O exército da GNR

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LM

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« Responder #45 em: Março 23, 2007, 11:57:44 am »
Mesmo sendo um fórum, onde as especulações são bem vindas, às vezes convêm manter "os pés assentes na terra".

Um outro ponto a realçar é todos andarem muito entusiasmados com forças "guerrilha" equipadas com mísseis anti-carro e tentam à mais leve possibilidade equipar qualquer organização.

Mas o que interessa é falar na GNR. Para mim, fora alguns pontos passíveis de serem afinados, é uma organização com uma estrutura e missões fáceis de definir:

Existem 2 forças de segurança publica significativas (ie, não só de natureza criminal): PSP e GNR. A primeira é civil, mas não é a Securitas com armas (por isso sindicatos e direitos à greve é algo que nem devia estar em cima da mesa...).

A GNR: força de segurança/policial militarizada, em caso de guerra capaz de auxiliar as Forças Armadas e com procedimentos e estrutura de comando capaz dessa colaboração de forma natural.

A sua responsabilidade territorial devia ser (ainda) mais reduzida, colocando todas as zonas urbanas na dependência da PSP.

Em compensação seria a força de reserva da Republica, capaz (até pela sua natureza militarizada) de operações muito mais "musculadas" que a PSP - não me deixava nada incomodado que a verdadeira força AT fosse a COE/GNR e não os GOE/PSP, que a verdadeira força de reserva de ordem publica fosse o BO/GNR e não o CI/PSP; e nunca esquecendo que nunca sabemos o dia de amanhã e pode ser preciso (antes de chamar as Forças Armadas) uma força "diferente" da policia civil "ocidental", para actuar em casos extremos. Mas deve acabar o CI/PSP? Não, talvez seja reorganizado como curso, dividido em unidades à ordem das divisões - mas que a reserva "nacional" fosse o BO/GNR.

Que a GNR seja responsável pela Autoridade Maritima (ie, Policia Maritima + Guarda Fiscal) não me causa nenhum problema - a Marinha que fique responsável por tudo acima das lanchas da PM+GF que já tem muito que fazer.

Que mantenha especiais responsabilidades na Protecção/Defesa Civil, seja o "chapéu" de unidades tipo GIPS, salvamento, etc.

Que continue a manter a nossa capacidade de ter forças de Gendarmerie em operações exteriores (MSU - http://www.nato.int/kfor/kfor/msu.htm) com mais ou menos integração com o Reg. lanceiros - PE. A missão em Timor parece-me um exemplo excelente do que essas forças podem/devem fazer - já o Iraque está, na melhor das hipóteses, no limite.

Nada destas minhas ideias representa um corte com o espirito da Lei existente... IMHO  :?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #46 em: Março 23, 2007, 01:35:49 pm »
Citação de: "Lancero"
Esperem...
Mas estamos a falar da GNR que tem viaturas com 20 anos? Armas com mais ainda? Postos com o tecto a cair? Um efectivo que não lhe permite realizar patrulhamento em muitas zonas do interior (o efectivo é tão baixo que há postos que trabalham das 09h00 às 17h00 e só com um homem ao balcão, ninguém na rua...), enquanto em Lisboa estão cinco mil confinados aos quartéis? Perguntem a um militar de um posto territorial de, por exemplo, Vilar Formoso, quando foi a última vez que teve formação de tiro com pistola - quanto mais de pistola-metralhadora ou afins.
Esta lista podia continuar.
Vocês aceitavam entregar a Defesa do País a uma força com estas limitações? Essa Defesa seria minimamente eficaz e capaz (sabendo que ninguém lhes iria pedir para travar um Exército invasor)?

Estranhamente, parece que sim. Num país que encerra urgências no interior e postos de polícia por falta de verbas, há quem advogue que as verbas da GNR sejam direccionadas para uma missão secundária...

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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LM

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« Responder #47 em: Março 23, 2007, 03:16:38 pm »
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Um efectivo que não lhe permite realizar patrulhamento em muitas zonas do interior (o efectivo é tão baixo que há postos que trabalham das 09h00 às 17h00 e só com um homem ao balcão, ninguém na rua...), enquanto em Lisboa estão cinco mil confinados aos quartéis?



