrimento.

« Última modificação: Março 27, 2020, 05:55:01 pm por Daniel »
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #98 em: Março 27, 2020, 07:35:52 pm »
Um curto video de 8' que nos diz muito sobre a prata, salvaguardando claro esta, a subjectividade da interpretação do seu autor.

 

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Re: Economia Mundial
« Responder #99 em: Março 30, 2020, 07:32:12 pm »
O Ministro das Finanças alemão do Estado de  Hesse "profundamente preocupado" com a crise cometeu suicídio

Acho esta informação particularmente estranha.

"ALEMANHA - O ministro das Finanças de Hesse (Alemanha), Thomas Schaefer," profundamente preocupado "com as repercussões da epidemia de coronavírus  suicídou-se, anunciou neste domingo, 29 de março, o primeiro ministro de Hesse, Volker Bouffier.

Charles Gave: "O que estou me matando a dizer às pessoas é que a Alemanha está falida!"
Thomas Schaefer, 54 anos, casado e pai de dois filhos, foi encontrado morto no sábado, perto de uma ferrovia. A promotoria pública de Wiesbaden disse que favorecia a tese de suicídio.

Thomas Schaefer foi responsável durante dez anos pelas finanças deste Land, onde fica Frankfurt, o centro financeiro alemão, sede do Banco Central Europeu e dos principais bancos alemães.

"Nestes tempos difíceis (...) precisaríamos de alguém como ele"
Ele estava a trabalhar "dia e noite" para ajudar empresas e funcionários a se adaptarem ao impacto econômico da pandemia, disse Volker Bouffier, dizendo que estava "em choque" .

É mesmo nestes momentos que a ação pública pode (ou não) ser decisiva.

A França, sabía desde o início que não estaría preparada. Mas os alemães são geralmente mais pragmáticos que os nossos líderes, sempre ideólogos e com uma desconfiança doentia com o povo, o que impede qualquer operação que comece de baixo para cima.

Em suma, esse suicídio pode ser interpretado como um sinal negativo, anunciando uma onda aterrorizante e que pouquíssimos são aqueles que a vêem chegar.

A União Europeia e a Alemanha estão em grande dificuldade : "O descalabro que existe no Deutsche Bank ... é inimaginável !!"

Preparem-se, meus amigos, para serem muito resilientes nos próximos meses, que podem parecer muito longos.

Charles SANNAT
« Última modificação: Março 30, 2020, 09:11:43 pm por legionario »
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #100 em: Março 31, 2020, 10:00:27 am »
O MUNDO NÃO ESTÁ PREPARADO

Como o nível de manipulação nunca foi tão alto, ninguém pode prever a extensão do colapso iminente. Pior, 99,99% da população mundial está completamente despreparada. E mesmo a minoria minúscula que prevê um evento cataclísmico não escapará ao sofrimento.

Ninguém sabe onde e como isso vai acontecer. Pode começar com um lento declínio na economia e nos mercados, ou uma queda repentina que apanhará todos de surpresa. É certo que as consequências serão devastadoras para a maioria de nós. Muitos perderão os seus empregos, prestações sociais, pensões, assistência médica e todas as redes às quais estão acostumados.

Além disso, poucas pessoas percebem que o alto padrão de vida nos países ocidentais nas últimas décadas não tem nada a ver com o crescimento economico ou a produtividade real. Não, tudo se baseia em dívidas e dinheiro impresso de pelo menos US $ 500 trilhões, incluindo passivos não financiados, como assistência médica e pensões.

NÃO EXISTEM RESERVAS
Uma economia global ilusória baseada em dívida não tem fundamentos ou reservas. A bolha pode ser ampliada por um período limitado, simplesmente emitindo mais dívidas, como vimos desde a crise financeira de 2006-2009. O falso apoio que a economia global recebeu na última década, na forma de dívida adicional de US $ 125 trilhões, inflou os mercados de ativos a tal ponto que os ricos estão a ficar incrivelmente ricos e as pessoas pobres se endividam cada vez mais. Mas dobrar a dívida global em dez anos para US $ 250 trilhões não apenas dobrou o risco. O risco aumentou exponencialmente, à medida que a qualidade da dívida se deteriorou catastroficamente.

