Patrulhas para a Armada: Programa (extracto)

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Luso

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Patrulhas para a Armada: Programa (extracto)
« em: Janeiro 03, 2005, 09:34:12 am »
Extracto da Resolução do Conselho de Ministros n.º 183/2004

(...)

1 - Aprovar o Programa Relativo à Aquisição de Navios Destinados à Marinha Portuguesa (PRAN), a executar por um período de 1 anos, no qual se compreendem um contrato quadro, um contrato específico de aquisição de seis navios-patrulha oceânicos e um contrato específico de aquisição de cinco lanchas de fiscalização costeira.

2 - Aprovar os encargos orçamentais com a a execução dos contratos a celebrar entre o Estado e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A. (ENVC), com o limite máximo previsto no n.º 3 da presente resolução, os quais serão repartidos pelos anos de 2006 a 2015, sendo que, em cada ano económico, não poderão exceder as seguintes importâncias, com IVA incluído:

a) Ano de 2006 - €26.854.116;
b) Ano de 2007 - €64.227.881;
c) Ano de 2008 - €76.011.897;
c) Ano de 2009 - €55.095.542;
c) Ano de 2010 - €46.322.666;
c) Ano de 2011 - €44.227.697;
c) Ano de 2012 - €56.062.557;
c) Ano de 2013 - €57.593 467;
c) Ano de 2014 - €38.433.695;
c) Ano de 2015 - €15.171.534.

(...)

Blá, blá, blá...

Não eram mais NPOs?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Janeiro 03, 2005, 01:11:31 pm »
Citar
aquisição de seis navios-patrulha oceânicos e um contrato específico de aquisição de cinco lanchas de fiscalização costeira.


 :shock:


Eu tinha a ideia que eram 10 NPOs + 2 NCP (navios de combate á poluição)!!!!!

5 lanchas? de que tipo? classe Centauro :?:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Pedro Monteiro

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Janeiro 03, 2005, 01:46:09 pm »
Citação de: "P44"
Citar
aquisição de seis navios-patrulha oceânicos e um contrato específico de aquisição de cinco lanchas de fiscalização costeira.

 :shock:


Eu tinha a ideia que eram 10 NPOs + 2 NCP (navios de combate á poluição)!!!!!

5 lanchas? de que tipo? classe Centauro :?:


Inicialmente eram 12. Segundo fontes da Armada serão 8 NPO e 2 NCP mais 5 lanchas de patrulha costeira ao invés de mais dois NPO.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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P44

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« Responder #3 em: Janeiro 03, 2005, 03:03:15 pm »
Pedro,

Essa informação :

8 NPOs
2 NCP
5 LFC

Está 100% confirmada?

Obrigado!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #4 em: Janeiro 03, 2005, 04:15:45 pm »
Citação de: "P44"
Pedro,

Essa informação :

8 NPOs
2 NCP
5 LFC

Está 100% confirmada?

Obrigado!


A fonte foram os próprios serviços de relações públicas da Armada.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Luso

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« Responder #5 em: Janeiro 03, 2005, 05:24:44 pm »
Pedro, e a Resolução do Conselho de Ministros?
Há aí uma disparidade, não?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #6 em: Janeiro 03, 2005, 05:28:39 pm »
Citação de: "Luso"
Pedro, e a Resolução do Conselho de Ministros?
Há aí uma disparidade, não?


Não. Quatro navios (2 NPO e 2 NCP), falando de memória, haviam sido encomendados antes. As datas não sei, de momento, precisar.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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snakeye25

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« Responder #7 em: Janeiro 03, 2005, 10:06:55 pm »
Tal está bem esclarecido no documento completo, disponível na última Ordem da Armada :

Citar
PROGRAMA RELATIVO À AQUISIÇÃO DE NAVIOS DESTINADOS À MARINHA PORTUGUESA (PRAN):

-   APROVAÇÃO:

------- Resolução do Conselho de Ministros nº 183/2004, de 16 de Novembro:

Na sequência do procedimento aberto pelo despacho conjunto nº 15/20011, publicado no Diário da República, II Série, nº 9, de 11 de Janeiro de 2001, foi celebrado entre o Estado e a sociedade Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S. A. (ENVC), em 15 de Outubro de 2002, um contrato relativo à construção e aquisição de um navio-patrulha oceânico, com direito de opção de aquisição de um segundo navio do mesmo tipo (direito entretanto exercido pelo Estado). Nesse contrato, em especial no seu anexo R, ficou expressa a possibilidade de ampliar o fornecimento deste tipo de navios e definidas condições para esses fornecimentos posteriores.

Em 19 de Maio de 2004, e ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros nº 68/20042, publicada no Diário da República, II Série, nº 140, de 16 de Junho de 2004, o Estado celebrou com os ENVC novo contrato de aquisição de dois navios-patrulha oceânicos e de combate à poluição.

Na fase actual, e tendo em conta o disposto na Lei de Programação Militar (Lei Orgânica nº 1/20033, de 13 de Maio), em especial no respectivo anexo A («Quadro financeiro»), a importância da manutenção e reforço da capacidade de vigilância marítima e a sequência de fornecimentos já prevista no contrato relativo à aquisição dos dois primeiros navios-patrulha oceânicos, entende o Governo que deve ser formalizado um programa estruturado e completo de aquisição de navios, com definição clara e integral das respectivas condições de fornecimento, o qual será designado por Programa Relativo à Aquisição de Navios (PRAN).