Em achega ao que eu já escrevi: um dos grandes problemas das forças de segurança é a organização da estrutura, fruto do horror à               (re)organização em Portugal, em especial na entidade Estado - qualquer tentativa de alterar a ordem estabelecida é dificultada por numerosas "forças de bloqueio" e interesses estabelecidos.

Se os 5000 homens em quarteis fossem reservas operacionais (e se não houvesse outros 5000 da PSP na mesma função...) não vinha daí mal ao mundo; mas não são, estão presos a funções que, na sua maioria, podiam ser executadas por civis (de preferencia funcionários do estado de serviços onde estão a mais) e assim não tinhamos GNR's com 35 anos e boa forma fisica a frequentar cursos de "empregados de mesa" ou a tratar de papeis... o mesmo se aplica à PSP.

E talvez alguns postos devam ser encerrados e reforçar os meios de transporte... nós temos estruturas demasiado caras, pouco racionais.

Claro que vai haver problemas ou julgam que o PSP à secretária à 5 anos quer voltar a patrulhar e a fazer escalas na esquadra da Damaia...?

Outro ponto: nunca se deve tentar que a PSP e a GNR sejam a mesma coisa com nomes diferentes ou então não vale a pena ter duas forças... e há essa tentação...
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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papatango

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« Responder #48 em: Março 28, 2007, 11:12:16 pm »
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Esperem...
Mas estamos a falar da GNR que tem viaturas com 20 anos? Armas com mais ainda? Postos com o tecto a cair? Um efectivo que não lhe permite realizar patrulhamento em muitas zonas do interior (o efectivo é tão baixo que há postos que trabalham das 09h00 às 17h00 e só com um homem ao balcão, ninguém na rua...), enquanto em Lisboa estão cinco mil confinados aos quartéis? Perguntem a um militar de um posto territorial de, por exemplo, Vilar Formoso, quando foi a última vez que teve formação de tiro com pistola - quanto mais de pistola-metralhadora ou afins.
Esta lista podia continuar.
Vocês aceitavam entregar a Defesa do País a uma força com estas limitações? Essa Defesa seria minimamente eficaz e capaz (sabendo que ninguém lhes iria pedir para travar um Exército invasor)?


Bom, não estamos a falar exactamente da mesma GNR, evidentemente.

Mas a verdade, é que se dissessem a alguém há quatro anos atrás, que haveria uma força da GNR com capacidade para intervenção imediata para combater incêndios, provavelmente teriamos o mesmo tipo de argumentação contrária.

E a GNR nem consegue fazer patrulhas quanto mais apagar fogos.
Apagar fogos é para os bombeiros.
Estamos a duplicar meios.
Estamos a atribuir à GNR funções que não lhe pertencem.
Estamos a por em causa a dignidade dos bombeiros e a dizer que eles não são capazes de cumprir as suas missões.

No entanto, à medida que o tempo passar, vamos habituar-nos a ver essas forças da GNR nessa função.

E isso implicou de facto um aumento gigantesco de meios da GNR?
Implicou um grande desprestigio para os bombeiros?

A força especial para a função de apoio ao exército seria maior evidentemente, mas não sería uma força "dedicada".
Tal força funcionaria provavelmente como uma reserva, e tais tropas teriam apenas que ter um treino especifico em determinados tipos de armas.

Não é nada de especialmente dificil, é barato e rentável.
Não é um exército paralelo, é sim uma força adicional de segunda linha, que pode ser utilizada na defesa do território de forma eficiente (o que hoje evidentemente não acontece).

Quem se pode queixar são os GNR's que são chamados para ser pau para toda a obra.

Notar que creio que parte das funções (e pessoal) da GNR que têm funções exclusivamente civis, poderiam passar para a policia civil.
A Brigada de Transito, e a Brigada Fiscal por exemplo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ricardonunes

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« Responder #49 em: Março 28, 2007, 11:31:17 pm »
Mas a GNR não teve já essa competência (a de força de segunda linha), á "muitos" anos atrás?