A única maneira de lidar com a próxima crise da dívida será imprimir dinheiro e emitir mais dívida. Mas é impossível resolver um problema de dívida com mais dívida.

Quando a crise ocorrer, os lucros das empresas serão impactados. As empresas fortemente endividadas não cumprirão os seus compromissos, principalmente porque as taxas de juros também aumentarão com o aumento da inflação e o colapso dos títulos. Portanto, as empresas deixarão de pagar as suas dívidas. O mesmo vale para o mercado imobiliário.
Os inquilinos não poderão pagar as rendas. O mesmo vale para imóveis comerciais, que entrarão em colapso quando as receitas diminuirem.

AS TRANSAÇÕES DIÁRIAS DE OURO REPRESENTAM 850X A PRODUÇÃO DIÁRIA DE MINERAÇÃO
O ouro é talvez o pior de todos os mercados manipulados. Menos de 0,5% dos ativos financeiros do mundo são investidos em ouro. Portanto, podemos perguntar como é que o volume bruto diário de transações em ouro é o dobro do S&P 500. De acordo com o World Gold Council, US $ 280 bilhões em ouro são negociados diariamente. O volume diário de transações no S&P é de US $ 125 bilhões.

A produção de ouro é de US $ 120 bilhões por ano, ou US $ 329 milhões por dia.
Então, como é que o volume diário de comércio é de US $ 280 bilhões, o equivalente a 850 vezes a produção diária ?
Quem está a movimentar todos esses bilhões de dólares em papel ouro ? Certamente que não é o mercado de investimentos que é demasiado pequeno.  O volume tambem é demasiado grande para ser movimentado pelos especuladores. Muito provavelmente, são os bancos de investimento que estão a negociar grandes quantidades de ouro para encobrir a grande escassez de ouro físico e, principalmente, de ouro nos bancos centrais.
Sabemos que os bancos de investimento e os mercados futuros possuem apenas uma fração do ouro físico para cobrir os compromissos de papel.

OS PAISES DA ROTA DE SEDA COMPRAM TODA A PRODUÇÃO DE OURO

As reservas oficiais de ouro de todos os Bancos Centrais somam cerca de 32.000 toneladas. Esse número provavelmente subestima os ativos de muitos países  como a China. As compras de ouro dos países da Rota da Seda : China, Índia, Turquia e Rússia são incessantes.  As compras aceleraram em 2008 e, desde então, acumularam 29.000 toneladas. Isso significa que, nos últimos onze anos, os países da Rota da Seda compraram quase toda a produção anual de ouro.
IN  OR.FR
« Última modificação: Março 31, 2020, 10:23:56 am por legionario »
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #101 em: Abril 01, 2020, 06:28:19 pm »
Una montaña de deuda pública que empieza ya a ser impagable

Citar
No es, desde luego, lo más acuciante en un contexto como el actual, en el que el virus avanza de forma devastadora. Pero si hay una evidencia desde el frente económico es que la factura será enorme. Hasta el punto de que es muy probable que algunos países se acerquen al nivel de lo impagable.

El planeta, como se sabe, estaba sentado sobre un polvorín de deuda antes de la aparición siniestra del Covid-19. En total, según la patronal bancaria mundial, 253 billones de dólares, lo que supone el 322% del PIB global. Algo así como 240 veces el PIB de España. No hace falta decir que se trata de un nivel histórico, lo que explica, paradójicamente, que haya dejado de preocupar seriamente.

Amortizar esa deuda, aunque fuera solo en parte, exigiría crecimientos económicos sostenidos durante décadas, y ese escenario es hoy altamente improbable. Por eso, ha dejado de inquietar el nivel de deuda más allá de que esté presente en el discurso de las buenas prácticas macroeconómicas.


