Notícias da Força Aérea Brasileira

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Lancero

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« Responder #120 em: Dezembro 05, 2008, 06:41:25 pm »
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Brasil: Governo só quer aviões militares aos EUA se também receber tecnologia - ministro da Defesa    

   Washington, 05 Dez (Lusa) - O Brasil só comprará aviões de combate aos  EUA se receber simultaneamente tecnologia militar para aplicar em fins civis,  afirmou o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, ao seu homologo norte-americano,  Robert Gates.  

 

   "Qualquer tipo de negociação sobre equipamentos (militares) passa pela  transferência de tecnologia. Se não houver transferência de tecnologia,  não há nada para falar", explicou Nelson Jobim após um encontro com Robert  Gates, que se manterá como secretário de Estado da Defesa dos EUA na futura  administração de Barack Obama.  

 

   Nelson Jobim já havia dito que os EUA colocaram entraves a estas transferências,  nomeadamente quanto ao envio de componentes para a construção do avião Super  Tucano, da companhia brasileira Embraer.  

 

   O Governo brasileiro pretende comprar um número reduzido dos caças F-18  norte-americanos e, com a transferência da tecnologia, produzir em solo  brasileiro o restante número de aviões para renovar a sua frota.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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HSMW

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« Responder #121 em: Dezembro 05, 2008, 06:51:47 pm »
F-18?  :shock:

Isso é o resultado do concurso dos novos caças ou quê?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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HaDeS

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« Responder #122 em: Dezembro 05, 2008, 07:14:42 pm »
F-18 Super Hornet é um dos finalistas do FX-2, Ministro vai lá ver se os EUA tem uma proposta melhor que a França, lembrando que Sarkozy vem ao Brasil este mês(dezembro 2008).
 

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Lightning

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« Responder #123 em: Dezembro 05, 2008, 09:55:59 pm »
Citação de: "HaDeS"
F-18 Super Hornet é um dos finalistas do FX-2, Ministro vai lá ver se os EUA tem uma proposta melhor que a França, lembrando que Sarkozy vem ao Brasil este mês(dezembro 2008).


O concurso foi à fava, agora é ver quem é que suborna mais os politicos brasileiros :lol: .
 

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HSMW

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« Responder #124 em: Dezembro 05, 2008, 10:57:22 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "HaDeS"
F-18 Super Hornet é um dos finalistas do FX-2, Ministro vai lá ver se os EUA tem uma proposta melhor que a França, lembrando que Sarkozy vem ao Brasil este mês(dezembro 2008).

O concurso foi à fava, agora é ver quem é que suborna mais os politicos brasileiros :lol: .


Ah  c34x
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #125 em: Dezembro 06, 2008, 11:13:10 am »
Ó meus senhores e digam um sitio onde não é assim?

Portugal? Telhados de vidro meus senhores, telhados de vidro!

E corruptores, então são meio mundo... :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #126 em: Dezembro 06, 2008, 11:17:14 am »
Uma coisa eu sei, os aparelhos escolhidos são todos excelentes escolhas:

F/A-18 Super Hornet;
Rafale;
Gripen NG

Uma coisa que eles não abdicam é da transferência de tecnologia de equipamentos.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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tgcastilho

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« Responder #127 em: Dezembro 06, 2008, 11:50:07 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Uma coisa eu sei, os aparelhos escolhidos são todos excelentes escolhas:

F/A-18 Super Hornet;
Rafale;
Gripen NG

Uma coisa que eles não abdicam é da transferência de tecnologia de equipamentos.


A sorte deles é que os Franceses precisam de clientes e os suecos também,sejamos honesto transferência de tecnologia por 36 aparelhos,vê-se mesmo que é negocio de políticos.