Se não, porque é que tinha pelotões de metralhadoras, artilharia de montanha e operava morteiros?
Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #50 em: Março 28, 2007, 11:37:17 pm »
De facto essa sempre foi a  função da GNR

Aliás, quando foi criada, tinha mais capacidade que o exército, especialmente no periodo em que mandaram o exército para a França para combater os alemães.

O problema é o que existe hoje, a capacidade que existe hoje.
Na realidade nem sequer é necessário fazer nehum tipo de alteração a legislação nenhuma.

O que acontece é que com o reforço da componente "expedicionária" do exército, a componente territorial no exército deveria perder importância, sendo substituida pelo menos em parte pela GNR.

Como já disse anteriormente, tem tudo a ver com os custos. O fim do SMO, acabou por provocar problemas.
Com o passar do tempo, o exército tem que se reorganizar, e por muito que custe a muita gente na força, isso implica uma redução de efectivos.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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JoseMFernandes

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« Responder #51 em: Março 30, 2007, 10:13:28 am »
Artigo de opinião do gen. José Loureiro dos Santos, no PÚBLICO de hoje.

"
Guarda Nacional Republicana: força militar porquê?
30.03.2007

Se parece óbvia a necessidade de uma quadrícula policial, não há razões para uma quadrícula militar no território nacional Porque são improváveis as ameaças


A reorganização das forças de segurança interna levanta interrogações. Algumas relacionam-se com aspectos que envolvem o enquadramento da Guarda Nacional Republicana (GNR) como força militar, sua justificação e coerência dos desenvolvimentos subsequentes, em termos de capacidades (missões) e dispositivo. Segundo as declarações oficiais, existe a deliberada intenção de manter a GNR como força de segurança interna policial de natureza militar. Seria mais adequado designá-la como força militar com a capacidade (adicional) de efectuar operações policiais.
A capacidade militar não implica somente dispor de meios mais potentes e saber manejá-los. É intrínseca a essa capacidade o compromisso mútuo - do poder político e do profissional militar - na definição e na aceitação dos termos enquadrantes da condição militar. Um normativo específico que regula o comportamento dos militares, através de um conjunto de restrições de direitos e de compensações morais e materiais correspondentes à necessidade de operar e de estar sempre disponível para o exercício da sua actividade. A disciplina militar, como elemento integrante deste compromisso, constitui a garantia da operacionalidade da força e da sua resposta cabal às determinações dos responsáveis.
Não deve estranhar-se a existência de forças militares com capacidade de efectuar operações policiais. No quadro das Forças Armadas (FA), processam-se operações de combate que exigem actividades similares às realizadas pelas polícias em tempo de paz, só que num ambiente mais hostil e de maior intensidade de violência. É o caso da detenção e guarda de prisioneiros, do controlo de refugiados e de deslocados, de segurança de áreas de retaguarda dos teatros de operações, incluindo aglomerados populacionais, onde os combates são mais raros e menos intensos. Desempenham estas missões as unidades de "polícia militar", com armamento menos pesado do que o das unidades das armas combatentes. Que poderão mesmo dispor de autoridade policial em tempo de paz, como acontece com a polícia militar das FA espanholas.
Pelos responsáveis políticos foram avançadas duas justificações para que a GNR continue como força militar: 1) ser necessário manter uma quadrícula que substitua as forças do Exército, agora voltadas para operações no exterior; 2) e o facto de ser idêntica a política adoptada pelos outros países europeus que possuem este tipo de força.
Contudo, à boca pequena, há quem aponte como única razão o facto de só haver garantia de serem cumpridas estritamente as ordens do poder político, com uma força cujo comportamento se regule pelo normativo dos códigos e da ética militar, portanto sujeita aos respectivos condicionamentos e procedimentos judiciais e disciplinares. A ser verdadeira, esta razão não estará isolada e nunca é a principal. Mas não há dúvidas de que a existência de uma força destas dá mais "conforto" ao poder político, quando se trate de impor a lei e a ordem, em quaisquer circunstâncias, para além das "posições" dos sindicatos. Sem necessidade de recorrer à "requisição civil" nem a um dos estados de excepção constitucionalmente previstos.