La realidad es bien distinta. Ya no hay ninguna duda de que la herencia del Covid tendrá una forma geométrica muy parecida a la de una inmensa montaña de deuda, también en Europa. Y, particularmente, en países como España y el resto de los socios del sur de Europa, que ni siquiera durante los años de la recuperación han sido capaces de reducirla de forma significativa. La avanzadilla, como se sabe, es Grecia: 180% del PIB; seguida de Italia, 138%; Portugal, 121%; Francia, 99%, y España, 95,5%, como avanzó este martes el Banco de España.



Es hoy una incógnita saber cómo acabará esto, pero hay una cosa clara. La estrategia de todos los gobiernos, como no podía ser de otra manera, ha sido endeudarse para sofocar el incendio. Y basta recordar que cada punto de aumento de deuda en relación con el PIB son nada menos que 12.500 millones de euros.

La única salida
La deuda es la única salida posible. Y también ha acudido a ella el Gobierno español. De hecho, los nuevos decretos aprobados por el Consejo de Ministros caminan en esa dirección: subsidios para las empleadas de hogar y los trabajadores temporales, costes económicos asociados a la pandemia desde el ángulo de la salud pública (con un coste enorme para las comunidades autónomas) y, sobre todo, los derivados de los ERTE, ya sea financiando el 70% de la base reguladora de los salarios de los trabajadores afectados o la exención de cotizaciones para las empresas (5.000 millones, según algunos estudios). El Servicio Público de Empleo (SEPE) necesitará, por lo tanto, un presupuesto adicional cuya cuantía dependerá, lógicamente, de lo que dure la pandemia. Pero, en cualquier caso, será de miles de millones de euros.

En otras ocasiones, como se sabe, se ha optado por diferir las obligaciones de pago, pero hay razones para pensar que con esa estrategia solo se ha ganado tiempo. Como sucedió en la Gran Recesión, muchas de esas deudas ahora aplazadas entrarán en la lista de morosos.


Los trabajadores con contratos temporales que se extingan tendrán derecho a cobrar una prestación por desempleo aunque no hayan cotizado el tiempo necesario
Para llegar a esta conclusión, solo hay que recordar que el Fondo de Liquidez Autonómico (FLA) nació en 2012, precisamente, para hacer frente a millones de facturas sin pagar tras dos recesiones consecutivas que se llevaron por delante buena parte de los ingresos, mientras que, en paralelo, aumentaban los gastos asociados al desempleo. Aunque la crisis vaya a ser menos duradera, ya hay pocas dudas de que la contracción será mucho más intensa.

La cuenta de aquel fiasco económico fue brutal. En pocos años, se pasó de un endeudamiento público equivalente al 35% del PIB (marzo de 2008) al 100,9% (marzo de 2015). O lo que es lo mismo, una factura de 629.458 millones de euros, y que a precios actuales representaría prácticamente un 50% del PIB. Solo en el escenario más catastrófico se puede pensar que esta crisis puede costar una cifra tan abultada. Pero parece seguro que España volverá a tener una deuda pública que se escribirá con tres dígitos y no con dos.

 
Lo nunca visto
Lo que ya se sabe es que el año pasado, según acaba de adelantar Estadística, las necesidades de financiación del Estado fueron equivalentes a 33.223 millones de euros, pese a que la economía creció un 2%. También que los costes de desempleo se dispararán de una forma nunca vista, lo que unido al hecho de que el PIB se contraerá de forma significativa, elevará de forma automática la deuda en términos relativos. Y ahí es cuando entran los mercados para financiar esa ingente deuda.