Cumprimentos
 

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Lightning

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« Responder #128 em: Dezembro 06, 2008, 11:58:45 am »
Sem olhar a preços, e para um pais do tamanho do Brasil, penso que dessas três aeronaves, as melhores são ou o F/A-18E/F Super Hornet ou o Rafale, porque além de serem superiores em performance ao Saab Gripen, são aviões com capacidade de operar a partir de Porta-Aviões, se bem que actualmente a Marinha Brasileira não possui nenhum Porta-Aviões que possa operar com esse aviões aviões, mas podia ser um factor a ter em conta para a aquisição de um porta-aviões maior e operarem a mesma aeronave que a Força Aérea.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #129 em: Dezembro 06, 2008, 12:08:11 pm »
Citação de: "Lightning"
Sem olhar a preços, e para um pais do tamanho do Brasil, penso que dessas três aeronaves, as melhores são ou o F/A-18E/F Super Hornet ou o Rafale, porque além de serem superiores em performance ao Saab Gripen, são aviões com capacidade de operar a partir de Porta-Aviões, se bem que actualmente a Marinha Brasileira não possui nenhum Porta-Aviões que possa operar com esse aviões aviões, mas podia ser um factor a ter em conta para a aquisição de um porta-aviões maior e operarem a mesma aeronave que a Força Aérea.

Olha que os Franceses têm outra opinião:

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JMM: O Rafale M é absolutamente idêntico aos seus irmãos baseados em terra, salvo pelo trem de pouso que é muito mais robusto, para poder resistir ao duro tranco dos pousos e decolagens nos porta-aviões. A aviônica é idêntica e a estrutura também o que gera uma grande e econômica sinergia, operacional e logística, entre os dois modelos.

ALIDE: Qual foi o resultado dos testes do Rafale no Foch na década de 90? Os pesos do avião e as capacidades do NAe em termos de catapultas, aparelho de frenagem e elevadores são compatíveis? Ou fatalmente conflitantes?

JMM: Os testes iniciais de qualificação do Rafale M foram realizados no próprio NAe Foch que hoje pertence à Marinha do Brasil. Até onde eu sei, todos os tipos de testes foram realizados, sem qualquer problema, decolando e pousando no peso máximo, com o avião carregado de combustível e armas. Se as catapultas estiverem funcionando em sua potência máxima, não deve existe qualquer problema.


Em relação aos F-18...a versão inicial tinha sido testada no PA Francês (actual A-12 da Marinha Brasileira), mas o actual modelo é maior, mais pesado, por isso dúvido que consiga descolar completamente equipado. Provavelmente teria que descolar com pouco combustivel e reabastecer no ar.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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nelson38899

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« Responder #130 em: Dezembro 27, 2008, 01:04:19 am »
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Roll out do primeiro P-3AM da FAB

Realizou-se no dia 17 de dezembro, nas instalações da Airbus Military em Getafe (Madri), o roll-out do primeiro patrulheiro marítimo P-3AM modificado para a FAB, com a presença de seu comandante, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito.

Os P-3 Orion serão utilizados prioritariamente para a proteção da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), controle de fronteiras, combate ao tráfico de drogas na região amazônica e em missões de Busca Salvamento em uma área de mais de 6 milhões de km2 atribuídos pela OACI (Organização da Aviação Civil Internacional) ao governo do Brasil, cobrindo, assim, praticamente todo o Atlântico Sul.

Esta célula é uma das nove adquiridas pelo país sul-americano, que recebeu novos equipamentos: sensores de alta tecnologia, a sua plena integração com o sistema de controle táctico FITS. O novo painel da cabine é da Thales Avionics, sendo compatível com o do CASA C-295. O avião recebeu instrumentos de comunicação, navegação e de controle motor, piloto automático digital, um sistema HACLCS (Harpoon Aircraft Command and Launch Control System) para disparar mísseis Harpoon, remodelação exterior e interior, um novo Centro de Apoio de Missão e um treinador tático para a tripulação.

O FITS integra os sensores de missão e apresenta uma nova interface com os sistemas de navegação, aumentando assim o desempenho operacional. Seus consoles operacionais são universais e reconfiguráveis por software. O sistema conta com uma interface homem-máquina intuitiva, flexível e arquitetura de sistema aberto qua faz uso de Equipamentos Comerciais (COTS) que lhe permite liderar o mercado para este tipo de aeronave.  A Airbus Military também modernizou P-3 da Força Aérea espanhola e já entregou seis dos 36 CN-235 (a base do HC-144A) para o programa Deep Water da Guarda Costeira dos EUA.

