Economia nacional

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Re: Economia nacional
« Responder #435 em: Fevereiro 08, 2022, 09:54:45 am »
A nossa única esperança é que a inflação seja passageira (tenho dúvidas, porque é uma consequência das economias crescerem a ritmo acelerado, depois do colapso no início da pandemia).

Mas desta vez, o BCE já sabe que se subir muito os juros, como fez em 2007 e 2008, pode levar ao resgate de países expostos à dívida. Já tem essa memória bem fresquinha gravada naqueles cérebros. Mas que ninguém tenha dúvidas de que os juros vão subir, talvez ainda este ano. Não é possível ter juros negativos como agora e a inflação a disparar.

Resta-nos que aqueles que receberam a maioria sem a merecerem, façam melhor do que fizeram à 15 anos atrás, também com maioria absoluta!!!!!!!  :o
Mas já vimos do que estes estrategas são capazes de fazer, por exemplo na gestão da energia........
 

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asalves

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Re: Economia nacional
« Responder #436 em: Fevereiro 08, 2022, 10:32:05 am »
"Assusta um bocadinho" o fim das compras de dívida pelo BCE, diz a presidente do IGCP no dia em que os juros a 10 anos superam 1%
https://observador.pt/especiais/assusta-um-bocadinho-o-fim-das-compras-de-divida-pelo-bce-diz-a-presidente-do-igcp-no-dia-em-que-os-juros-a-10-anos-superam-1/
Citar
Cristina Casalinho reconhece, em entrevista, que os juros da dívida – que superaram 1% a 10 anos – estão a subir mais rapidamente do que o previsto. E confirma estar de saída do IGCP.

A “exuberância e a rapidez” da subida recente das taxas de juro da dívida portuguesa, nos mercados internacionais, “surpreendeu” o IGCP, a entidade que gere o endividamento público português. Em entrevista ao Observador, no dia em que as taxas a 10 anos superaram a fasquia de 1%, a presidente Cristina Casalinho reconhece que os custos mais elevados vão refletir-se no financiamento do Estado português – desde já, no leilão de Obrigações do Tesouro que está previsto para a próxima quarta-feira.

A presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que confirma estar de saída da instituição que liderou nos últimos 10 anos, defende que “as taxas de juro negativas ou muito baixas que temos vivido nos últimos anos não são taxas que sejam sustentáveis” e é preciso preparar uma subida que é natural mas que os bancos centrais terão de garantir que não acontece de forma demasiado brusca.

A poucas semanas do fim do programa de compras de dívida por parte do BCE, ao abrigo do programa pandémico que foi lançado, Cristina Casalinho admite que é algo que “assusta um bocadinho, pela dimensão” da intervenção que houve até agora e que, em certa medida, vai deixar de existir. É um “grande fator de incerteza” a forma como os mercados vão reagir a isso, nos próximos meses, reconhece a responsável.

As taxas de juro a 10 anos no mercado secundário superaram hoje a marca de 1%. No final do ano passado estavam abaixo de 0,2%. O IGCP tinha indicado que era expectável uma subida dos custos em 2022 mas antecipava que chegássemos a esta marca de 1% tão rapidamente, logo neste início de fevereiro?
Não, realmente… Nós, no IGCP, antecipávamos a inversão do ciclo de descida das taxas de juro este ano mas a exuberância e a rapidez da subida surpreendeu-nos. Mas não podemos pensar que isto está desligado do que está a acontecer com a inflação. De alguma forma, a surpresa com a velocidade a que as taxas de juro subiram é justificada pelo facto de a inflação também ter aumentado de forma muito significativa. E se há alguns meses havia a expectativa de que este aumento pudesse resultar de fatores predominantemente temporários, transitórios, neste momento há alguns receios de que haja algum caráter de maior permanência – ou, pelo menos, de que essa transitoriedade seja mais prolongada do que aquilo que se esperava.

