Guerra total NATO-Rússia

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Subsea7

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Guerra total NATO-Rússia
« em: Janeiro 26, 2024, 08:55:11 pm »
Boa noite,
No UK, já avisaram as pessoas para se prepararem para a guerra maciça com a Rússia e por cá?

O que se deve dizer a população?

 

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Evocati

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #1 em: Janeiro 26, 2024, 09:22:15 pm »
Não acredito que os russos venham bombardear a santa pátria e como eu não estou disposto a morrer pelos países bálticos suponho que por cá devemos tentar resolver os problemas catastróficos que assolam este país.
"Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma." - Padre António Vieira
 

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MMaria

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #2 em: Janeiro 27, 2024, 12:54:17 am »
É curioso perceber o medo dos europeus das hordas russas a invadi-los quando foram os próprios que, por duas vezes, tentaram conquistar Moscovo nos últimos duzentos anos.

Sds!
« Última modificação: Janeiro 27, 2024, 12:55:20 am por MMaria »
Don't feed the troll. Don't feed me, the troll.
 

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nelson38899

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #3 em: Janeiro 27, 2024, 01:03:29 am »
Eu gostava que o MMaria, me elucidasse o que o PC tuga tentou fazer após o 25 de abril de 1974,  cá?
 
Curiosamente os líderes da URSS, estavam apenas a fazer um favor, aos cidadãos da Europa de Leste e nunca os invadiram.

Estaline nunca pensou invadir países, estava era com saudades dos finlandeses e foi lá dar-lhe dois beijinhos de boa noite.

Malditos comunas, que andam sempre a tentar lavar os seus crimes.

Ainda me lembro, quando a China comunista tentou controlar a economia europeia, deveria ser só para professar a liberdade, como eles ainda hoje professam na China.

Eu diria que por cá, a liderança continua fraca, corrupta e incompetente, logo mesmo que a Europa Arda, aqui nada se fará.

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
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Evocati

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #4 em: Janeiro 27, 2024, 09:32:48 am »
A Russia é e será sempre um país imperial. Tentará sempre expandir os territórios e afastar Moscovo das regiões fronteiriças. No entanto eles são neste momento confrontados com graves problemas demográficos e uma economia de 3° mundo e para um país imperial é difícil viver com esses dois factos.
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CruzSilva

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #5 em: Janeiro 27, 2024, 12:37:40 pm »
É curioso perceber o medo dos europeus das hordas russas a invadi-los quando foram os próprios que, por duas vezes, tentaram conquistar Moscovo nos últimos duzentos anos.

Sds!
É bonito fazer essa acusação ignorando todas as invasões russas do norte e leste da Europa ocorridas bem antes dos últimos duzentos anos.

Mas vindo de quem não sabe distinguir uma bomba de um míssil, tal ignorância não surpreende.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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MMaria

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #6 em: Janeiro 27, 2024, 01:16:06 pm »
Não entenderam o ponto: os exércitos que chegaram ao Moscovo só não o tomaram porque estavam a lutar em duas frentes em ambas ocasiões e hoje não me parece que os russos, que nem estão conseguindo chegar ao Dnipro após dois anos de guerra, tenham capacidade de ir muito além.

Sds.
« Última modificação: Janeiro 27, 2024, 01:16:51 pm por MMaria »
Don't feed the troll. Don't feed me, the troll.
 

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CruzSilva

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #7 em: Janeiro 27, 2024, 01:23:55 pm »
Não entenderam o ponto: os exércitos que chegaram ao Moscovo só não o tomaram porque estavam a lutar em duas frentes em ambas ocasiões e hoje não me parece que os russos, que nem estão conseguindo chegar ao Dnipro após dois anos de guerra, tenham capacidade de ir muito além.

Sds.
Eu não vou debater a questão do que os russos são hoje - é óbvio que o que diz está certo e eles estão com grandes dificuldades em avançar. Mas os russos não são uma cambada de burros (apesar de fazerem muita asneira como de resto sempre fizeram durante a sua História) ao contrário do que alguns gostam de dizer aqui no fórum. Ou seja, o que eu quero dizer é que não sabemos como vai estar a Rússia a médio-longo prazo. Pela lógica não devem invadir mais nenhum país mas ainda é muito cedo para tirar essa conclusão. As chefias militares (incluindo as Europeias por muito que alguns teimosos não gostem de admitir) são por norma pragmáticas e assumem sempre o pior cenário que neste caso seria a Rússia invadir novamente.
« Última modificação: Janeiro 27, 2024, 01:25:45 pm por CruzSilva »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Evocati

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #8 em: Janeiro 27, 2024, 01:45:52 pm »
Eu gostava que o MMaria, me elucidasse o que o PC tuga tentou fazer após o 25 de abril de 1974,  cá?
 
