Novo MDN

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Charlie Jaguar

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Re: Novo MDN
« Responder #315 em: Abril 02, 2024, 09:40:04 am »
Mas não está errada
Não me parece é que tenha feito seja o que for por isso  ::)

Não, não estava, mas colocou foco e ênfase numa área específica em detrimento de praticamente todas as outras. Logo a agenda.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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dc

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Re: Novo MDN
« Responder #316 em: Abril 02, 2024, 02:27:25 pm »
Já está "botando faladura". E dizem certas más-línguas que por aí andam que será leitor ocasional aqui do FD.

https://twitter.com/NunoMeloCDS/status/1773707820795351506

Pode ser que as más-línguas tenham razão, e que ele vá lendo certos tópicos, e consiga tirar algumas ideias.  ::)
 

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P44

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Re: Novo MDN
« Responder #317 em: Abril 02, 2024, 05:11:55 pm »
Apareceu-me o Twitter da defesanacional.pt e ia vomitando as tripas . Tanta mentira junta fds
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Novo MDN
« Responder #318 em: Abril 03, 2024, 03:25:11 pm »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Re: Novo MDN
« Responder #319 em: Abril 04, 2024, 03:54:21 pm »
Apareceu-me o Twitter da defesanacional.pt e ia vomitando as tripas . Tanta mentira junta fds

Aquilo mais parecia o Twitter pessoal da Carreiras. ::)


Entretanto, o novo MDN continua a fazer publicações... sobre ele próprio. Isto promete...  :toto:

https://twitter.com/NunoMeloCDS/status/1775843219420619075
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Re: Novo MDN
« Responder #320 em: Abril 04, 2024, 03:55:55 pm »
Estamos bem entregues  :N-icon-Axe:
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Re: Novo MDN
« Responder #321 em: Abril 04, 2024, 04:17:41 pm »
Apareceu-me o Twitter da defesanacional.pt e ia vomitando as tripas . Tanta mentira junta fds

Aquilo mais parecia o Twitter pessoal da Carreiras. ::)


Entretanto, o novo MDN continua a fazer publicações... sobre ele próprio. Isto promete...  :toto:

https://twitter.com/NunoMeloCDS/status/1775843219420619075

Ou seja, mais um a usar a sua posição para promoção pessoal...nada de novo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Novo MDN
« Responder #322 em: Abril 04, 2024, 05:24:00 pm »
Chama-se "tesão do mijo".

Isso depois passa.
 

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Re: Novo MDN
« Responder #323 em: Abril 10, 2024, 11:08:26 am »
Não sei onde por isto por isso vou por aqui que o tema é político. Fica aqui o post sem comentários adicionais.



O André Ventura vê com bons olhos uma candidatura a PR do Alm. Gouveia e Melo.
 

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Re: Novo MDN
« Responder #324 em: Abril 10, 2024, 11:33:39 am »
Não sei onde por isto por isso vou por aqui que o tema é político. Fica aqui o post sem comentários adicionais.



O André Ventura vê com bons olhos uma candidatura a PR do Alm. Gouveia e Melo.

 :arrow: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=13296.2160

Eu acredito mais no Passos Coelho.
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Re: Novo MDN
« Responder #325 em: Abril 10, 2024, 12:06:32 pm »
O Gouveia e Melo é daqueles "independentes" "bonitos" que na primeira volta lutam para os 10/15%...é daqueles tipo Fernando Nobre ou Sampaio da Nóvoa...seis meses depois das eleições ninguém se lembra que alguma vez existiram...não tem "lastro político" para mais.
 