Surpreende-me o motivo indicado em primeiro lugar (quadrícula). Parece óbvia a necessidade de uma quadrícula policial, mas, presentemente, não há razões para uma quadrícula militar no território nacional. São improváveis as ameaças que a justificam e, se elas apresentassem algum grau de probabilidade, competiria às FA, cuja responsabilidade pela defesa militar da República é "intransferível", levantar o adequado sistema de forças e estabelecer o correspondente dispositivo. Esta constatação resulta do Conceito Estratégico de Defesa Nacional e é pormenorizada no Conceito Estratégico Militar, documentos que traduzem as decisões tomadas sobre a defesa militar da República, objecto de aprovação governamental, todos com parecer positivo do Conselho Superior de Defesa Nacional.
Quanto à justificação que cita o exemplo de outros países europeus para mantermos forças militares em funções de segurança interna, conviria ir mais longe. E averiguar o racional que os conduziu a essa decisão. Que não é diferente daquele que sustentou a existência da GNR, ao longo de todo o século XX, a despeito de, conjunturalmente, ter sido considerada e militarmente reforçada, por quem usava ou temia o "golpe" na disputa do poder, como "força equilibradora" das FA, o que não parece ser a situação actual...
Nunca houve uma separação bem delimitada e brusca entre as ameaças à segurança surgidas no interior do território nacional que exigem apenas a resposta de capacidades policiais e as que exigem ser combatidas com capacidades militares. A intensidade da violência das ameaças vai aumentando progressivamente, ultrapassando, a partir de certo nível, a possibilidade de ser enfrentada com o mero exercício policial, que perde a eficácia necessária. A partir daí, terá de ser combatida por forças militares (em especificidade de formação, estruturas organizativas, regras funcionais e natureza dos meios), embora com armamento mais ligeiro. O que permite evitar o emprego frequente, se não normal, das FA no território nacional, em situação de paz, para o que não estão preparadas nem é aconselhável.
No nosso país, ao longo do século XX, até à concentração urbana ocorrida a partir dos anos 70, estas ameaças apareciam mais nos meios rurais, embora pudessem, esporadicamente, surgir nas poucas grandes cidades. Isto originou um dispositivo da GNR deslocado para o interior, com algumas unidades de reserva nos principais centros urbanos (Lisboa, Porto, Coimbra e Évora), com a finalidade principal de reforçar os postos rurais. A localização de efectivos em algumas das grandes cidades também pretendia responder a eventuais acções violentas de contestação política, tanto na Primeira República como no Estado Novo. Mas a polícia constituía a força civil em que assentava a manutenção da lei e da ordem, quando perturbada por ameaças de menor intensidade de violência, o que era a situação normal nos meios urbanos.

Com a concentração urbana (particularmente no litoral), a criminalidade mais violenta foi migrando para as cidades, até porque o interior se foi despovoando. Com a globalização, aumenta exponencialmente a imigração, proliferam as organizações transnacionais do crime e surge o terrorismo catastrófico. As cidades, onde se instalam verdadeiros guetos, passam a constituir as áreas de operações preferenciais destas novas ameaças, com origem interna ou provenientes do exterior, cuja intensidade ultrapassa frequentemente as capacidades policiais normais, exigindo ser respondida por capacidades militares.
Portanto, o actual contexto de segurança não só mantém a necessidade da existência de uma força militar com capacidade para efectuar operações policiais na segurança interna, como a reforça. Enquanto as forças policiais se devem alargar a todo o país, estabelecendo uma quadrícula (policial) adequada, a GNR deve ser orientada para os locais onde é maior a probabilidade de surgirem ameaças cuja intensidade exige resposta militar. O que incluirá alguns pontos quentes das grandes cidades. Além de constituir unidades de acção rápida, em reserva, com a finalidade de actuar em todo o território nacional, fazendo face a irrupções inesperadas de ameaças cuja intensidade ultrapasse a capacidade de resposta policial.
Se a GNR deve tomar a seu cargo a segurança marítima nas águas territoriais e dispor de meios aéreos próprios, é uma pergunta que deve ser respondida com outra. Pode o país dar-se ao luxo de aumentar ou até duplicar meios dispendiosos e não tirar rendimento daqueles que as FA já possuem? General