Curiosamente os líderes da URSS, estavam apenas a fazer um favor, aos cidadãos da Europa de Leste e nunca os invadiram.

Estaline nunca pensou invadir países, estava era com saudades dos finlandeses e foi lá dar-lhe dois beijinhos de boa noite.

Malditos comunas, que andam sempre a tentar lavar os seus crimes.

Ainda me lembro, quando a China comunista tentou controlar a economia europeia, deveria ser só para professar a liberdade, como eles ainda hoje professam na China.

Eu diria que por cá, a liderança continua fraca, corrupta e incompetente, logo mesmo que a Europa Arda, aqui nada se fará.

Poucos sabem isto mas pouco depois do 25 de abril chegaram cá uns iluminados de Cuba   a mando de Fidel Castro para orientar a nossa revolução  ;D
« Última modificação: Janeiro 27, 2024, 03:54:47 pm por Evocati »
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legionario

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #9 em: Janeiro 27, 2024, 03:26:03 pm »
O criador deste tópico poderia ter feito uma pequena introdução explicando o que é a guerra total ; acredito que a maioria dos colegas,  eu incluido, não leram Vom Kriege   :)

 

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Lightning

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #10 em: Janeiro 27, 2024, 03:47:09 pm »
Não entenderam o ponto: os exércitos que chegaram ao Moscovo só não o tomaram porque estavam a lutar em duas frentes em ambas ocasiões.

Olha que o Napoleão conquistou Moscovo, só que o imperador da Russia estava em S.Petersburgo e os russos pegaram fogo à cidade e fugiram para fora dela.
 

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Evocati

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #11 em: Janeiro 27, 2024, 04:05:37 pm »
Não entenderam o ponto: os exércitos que chegaram ao Moscovo só não o tomaram porque estavam a lutar em duas frentes em ambas ocasiões e hoje não me parece que os russos, que nem estão conseguindo chegar ao Dnipro após dois anos de guerra, tenham capacidade de ir muito além.

Sds.
Eu não vou debater a questão do que os russos são hoje - é óbvio que o que diz está certo e eles estão com grandes dificuldades em avançar. Mas os russos não são uma cambada de burros (apesar de fazerem muita asneira como de resto sempre fizeram durante a sua História) ao contrário do que alguns gostam de dizer aqui no fórum. Ou seja, o que eu quero dizer é que não sabemos como vai estar a Rússia a médio-longo prazo. Pela lógica não devem invadir mais nenhum país mas ainda é muito cedo para tirar essa conclusão. As chefias militares (incluindo as Europeias por muito que alguns teimosos não gostem de admitir) são por norma pragmáticas e assumem sempre o pior cenário que neste caso seria a Rússia invadir novamente.

Não diria que pragmatismo equivale a prever o pior cenário. As chefias militares pouco podem fazer, mas as chefias políticas se fossem completamente pragmáticas já tinham articulado um tratado de paz entre a Rússia e a Ucrânia e definido as fronteiras entre a NATO e a Rússia. Agora andar aqui sem saber se a Ucrânia é independente ou se pertence ao ocidente ou à Rússia é que não, tem tudo para dar mal. No entanto, é um bom retrato do que tem sido a desastrosa política externa Americana e até europeia nos últimos anos. É que esta guerra já tinha sido prevista pelo menos à 15 anos.
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CruzSilva

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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #12 em: Janeiro 27, 2024, 04:41:28 pm »
Não entenderam o ponto: os exércitos que chegaram ao Moscovo só não o tomaram porque estavam a lutar em duas frentes em ambas ocasiões e hoje não me parece que os russos, que nem estão conseguindo chegar ao Dnipro após dois anos de guerra, tenham capacidade de ir muito além.

Sds.
Eu não vou debater a questão do que os russos são hoje - é óbvio que o que diz está certo e eles estão com grandes dificuldades em avançar. Mas os russos não são uma cambada de burros (apesar de fazerem muita asneira como de resto sempre fizeram durante a sua História) ao contrário do que alguns gostam de dizer aqui no fórum. Ou seja, o que eu quero dizer é que não sabemos como vai estar a Rússia a médio-longo prazo. Pela lógica não devem invadir mais nenhum país mas ainda é muito cedo para tirar essa conclusão. As chefias militares (incluindo as Europeias por muito que alguns teimosos não gostem de admitir) são por norma pragmáticas e assumem sempre o pior cenário que neste caso seria a Rússia invadir novamente.