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Re: Novo MDN
« Responder #326 em: Abril 10, 2024, 12:13:17 pm »
Desconfio que nas próximas presidenciais nem lá meto os coutos


"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Novo MDN
« Responder #327 em: Abril 10, 2024, 02:50:53 pm »
Desconfio que nas próximas presidenciais nem lá meto os coutos

Dizes isso até o teu chefe mandar-te votar no Lex Luthor, que dizer no PPC! :mrgreen:

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Novo MDN
« Responder #328 em: Abril 11, 2024, 08:48:56 am »
https://cnnportugal.iol.pt/programa-governo/defesa/voltaram-os-carros-de-combate-a-artilharia-e-os-avioes-ha-uma-guerra-na-europa-e-e-assim-que-o-governo-quer-mudar-a-defesa/20240410/6616d27ad34e0498921f9a80

Voltaram os carros de combate, a artilharia e os aviões". Há uma guerra na Europa e é assim que o Governo quer mudar a Defesa

Governo escolheu três pilares fundamentais, olhou para o espaço, mas também para a ciberdefesa. O problema é que não satisfez os profissionais da área, que acusam o programa do Governo de ser demasiado "genérico".
Melhores condições salariais para os militares, mais incentivos ao recrutamento e retenção de militares, tornar as forças armadas mais capacitadas e competitivas para fazer frente a conflitos convencionais e impulsionar a indústria militar portuguesa com o apoio do financiamento do Fundo Europeu de Defesa. O programa do Governo foi publicado esta quarta-feira e deu a conhecer os seus objetivos para a área da Defesa Nacional. Para os profissionais da área o documento é "genérico".

Uma das principais medidas previstas no novo programa de Governo prevê o início de uma negociação para garantir aos praças do exército uma “melhoria significativa” das condições salariais, de forma a “garantir o recrutamento de voluntários necessários para atingir os efetivos autorizados”. A medida é uma das principais exigências dos profissionais do setor, mas, ainda assim, este anúncio é recebido com algum ceticismo.

“Lendo o que está no programa do Governo, partimos com alguma relutância com a conversa que vamos ter com o senhor ministro. Há uma frase que prevê a melhoria significativa dos salários do praças, mas essa frase pode querer dizer tudo e pode querer dizer nada. Precisamos de ouvir de viva voz do ministro o que é que essa frase quererá dizer”, afirmou Paulo Amaral, presidente da Associação de Praças.

O líder da associação que representa os praças insiste ainda que a medida de melhorar os salários não se deve restringir apenas aos novos militares e deve estender-se aos cabos e a outras patentes, de forma a não estarem a ganhar o salário mínimo dentro de alguns anos. Paulo Amaral adianta que já foi solicitada uma audiência com o novo ministro da Defesa, Nuno Melo, onde os militares planeiam entregar um livro em que são elencadas as preocupações dos militares, mas também algumas das possíveis soluções, mas ainda não há data para a mesma.

Falta de efetivos
A falta de efetivos nas Forças Armadas é reconhecida no documento como um dos principais problemas da Defesa Nacional. No documento, o Governo refere que “a pirâmide populacional das Forças Armadas está progressivamente mais deficitária e invertida ao nível dos efetivos” e isso não se explica apenas pela “menor renovação geracional”. 

Uma das soluções propostas pelo executivo de Luís Montenegro passa por “reforçar incentivos” para os militares contratados, embora não especifique quais as medidas em causa. O ministério de Nuno Melo abre ainda a porta para o “alargamento do apoio social complementar” aos militares que se encontrem em regime de voluntariado, contrato e contrato especial.

 documento do novo Governo deixa de fora o debate sobre o possível regresso do Serviço Militar Obrigatório, sugerido recentemente por várias figuras das forças armadas, mas admite estudar “outras formas de recrutamento voluntário”, de forma a combater a falta de efetivos. Além disso, o ministério compromete-se a dar uma resposta ao problema da habitação nas Forças Armadas. De acordo com o programa, o executivo quer “estudar soluções de aproveitamento” do património edificado das Forças Armadas, não só para o rentabilizar, mas também para dar respostas ao “défice de alojamento no meio militar”.