Tal programa de aquisições contempla a aquisição de seis navios-patrulha oceânicos, bem como de cinco lanchas de fiscalização costeira.
Um abraço,

André Carvalho
 

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Luso

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« Responder #8 em: Janeiro 03, 2005, 10:24:42 pm »
Esclarecido, André.
Já agora, V. Exa não esteve envolvido nas iniciativas da Red Bull?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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snakeye25

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« Responder #9 em: Janeiro 03, 2005, 10:28:08 pm »
Citação de: "Luso"
Já agora, V. Exa não esteve envolvido nas iniciativas da Red Bull?


Embora até seja do signo Touro, não tive nada a ver com animais vermelhos.  :lol:
Um abraço,

André Carvalho
 

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Luso

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« Responder #10 em: Janeiro 04, 2005, 09:48:14 am »
Citação de: "snakeye25"
Embora até seja do signo Touro, não tive nada a ver com animais vermelhos.  :G-Ok:

E eu a julgar que "conhecia" mais uma "celebridade"!  :mrgreen:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #11 em: Janeiro 07, 2005, 11:57:17 pm »
Esta noticia é uma noticia curiosa. Nomeadamente, porque reduz o numero de NPO's para 8, quando se fala em aumentar a Zona Económica Exclusiva.

Do meu ponto de vista (e isto é especulação), reduzir o numero de NPO's, sería o lógico a fazer se se tivesse como objectivo começar a trabalhar numa sub-classe de NPO's / corvetas  que pudessem ser melhor armados. Se 10/12 NPO's para uma ZEE de 300 milhas é pouco, como toda a gente reconhece, então, aumentar a ZEE de 200 para 300 milhas e reduzir os NPO's básicos de 10 para 8 (menos 20%) não faz sentido.

Fará no entanto sentido se, houver o propósito de pensar numa outra versão (eventualmente esticada) do actual NPO, transformando-o numa fragata.

Só os meus 2 centimos de reflexão.

Cuprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #12 em: Janeiro 08, 2005, 11:30:40 am »
Dois pontos a ter em conta: os NPO 2000 vão substituir as corvetas Baptista Andrade e João Coutinho - utilizadas para missões de fiscalização e apoio a operações militares (como desembarques) - e os patrulhas Cacine. Os seis - salvo erro, é este o actual número de unidades - patrulhas Cacine não são navios oceânicos. As lanchas de fiscalização - uma nova classe, ao que me foi referido - substituirão os Cacine nas missões de fiscalização costeira. Não resulta, pois, num decréscimo das actuais capacidades.
Em termos de capacidade militar não creio ser necessário um NPO 2000 armado (por mais que me agrade a ideia). Será mais racional apostar em pequenas alterações na actual classe (hangar telescópico, capacidade para instalar armamentos) e, paralelamente, levar a cabo um amplo programa de modernização das Meko 200.
Portanto, a actual medida reduz em dois navios a capacidade oceânica para reforçar em cinco navios a capacidade costeira. Resta pois saber se os NPO 2000 não acabariam por ter que servir nessas missões à falta de uma frota de lanchas de fiscalização em número suficiente.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Citação de: "papatango"
Esta noticia é uma noticia curiosa. Nomeadamente, porque reduz o numero de NPO's para 8, quando se fala em aumentar a Zona Económica Exclusiva.

Do meu ponto de vista (e isto é especulação), reduzir o numero de NPO's, sería o lógico a fazer se se tivesse como objectivo começar a trabalhar numa sub-classe de NPO's / corvetas  que pudessem ser melhor armados. Se 10/12 NPO's para uma ZEE de 300 milhas é pouco, como toda a gente reconhece, então, aumentar a ZEE de 200 para 300 milhas e reduzir os NPO's básicos de 10 para 8 (menos 20%) não faz sentido.

Fará no entanto sentido se, houver o propósito de pensar numa outra versão (eventualmente esticada) do actual NPO, transformando-o numa fragata.

Só os meus 2 centimos de reflexão.

Cuprimentos
 

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Major Alvega

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« Responder #13 em: Janeiro 09, 2005, 12:01:53 am »
O problema e o que me preocupa aqui em relação aos novos patrulhas oceânicos, não serão eles estarem armados como fossem um meio naval clássico, porque não é a vocação de um navio de patrulha oceânica.
 É ele estar sub-equipado para a missão a que foi concebido.
 A título exemplificativo aponto só 2 exemplos, isto para não falarmos da sua inacapacidade de albergar um heli orgânico para missões SAR e de patrulha marítima.
 Começando pela peça de 40mm que possui é como todos sabemos, uma peça herdada e recondicionada das corvetas então abatidas. É de controlo manual não tendo um básico controlo de tiro electrónico e óptico.
 O que é uma originalidade neste tipo navios.
 Pergunto eu, na necessidade numa intercepção a um navio suspeito em alto mar com fraca visibilidade e mau tempo, como é que o operador da peça faz?

 A outra a nível de sensores, vai ter 2 radares Kelvin Hughes Manta que são radares de navegação de uso comercial e mercante com um alcance muito limitado. Quando seria mais lógico um navio com esta missão possuir um radar de vigilância com um alcance superior, visto ser a sua missão vigiar ainda por mais numa vasta área oceânica como é a nossa.

 Isto para não falarmos também na velocidade máxima anunciada de 20 nós, quando existem cargueiros da marinha mercante que navegam a velocidades muito mais altas. Se verificarmos projectos de navios OPV, as velocidades de deslocação oscilam na volta dos 25/26 nós.
 

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Luso

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« Responder #14 em: Janeiro 09, 2005, 12:06:06 am »
Excelentes perguntas, Major!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...