Os ucranianos provavelmente estão com problemas para reparar e manter tanques Leopard, mesmo de modelos teoricamente equivalentes.
Os Leopard-2A4 espanhóis não são exatamente iguais aos polacos, os Leopard-2A6 são diferentes dos Leopard-2A4 e a lista continua.
A ideia de uma ofensiva ucraniana que atingisse objetivos claros, como a possibilidade de atingir o mar de Azov em 2023, implicava uma operação única que permitiria reparações ligeiras e quando as reparações tivessem que ser maiores, esperava-se ...
Agora, o verdeiro problema da dor de cabeça logística está provavelmente a vir ao de cima e é complicado de resolver.
Os russos têm o mesmo problema, mas resolvem-no começando a modernizar muitos dos milhares de tanques que possuem em depósito.
Ocorre que como todos sabemos, um avião é muito mais complicado que um tanque.
Os ucranianos não possuem um numero ilimitado de tecnicos, engenheiros e mecânicos para formação em diferentes plataformas.
Mesmo o Grippen, em conjunção com um F-16 já é complicado (e os ucranianos já operaram MiG-29, Su-27 e Su-24).
O Grippen, pelo que sei tem mais comonalidade com o F-16 que o Mirage-2000.
Quanto à capacidade de intercepção, não me parece que se aplique nesta guerra. O interceptor deveria ser um avião rápido capaz de atingir bombardeiros. Utilizaria a sua velocidade elevada, e depois tinha que aterrar na pista mais próxima, porque andar a alta velocidade, implica reduzir dramáticamente a autonomia.
Os bombardeiros russos estão a fazer ataques com mísseis a partir do mar Cáspio... Ou seja, não vejo como pode haver interceptores na Ucrânia, ou o que eles vão interceptar, quando as suas bases estão longe da frente.
O que os ucranianos querem, parece ser essencialmente aeronaves com radares que lhes permitam ter capacidade para avaliar as ameaças e reagir em tempo. Não é que o Mirage-2000 não o possa fazer, o problema é que a Ucrânia é um país de dimensão média, não estica, e os seus recursos humanos não esticam.
Essa é a razão pela qual os ucranianos terão dito aos alemães para não enviarem mais tanques...
(isto terá que ser confirmado, porque nos tempos atuais, não podemos acreditar nas notícias antes de haver confirmação de pelo menos duas fontes diferentes)