Portugal adquiriu em 2006 doze 295S-C, cinco dos quais, na configuração de patrulha marítima (MPA FITS). A marinha chilena adquiriu três, com uma opção para mais cinco. Entre os outros países com aeronaves de patrulha marítima Airbus desta divisão estão Irlanda e México. Na Espanha, o SASEMAR(O Salvamar espanhol), ligado ao  Ministério de Fomento, adquiriu três CN-235 MPA, o Ejército del Aire encomendou a conversão em aviões de patrulha marítima de cinco CN-235 de seu inventario  a Guarda Civil adquiriu dois CN-235 MPA em 2007. O sistema FITS pode ser instalado tanto em plataformas da EADS como nas de outros fabricantes.
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... 3am-da-fab
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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HaDeS

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« Responder #131 em: Janeiro 08, 2009, 12:30:00 pm »
FAB transportará 14 toneladas de alimentos e remédios para Gaza

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A Força Aérea Brasileira transportará um total de 14 toneladas de alimentos e remédios para vítimas da guerra, na região de Gaza. A aeronave C-130 decolará na Base Aérea do Galeão, na próxima sexta-feira, dia 9, com destino à cidade de Amã, na Jordânia. O material será levado por via terrestre pela Cruz Vermelha até a região do conflito.

A solicitação da missão humanitária partiu do Ministério das Relações Exteriores. “O Itamaraty está mobilizando, em caráter de urgência, o Grupo de Trabalho Interministerial de Assistência Humanitária Internacional, com o objetivo de envidar todos os esforços possíveis para atender as solicitações humanitárias palestinas de recursos em saúde e também de alimentos”, explicou o coordenador geral do MRE nas Ações Humanitárias de Ações Internacionais de Combate à Fome, Milton Rondó Filho.

 

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HaDeS

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« Responder #132 em: Janeiro 08, 2009, 12:41:53 pm »
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Embraer é favorecida pela FAB na disputa de caças

Empresa receberá transferência tecnológica exigida pela Aeronáutica do fabricante que conseguir o contrato de fornecimento Governo brasileiro modela a aquisição de 36 aviões de combate, ao custo estimado de US$ 2 bilhões; o negócio deve ser fechado até março

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para evitar o problema que emperrou a disputa em 2002, a FAB (Força aérea Brasileira) proibiu que os concorrentes do programa F-X2, para o fornecimento de 36 aviões de combate, firmassem acordos de exclusividade com empresas brasileiras. O negócio de estimados US$ 2 bilhões, se sobreviver à crise internacional, deve ser fechado até março.
Independentemente do vencedor da disputa, um grupo de empresas capitaneado pela fabricante de aviões Embraer será o principal favorecido com a compra, já que irá participar do programa e receberá a transferência tecnológica exigida pela FAB no seu pedido de proposta -do qual a Folha teve acesso a detalhes.
Boeing (EUA), Saab (Suécia) e Dassault (França) assinaram memorandos de entendimento com cerca de quatro empresas nacionais que participarão da adaptação do caça ao Brasil: Embraer, Aeroeletrônica (que faz aviônicos), Atech (sistemas eletrônicos) e Mectron (fabricante de mísseis).
A jogada da FAB, além de fomentar a indústria nacional, visou evitar a situação que, aliada a outros fatores, derrubou a mesma concorrência em 2002.
Naquela disputa, a francesa Dassault estava associada à Embraer na oferta do Mirage-2000. A FAB rejeitou o avião, projeto velho e inadequado. A disputa ficou entre o Sukhoi-35 (Rússia) e o Gripen (Suécia).
O pequeno caça sueco, ainda que fosse inferior ao russo em performance, levou a melhor porque a sua fabricante, a Saab, ofereceu um amplo pacote comercial. Ganhou, mas não levou: como a integração do novo aparelho só poderia ser feita na Embraer e a empresa estava associada a um outro competidor, o negócio emperrou.