Três pilares
O Governo português reconhece que o mundo está a mudar. A guerra nas fronteiras da União Europeia, a instabilidade no Médio Oriente e a afirmação da China como superpotência são motivos de preocupação que se tornam ainda maiores com “as incertezas decorrentes das eleições norte-americanas”. O novo Governo quer manter os “três pilares inestimáveis” da política de Defesa: as missões das Nações Unidas, as missões da União Europeia e a segurança coletiva da NATO.

O Governo compromete-se a defender e a promover o reforço do papel de Portugal no multilateralismo efetivo no âmbito da NATO, União Europeia e Nações Unidas, e simultaneamente a a valorizar a CPLP como ativo estratégico para os interesses e valores nacionais, em matéria de política externa, de segurança e defesa”, pode ler-se no documento.

Para isso, o Governo da AD compromete-se a fazer aquilo que já tinha proposto no seu programa eleitoral: “manter e desenvolver” as capacidades inerentes a um conflito convencional. Isso significaria a aquisição de capacidades das quais Portugal não dispõe, como a defesa antiaérea, embora o partido não especifique se o vai fazer.

“Isso significa que voltaram os carros de combate, a artilharia e os aviões de combate. Tivemos uma estrutura focada em resolução de conflitos e missões de curta duração. Agora, a realidade é outra”, alerta o major-general Agostinho Costa.

Além de querer dar capacidades "em terra, mar e ar", o executivo dá ainda importância à ciberdefesa e ao espaço. Luís Montenegro quer "promover atividades de produção e prestação de serviços e conhecimento associados ao Espaço" em países aliados, como os Estados Unidos ou o Reino Unido. Mas quer também atualizar "planos de exercícios militares" para que integrem elementos da área da ciberdefesa e o apoio de exercícios anuais de gestão de crises ligadas a ameaças digitais.

Apesar de considerar o documento “um pouco genérico”, o major-general elogia o anúncio de avançar com um novo conceito estratégico. Luís Montenegro quer “adotar um novo conceito estratégico de Defesa Nacional” que se interligue com o conceito estratégico da NATO e a bússola estratégica da União Europeia.

Indústria da Defesa
Levar os países europeus a comprar armamento a empresas que produzem na Europa é precisamente um dos principais pontos do plano para reindustrializar o setor da Defesa europeu, avançado pela Comissão. Até 2030, a União Europeia quer que, pelo menos, metade dos orçamentos de Defesa sejam utilizados em produtos fabricados na Europa.

Portugal quer aproveitar este impulso e aumentar a indústria de Defesa portuguesa através de “medidas de âmbito fiscal e administrativas”. Sem referir medidas concretas, o programa aponta para a promoção de uma indústria de Defesa “competitiva a nível europeu e internacional” através de um reforço do investimento. Em parte, o objetivo passa também por “envolver o tecido empresarial” no processo de reequipamento das Forças Armadas portuguesas, mas também pelo reforço da “capacidade de exportação” desta indústria, em particular das tecnologias de duplo uso.

Existe também uma intenção de fortalecer a componente da investigação. O executivo quer “apoiar o desenvolvimento de software e hardware para simulação” e promover “a participação de empresas portuguesas em consórcios de investigação, desenvolvimento e produção nas áreas da defesa”.

PS.
Não sei como os jornalistas chegaram a conclusão de  mais "carros-de-combate-a-artilharia-e-os-avioes"
« Última modificação: Abril 11, 2024, 09:59:04 am por Malagueta »
 

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Charlie Jaguar

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Re: Novo MDN
« Responder #329 em: Abril 11, 2024, 10:25:24 am »
PS.
Não sei como os jornalistas chegaram a conclusão de  mais "carros-de-combate-a-artilharia-e-os-avioes"

Pois, de facto também não sei. Obtive ontem à noite uma cópia do programa do Governo, e nas 6 páginas dedicadas à Defesa Nacional não vi nada disso.

