Atenção: ouvir o Observador ("Contra-Corrente") de hoje, dia 29 de Março de 2023, sobre o estado da Marinheca!
A cada opinião dada por cada pessoa com algum tipo de conhecimento e informação, a ideia de que as coisas estão ainda piores que o que pensavamos ganha mais força.
Uma curiosidade que noto, foi sobre o Arsenal do Alfeite. Temos vindo aqui a discutir o dito arsenal, com uma ideia completamente romântica sobre as suas reais capacidades.
Aqui há alguns meses, falando com alguém ligado à marinha, diziam-me que o arsenal do Alfeite só serviria no futuro para reparar a Sagres, a Creoula e a fragata D. Fernando II e Glória.
Aparentemente não sou apenas eu que refere o fato de no Arsenal do Alfeite, existir uma célula do partido da classe operária e da CGTP, que tornará completamente impossível fazer o que quer que seja. O partido controla completamente o Alfeite.
O Alfeite, como base da reparação naval da marinha morreu há alguns anos. O que existe é bom que seja enterrado rapidamente. Não tem a mais pequena capacidade para se modernizar. A idade média é superior a 50 anos. As técnicas que dominam são da década de 1970 e foram adequadas para reparação dos navios da guerra em África.
Outra nota, é a dos salários e remunerações. O nível de exigência de futuros navios de guerra, se forem modernos e não navios à vela, implica a necessidade de contratar militares com cursos superiores, nas áreas da engenharia, informática, robótica, que nos dias de hoje pura e simplesmente não existem.
Os custos com o pessoal que isso implica, e que aumentam os custos inerentes à manutenção de navios de guerra modernos, é dificil de entender para a maioria das pessoas.
Ninguém vai querer ir para a marinha quando em qualquer empresa civil, um quadro com formação universitária vai ganhar o dobro.
Para se fazer isto, vai haver tenentes a ter que ganhar mais que capitães de fragata.
Alguém se lembra do que aconteceu quando em 1972, havia os oficiais milicianos a ganhar mais que os oficiais do quadro ?