A FAB e a Embraer não fazem comentários sobre o F-X2.
Integração é o conjunto de medidas para fazer um avião ser adequado à missão que lhe será dada no país. Ou seja, ele é adaptado ao sistema de comunicação usado pela FAB, aos mísseis que irá carregar e por assim em diante.
Essa integração é o coração da chamada transferência de tecnologia feita diretamente no produto. Um simulador de todos os sistemas do avião tem de ser usado para isso. É aí que os engenheiros trabalham no software que gerencia a aeronave e, com os chamados códigos-fonte em mão, podem desenvolver parâmetros para diversas missões de combate.
Existe um certo fetiche quando as autoridades falam em "exigir a abertura dos códigos-fonte", como se isso fosse garantir o descobrimento da pólvora aos nativos. É mais complexo: sem todo o sistema para "rodar" o software, de nada adianta ter os códigos. É isso o que o simulador garante.
Mas aí é que começam algumas diferenças importantes entre os competidores do F-X2, já que do ponto de vista de performance militar o RFP (sigla inglesa de pedido de proposta) é generoso e estabelece apenas critérios mínimos, superáveis pelos três aviões.


Há três cenários para a FAB fazer sua escolha.
O americano F/A-18 Super Hornet, da Boeing, é um avião pronto, com mais de 350 unidades voando. Mesmo que os "códigos-fonte sejam abertos", como bravateiam os brasileiros, não haverá uma transferência tecnológica da confecção de seus sistemas. Os engenheiros brasileiros que trabalharem, mesmo que um simulador seja montado no Brasil, aprenderão a operá-lo, mas não a desenvolvê-lo.
Para compensar isso, a Boeing pode oferecer outras transferências. Segundo a Folha apurou, a Embraer pediu em seu contato com a gigante americana detalhes sobre como projetar peças de materiais compostos, como fibra de carbono. Eles são o futuro da aviação, por serem mais leves e duráveis. Fabricá-los não é difícil; desenhar as peças e repará-las é o complicado.
O F-18 é considerado por pilotos o melhor da disputa, mas há o temor de vetos futuros que possam o deixar inoperante.

Favoritismo
No caso do Rafale, a situação é diversa. O avião está pronto, mas a versão F3 oferecida é um desenvolvimento que está em curso. Logo, a transferência tecnológica no trabalho sobre o software poderia ser mais proveitosa. Além disso, a Dassault pode oferecer compensações semelhantes às da Boeing, como na área de fusão de dados dos diversos sistemas do avião. Tudo isso pode ser usado em aviões civis.
De resto, o Rafale continua sendo o favorito do ponto de vista político, embora seja considerado um avião caro e tenha um problema de escala industrial -só a França o opera.
Esse favoritismo político, dada a inclinação do Ministério da Defesa a fechar acordos com Paris, sofreu um golpe. Na "parceria estratégica" assinada entre Brasil e França, os caças ficaram de fora. Isso porque a FAB já tocava o processo, mas o fato acendeu uma luz amarela na Dassault, que teme ter perdido pontos já que o Brasil gastará bilhões com submarinos e helicópteros franceses.
Por fim, há o Gripen NG, a nova geração do caça que quase ganhou o F-X original que foi melhorado e é, até por ser menor e monomotor, mais barato. Como é um avião que ainda não existe, todo o desenvolvimento pode ser feito em conjunto com a Embraer e outras empresas brasileiras. Paradoxalmente, o problema é esse: sendo um projeto, não está provado e é sujeito a atrasos.
Seja qual for o cenário, os ganhos tecnológicos diretos ou indiretos ficarão com a Embraer e, em menor escala, com as outras fornecedoras. O máximo de custo que terão será o de treinar pessoal no exterior.
E o que a FAB ganha? O caça, que é o que lhe interessa, e uma indústria de suporte que possa lhe garantir a manutenção dos aviões que pretende comprar e usar nos próximos 30 anos.