Foi isso que foi reconhecido pelo BCE na semana passada, na sua leitura?
Na semana passada, a presidente do BCE sinalizou que, de facto, há hoje uma preocupação acrescida com a subida de preços e mesmo outros membros do Conselho do BCE têm vindo a indicar que – quer pela melhoria da atividade económica quer pela elevação dos preços – justifica-se que haja uma alteração mais acelerada do pendor da política monetária. Será o BCE a seguir as pisadas do que já foi feito por outras autoridades monetárias, quer a Reserva Federal [dos EUA] quer o Banco de Inglaterra, que também na semana passada subiu a taxa de juro, havendo mesmo alguns membros do comité monetário a defender que a subida devia ser até mais rápida. E quanto à Reserva Federal, há expectativa de que possa haver até sete subidas de taxas de juro este ano e admite-se que, em vez de as taxas serem subidas em 25 pontos-base em cada degrau, haver subidas mais expressivas.

O IGCP vai emitir mais dívida a 10 anos na próxima quarta-feira. Na última vez que o fez foi em meados de novembro de 2021, altura em que as taxas ficaram na casa dos 0,3%. A partir do contacto que tem tido com os investidores, nestes dias após a mensagem do BCE, quais são as expectativas em relação a esse leilão?
As expectativas são de que o leilão será bem sucedido, claramente com níveis de taxas de juro que são aqueles que nós hoje observamos no mercado secundário. O que tem acontecido é que as taxas de juro no mercado primário, como é natural e saudável que aconteça, refletem aquilo que é a negociação no mercado secundário.

Significa que o Estado vai pagar mais por este financiamento…
Sim, mas as pessoas têm de ter em consideração que as taxas de juro negativas ou muito baixas que temos vivido nos últimos anos não são taxas que sejam sustentáveis e não são taxas que devem ser encaradas como taxas normais. Taxas normais são taxas positivas e a subida a que agora assistimos resulta de uma normalização da atividade económica e resulta da evolução que se tem observado ao nível da crise sanitária, com uma diminuição muito acentuada das restrições à mobilidade e à atividade económica, que está a regressar a patamares de normalidade. Se, de um modo geral, toda a atividade económica evolui num sentido de um ciclo económico normal, não se justifica que a política monetária não acompanhe essa evolução. Portanto, que saiamos de um contexto de taxas de juro anómalas, extraordinárias, necessárias para sustentar níveis de atividade económica muito baixos. Não digo que devemos olhar para esta subida das taxas de juro com regozijo, mas acho que devemos vê-la com alguma sobriedade no sentido em que é um movimento que nós gostaríamos que acontecesse.

Quer dizer que, na sua opinião, a subida das taxas está a acontecer por boas razões, isto é, atividade económica a melhorar, e não por más razões, uma inflação demasiado rápida?
Sim, por boas razões. É por boas razões que as taxas estão a subir. E também temos de salientar que os economistas avaliam se as condições financeiras são acomodatícias ou são restritivas – ou seja, se são favoráveis a uma expansão da atividade económica ou se, de alguma forma, está a tentar-se promover algum abrandamento para conter alguma exuberância. Nós estamos com taxas de juro ainda muito acomodatícias, mesmo que subam significativamente. Hoje em dia as taxas de juro reais estão em níveis mais baixos do que tínhamos há um ano.

Na sua análise, a era de juros baixos é algo que está definitivamente para trás das costas? Não voltaremos a ver taxas de juro tão reduzidas no horizonte?
Eu gostava de acreditar que não, que não as voltaremos a ver tão cedo. Acho que esse contexto ficou para trás das costas, pelas boas razões que referi. Se nós acreditarmos que a atividade económica será retomada, dentro da normalidade, se voltarmos a ter as economias a crescer saudavelmente – na ordem dos 2,5% ou 3%, na Europa um pouco menos, historicamente – faz todo o sentido que as taxas de juro vão acompanhar esse regresso à regularidade. Mas repito: as taxas de juro continuam baixas se pensarmos nos períodos com maior estabilidade, ou seja, excetuando esta crise pandémica. Estamos com níveis do primeiro semestre de 2019 – não estamos tão longe assim dos níveis que vivemos antes da crise pandémica.

Como é que esta taxa de 1% a 10 anos se compara com o custo médio das emissões feitas no ano passado e como é que compara com o custo médio de todo o stock de dívida nacional?
O custo médio do stock da dívida no ano passado foi de 2% no ano passado, e o custo marginal [das novas emissões] foi de 0,6%. No ano anterior, 2020, tinha sido 2,2% o custo médio do stock e 0,5% no custo marginal, ou seja, das novas emissões feitas nesse ano. Em 2021 o custo marginal foi um pouco maior porque se optou por subir significativamente a vida média das emissões, para o dobro – ou seja, emitiu-se dívida com maturidades mais longas.

