Mas o que justifica a acção militar por nações europeias?
Apenas a resolução da ONU? Influência arabe em França?
Há sempre mais interesses por trás.
E com tantas mentiras que temos levado nos últimos anos estes conflitos podem tornar-se confusos...
Eu não tento justificar nada, faço uma coisa diferente que é tentar entender.
Tentar entender, não é justificar ou sequer estar de acordo com uma posição.
O que devem os países europeus fazer perante uma situção destas ?
Kadafi já mostrou ser um terrorista, um assassino e um bandido da pior espécie.
Deram-lhe a possibilidade de regenerar. Ele próprio assumiu que tinha um programa nuclear e aceitou desmantela-lo ( e estava muito mais avançado que o que se pensava ).
Alguém acredita que as revoltas no mundo árabe, na maior parte organizadas pelo Twitter e Facebook, são resultado da pressão para tomar contra do petroleo ?
É claro que não.
As coisas estão como estão e ao contrario de Ben Ali ou de Hosni Burak, Kadafi optou por manter a sua ditadura e lutar por ela.
É o que diferencia o Kadafi dos outros. O estado marxista que criou e que mantém, disfarçado de «comunidade árabe», desenvolveu meios de repressão brutais.
Como os americanos não têm capacidade para o condicionar (como tinham no Egipto e na Tunisia) ele fica em roda livre e se não se faz nada, começa a matar milhares de pessoas (já o fez, quando massacrou milhares exactamente na Libia Oriental, na região de Benghazi nos anos 90).
Que mensagem é que isso envia para os regimes ditatoriais ?
Há que ser firme e fazer o que for possível par livrar a Libia deste louco, para tentar que o país possa ter um governo normal.
E é importante lembrar uma coisa muito importante ! ! !
A Libia não é um país do Médio Oriente. Nao se pode confundir com uma monarquia do Golfo, que está a milhares de quilometros de distância nem como o Yemen no Oceano Indico.
A Libia, está a poucas centenas de quilómetros das costas dos países da União Europeia.
Roma está mais próximo de Tripoli que de Berlim ou de Londres.Um problema na Libia, não é um problema no Bahreim. É um problema às portas da Europa. Se há lugar onde é necessário fazer alguma coisa, é nestes países mais próximos, mesmo que seja chato e que fosse mais facil olhar para o lado enquanto um ditador assassina mais uns milhares.
É uma realidade demasiado próxima da Europa, para que a Europa se dê ao luxo de não fazer nada.