Para concorrentes, negócio ajuda a manter alternativas aos EUA
Os concorrentes franceses e suecos do F-X2 apontam a necessidade de manter um polo de tecnologia militar alternativo aos EUA como pontos fortes de suas ofertas.
"Para nós é importantíssimo esse negócio, já que enfrentamos a vontade americana de destruir a indústria de aviação militar europeia", afirmou Jean-Marc Merialdo, diretor da francesa Dassault no Brasil.
O seu Rafale enfrenta problemas de escala industrial, que perdeu todas as disputas das quais participou. "A falta de êxito decorre de razões políticas. Depois do 11 de Setembro, como se sabe, a França foi crítica à política americana. Isso teve um custo", afirmou.
Sem escala, o produto e sua manutenção ficam caras. O Rafale unitariamente custa algo perto de 60 milhões de euros, o que já é alto. Mas avião não é eletrodoméstico, não se paga o preço de face, e sim a logística envolvida. A Austrália, por exemplo, pagou US$ 200 milhões pela unidade de seus F-18 -quatro vezes mais que o preço "de prateleira".
O ponto de venda da sueca Saab para seu caça Gripen NG, por sua vez, é quase terceiro-mundista. Diz oferecer o produto mais barato e não-alinhado, no caso com um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (especificamente, EUA e França).
"A Suécia é a única a oferecer uma opção independente", disse à Folha Bob Kemp, vice-presidente para marketing da Gripen International, subsidiária da Saab e da britânica BAE Systems que vende o caça.
Mas um terço do caça é americano. Kemp defende-se. "Não é tecnologia sensível, essa é dominada pela Suécia."
E quanto custa? "Nós estimamos algo entre 50% do preço de nossos competidores", diz Kemp, citando como referência uma proposta aberta feita à Dinamarca: cerca de US$ 70 milhões por cada um dos 48 aviões solicitados, com toda a logística e o treinamento.
Kemp minimiza o fato de que o Gripen NG não existe na prática. E defende que sua maior desvantagem -ser monomotor- resultará em preço mais baixo de operação: a hora-vôo num Gripen, diz, é de US$ 3.000, contra US$ 14 mil de seus dois concorrentes. (IG)

Para franceses, projeto é vital para o futuro do seu programa
Hoje favorita politicamente na disputa do F-X2, a francesa Dassault afirma que o negócio é de "suma importância" para o futuro do programa do caça multifunção Rafale-F3.
"Transferência de tecnologia não ocorre do dia para a noite, é uma parceria de longo prazo. E, para nós, é importantíssimo esse negócio, já que enfrentamos a vontade americana de destruir a indústria de aviação militar europeia", afirmou Jean-Marc Merialdo, diretor da Dassault no Brasil.
O Rafale enfrenta problemas de escala industrial. Até aqui, apenas a França opera o modelo, e ele perdeu todas as disputas internacionais para as quais foi selecionado. "A falta de êxito decorre de razões políticas. Depois do 11 de Setembro, como se sabe, a França foi crítica à política americana. Isso teve um custo", afirmou.
Além disso, há a presença maciça do programa americano do F-35, com promessas de vantagens aos compradores -os EUA querem que o avião seja padrão dos países da Otan (aliança militar ocidental).
Sem escala, o produto e sua manutenção ficam caras. O Rafale unitariamente custa perto de 60 milhões, o que já é alto -e o custo pode ser maior, a depender da logística. (IG)

Suecos usam discurso político e apostam em preços menores
O ponto de venda da sueca Saab para seu caça Gripen NG ao Brasil é quase terceiro-mundista. Diz oferecer o produto mais barato e não-alinhado, no caso com um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA com o F-18 e França com o Rafale).
"É preciso quebrar o monopólio dos fabricantes de caça do Conselho de Segurança, e a Suécia é a única a oferecer uma opção independente", disse Bob Kemp, vice-presidente para marketing da Gripen International, subsidiária da Saab e da britânica BAE Systems que vende o caça.
A afirmação perde força, contudo, confrontada com o fato de que cerca de um terço do Gripen é feito de componentes americanos. Kemp defende-se. "Não é tecnologia sensível, essa é dominada pela Suécia, cerca de um terço do avião. O outro terço é europeu. E, no contrato, a Suécia garante o fornecimento de peças sempre", afirma.
E quanto custa? "É uma pergunta sempre difícil, mas nós estimamos algo entre 50% do preço de nossos competidores", diz Kemp. Ele minimiza o fato de o Gripen NG ser um avião de demonstração com várias evoluções sobre o Gripen C/D existente. "Somos capazes de cumprir os prazos." (IG)