 

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golex

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« Responder #52 em: Abril 01, 2007, 12:05:24 pm »
a lei organica da gnr prevê o auxilio da gnr na defesa nacional em caso de invasão, integrando a arma de infantaria nos atiradores do exército e a arma de cavalaria nos condutores. mas isto é numa situação extrema. acho que a gnr tem competências para as quais ainda não tem meios para cumprir eficazmente, mesmo na area policial. acho que só se deveria atribuir novas competências quando as anteriores estivessem a ser cumpridas eficazmente e sempre devidamente enquadradas pelos meios adequados. o que se tem assistido em Portugal é a velha politica de fazer omeletas sem ovos.
vamos equipar a gnr para fazer bem o seu trabalho na coponente policial que é a verdadeira vocação da guarda, a missão para a qual foi criada, o resto não me parece bem. andamos a passar certificados de incompetência a quem tão bem nos tem servido (veja-se o caso dos Bombeiros). se é necessário modernizar modernize-se. na minha opinião essa modernização passa pela especialização. há que faze-lo dentro das instituições já existêntes.
 

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Pantufas

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GNR: Força militar porquê?
« Responder #53 em: Abril 18, 2007, 11:32:51 pm »
Trazido pela mão de José M. Fernandes, consta acima o artigo de opinião da autoria do prestigiado analista general Loureiro dos Santos,  "Guarda Nacional Republicana: Força militar porquê?", extraido do jornal Público.
Parecendo-me assunto de extrema importância, a merecer alguma atenção neste Forum, sugiro aos interessados a leitura de comentários ao referido artigo que foram publicados e re-comentados num blog que trata assuntos da GNR. São três posts, sob o título "GNR:Força militar porquê?", um pouco extensos para transcrever para aqui, por isso indico o endereço:

www.securitas.blogs.sapo.pt
 

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Pirex

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« Responder #54 em: Abril 19, 2007, 06:04:28 pm »
Mas o regimento de cavalaria não possui Xaimites?

Não o Regimento de Cavalaria da GNR possui viaturas blindadas denominadas IVECO VM90 PROTETTO, que é uma viatura blindada ligeira.
 

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Apontador

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« Responder #55 em: Abril 30, 2007, 04:00:40 pm »
Não estamos a inventar nada ao colocar-mos a GNR com responsabilidade de defesa territorial. É algo intrínseco à GNR já desde que ela foi criada como Guarda Real de Polícia no princípio do séc. XIX. Também é algo que quase todas as forças semelhantes europeias fazem (Gendarmerie, Carabinieri, Marechausée, Guardia Civil).

E não se trata de duplicar meios! Pelo contrário trata-se de melhor aproveitar os meios existentes ou que venham a existir. Se a GNR tem veículos blindados e espingardas automáticas para uso em operações de segurança, porque não utilizá-los em operações de defesa territorial quando necessário?

E para defesa territorial não precisamos equipar a GNR com armas anti-carro e artilharia! Isto porque a actual ameaça principal ao território nacional já não é uma eventual invasão maciça de Tanques soviéticos.... ou de tanques espanhóis.... A actual ameaça é a possibilidade de ataques terroristas ou de uma guerra assimétrica levada a cabo por grupos fundamentalistas. Ora a GNR é justamente a força mais adequada para fazer frente a essa ameaça, tal como demonstrou no Iraque e está a demonstrar em Timor.

A organização, o treino e o equipamento de uma força para realizar operações de guerra assimétrica são muito semelhantes aqueles de uma força de intervenção destinada a segurança interna. Sendo assim, a utilização da GNR nessa função não só permitiria uma melhor gestão da utilização dos meios nacionais, como permitiria à GNR inclusive um melhor desempenho das suas funções policiais.
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Raul Neto

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« Responder #56 em: Abril 30, 2007, 04:17:55 pm »
Um notícia sobre o GIPS  da GNR e a EPC  do Exército:

:arrow: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=221&id=23173&idSeccao=2937&Action=noticia