Hay quien sostiene que cuando Mario Draghi soltó su famosa sentencia ("haré todo lo que sea necesario…") en realidad estaba asustado de lo que vio en el balance del BCE, algo más de cinco billones de euros, que, como todo balance, tiene dos caras. A un lado estaban los acreedores y al otro los deudores. Y en aquel momento Alemania llegó a tener una posición acreedora superior a los 750.000 millones de euros, mientras que España, por el contrario, y debido al 'boom' de crédito que se utilizó para financiar la burbuja inmobiliaria, debía más de 420.000 millones al Target 2, que es el sistema que utilizan los bancos centrales para echar sus cuentas.


Hoy esa cifra supera ligeramente los 130.000 millones de euros, pero Alemania, junto a Luxemburgo, Países Bajos y Finlandia, sigue siendo el gran acreedor del eurosistema. En el otro lado del balance están Italia, España y Portugal. Algo que puede explicar las reticencias de las autoridades germanas a poner en marcha los eurobonos, con los que España pretende repartir riesgos. O sea, mutualizar, en el lenguaje de la diplomacia financiera.

Lo que le preocupaba a Draghi era que el euro se rompiera por las enormes asimetrías internas del BCE. Cumplió su palabra y salvó la moneda única. ¿Cuál es el problema ahora? Que Alemania y otros países del norte —que salieron rápidamente de la anterior recesión— también están embarcados en la lucha contra el coronavirus, y eso cuesta mucho dinero. Es por eso por lo que la vicepresidenta Calviño, y en esto tiene el respaldo absoluto del gobernador del Banco de España, Pablo Hernández de Cos, quiere ser muy gradualista en la forma de enfrentarse a la recesión que se avecina. Algunos servicios de estudios han calculado una caída del PIB del 10% en el primer semestre.

El termómetro
Ese gradualismo se explica, entre otros motivos, porque los problemas de fondo, que ningún Gobierno se ha atrevido a encarar desde 2012, siguen ahí. Por ejemplo, el déficit de la Seguridad Social, que ya se paga prácticamente con deuda. Nada menos que 16.991 millones de euros el año pasado.


Las condiciones y supuestos de vulnerabilidad requeridos para poder acogerse a esta medida son idénticos a los ya establecidos en la moratoria de las hipotecas, simplificados este martes
Hay quien piensa que la deuda se paga sola, ya sea con inflación o dándole a la máquina de hacer billetes, como sugieren algunas teorías monetarias modernas, aunque tengan mucho de antiguas, pero lo cierto es que el nivel de deuda es el termómetro que leen los mercados a la hora de financiar los endeudamientos públicos. Exactamente igual que hacen los bancos con las deudas privadas.

Entre otras cosas, porque Europa, al contrario que Japón, con una deuda equivalente a algo más del 200% de su PIB, tiene que compartir banco central, mientras que, por el contrario, el Banco de Japón reina en su territorio. No hay acreedores ni deudores. Y eso es algo que conocen mejor que nadie los mercados. Claro está, salvo que alguien opte algún día por quitar algunos ceros al balance del BCE. Todo indica que el debate sobre la condonación parcial de la deuda volverá a la agenda pública.

https://www.elconfidencial.com/economia/2020-04-01/montana-deuda-publica-impagable_2528160/
A España servir hasta morir
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #102 em: Abril 01, 2020, 10:14:58 pm »
Inovação: o retorno do intervencionismo economico  (post especialmente dedicado à quinta-coluna liberal deste Forum)

O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire ( um homem de Direita), assume um planeamento dos setores em que é necessário investir.

Um grupo de especialistas (diretores de grandes empresas, economistas, cientistas etc.) submeteu ao governo um relatório propondo 10 setores prioritários para investimento nos próximos anos. Emmanuel Macron decidirá antes de abril.

"O comércio é uma guerra de dinheiro", disse Colbert. Esta sentença do ministro de Luís XIV está sendo actualizada, enquanto os Estados Unidos e a China estão travando uma guerra comercial com direitos aduaneiros , apoio fiscal, ou subsídios, (ou seja, protecionismo). No entanto, a França não pretende ficar à toa. Para garantir que a indústria permaneça forte e exportável nos próximos anos, o governo agora está a assumir um papel mais intervencionista.