Medo de restrições é obstáculo para americanos
Superar o medo natural dos brasileiros de comprar um equipamento que pode sofrer restrições de uso no futuro. Esse é o principal obstáculo que a Boeing, maior empresa aerospacial do mundo, tem com seu Super Hornet no F-X2.
Há vários casos em que o Congresso ou o governo norte-americanos determinaram embargos à venda de componentes militares depois de ter fornecido o produto principal, causando a inutilização progressiva desses. Os caças F-16 da Venezuela são apenas o exemplo mais recente -o país teve de buscar uma alternativa, comprando material russo.
Mas segundo Bob Gower, vice-presidente da Boeing responsável pelo programa do F-18, isso será diferente no caso de seu avião ser selecionado porque a oferta está sendo feita sob o chamado FMS (sigla inglesa para Venda Militar Estrangeira), um programa no qual o garantidor do processo é o governo norte-americano.
"O Super Hornet oferecido ao Brasil tem a autorização e apoio do governo dos EUA", disse Gower. Mas há risco de veto futuro? "Isso é uma venda governo-governo, logo a Boeing não pode oferecer garantias contratuais. Mas nós reconhecemos a preocupação do Brasil, e a Boeing deverá propor um programa de suporte e manutenção totalmente autônomo, e assim a disponibilidade e confiabilidade do sistema estará sob controle da FAB." (IG)

Desembolso em 2014 minimiza efeitos da crise
Embora a crise internacional seja uma ameaça ao F-X2, a FAB conta com o fato de que nenhum desembolso vai ser feito até 2014, quando quer receber o primeiro dos 36 aviões.
A configuração pedida, de 28 caças de um lugar e oito com dois, pode mudar. Os bipostos são uma tendência mundial, pois permitem que o segundo piloto se concentre nos sistemas de armas, enquanto o primeiro pilota.
O custo estimado da compra, de US$ 2 bilhões, deve ser pago em cerca de seis anos. A FAB pretende substituir todos os seus aviões de combate (Mirage-2000, F-5 e AMX) pelo novo caça.
Isso dá mais de cem aeronaves, o que parece irrealista com o orçamento militar brasileiro -em 2007, quase 80% dos R$ 30 bilhões das três Forças foi comido por pensões e salários.
Em seu pedido, a FAB requisitou uma estimativa de custo com os sistemas de armas que cada avião pode operar. A rigor, os três modelos usam qualquer armamento ocidental, bastando configurá-los para tanto.
A única exigência foi a possibilidade de usar mísseis nacionais, como os ar-ar produzidos pela Mectron.
Talvez já prevendo o custo elevado, a FAB mandou um adendo ao pedido de proposta há duas semanas reduzindo algumas quantidades.
Em média, ela estima comprar 20 unidades de cada sistema: mísseis BVR (para atingir alvos além do alcance visual), mísseis ar-ar de curto alcance e bombas inteligentes. Essa compra é feita diretamente dos fornecedores de armas.
A decisão final começa a ser tomada em 2 de fevereiro, quando os concorrentes entregam suas propostas, que serão avaliadas e classificadas. Em caso de necessidade, a FAB tira dúvidas.
Após esse momento, vem a hora crucial, quando as empresas apresentam o Bafo, sigla inglesa para "melhor e última oferta". A partir daí, a FAB faz seu relatório e o apresenta para o Ministério da Defesa, que toma a decisão em consulta com o Planalto. (IG)


Fonte: Folha de São Paulo
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
 

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« Responder #133 em: Fevereiro 15, 2009, 01:43:17 am »
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Uma declaração do ministro Nelson Jobim (Defesa) em um programa oficial de rádio na semana passada, admitindo a reinclusão no jogo de dois concorrentes eliminados da concorrência para o fornecimento de 36 aviões de combate para o Brasil, colocou em polvorosa a FAB e os finalistas do chamado F-X2, como é chamado o negócio de US$ 2 bilhões.