Hoje Portugal tem uma taxa absoluta de cerca de 1% – é o mesmo nível de juro absoluto que existia em abril de 2020, ou seja, mais ou menos desde o início da pandemia. Nessa altura, os mercados pediam à Alemanha uma taxa negativa de -0,3% ou -0,4%, hoje pedem 0,25% (positivos). Ou seja, o prémio de risco que temos agora é inferior. Como interpreta essa evolução dos prémios de risco, Portugal é visto como tendo menos risco agora?
Eu penso que sim, pelo menos é essa a perceção do mercado. As nossas necessidades líquidas de financiamento têm vindo a baixar e isso é reconhecido e avaliado positivamente pelo mercado. Mesmo nas agências de notação financeira, tivemos uma subida de rating no seguimento do outlook positivo que já existia antes – da Moody’s, no ano passado. E acreditamos que, face à evolução do stock da dívida pública, dos défices e da evolução da própria economia há condições para acreditar que esta avaliação positiva continua e que, mais dia menos dia, será refletida em alterações de perspetivas (outlooks).

Pelo menos…
Sim, pelo menos. Primeiro melhoria de perspetivas e, depois, alteração de notação.

Mas acha que o BCE vai ser mais audaz na retirada dos estímulos monetários, como os mercados financeiros parecem estar a prever? Ou acha que os investidores estão a precipitar-se?
Não digo que seja precipitação. Acho que há, sobretudo, um maior grau de incerteza, porque desde 2015 que o BCE tem sido muito interventivo no mercado, comprando a dívida pública – e estas compras de dívida acentuaram-se muito significativamente a partir de março de 2020. Com o programa de compras pandémico, não só o envelope de compras mensais aumentou muito substancialmente como, além disso, houve algumas limitações operacionais nas compras [que já eram feitas ao abrigo do anterior programa de intervenção] que foram removidas. E, agora, ao chegar a março, o programa pandémico acaba e evolui-se para a manutenção do programa de compras que já existia anteriormente – que tem limitações de compras mais ativas – e com montantes mais pequenos. E, em princípio, no final do ano, também esse programa pode desaparecer. O que todos nós desconhecemos é qual será o comportamento do mercado no momento em que o principal comprador de dívida pública europeia não digo desaparece, mas reduz muito substancialmente [a sua presença]… Esse é o grande fator de incerteza.

“Reduz substancialmente” a sua presença em que grau?
No ano passado, na maior parte dos mercados de dívida pública europeus o que nós verificámos foi que, se o BCE não comprou mais do que aquilo que foi emitido, comprou, pelo menos, o que foi emitido. Ou seja, na realidade, a maior parte dos emitentes soberanos europeus acabou por ter como destinatário final para os seus títulos não os investidores do setor privado mas o setor público – neste caso, o Eurossistema. A realidade em 2020-2021, a esse respeito, é muito avassaladora. E, no momento em que o BCE retrocede e a sua intervenção no mercado se reduz, isso assusta um bocadinho – pela dimensão. É claro que há aqui fatores mitigantes. Um deles é que o BCE vai eliminar as compras líquidas, reduzindo-as significativamente ao longo deste ano, mas mantém os seus planos de reinvestimento pelo menos até ao final de 2024. E isso é um fator significativo: o BCE irá absorver entre um terço e metade do que for refinanciado – mesmo que não existam novas compras líquidas.

Mesmo assim “assusta um bocadinho”, dizia…
Assusta um bocadinho, sobretudo porque o que está a começar a ser descontado no mercado é essa incerteza sobre a capacidade de absorção por parte do mercado na ausência – ou na redução significativa da intervenção do BCE. Sendo que o BCE não vai sair, não vai abandonar o mercado, como disse. A liquidez que existe no sistema ainda é muito significativa, quando olhamos por exemplo para os balanços dos bancos… Um segundo aspeto é que o BCE, apesar das taxas reais serem baixas, também tem consciência de que o aspeto nominal não é despiciendo.