Não diria que pragmatismo equivale a prever o pior cenário. As chefias militares pouco podem fazer, mas as chefias políticas se fossem completamente pragmáticas já tinham articulado um tratado de paz entre a Rússia e a Ucrânia e definido as fronteiras entre a NATO e a Rússia. Agora andar aqui sem saber se a Ucrânia é independente ou se pertence ao ocidente ou à Rússia é que não, tem tudo para dar mal. No entanto, é um bom retrato do que tem sido a desastrosa política externa Americana e até europeia nos últimos anos. É que esta guerra já tinha sido prevista pelo menos à 15 anos.
Eu mantenho a ideia de que o pragmatismo típico dos militares os faz ter em consideração os piores cenários, incluindo invadir e/ou atacar aliados.  :mrgreen: Na mente do comandante militar (normalmente) todos os cenários possíveis devem estar em cima da mesa.

As chefias políticas já tentaram a diplomacia com a Rússia, fizeram-no na invasão russa da Geórgia e fizeram-no duas vezes com os tratados Minsk no caso da Ucrânia. Toda a via diplomática está esgotada, o problema entre russos e ucranianos tem de ser resolvido entre eles. Eu acho que na questão ucraniana nós europeus temos mais culpa que os americanos (quando estes anunciaram as boas-vindas aos ucranianos na OTAN em 2008 a maioria dos ucranianos não queria a adesão mas vontade de integrar a UE já era muita). Foi a hesitação e falta de estratégia europeia que deu condições à Rússia para invadir (e eu não acho que a Rússia esteja a beneficiar da invasão mas enfim).

Os ucranianos pediram-nos ajuda e nós muito bem ajudámos porque a vítima da agressão é a Ucrânia e porque não nos interessam grandes guerras na Europa (os ucranianos ao escolherem resistir impediram a entrega do país praticamente inteiro aos russos). O problema fundamental da Ucrânia só se resolve com esta a entrar na UE (mesmo que isso signifique perder território) para eliminar o sistema oligarquico e permitir ao país a prosperidade económica que tanto quer (sob a influência russa não passa de uma colónia). É preciso também dar garantias de segurança ou permitir a sua adesão à OTAN para evitar novas invenções russas. Relembro que as dificuldades económicas da Ucrânia já resultou em grandes vagas de migração e perda populacional (e nós portugueses já o sentimos). A alternativa é a Rússia tomar toda a Ucrânia ou instalar um governo pró-russo.

Já agora...

« Última modificação: Janeiro 27, 2024, 04:43:12 pm por CruzSilva »
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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #13 em: Janeiro 27, 2024, 05:02:09 pm »
Eu não discordo, de todo, das tuas afirmações. No entanto se foi feito tanto acordo que resultou nesta guerra existem duas opções: ou a Rússia é impossível de confiar e irá quebrar todos os tratados e acordos arbitrariamente (algo irracional) ou então os acordos e tratados assinados não são justos e imparciais pois foram assinados num momento de fraqueza russa ou os termos tornaram-se insatisfatórios com as evoluções geopolíticas da região. Não costumo rotular ou achar que o meu oponente age de maneira irracional pois isso impossibilita perceber como funciona o pensamento estratégico dele impedindo a formulação de uma resposta capaz de o travar, logo resta a opção que os russos não estão satisfeitos com o status quo vigente e nenhum tratado mudará isso.

É legitimo que o ocidente não queria ceder a todas as exigências russas logo terá de se confrontar que periodicamente estas tensões resultem em conflito armado. Não concordo de todo da teoria dos tratados que supostamente invalidam todo e qualquer tipo de conflito ou disputa ad eternum. É como meter um penso por cima de uma ferida infecionada, paras a hemorragia, mas mais cedo ou mais tarde, o problema real terá de ser confrontado. Neste caso parece que foi decidido coletivamente travar a invasão russa e pronto desde que não me afete muito, acho bem. 




« Última modificação: Janeiro 27, 2024, 05:13:15 pm por Evocati »
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Re: Guerra total NATO-Rússia
« Responder #14 em: Janeiro 27, 2024, 05:12:30 pm »
Eu não discordo, de todo, das tuas afirmações. No entanto se foi feito tanto acordo que resultou nesta guerra existem duas opções: ou a Rússia é impossível de confiar e irá quebrar todos os tratados e acordos ou então os acordos e tratados assinados não são justos e imparciais pois foram assinados num momento de fraqueza russa ou os termos tornaram-se insatisfatórios com as evoluções geopolíticas da região. É legitimo que o ocidente não queria ceder a todas as exigências russas logo terá de se confrontar que periodicamente estas tensões resultem em conflito armado. Não concordo de todo da teoria dos tratados que supostamente invalidam todo e qualquer tipo de conflito ou disputa ad eternum. É como meter um penso por cima de uma ferida infecionada, paras a hemorragia, mas mais cedo ou mais tarde, o problema real terá de ser confrontado. Neste caso parece que foi decidido coletivamente travar a invasão russa e pronto desde que não me afete muito, acho bem.

Eu não me vou alongar mais para não fugir ao tópico mas se quiseres continuar a discussão terei todo o gosto em fazê-lo via mensagem privada.
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