Talvez na AR nestes próximos dois dias os jornalistas consigam esmiuçar um pouco mais, mas mesmo tendo-o lido na diagonal continua a parecer-me genérico, bastante vago e até algo lírico em certas partes.

Citar
(...)

6.5. Defesa Nacional (pp. 97 a 102)

A Defesa Nacional é uma área de soberania tradicionalmente consensual e convergente entre os principais partidos.

No entanto, alterações nítidas da conjuntura geopolítica global - casos do agravamento da guerra na Europa, próximo das fronteiras da União Europeia e do perímetro europeu da NATO na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, a instabilidade no Médio Oriente, a afirmação da China como potência de primeira linha e as incertezas decorrentes das eleições norte-americanas - trouxeram desafios internos e internacionais sem precedentes.

Portugal é um dos países-membros fundadores da NATO, experimentada como a mais eficaz organização de defesa mútua em resposta a qualquer ataque de entidades externas. O governo compromete-se a reforçar o vínculo transatlântico.

A lealdade do País ao sistema e às missões das Nações Unidas, aos propósitos e às missões da União Europeia, e à segurança coletiva garantida pela NATO e pelas suas prioridades, são três pilares inestimáveis de um consenso alargado em torno da política de defesa que, após o 25 de Abril, foi laboriosamente construído e mantido pelos Governos constitucionais. Acresce a importância das missões e programas da cooperação militar orientada para o reforço útil dos laços que unem Portugal aos países lusófonos.

Por seu lado, importa assinalar o nível de excelência, serviço e reconhecimento dos militares portugueses nos compromissos nacionais e em todas as missões internacionais.

Nesta senda, o Governo compromete-se a defender e a promover o reforço do papel de Portugal no multilateralismo efetivo no âmbito da NATO, União Europeia e Nações Unidas, e simultaneamente a a valorizar a CPLP como ativo estratégico para os interesses e valores nacionais, em matéria de política externa, de segurança e defesa. É objetivo do governo dotar Portugal de Forças Armadas capacitadas e competitivas, com plataformas nos vários Ramos das Forças Armadas capazes de assegurar o elenco de missões para as quais estão acometidas, nas fronteiras nacionais e internacionais, em terra, mar, ar, ciberespaço e espaço.

Determinante é também o aproveitamento capaz dos mecanismos de financiamento possível no contexto europeu para efeitos da maior eficácia e modernização da indústria Europeia de armamento, mesmo no âmbito de um Fundo Europeu de Defesa, pensado no conexão e em colaboração com a NATO. Como referido em comunicado da Comissão Europeia, “complementarmente à nossa cooperação com a NATO, precisamos de fazer mais e melhor. Hoje mostramos que estamos a passar da teoria à prática. O Fundo servirá de catalisador para uma indústria europeia da defesa forte, capaz de desenvolver tecnologias e equipamentos de ponta e plenamente interoperáveis. Os Estados-Membros continuarão a assumir o comando, a obter uma elevada rentabilidade e, em última análise, verão a sua influência aumentar”.

A pirâmide populacional das Forças Armadas está progressivamente mais deficitária e invertida ao nível dos efetivos. A menor renovação geracional em Portugal não explica, por si só, a incapacidade de atrair, recrutar, mas sobretudo manter e desenvolver carreiras profissionais sólidas em todos os níveis hierárquicos das Forças Armadas, o que merecerá a atenção do Governo.

Ao nível de investimentos, importa ultrapassar problemas colocados à execução da Lei da Programação Militar (LPM), de modo a salvaguardar a capacidade, os meios e a prontidão das Forças Armadas para o cumprimento das suas missões.

O governo adotará medidas expeditas capazes de darem resposta, com respeito pelas possibilidades orçamentais, a um conjunto de prioridades relacionadas com a importância do investimento na defesa, a dignificação das Forças Armadas e a valorização dos antigos combatentes, a atualização dos incentivos ao recrutamento e retenção de militares, a capacitação produtiva e tecnológica da indústria militar e a modernização e a adequação dos equipamentos e instalações, caminhando-se também, progressiva e determinadamente, para a efetivação do compromisso internacional de investimento português com a NATO.