Como assim?
Tem sido muito relevado por parte das organizações internacionais que os níveis de endividamento com que nós saímos desta crise são os máximos de sempre, com níveis recorde de dívida – tanto nos países mais desenvolvidos como em países menos desenvolvidos. As autoridades monetárias têm consciência de que, neste momento, uma subida avassaladora das taxas nominais num momento em que temos, simultaneamente, os preços a subir, cria constrangimentos a nível dos rendimentos. Têm de ter uma abordagem gradual – com níveis de endividamento muito elevados, espera-se uma normalização progressiva das taxas de juro mas não de maneira a que passemos de uma situação acomodatícia para uma situação restritiva muito rapidamente.

Lagarde deixou essa garantia esta segunda-feira, de que os ajustes serão “graduais”…
Penso que os prémios de risco não estão a subir muito porque há uma consciência de que os bancos centrais querem normalizar as taxas mas tendo consciência de que isso tem de ser um processo gradual, bem ancorado na evolução da economia real e consciente de que há constrangimentos que têm de ser acautelados. O BCE, além do seu mandato de estabilidade de preços, de forma implícita tem outro mandato associado à proteção da estabilidade financeira.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #437 em: Fevereiro 16, 2022, 01:47:36 am »
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Re: Economia nacional
« Responder #438 em: Fevereiro 16, 2022, 10:36:18 am »


O que é relevante aqui é a pancada que a FP levou num só ano.
De resto, só demonstra que não somos regionalizados e temos um SNS. Países regionalizados têm menos funcionários na administração central, e países com sistemas de saúde ou educação baseados em sistemas privados, mesmo que subsidiados, também não têm os médicos/professores na administração central.
 
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Re: Economia nacional
« Responder #439 em: Fevereiro 18, 2022, 03:01:09 pm »


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« Última modificação: Fevereiro 19, 2022, 08:23:09 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #442 em: Fevereiro 21, 2022, 01:34:24 pm »
Associação fala em “tempestade perfeita” para a restauração com a subida dos juros e inflação
https://jornaleconomico.pt/noticias/associacao-fala-em-tempestade-perfeita-para-a-restauracao-com-a-subida-dos-juros-e-inflacao-850887
Citar
“Os aumentos sucessivos dos preços dos combustíveis e de energia, que já estão a provocar um brutal aumento da inflação das matérias-primas e a previsão da subida das taxas de juro são a ‘tempestade perfeita’ para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico, alerta a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

Em comunicado a associação é taxativa: “o aumento galopante dos preços dos combustíveis e da energia, o aumento dos custos das matérias-primas, sobretudo alimentares, e o possível incremento das taxas de juro são os ingredientes que vão dar origem a uma tempestade devastadora com consequências imprevisíveis para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico”.

Neste momento, o mundo vive com uma bomba relógio, que pode explodir a qualquer momento.
E se a bomba rebentar, às consequências ainda são muito imprevíveis, mas que parece que vai ser devastadora lá isso parece.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #443 em: Março 02, 2022, 12:16:25 pm »
Pela primeira vez na tv, alguém disse exactamente o que se passa no sector energético em Portugal, o engodo que é o fecho das centrais a carvão e nucleares na Europa e o suicídio que isso representa em termos de produção elétrica.

Na sic notícias dia 1 de Março, a parti do minuto 00h34. É só puxar atrás e ouvir 5 mins.

 
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Re: Economia nacional
« Responder #444 em: Março 02, 2022, 12:56:27 pm »
Pela primeira vez na tv, alguém disse exactamente o que se passa no sector energético em Portugal, o engodo que é o fecho das centrais a carvão e nucleares na Europa e o suicídio que isso representa em termos de produção elétrica.

Na sic notícias dia 1 de Março, a parti do minuto 00h34. É só puxar atrás e ouvir 5 mins.

Já referi aqui até à exaustão, que é de uma total palermice, para não dizer pior, fechar as nossas centrais a carvão e a gás, só para sermos mais limpinhos!!!!!!
Vamos pagar muito caro!
Imaginemos que este conflito na Ucrãnia escala (espero muito sinceramente que não), os outros países europeus que nos fornecem energia, vão ter condições de continuarem? Em primeiro lugar estão eles, digo eu!!!!!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #445 em: Março 11, 2022, 05:44:38 pm »
Dona espanhola “obrigada” a parar fábricas do Seixal e Maia com 700 trabalhadores
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/dona-espanhola-obrigada-a-parar-fabricas-do-seixal-e-maia-com-700-trabalhadores
Citar
Esta sexta-feira, 11 de março, o dono espanhol da SN anunciou que "o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia".

