Vou dizer as coisas de memória e como tal podem ter erros.
O CV3 apareceu graças ao facto de que a Marinha Brasileira estar a aumentar e ainda recentemente decidiu-se a abertura de mais uma unidade de Fuzileiros. Como a aquisição dos navios de 6000 toneladas ainda vão demorar, eles avançaram com este projecto bastante mais simples e rápido de ser concluido. Segundo as últimas noticias o CV3 vai ser bastante diferente das imagens que colocaste.
Exemplo de uma das alterações:
http://www.alide.com.br/joomla/componen ... veta-da-mb
Não era possível continuar a desenvolver submarinos a partir dos que já tinham sido feitos porque uma coisa é projectar de raiz, outra é copiar e fazer pequenas modernizações (como foram feitas no último submarino). Como os Estaleiros do Rio de janeiro já estavam no seu limite, a Marinha decidiu fazer uma nova instalação para a construção e manutenção dos novos submarinos. Graças ao acordo com os Franceses toda uma equipa de Engenheiros navais brasileiros foram a França fazer um curso especifico para aprenderem a fazer submarinos e por isso no futuro todos os novos SSK serão concepção Brasileira e até o SNB terá muita coisa feita e desenvolvida no Brasil.
O PA terá catapultas e em principio será um projecto Francês e operará em principio o Sea Grippen (sim eles vão avançar com isso em parceria com os Suecos e talvez com os Indianos... talvez).
Martelo, eu no geral não estou a criticar as opções (que do que conheço também são basicamente as que disse) mas sim o timing. Se existem 5 corvetas e 5 submarinos recentes avançava-se por exemplo com os LPD/LST (trabalhando com o que existe em termos de corvetas, fragatas e submarinos) e posteriormente construia-se os submarinos e às escoltas à medida que as existentes envelheciam. É que quando se faz muita coisa ao mesmo tempo e conhecendo as limitações financeiras da MB impostas por "aquela" classe politica o risco de alguma coisa ficar para trás e bem maior (e diversas vezes já se ouviu falar por exemplo em fragatas de ocasião italianas ou britânicas, e atrás podem vir sempre mais algumas "velharias" de ocasião e lá fica a MB apenas com os submarinos que foi o que até agora avançou fisicamente).
Tanto o projecto (embora ainda existam muitas concepções) das corvetas, escoltas como do PA, passando pelos submarinos são bastante interessantes (estamos a falar de um nuclear e 4 convencionais com os existentes ainda a poderem durar uns bons anos), construidos localmente (knowhow será enorme), com estruturas e mão de obra própria e num país que tem uma extensão enorme de mar cravejada de recursos valiosos, agora à pontos a ter em conta e que apresentam, como em tudo, riscos (já alertei para alguns, mas à outros):
1 - O Scorpene brasileiro é um submarino sem AIP (embora posteriormente possa ir a estaleiro novamente, cortar o submergivel e instalar um anel com o dito sistema). Perde assim por exemplo para o Trident (que de raiz tem aip) além de que os Maláios e Espanhois (o derivado S-80) tem tido problemas "a rodos" com os ditos submarinos (embora não deixe de ser verdade que os Brasileiros aqui não tinham outra hipótese por causa do nuclear) .
(
http://digitaljournal.com/article/350661)
2- Cada vez que o Brasil fala de corvetas só me lembro da asneirada que foi com as Inháuma e a Barroso. Colocar num casco de 96m uma torre de 114mm, misseis exocet, 2 tubos triplos de torpedos, plantaforma e hangar para helicoptero, alem de mais duas/uma torre(s) de 40mm só podia dar no que deu. Depois fabrica-se a barroso com as correção necessárias de projecto e continua a faltar o missil anti-aéreo. É exelente que o Brasil não opte por um missil de curto alcance (o mesmo foi apenas pensado devido ao tamanho das corvetas existentes) mas vai coloca-lo numa corveta? A Barroso já tem 103 metros e custa o preço de algumas fragatas que por aí navegam, quanto ficará com um missil anti-aereo de médio/longo alcance? Portanto, independentemente do projecto à aqui um conjunto de questões a pensar seriamente, não vá "dar burrada" novamente.
3- A opção do novo Porta-Aviões com catapultas é ouro sobre azul pois já basta a Classe Queen Elizabeth com aquela tonelagem e superlimitada pelo skyjump e convés convencional (assim o Brasil não apenas pode usar a ala-aérea do S.Paulo mas também fica com mais opções quer de AEW, ASW e mesmo caso algo corra mal com o seagripen). Agora, vai ser um NAE com catapultas a vapor (os EUA já introduziram a catapulta magnética)? Só terá como caça o Seagripen, quando pelo menos americanos e britânicos já operarão o F-35? Será o projecto françés do PA-2 ou semelhante ao "Charles de Gaulle" mas convencional? E a França depois da "nega" ao Rafale continuará a cooperar nesta área com o Brasil? Portanto e independentemente de na teoria o caminho da MB parecer o certo, a cada resposta acrescente uma nova pergunta.
Saudações