É objetivo do Governo garantir Forças Armadas capacitadas, o que passa por:

- Manter e desenvolver as capacidades inerentes a um conflito convencional;

- Manter a capacidade não convencional (operações especiais), determinante em conflitos de subversão e assimétricos;

- Equilibrar os agregados de despesa com pessoal, investimento e operação, de forma a maximizar o produto operacional das FA;

- Coordenar e sincronizar os ciclos de planeamento de efetivos, de investimento, de orçamentos, de treino e aprontamento de forças, em linha com o planeamento do seu emprego;

- Encetar um processo de negociação para a melhoria significativa das condições salariais em geral e, em particular, da categoria de Praças, para garantir o recrutamento de voluntários necessários para atingir os efetivos autorizados;

- Estudar outras formas de recrutamento voluntário;

- Estudar soluções de aproveitamento de património edificado, nomeadamente para efeitos de rentabilização e respostas ao défice de alojamento em meio militar;

- Procurar reforçar os incentivos para os militares contratados;

- Ponderar o alargamento do apoio social complementar aos militares em regime de voluntariado, contrato e contrato especial;

- Identificar no quadro do processo de planeamento estratégico militar (CEM, MIFA, SFN e Dispositivo) e refletir em termos de prioridades na LPM a aquisição dos meios essenciais ao cumprimento das missões;

- Aperfeiçoar os mecanismos de reinserção dos militares na vida civil;

- Implementar medidas de âmbito fiscal e administrativas que permitam a criação de um ecossistema amigo das empresas do setor da Defesa;

- Adotar um novo conceito estratégico de Defesa Nacional e interligações possíveis ao conceito estratégico da NATO e à bússola estratégica da EU;

- Envolver o tecido empresarial que compõe a base tecnológica e industrial de Defesa no processo de reequipamento das Forças Armadas;

- Apoiar o desenvolvimento de software e hardware para simulação;

- Promover atividades de produção e de prestação de serviços, formação e conhecimento associados ao Espaço, em parceira com Países aliados com experiência neste domínio, como os EUA, o Reino Unido ou outros Países europeus;

- Reforçar a participação em missões internacionais com Forças Nacionais Destacadas (FND) e Elementos Nacionais Destacados, no âmbito das organizações internacionais NATO, ONU e UE;

- Ampliar a Formação e Educação Estratégica para a Segurança e Defesa Nacional;

- Reforçar capacidades de ciberdefesa, em matéria de formação e treino, resiliência, combate a ameaças e gestão de vulnerabilidades, nomeadamente

- Garantir a presença operacional em todo o território nacional e internacional onde as as forças nacionais destacadas estão presentes;

- Perspetivar uma estratégia integrada de gestão de crises e ameaças híbridas, interministerial e intersectorial;

- Apoiar a atualização dos planos de exercícios militares para integrar elementos relativos à ciberdefesa e apoiar a condução de exercícios anuais de gestão de crises de ciberdefesa;

- Promover uma indústria de defesa competitiva a nível europeu e internacional, reforçando o investimento, garantindo a aplicação da LPM e os recursos existentes;

- Reforçar a capacidade de exportação da indústria militar e de tecnologias de duplo uso, nomeadamente pela integração nas cadeias de fornecimento dos grandes fabricantes;

- Promover a participação de empresas portuguesas em consórcios de investigação, desenvolvimento e produção nas áreas da defesa, potenciando as encomendas de equipamentos e de material realizadas pelas FA;

- Dignificar e respeitar os antigos combatentes e a sua memória, avaliando a natureza e o aumento dos apoios que lhes são concedidos.

(...)


P.S. A negrito assinalei um ponto do programa para a Defesa Nacional que nem sequer ficou completo. Nomeadamente nada... :mrgreen: ::)
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