 

Em causa estão "700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais".

 

A Megasa adianta que a paragem "afeta a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal, sendo que nesta fábrica mantém-se a atividade de laminagem, utilizando o stock ainda existente".

 

A paragem ocorreu no passado dia 5, diz a empresa, alegando que "o contexto internacional" tornou "economicamente inviável a produção das duas unidades".


"Cenário idêntico vive grande parte da indústria eletrointensiva em Espanha", sublinhou.

A Megasa afirma que já propôs ao primeiro-ministro "a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos".


"Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto", a companhia considera "ser possível manter a sua atividade", enfatizando que "tem vindo a manter informados os representantes dos trabalhadores, autarquias e entidades governamentais da gravidade da situação e ações tomadas".


Pelas mesmas razões, a Megasa interrompeu, a 4 de março, a produção da sua fábrica de Narón, na Corunha, onde o grupo está sediado.

Espero estar errado, mas o pior ainda está por vir...
 

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Re: Economia nacional
« Responder #446 em: Março 11, 2022, 05:55:55 pm »
Dona espanhola “obrigada” a parar fábricas do Seixal e Maia com 700 trabalhadores
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/dona-espanhola-obrigada-a-parar-fabricas-do-seixal-e-maia-com-700-trabalhadores
Citar
Esta sexta-feira, 11 de março, o dono espanhol da SN anunciou que "o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia".

 

Em causa estão "700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais".

 

A Megasa adianta que a paragem "afeta a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal, sendo que nesta fábrica mantém-se a atividade de laminagem, utilizando o stock ainda existente".

 

A paragem ocorreu no passado dia 5, diz a empresa, alegando que "o contexto internacional" tornou "economicamente inviável a produção das duas unidades".


"Cenário idêntico vive grande parte da indústria eletrointensiva em Espanha", sublinhou.

A Megasa afirma que já propôs ao primeiro-ministro "a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos".


"Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto", a companhia considera "ser possível manter a sua atividade", enfatizando que "tem vindo a manter informados os representantes dos trabalhadores, autarquias e entidades governamentais da gravidade da situação e ações tomadas".


Pelas mesmas razões, a Megasa interrompeu, a 4 de março, a produção da sua fábrica de Narón, na Corunha, onde o grupo está sediado.

Espero estar errado, mas o pior ainda está por vir...

A nossa industria de grande consumo energético que penso que não chega a 1 centena de empresas consome quase metade da eletricidade em Portugal.

Se tivéssemos um ministro que não fosse teimoso mandava abrir as centrais a carvão e criavam um programa de compensação ambiental (ex: reflorestar serra da Estrela, serra do caldeirão,...) mas não, o mais importante é o partido e manter o poder para o partido, ...

Por isso sim o pior ainda está para vir
 
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Re: Economia nacional
« Responder #448 em: Março 14, 2022, 03:17:04 pm »
https://lux24.lu/luxemburgo/luxemburgo-preco-dos-combustiveis-desce-gasoleo-baixa-417-centimos/

https://multinews.sapo.pt/noticias/franca-vai-aplicar-uma-reducao-de-15-centimos-por-cada-litro-de-combustivel-sem-mexer-nos-impostos/

Países sortudos, que não estão em guerra!!!!

2 Coisas a referir:

1- Para quem se lembra daquela treta da Lei para limitar as margens de lucro abusivas das gasolineiras, a lei até agora nunca foi aplicada pois afinal não existe até agora as tais margens de lucro abusivas que o governo dizia que havia.

2- A baixa de alguns cêntimos que houve a uns dias atrás, foi apenas para evitar que o Governo ganhasse mais dinheiro em Impostos, o governo continua com o mesmo nível de imposto. Contudo se o Governo baixasse os imposto para o mesmo nível que existia quando estávamos em austeridade (Antes do Costa ter tomado posse) havia uma baixa de cerca de 15 cêntimos por litro.
 
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Re: Economia nacional
« Responder #449 em: Março 21, 2022, 11:33:11 pm »
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