"Não hesito em usar o termo planeamento tecnológico porque não acredito que o mercado possa, por si só, identificar mercados, competencias e tecnologias em que a França possa ter sucesso", afirmou sexta-feira Bruno Le Maire num discurso. muito pouco liberal.
O Ministro da Economia falou durante a apresentação de um relatório de especialistas sobre dez setores prioritários que o Estado deve apoiar até 2025-2030. Entre esses setores :  alimentação sustentavel ​, saúde, hidrogénio, tecnologias quânticas ou saúde digital.

Nota, este discurso foi feito em 7 de fevereiro. Depois desta data e face à insuficiência da industria francesa face às necessidades geradas pela actual crise sanitaria, o Presidente Macron disse :

Afirmando que "o dia seguinte à crise não se parecerá com o dia anterior", Emmanuel Macron apelou à  "reconstrução da nossa soberania nacional e europeia", produzindo "mais na França"  :

“Começamos antes da crise. Aprovamos reformas que permitem que o nosso país seja mais competitivo, mas precisamos recuperar a força moral e a vontade de produzir mais na França e recuperar essa independência. "

Vejamos,  se um pais europeu reconstroi a sua industria, que por força da mão-de-obra mais cara, vai produzir, por exemplo, mascaras ou ventiladores mais caros do que os paises asiaticos, significa que para proteger a nossa industria, temos que adotar leis protecionistas, como fazem ja os EUA , certo ?

As novas ideias tardam a pegar neste jardim à beira-mar plantado. Os nossos funcionariozecos e outros expert que outra coisa não sabem senão debitar "ipsis verbis" o que aprenderam na escola, deveriam talvez fazer um esforço e  experimentar ser Pensadores-livres ;  deviam retirar os cabrestos que lhes limitam a visão, quer do lado esquerdo quer do direito e tentar criar ideias novas para se adaptarem à nova realidade.

« Última modificação: Abril 01, 2020, 10:31:18 pm por legionario »
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #103 em: Abril 02, 2020, 08:08:44 pm »
É também no que creio. Os Estados vão voltar a dominar os seus sectores que consideram vitais. Após isto também penso que a maiorias das sociedades europeias irá deitar no contentor do lixo da História estas ideias de mercado que nos deixaram neste ponto.
E depois de tudo o que os EUA têm feito, como a tentativa de ficar com o exclusivo da vacina a ser desenvolvida na Alemanha, ou o desvio dos EPI's que estavam destinados a França, tenho muitas dúvidas sobre com que capacidade de "soft-power" os EUA ficarão na Europa. A hostilidade das declarações de responsáveis políticos italianos, alemães ou franceses não deixa antever nada de brilhante.
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #104 em: Abril 03, 2020, 09:38:00 am »
É também no que creio. Os Estados vão voltar a dominar os seus sectores que consideram vitais. Após isto também penso que a maiorias das sociedades europeias irá deitar no contentor do lixo da História estas ideias de mercado que nos deixaram neste ponto.
E depois de tudo o que os EUA têm feito, como a tentativa de ficar com o exclusivo da vacina a ser desenvolvida na Alemanha, ou o desvio dos EPI's que estavam destinados a França, tenho muitas dúvidas sobre com que capacidade de "soft-power" os EUA ficarão na Europa. A hostilidade das declarações de responsáveis políticos italianos, alemães ou franceses não deixa antever nada de brilhante.

França e não só. Pelo que podes ler nos artigos vez que os EUA compraram tudo o que havia, por isso haverá muitos mais países que já tinham comprado EPI a empresas Chinesas a ficar na mão.

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/compra-em-massa-pelos-eua-cancelou-compras-de-equipamentos-para-o-brasil-diz-mandetta.shtml

https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus-servico/compra-em-massa-dos-eua-china-cancela-contratos-de-importacao-de-equipamentos-medicos-no-brasil-diz-mandetta-24344790
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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