Disse Jobim no "Bom Dia, Ministro": "Ontem (4/2) eu recebi no Ministério da Defesa a visita da Rosoboronexport, que é a empresa russa que elabora o Sukhoi (...) e deseja trazer complementos para ver a possibilidade de ser reexaminado, eu disse que era possível trazer esse material e que a FAB examinaria. O mesmo se passou com os europeus, os italianos em relação ao Eurofighter. Ou seja, nós teremos lá por julho, agosto, nós vamos ter uma decisão final das opções técnicas da FAB, para depois tomarmos a decisão política".

O Comando da Aeronáutica diz que não foi informado de tal revisão. Procurada, a Defesa afirma que a frase de Jobim não implica mudança na disputa, que tem três finalistas: Dassault (França, com o Rafale), Saab (Suécia, com o Gripen) e Boeing (EUA, com o F-18).

Jobim fala em analisar as propostas do russo Sukhoi-35 e do consórcio europeu que faz o Eurofighter (representado pela Itália), "por julho, agosto" -ou seja, quando a FAB pretende apresentar o relatório final.

Como russos e italianos foram eliminados pela FAB, a pergunta que alguns brigadeiros estão se fazendo em voz baixa é: há risco de o processo seletivo ser descartado em favor de uma decisão política, jogando fora meses de análise técnica e econômica?

Não que não haja política interna na FAB. Cada avião finalista tem seu grupo entusiasta, assim como os russos mantêm um forte lobby -que emplacou a compra avulsa de 12 helicópteros de ataque no fim do ano.

Oficiais influentes junto ao comandante Juniti Saito têm mostrado simpatia pelo projeto sueco, enquanto o francês é o preferido dentro da Defesa. Saito já tinha marcado um ponto ao tirar o F-X2 do acordo militar bilionário com a França costurado por Jobim. Assim, a obviedade de que a decisão é política acabou soando como ameaça na voz do ministro.

A Rosoboronexport confirmou que irá enviar os novos dados. A Folha apurou que em Moscou a expectativa não é tanto de uma virada de mesa, mas de embaralhar o processo. Uma eventual análise de sua proposta fora da seleção é vista como senha para o questionamento político do F-X2 -juridicamente, por ser uma compra militar dispensada de licitação, há poucas opções de recurso. Os italianos, cujo representante não foi encontrado, não têm esperanças reais.

Mas se houver a confusão, os preteridos tendem a ganhar: se não fechar o negócio até o fim do ano, a FAB terá dificuldade de fazê-lo no ano eleitoral de 2010. E a novela poderá ser reiniciada, como na primeira versão do F-X, cancelada em 2005.
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... a-de-cacas
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Agostinho da Silva
 

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« Responder #134 em: Março 13, 2009, 02:29:30 pm »
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Embraer irá encabeçar upgrade das aeronaves da Força Aérea Brasileira como instalação de novo radar

O Programa de Modernização das aeronaves A-1 foi iniciado em 2003 com a contratação da EMBRAER – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. como empresa principal, responsável pela execução de todas as atividades de modernização.
Esse contrato foi renegociado ao longo de 2008 e ajustado ao montante de R$ 740.741.433,29, para atender às disponibilidades de recursos orçamentários existentes, tendo sido publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 22 de janeiro de 2009.

Em 20 de fevereiro de 2009 foi divulgado no DOU um contrato acessório desse Programa de Modernização, firmado entre o Comando da Aeronáutica e a Embraer Aviation International (EAI), para aquisição de equipamentos inexistentes no mercado nacional.
Vale ressaltar que, em virtude de dispositivo contratual de compensação comercial, industrial e tecnológica (offset) desse contrato acessório, os componentes do sistema aviônico que estão sendo adquiridos por meio da EAI serão produzidos no Brasil, por indústria nacional.

Por fim, o Comando da Aeronáutica destaca que os contratos para aquisição e modernização de equipamentos de defesa sempre visaram à máxima participação e o desenvolvimento da Indústria Nacional de Defesa.
http://airway.uol.com.br/index.asp?codn=125


"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva