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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: papatango em Novembro 30, 2004, 06:51:06 pm

Título: Caiu o governo de Santana Lopes
Enviado por: papatango em Novembro 30, 2004, 06:51:06 pm
Aquilo que se começava a tornar inevitável, acabou por acontecer por volta das 18:30 TMG.

O Presidente, demitiu o governo, não tendo aceite a propostas que lhe foram apresentadas como solução para a saída do último ministro que se demitiu.

As eleições devem ocorrer em Fevereiro, no máximo Março

Cumprimentos
Título:
Enviado por: JNSA em Novembro 30, 2004, 07:56:36 pm
Como é lógico, as opiniões sobre esta decisão vão variar muito.

Quanto a mim, a decisão de dissolver a AR só peca por uma coisa - por ser tardia.

O descontentamento face a este Governo era cada vez mais generalizado, e atingia mesmo sectores que tradicionalmente apoiam a direita, como as organizações patronais e empresariais. A demissão do Ministro do Desporto, e sobretudo as suas declarações, foram a gota de água.

Agora é tempo de clarificar as coisas através de uma eleição que, esperemos (embora não tenha grande fé nisso... :Palmas:  :Palmas:
Título:
Enviado por: JNSA em Novembro 30, 2004, 07:58:41 pm
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Sampaio vai convocar eleições antecipadas

O Presidente da República decidiu dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas. O anúncio foi feito após a reunião com o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes.
( 18:38 / 30 de Novembro 04 )

   

O presidente da República, Jorge Sampaio, vai iniciar o processo de dissolução da Assembleia da República e convocar eleições antecipadas.

A informação foi avançada esta terça-feira, pelo primeiro-ministro Santana Lopes, à saída do encontro com Jorge Sampaio.

Segundo Santana Lopes, a decisão de Jorge Sampaio foi tomada antes de ter sido apresentado um substituto para Henrique Chaves, o ministro que, no passado domingo, apresentou a demissão do cargo.

Santana Lopes não adiantou quais as razões que estiveram na base da decisão de Jorge Sampaio, remetendo as explicações para esta decisão para uma comunicação do Presidente da Republica,

O primeiro-ministro disse, ainda, que respeita a decisão de Jorge Sampaio, apesar de discordar da mesma, explicando que não há razões para uma dissolução da AR quando há uma maioria que quer governar.

Jorge Sampaio vai agora iniciar um processo de consulta dos partidos com assento parlamentar e do Conselho de Estado.

Segundo a lei eleitoral e a Constituição Portuguesa, Jorge Sampaio tem de convocar eleições com a antecedência mínima de 55 dias, fazendo do mês de Fevereiro de 2005 a data mais provável para a realização do acto eleitoral.

No decreto de dissolução, o Presidente da República terá obrigatoriamente de marcar a data das novas eleições.

O actual governo vai manter-se na plenitude das suas funções até à realização das eleições.


fonte: http://www.tsf.pt/online/portugal/interior.asp?id_artigo=TSF156696
Título:
Enviado por: Luso em Novembro 30, 2004, 08:26:40 pm
Quem é que o PSD pode apresentar?
O Borges?

O Sócrates não me inspira, mas...
Com Guterres julgave que não era possível pior.
Depois veio Durão.
A seguir Santana!

Qui maiz noos irá acontêcê?
Título:
Enviado por: P44 em Novembro 30, 2004, 08:52:52 pm
Ufa!

ATÉ QUE ENFIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Estava a ver que o pesadelo não terminava...só peca por ser tardia!!!!

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg125.exs.cx%2Fimg125%2F6420%2Fportugal.gif&hash=873b213ddceec481c9c304a256763e92)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg125.exs.cx%2Fimg125%2F6420%2Fportugal.gif&hash=873b213ddceec481c9c304a256763e92)
Título:
Enviado por: NotePad em Novembro 30, 2004, 09:19:45 pm
...
Título:
Enviado por: Tiger22 em Novembro 30, 2004, 09:28:13 pm
Realmente o Sr. Presidente da República prestou um grande serviço ao seu partido:

Esperou que o seu partido escolhesse um novo líder para evitar confusões com pessoas que tinham processos em tribunal (mas que se ganharem as eleições voltarão ao poder, e de isso não tenham dúvidas).

Esperou que o PCP elegesse também um novo líder.

Apostou pela degradação da imagem do Dr. Santana Lopes, para não correr o risco de este ganhar as eleições aquando da saída do Dr. Durão Barroso.

Bom trabalho o do Sr. Presidente.

Agora o país paralisa por seis meses (numa altura de recuperação económica), o PS ganha provavelmente as eleições, o país volta ao estilo de governação do Guterres (dinheiro fácil para todos, SCUTS, “Jobs for the Boys”, os investimentos na defesa caem a pique com a anulação de vários concursos previstos, como os dos blindados, aviões de transporte, arma ligeira e provavelmente arranjarão forma de cancelar o programa dos submarinos) e quem paga isto? Será o Sr. Presidente da república? Ou será que não é evidente que a saída de um ministro não justifica a queda de um governo?

Ao Sr. Presidente o meu Muito Obrigado!!! Prestou um grande serviço ao País.

P.S.  (obviamente que muitos parasitas do sistema, esses que sempre viveram à custa do estado e que sempre traíram Portugal se regozijam com esta medida).
Título:
Enviado por: fgomes em Novembro 30, 2004, 10:04:37 pm
O único responsável é o 1º ministro, que resumindo e concluindo não tem perfil para o cargo.
Alternativas ?
Valha-nos Deus! Portugal está mesmo a precisar de intervenção divina !
Título:
Enviado por: Spectral em Novembro 30, 2004, 10:18:11 pm
Eheh, então o presidente é o culpado pelas asneiras consecutivas do Governo de Santana Lopes, desde o seu início?

O homem até lhe tinha dado uma opurtunidade de ouro  8)  8)
Título:
Enviado por: Tiger22 em Novembro 30, 2004, 10:38:48 pm
Já tive alguns contactos com uns colegas de partido muito bem colocados e o que eles me disseram é o seguinte:

O PSD tudo fará para candidatar a Primeiro-ministro ou o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa ou o Prof. Aníbal Cavaco Silva (ele parece que está na disposição de voltar) sendo que, aquele que for preterido para Primeiro-ministro será o candidato presidencial apoiado pelo PSD.

Assim sendo é possível que lhe saia a alguém o tiro pela culatra!!!! :jok:

O sacrificado nisto tudo seria o Dr. Santana Lopes que de facto não mereceu o que lhe aconteceu. Mas a vida dá muitas voltas.

Em relação ao melhor Ministro da Defesa dos últimos 30 anos (Dr. Paulo Portas) é possível que volte a existir uma coligação após as eleições legislativas. Se assim for espero que a pasta da defesa volte a ser dele.
Título:
Enviado por: dremanu em Novembro 30, 2004, 10:54:10 pm
Pobre nação Portuguesa que tão mal servida anda!

Isto não são boas notícias, isto são terríveis notícias, e são mais uma indicação do quanto o sistema político Portugues é podre e não presta.

Que mensagem é que isto manda ao mundo?

Parece o tipo de coisa que se vê nos clubes de futebol. Acho que os unicos países onde este tipo de coisa acontece é em países de 3o mundo, sinceramente. Quando é que foi a ultima vez que se escutou um governo a cair na Inglaterra, ou na França, ou na Holanda, ou seja em que outro país for.

Não se regozijem com estas notícias, isto é muito mau, muitíssimo mau...e eu não digo isto por ser este 1o ministro, ou por ser o PSD, por que não me interessa disso para nada, mas sim porque demonstrações de falta de estabilidade política  são a pior ameaça que existe à ecónomia de um país, ainda mais um país com o nosso.

E desculpem-me os socialistas, mas mais uma vez a esquerda demonstra que não está interessada em mais nada a não ser poder estar no poder, e a usar as artimanhas que forem necessárias para lá chegar, independente da crise que isso pode provocar no país.

Acho inacreditável que este tipo de coisa aconteça hoje em dia em Portugal. O mandato de um governo é feito para se cumprir, independente se está a fazer um bom trabalho logo ao princípio, ou não. Se o que se elege é um partido, então mesmo que se mude o líder do partido a meio do mandato, o partido que está no poder deve continuar a governar com um outro membro do partido.
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 01, 2004, 10:41:08 am
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Crise conduz País a novas eleições
Chefe do Estado só dissolve o Parlamento depois da votação do Orçamento do Estado

graça henriques
paula sá
pedro correia

Quatro meses e meio depois, Jorge Sampaio decidiu-se. Ontem à tarde, o Presidente da República comunicou a Pedro Santana Lopes que dissolverá o Parlamento e convocará eleições legislativas antecipadas. Um facto que apanhou o primeiro-ministro de surpresa. Ao princípio da noite de ontem, a maioria estava «em estado de choque», como confessou fonte governamental ao DN.

O PSD reúne hoje de emergência a sua Comissão Permanente e a sua Comissão Política. Em cima da mesa, está o fim da coligação com o CDS, não sendo também de excluir a convocação de um congresso social-democrata extraordinário antes das eleições antecipadas, que deverão ocorrer em Fevereiro. Da parte do CDS, não houve ontem qualquer reacção. Paulo Portas só hoje deve tomar uma posição pública. Mas da parte dos democratas-cristãos também o cenário de ida às urnas em listas separadas está em cima da mesa.

A GOTA DE ÁGUA. O cenário de dissolução já estava a ser equacionado em Belém desde domingo, um dia fatídico para Santana Lopes. A demissão intempestiva de Henrique Chaves, ministro da Juventude, Desporto e Reabilitação, escassos quatro dias depois de tomar posse, foi apenas uma gota de água após várias trapalhadas protagonizadas pelo Executivo desde o primeiro dia, a 17 de Julho.

Para a decisão de Sampaio foi fundamental um artigo muito crítico de Cavaco Silva na última edição do Expresso. O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD considerou ter «chegado o tempo dos políticos competentes afastarem os incompetentes». Uma referência a Santana, que nesse mesmo dia provocou uma reacção do chefe do Executivo considerada «muito infeliz» no Palácio de Belém. Santana comparou o Governo a um bebé que foi «tratado ao estalo e ao pontapé pelos irmãos mais velhos» quando ainda estava na incubadora. Uma resposta - também demasiado óbvia - a Cavaco.

«É uma imagem terrível. Um dirigente partidário e primeiro-ministro reconhece que a crise está instalada no Governo», comentou ao DN um assessor de Belém.

Ao decidir-se pela dissolução da Assembleia da República, Sampaio teve igualmente em conta o clima de desconfiança que se instalou na sociedade portuguesa, nomeadamente ao nível dos agentes económicos, que mostraram grandes dúvidas em relação à execução do OE. Ontem mesmo, a manchete do Diário Económico punha em destaque uma série de reacções críticas de empresários que apontavam Santana como factor de instabilidade política. Alguns adiantavam mesmo que «mais vale ir a eleições». Um sinal significativo, tanto mais que se tratava dos mesmos empresários que, no Verão passado, aconselharam Sampaio a empossar o Governo em nome da estabilidade.

Mas, no encontro entre Santana e Sampaio ocorrido segunda-feira em Belém, o Presidente deixou passar a ideia de que a demissão de Henrique Chaves não seria relevante para abrir uma crise política. Essa mesma tese foi nesse próprio dia reiterada ao DN por várias fontes, quer do Governo quer da Presidência da República.

O primeiro-ministro foi, pois, completamente apanhado de surpresa pela decisão do Presidente. Santana tinha pedido a Sampaio 48 horas para pensar na substituição de Henrique Chaves, mas ainda na segunda-feira à noite informou Belém de que já dispunha de um nome para o cargo: Miguel de Sousa, actual vice-presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira - um homem muito próximo de Alberto João Jardim. A audiência ficou marcada para ontem à tarde, mas Sampaio nem quis ouvir mais nada, avisando desde logo Santana que tencionava desencadear os mecanismos legais com vista à dissolução do Parlamento.

Antes ainda de terminar a audiência, Sampaio fazia divulgar aos órgãos de informação um comunicado em que tornava pública a sua intenção de pôr fim à legislatura. «O Presidente da República, ponderada a situação actual, comunicou ao primeiro-ministro a sua decisão de ouvir os partidos políticos e o Conselho de Estado», lia-se neste comunicado. Linguagem constitucional que, em português corrente, significa a dissolução do Parlamento e a convocação de legislativas antecipadas.

FARPAS A SAMPAIO. À saída de Belém, Santana não escondia o seu desagrado. Disse «respeitar» a decisão presidencial, mas não tardou a lançar as primeiras farpas a Sampaio. «Não há nenhuma razão institucional para haver eleições», atirou o primeiro-ministro, lembrando que quando o socialista António Guterres chefiava o Governo «também saíram muitos ministros e nunca houve esta reacção» de Belém. E tratou logo a dar o primeiro sinal de mobilização das hostes: «Vamos disputar eleições. Vamos disputá-las frontalmente, com plena confiança em nós próprios.»

Da parte do PS, já a meio da noite, veio também um sinal claro de que as eleições vão ser renhidas. Em conferência de Imprensa no Largo do Rato, José Sócrates anunciou que António Vitorino será o coordenador do programa eleitoral socialista. E disparou contra o líder laranja: «O responsável por esta crise é Santana Lopes. Estes quatro meses foram de desastre para o País.»

O primeiro-ministro tinha previsto a tomada de posse do novo titular da pasta da Juventude e do Desporto e os dois respectivos secretários de Estado para hoje de manhã. Isto porque partia, ao final da tarde, para uma visita à Turquia, que entretanto foi cancelada.

«Como é óbvio, o PSD neste momento encontra-se numa situação muito difícil. Sobretudo dada a conjuntura económica, que não é nada favorável ao País, e depois de vários casos que desgastaram a imagem do Governo. E que têm feito o PS aparecer numa confortável maioria absoluta. Mas Santana Lopes até se pode sentir aliviado e disputar as eleições sem estar refém do seu próprio partido e do Presidente», disse ao DN uma fonte próxima do líder do PSD.

Com um congresso ainda fresco, e no qual se levantaram inúmeras vozes contra uma coligação pré-eleitoral com o partido de Paulo Portas, o mais provável é que Santana tranquilize o seu partido e diga que se abalança às legislativas antecipadas sozinho. «Mesmo numa situação difícil, é no cenário de eleições que Santana Lopes melhor se movimenta e por isso José Sócrates, que não parecia muito interessado na antecipação das eleições, não o subestime…», disse uma fonte do PSD.

SIM AO ORÇAMENTO. O Presidente da República não dissolve a Assembleia da República antes da votação final global do Orçamento de Estado (OE), que está marcada para segunda e terça-feira, apurou o DN. Na prática, Sampaio permite que a maioria parlamentar aprove as contas do Estado. E também é certo que promulgará o OE para 2005. De acordo com uma fonte da Presidência, «o timing do Presidente respeitará os timings que o Parlamento tem definidos para a questão orçamental, pelo que a convocação do Conselho de Estado só deverá ocorrer nos próximos dez dias». Provavelmente, no dia 9.

Sampaio deixa assim nas mãos da maioria PSD/CDS o ónus da aprovação do Orçamento. A oposição já anunciou que votará contra, mas essa é uma matéria que o Presidente não considera relevante neste momento, já que o próximo Governo, independentemente da sua cor política, terá oportunidade de apresentar um rectificativo. «É natural que nem sempre seja o Governo que fez o Orçamento a cumpri-lo», sublinha a fonte próxima de Sampaio, lembrando, a propósito, que Durão Barroso também chegou ao Executivo com um orçamento elaborado por Guterres. «O que não poderia ficar era a possibilidade do OE não ser votado devido a um efeito dominó, ou seja, não pelo mérito mas por causa de uma dissolução», refere a fonte.


fonte: http://dn.sapo.pt/2004/12/01/tema/crise_conduz_pais_a_novas_eleicoes.html
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 01, 2004, 10:43:23 am
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Eleições em Fevereiro de 2005
A alteração do calendário eleitoral complica a realização do referendo europeu

martim silva

1.O Presidente pode levar o País para eleições legislativas antecipadas?

Pode, pois de acordo com a Constituição, artigo 133.º alínea e), «compete ao Presidente da República dissolver a Assembleia da República, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado. A única limitação constitucional é, de acordo com o artigo 172.º, que «a AR não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição», bem como «no último semestre do mandato do Presidente da República». A primeira circunstância não se aplica (o Parlamento foi eleito em 2002) e, quanto à segunda, só se entra nos últimos seis meses de Sampaio em Setembro de 2005.

2.Que passos se seguem aos acontecimentos de ontem?

O Presidente tem agora de ouvir PSD, PS, CDS/PP, PCP, BE e Verdes. Reuniões que ainda não têm datas marcadas, mas devem ocorrer na próxima semana. Depois disso, e ainda antes de convocar eleições, tem de ouvir o Conselho de Estado. Encontro que já está marcado para o dia 9 de Dezembro.

3.O que o Conselho de Estado disser vincula o Presidente da República?

Não. De acordo com o artigo 141.º da Constituição, «o Conselho de Estado é o órgão político de consulta do PR». Mas, no caso da dissolução, tem mesmo de ser consultado. Só que, depois, o Presidente decide como entender. Sendo certo que, já em Julho, houve entre os conselheiros uma clara maioria defendendo eleições antecipadas. Deste órgão fazem parte o presidente da AR, o primeiro-ministro o os presidentes do Tribunal Constitucional e governos regionais dos Açores e Madeira, o Provedor de Justiça, os ex-chefes de Estado. E ainda cinco cidadãos indicados pelo chefe de Estado e outros cinco designados pelo Parlamento.

4.E quando podem ser então as eleições gerais?

Seguidos estes passos, o Presidente faz então o decreto de dissolução da AR e de convocação de eleições legislativas. De acordo com o artigo 19.º da Lei Eleitoral para o Parlamento, «o Presidente da República marca a data das eleições dos deputados à AR com a antecedência mínima de 60 dias ou, em caso de dissolução, com a antecedência mínima de 55 dias». Ou seja, as eleições podem realizar-se a partir, sensivelmente, da segunda quinzena de Fevereiro do ano que vem. Algures a 13, 20 ou 27 de Fevereiro ou a 6 de Março.

5.Quando será a campanha eleitoral?

Diz a Lei Eleitoral, artigo 53.º, que se inicia no 14.º dia anterior à eleição e decorre até à meia-noite da antevéspera. Ou seja, duas semanas de campanha eleitoral oficial, embora a pré-campanha deva arrancar muito antes.

6.Daqui até às eleições, o que pode fazer um Governo de gestão?

A questão é controversa e já deu polémica há três anos, com António Guterres. De acordo com Freitas do Amaral (Governos de Gestão, editado pela Princípia) «os actos da função política e da função legislativa devem todos eles considerar-se excluídos da competência dos governos de gestão». Ou seja, o Executivo deve limitar-se aos actos de gestão diária e corrente. Nada de levar à prática medidas de fundo que estejam, ou não, no Programa de Governo.

7.Depois da dissolução e até às eleições não há Parlamento nem Governo?

Falso. Primeiro porque «o mandato dos deputados cessa com a primeira reunião após as eleições subsequentes». Ou seja, o Parlamento mantém as suas competências, embora deva funcionar a meio-gás. Já o Executivo manter-se-á em funções de gestão, até à tomada de posse do Governo que lhe suceda, e que sairá das eleições legislativas.

8.E o que acontece ao Orçamento de Estado para 2005?

Se o documento for aprovado antes da dissolução da AR e o Presidente o promulgar, entra normalmente em vigor a 1 de Janeiro. Cabendo depois ao novo Governo saído de eleições decidir se aprova, ou não, um rectificativo (como fizeram Ferreira Leite e Durão quando sucederam a Guterres). Se o OE entretanto não avançar, o País será gerido, em 2005, por duodécimos. Quer isso dizer que vigora o mesmo documento que em 2004. Até que um novo Executivo apareça e aprove o seu próprio Orçamento de Estado, depois das eleições.

9.Os funcionários públicos vão ser aumentados e o IRS vai baixar em 2005?

A resposta a esta pergunta depende do que acontecer ao Orçamento de Estado para 2005. Se for aprovado, as medidas nele constantes entram em vigor. Seja o aumento dos funcionários, sejam as alterações fiscais previstas.

10.E quanto à famosa Lei das Rendas, reforma adiada por décadas?

É verdade, ainda não vai ser desta que uma lei reclamada há décadas entra em vigor, apesar de ter estado muito perto. A autorização legislativa foi aprovada recentemente pelo Parlamento, mas o Governo agora já não tem condições para aprovar a legislação e levá-la à prática. Fica sem efeito. Caberá ao novo Executivo aprovar uma outra Lei do Arrendamento Urbano.

11.Há condições para a realização do referendo sobre a Constituição Europeia, como previsto?

Ainda poderá haver referendo em Portugal, como se tem reclamado, mas não será seguramente no prazo pretendido. No artigo 115.º da Constituição, é claro que «são excluídas a convocação e a efectivação de referendos entre a data da convocação e a da realização de eleições gerais para os órgãos de soberania e do poder local».

Ou seja, Sampaio já não poderá convocar um referendo até às eleições legislativas. E, depois disso, caberá a um novo Governo e maioria no Parlamento decidirem se querem levar por diante a consulta. Mesmo que o pretendam, os prazos apertados podem, na prática, impedir a consulta até ao Verão. E, depois disso, há as autárquicas. E, depois das autárquicas, as presidenciais (em início de 2006). Resumindo: com esta crise, o referendo e a famosa pergunta podem bem ficar em banho-maria. Ou na incubadora, se se preferir.

12.Esta é a primeira vez que o Parlamento é dissolvido e que o País vai para eleições antecipadas?

Não, de todo, embora também não seja coisa comum (até por isso o poder de dissolução é conhecido como «a bomba atómica» do Presidente da República). Já tinha acontecido a outros presidentes, como Mário Soares e Ramalho Eanes, interromperem a legislatura para levar o País a eleições antecipadas. O primeiro a fazê-lo foi Eanes, em 1979, abrindo caminho à vitória da AD de Sá Carneiro. Repetiu a dose em 1983, o que permitiria a Mário Soares reocupar o cargo de primeiro-ministro. Em 1985, Ramalho Eanes voltava a convocar eleições antecipadas, depois da queda do Bloco Central. Chegavam os governos de Cavaco Silva. Em 2001, foi Jorge Sampaio a interromper a legislatura, depois da demissão de António Guterres e de não ter sido encontrada uma solução dentro do quadro parlamentar existente. Curioso é verificar que em todos os casos em que houve dissolução, as eleições levaram a uma mudança de cor política. Da direita para a esquerda, ou vice-versa.

13.Depois das eleições começa uma nova legislatura?

Exactamente, a décima. Que terá, em condições normais, a duração de quatro anos e meio, até Setembro de 2009 (os quatro anos normais mais os meses que vão da data das eleições até 15 de Setembro). Ou seja, os calendários políticos são normalizados, com a existência de um Governo com um horizonte de governação de quatro anos.

Já o calendário eleitoral é invertido: primeiro as legislativas, depois as autárquicas e só depois as presidenciais.


fonte: http://dn.sapo.pt/2004/12/01/tema/eleicoes_fevereiro_2005.html
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 01, 2004, 11:23:06 am
Os câmbios de governo são um problema em todos os países do mundo, e em Portugal são mesmo uma triste tradição. No fim da monarquia os governos caiam com poucas semanas de vida, e um governo que chegava ao seis meses batia recordes.

No entanto, embora a democracia seja hoje muito mais sólida, Pedro Santana Lopes, com um governo de alguns meses, bate o recorde dos últimos anos. Para encontrar governos de apenas alguns meses, temos que recuar a 1979, com o governo de Maria de Lourdes Pintassilgo, que era um governo intercalar.

Eu achei que o Presidente da Republica fez bem em empossar Santana Lopes. A legitimidade de um primeiro ministro não advém do voto do povo, mas sim do apoio da Assembleia da Republica. Essa sim, tem a legitimidade que lhe confere o voto popular.

Pedro Santana Lopes, no entanto, sabia que embora não necessitasse do voto popular, tinha uma tarefa complicada pela frente. Convencer as pessoas de que seria uma aposta para ganhar. A Pedro Santana Lopes foi dado o beneficio da dúvida. Não se pode queixar por isso.

O problema, do meu ponto de vista, tem a ver com o facto de, Pedro Santana Lopes e a sua “Entourage” serem pessoas habituadas a um certo estilo, que pode parecer muito bonito nas revistas de coração e na “Quinta das Celebridades” mas que não se coaduna com o governo de um país, e ainda por cima, de um país que reconhecidamente é tudo menos fácil de governar.

Santana Lopes precisava de ter “dado o litro” e não o fez. Sabia-se que ter um Primeiro-Ministro com a imagem de “Playboy” era um problema, para o governo, mas esperava-se que os “instintos” de Pedro Santana Lopes, fossem condicionados pela governação. Esperava-se que os tiques do Jet-Set, não passassem para o governo.

A verdade, pura e dura, é que Pedro Santana Lopes, foi igual a si mesmo. Um individuo que nunca escondeu que era fan, da politica espectáculo. Tentou “contratar” uns quantos nomes mais sonantes para o seu governo, para lhe darem credibilidade, e julgou que não tinha que fazer mais nada.

O governo da Nação, foi assim entregue a um espécie de “Quinta das Celebridades governativa”, em que se vota em quem vai sair e em quem entra, com o tradicional cortejo de acusações e recriminações que são tão típicos do Jet-Set decadente das nossas elites podres e acabadas.

Para cúmulo, quando se tornou obvio que a governação estava entregue à “quinta das celebridades”, o governo opta pela pressão sobre os órgãos de comunicação social, e sobre comentadores políticos na televisão e nos jornais.

Pedro Santana Lopes tinha que agir com cuidado, com organização e com método. Infelizmente, fez tudo ao contrario. O governo do país estava aos tropeços, contínuos, ridículos e patéticos.
A ideia que me fica deste governo, é a de um Pedro Santana Lopes, que desmarcou compromissos de estado, para ir a um casamento e a uma festa nocturna..

O PSD também foi culpado da situação, ao avançar com o nome de Santana Lopes, quando, era obvio que outros nomes havia que, correndo o risco de serem impopulares, não correriam o risco de serem fracos. Quando ouvi na altura a possibilidade de Manuel Ferreira Leite poder ser a cara do governo, achei que seria a melhor opção. Depois, foi Santana Lopes. Mesmo assim, achei que era legítimo e que tentaria o seu melhor, para justificar a confiança que lhe deram.

Pedro Santana Lopes foi capaz de colocar contra si, não só os seus opositores políticos naturais, mas também grande parte das pessoas do seu próprio partido.

Entre a paz podre dos tontos de um governo, que existia para dar estabilidade mas que se tornou a fonte da instabilidade, e por outro lado, o corte radical para evitar males maiores, provavelmente a opção da demissão do governo é a mais saudável.

A ida do Sr. Durão Barroso para Bruxelas, foi uma desistência muito mais grave que a saída de António Guterres. Portugal pouco ganhará com o facto de “José Manuel Barroso” ser Presidente da Comissão, mas já perdeu muito, com um governo que se enganou, e que com os prazos constitucionais, conduzirá a um ano perdido numa altura em que o país não podia perder tempo.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 01, 2004, 12:04:16 pm
Assino por baixo do que escreveu, papatango.
Todavia isso é já história.
Quem é que poderemos contar no futuro, sobretudo do PSD?
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Dezembro 01, 2004, 12:28:16 pm
Esta era já uma decisão que se previa. O papatango já fez uma breve análise com a qual concordo na generalidade. A culpa da queda deste governo é inteiramente da responsabilidade de Pedro Santana Lopes.

O importante agora é clarificar e analisar as alternativas.

No PSD Pedro Santana Lopes já anunciou que se irá candidatar. É uma decisão normal e será muito provávelmente aceitável dentro do partido. Tenho dúvidas que haja alguma oposição considerável neste momento. Para os candidatos mais lógicos a escolha óbvia seria deixarem Pedro S. L. candidatar-se, sair derrotado das eleições e aí assumir a direcção do partido.
A escolha mais lógica seria Marcelo Rêbelo de Sousa. Não acredito na candidatura de Cavaco Silva a primeiro ministro ( embora, admito, gostaria de ver alguém com o seu perfil novamente no governo - frio, calculista e extremamente competente ) e penso que Rui Rio seria uma opção a considerar.

No PS temos um engenheiro do ambiente. Por mais que José Sócrates seja competente ( e acredito que o é ) não me parece que possua as qualificações necessárias ( nem formação em gestão ou economia - àreas fundamentalmente ligadas à gestão de recursos ) para assumir um cargo como o de primeiro ministro. Aliás, desde Cavaco que nenhum ministro cumpre este requesito ( tirando Pedro Santana Lopes, mas esse todos sabemos como é ).

O PCP ( com o seu original lema: Partido Comunista /Marxista Leninista ) continua a afundar-se cada vez mais a um ritmo massivo. A massa de disparates e de falta de credibilidade do PCP já é tão colassal que está em risco de impludir sobre si própria e tornar-se uma estrela de neutrões.

O BE será provavelmente o partido que ganhará mais votos nas próximas eleições cativando eleitorado ao PCP ( a natural evolução das gerações - os mais velhos ( PCP ) vai desaparecendo e os mais novos ( juventude ) simpatiza bastante com o bloco ).
Francisco Louçã, excelente orador, é o mais puro dos demagogos. A possibilidade de uma aliança pós-eleitoral com o PS parece-me viável.

O PP é o que o próprio nome indica Paulo Portas. Para dar e vender.


Resta-nos esperar que toda esta "confusão política" não afecte significativamente a área da defesa . Até certo ponto é pena que o governo caia nesta altura. Sr. Ministro da Defesa veja lá se assina os contratos todos até Fevereiro.  :wink:

Uma palavra de apreço a Jorge Sampaio que demonstrou um excelente sentido de estado tanto à 4 meses, com a decisão de dar uma oportunidade a Pedro Santana Lopes, como agora.
Para muitos socialistas Sampaio tinha-se tornado a personificação do Anti-Cristo e agora já representa o salvador.
A sr. deputada Ana Gomes ainda está arrependida de ter votado em Jorge Sampaio?

Muito sinceramente, começo a concordar com o colega de fórum Dremanu. A política em Portugal só irá evoluir quando toda a geração do 25 de Abril deixar de ter representação na política e todas as ideias pré-concebidas de esquerda/direita, liberdade, etc, deixarem de existir.
É preciso pensamentos novos, inovação, carisma e essencialmente espírito de iniciativa e competência.
Título:
Enviado por: lf2a em Dezembro 01, 2004, 03:13:54 pm
Concordo em termos gerais com as análises do Ricardo Nunes e do Papatango.

Quanto à Defesa devo acrescentar que espero que o próximo Ministro seja pelo menos tão bom, para a instituição, quanto Paulo Portas o foi, pois apesar das críticas iniciais (inclusive de dentro das Forças Armadas) mostrou ter carácter e força de vontade para concluir projectos que estavam atrasados há anos (obrigado Oh Santo António Guterres! :evil: ) e ainda iniciar outros que bem falta fazem.
Se nas póximas eleições ganhar o PS espero que o facto de José Sócrates ter escolhido António Vitorino (o homem forte da Defesa Europeia) para coordenador do programa eleitoral socialista signifique que a "chamada" esquerda mude por completo a sua atitude displicente e irresponsável para com as Forças Armadas deste nosso País.

Cmpts,
LF2A
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 01, 2004, 06:43:42 pm
concordo com papatango e ricardo nunes,

no entanto a imagem de portugal, parece a de um moribundo politico a deriva,
ahhh mouzinho de alburquerque :roll:

cumprimentos
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 02, 2004, 08:31:51 am
Citar
Pedro Santana Lopes foi capaz de colocar contra si, não só os seus opositores políticos naturais, mas também grande parte das pessoas do seu próprio partido.

Entre a paz podre dos tontos de um governo, que existia para dar estabilidade mas que se tornou a fonte da instabilidade, e por outro lado, o corte radical para evitar males maiores, provavelmente a opção da demissão do governo é a mais saudável.

A ida do Sr. Durão Barroso para Bruxelas, foi uma desistência muito mais grave que a saída de António Guterres. Portugal pouco ganhará com o facto de “José Manuel Barroso” ser Presidente da Comissão, mas já perdeu muito, com um governo que se enganou, e que com os prazos constitucionais, conduzirá a um ano perdido numa altura em que o país não podia perder tempo.


Completamente de acordo, Papatango.

Aliás, e citando a Constança Cunha e Sá (que é tudo menos de esquerda), as declarações do Durão acerca de não se pronunciar sobre os assuntos internos de um Pais da UE, apenas merecem uma palavra :VERGONHA!!!!!

Afinal foi ele que originou isto tudo, após sofrer uma DERROTA ESTRONDOSA nas Eleições Europeias, e FUGIU ÀS SUAS RESPONSABILIDADES!!!!

Qto aqueles que agora atacam o PR , devem ser os mm que em Julho o aplaudiam de pé, ao ver que ele estava a dar continuidade ao programa de miséria do PSD, e que viam agora o País a caminhar a passos largos para o seu "sonho", que sem dúvida devia ser a reinstauração da ditadura e o envio de todos os que não partilham as suas ideias para algum "campo de ´ferias" em África...

Coitados, que não veem aquilo que é evidente para todos.
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 02, 2004, 08:44:37 am
Citação de: "Ricardo Nunes"
Esta era já uma decisão que se previa. O papatango já fez uma breve análise com a qual concordo na generalidade. A culpa da queda deste governo é inteiramente da responsabilidade de Pedro Santana Lopes.

100% de acordo, finalmente o País todo pode constatar o que o Santana foí/é e sp será: um INCOMPETENTE que vive DE e PARA a IMAGEM, que nunca conseguiu sequer ganhar umas eleições para Presidente do seu partido, á excepção do ultimo congresso (mas isto já se sabe, qd cheira a poder, todos estão com o chefe...ATENÇÃO K o mm raciocinio é válido para o PS)


Citação de: "Ricardo Nunes"
O importante agora é clarificar e analisar as alternativas.

No PSD Pedro Santana Lopes já anunciou que se irá candidatar. É uma decisão normal e será muito provávelmente aceitável dentro do partido. Tenho dúvidas que haja alguma oposição considerável neste momento. Para os candidatos mais lógicos a escolha óbvia seria deixarem Pedro S. L. candidatar-se, sair derrotado das eleições e aí assumir a direcção do partido.

Exacto, também já li noutros locais acerca dessa teoria. O Santana não é apreciado mm por muitos do PSD, por isso desejam que ele seja derrotado nestas eleições q aí vêm de modo a que fique "queimado" de vez!

Citação de: "Ricardo Nunes"
A escolha mais lógica seria Marcelo Rêbelo de Sousa. Não acredito na candidatura de Cavaco Silva a primeiro ministro ( embora, admito, gostaria de ver alguém com o seu perfil novamente no governo - frio, calculista e extremamente competente ) e penso que Rui Rio seria uma opção a considerar.


A meu ver o único que avançará (Dp das Eleições) será Marcelo (um homem de grande inteligência por sinal...daí a vontade de Santana em o "calar").
O objectivo de Cavaco Silva parece-me obviamente ser a Presidência.
Título:
Enviado por: alfsapt em Dezembro 02, 2004, 10:04:54 am
Citação de: "Ricardo Nunes"
O PP é o que o próprio nome indica Paulo Portas. Para dar e vender.


Chama-se a isto uma análise imparcial:  objectiva, independente e substanciada.

Este Fórum está a tornar-se o que já acontece em alguns meios de comunicação: um espaço público para dar pancadinhas nas costas.

Enfim, está na moda.
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 02, 2004, 10:15:01 am
O que sugere?

Censura?

Só porque não concorda com algumas opiniões (as minhas p ex.), não temos direito de nos expressar-mos, livremente, educadamente e civilizadamente?
Título:
Enviado por: alfsapt em Dezembro 02, 2004, 10:23:58 am
Citação de: "P44"
O que sugere?

Censura?

Só porque não concorda com algumas opiniões (as minhas p ex.), não temos direito de nos expressar-mos, livremente, educadamente e civilizadamente?


Pelo menos chamem bois aos bois e vacas às vacas.
Mas chamar análise ao que chamaram é um sacrilégio pelo menos para com a lingua portuguesa sem entrar nas meias verdades e falsas mentiras. Viva o marketing!
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 02, 2004, 10:33:39 am
Citação de: "alfsapt"
Citação de: "P44"
O que sugere?

Censura?

Só porque não concorda com algumas opiniões (as minhas p ex.), não temos direito de nos expressar-mos, livremente, educadamente e civilizadamente?

Pelo menos chamem bois aos bois e vacas às vacas.
Mas chamar análise ao que chamaram é um sacrilégio pelo menos para com a lingua portuguesa sem entrar nas meias verdades e falsas mentiras. Viva o marketing!


Exmo Sr,

Elucide-nos então com a verdade, já que nem todos somos possuidores de tal dom....
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 02, 2004, 11:06:59 am
As opiniões sobre este tema são certamente condicionadas pela orientação partidária de cada um, embora haja muito boa gente que é tudo menos de direita, e que concorda com a decisão do Presidente.

No fundo, concordo globalmente com o que o P44, o Papatango e o Ricardo disseram.

Para mim, esta decisão deveria ter sido tomada há 4 meses e meio atrás. Com a decisão do PR de dar posse a este Governo, perdemos tempo precioso, visto que neste momento já poderíamos ter uma nova AR, e consequentemente um novo Governo em plenas funções.

No entanto, mais vale tarde do que nunca. Este Governo estava ferido de morte desde o início. Ao contrário dos que disseram que a legitimidade vinha exclusivamente da AR, observou-se que a generalidade dos Portugueses via neste Governo um défice de legitimidade governativa. A estabilidade é um meio, e não um fim, e como tal não pode ser colocada à frente do princípio democrático.

A actuação do PM e dos seus ministros tem vindo, ao longo destes meses, a pôr em causa a subsistência do Governo - excessivo meditatismo e busca de protagonismo como forma de esconder falta de políticas e de ideias, falta de coordenação governamental e de lealdade. Aliás, isso poderia ser previsto logo desde o início. Após a sua fuga para Bruxelas, o Dr. Durão Barroso deixou neste Governo dois dos seus homens de confiança - José Luís Arnaut e Morais Sarmento - como forma de controlar Santana Lopes. Este respondeu com a nomeação de ministros da sua confiança pessoal, mas que em muitos casos careciam de verdadeira competência.

Por outro lado, não é possível ignorar as declarações do Ministro Henrique Chaves aquando da sua demissão (até porque ele tem maior conhecimento da verdadeira situação do Governo do que qualquer um de nós).

Temos ainda a previsível desagregação da coligação governamental, visível no Congresso do PSD, no qual veio ao de cima a antipatia de muitos sociais-democratas  face ao partido liderado por Paulo Portas (que, admito com enorme custo pessoal
 :mrgreen: ), não depende da política para viver, ao contrário de outros. Creio que faz as coisas na lógica do que o entusiasma mais, e do que lhe dá prazer. Se se sentir entusiasmado (agora, ou depois das eleições), pode ser um forte candidato à liderança do PSD.
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 02, 2004, 11:25:46 am
Citar
Ricardo, o artigo 186º nº 5 da CRP diz que "antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos".

Dificilmente a assinatura de contratos de compra de equipamento militar se subsume a este quadro de poderes. Por isso, só talvez lá para Março é que veremos novas compras na aérea da defesa...


JNSA, mas acho que segundo a lei o governo só entra em gestão após a assinatura do decreto-lei de dissolução da AR, que só deverá ser emitido depois da votação do Orçamento de estado

 :wink: ...eu não sou da "esfera" politica dele mas via sempre os seus comentários na TVI...penso que é uma pessoa excepcionalmente inteligente e lúcida (por isso o calaram)

Penso ( e nisto não sou suspeito) que o PSD só teria a ganhar com ele como presidente...

O problema com os politicos em geral é que depois o poder corrompe...

Mas entre o Marcelo e o Santana... é como comparar um Ferrari com um Trabant...penso eu de que :mrgreen:
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 02, 2004, 11:39:20 am
Citação de: "P44"
JNSA, mas acho que segundo a lei o governo só entra em gestão após a assinatura do decreto-lei de dissolução da AR, que só deverá ser emitido depois da votação do Orçamento de estado


Sim, sem dúvida, mas a verdade é que o MD não deverá assinar muitos contratos até à dissolução da AR.  :wink:

Mas vou perguntar ao meu assistente de Dto. Constitucional, e depois talvez o consiga esclarecer melhor.

Nas próximas semanas veremos o caminho seguido...

E agora, vou estudar mais um bocado... :mrgreen:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 02, 2004, 12:26:58 pm
Uma achega a propósito de Marcelo...
Não se esqueçam que ele foi presidente do PSD e deu no que deu. Obviamente que as pessoas adquirem experiência e maturidade mas há coisas que não mudam.
Não creio que Marcelo tem força (ou paciência ou as essas duas qualidades juntas) para comandar as tropas. O Marcelo, por mais inteligência que tenha tem tendência para abandonar o barco (lembrem-se do Balsemão). E um aparelho partidário é recheado de uma escumalha terrível que certamente o Professor abominará. As tricas e baldrocas baixas não o atrairão nem terá paciência para as aturar. Por outras palavras considero-o um muito bom falante mas nada mais.
Quero alguém que fale curto e grosso.
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 02, 2004, 02:20:00 pm
Citação de: "P44"
100% de acordo, finalmente o País todo pode constatar o que o Santana foí/é e sp será: um INCOMPETENTE que vive DE e PARA a IMAGEM, que nunca conseguiu sequer ganhar umas eleições para Presidente do seu partido, á excepção do ultimo congresso (mas isto já se sabe, qd cheira a poder, todos estão com o chefe...ATENÇÃO K o mm raciocinio é válido para o PS)
A meu ver o único que avançará (Dp das Eleições) será Marcelo (um homem de grande inteligência por sinal...daí a vontade de Santana em o "calar").
O objectivo de Cavaco Silva parece-me obviamente ser a Presidência.


Estou 100% de acordo com esta análise do P44. Há no entanto um 3º personagem que poderá candidatar-se, Marques Mendes, no entanto, a minha aposta vai para Marcelo. É certo que já foi secretário e demitiu-se mas as circunstancias em que isso aconteceu justificam a demissão, no entanto, a hipótese de coligação com o CDS de Paulo Portas deverá ser impossível de se concretizar.
Quanto à dissolução da AR penso que só peca por tardia, ou melhor, fui sempre muito crítico de Sampaio por ter empossado Santana Lopes, em vez das eleições mas agora, reconheço que Sampaio tinha pouca margem de manobra e que tinha a obrigação de dar uma oportunidade a Santana. Agora, depois de 4 meses de desgoverno, tem autoridade política e moral e, muito importante, o apoio popular, para dissolver a AR.
O grande problema é que não acredito muito em Sócrates, eu preferia o Vitorino mas isso é impossível. Já não é mau ser ele a fazer o programa de governo do PS.
Cumptos
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Dezembro 02, 2004, 05:02:46 pm
Não considero Marcelo Rebelo de Sousa um bom primeiro ministro em potencial. Considero-o um homem de direito ( sem ofensa João ), inteligente mas que fala fala fala mais do que aquilo que trabalha. Posso estar enganado.

alfsapt, nunca quis desprestigiar o PP e muito menos Paulo Portas ( que considero ter sido o melhor ministro da defesa que tivemos nas últimas décadas ) tal como não pretendo desprestigiar todos os ministros populares que, à excepção de Celeste Cardona, foram todos bastante competentes nas suas funções.
Contudo considero que toda a lógica do PP gira à voltar do seu líder Paulo Portas, daí o meu comentário sem qualquer intenção depreciativa. Gostaria que isto ficasse bem claro.
Paulo Portas é, no seu essencial, o próprio carisma do partido a que pertence. É a sua cara. É impossível dissociar o PP de Paulo Portas.

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Spectral em Dezembro 02, 2004, 06:08:28 pm
Citação de: "Luso"
Quero alguém que fale curto e grosso.


Sempre se podia ir buscar o Alberto João, não era ? :mrgreen:  :mrgreen:
Título:
Enviado por: alfsapt em Dezembro 02, 2004, 07:20:35 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
Não considero Marcelo Rebelo de Sousa um bom primeiro ministro em potencial. Considero-o um homem de direito ( sem ofensa João ), inteligente mas que fala fala fala mais do que aquilo que trabalha. Posso estar enganado.

alfsapt, nunca quis desprestigiar o PP e muito menos Paulo Portas ( que considero ter sido o melhor ministro da defesa que tivemos nas últimas décadas ) tal como não pretendo desprestigiar todos os ministros populares que, à excepção de Celeste Cardona, foram todos bastante competentes nas suas funções.
Contudo considero que toda a lógica do PP gira à voltar do seu líder Paulo Portas, daí o meu comentário sem qualquer intenção depreciativa. Gostaria que isto ficasse bem claro.
Paulo Portas é, no seu essencial, o próprio carisma do partido a que pertence. É a sua cara. É impossível dissociar o PP de Paulo Portas.

Cumprimentos,


Fica então a sua correcção. Tinha entendido a sua Análise como depreciativa porque considero depreciativo "o partido girar à volta do seu líder"... mas afinal não é o que procuram para o PSD?!

Permitam-me um esclarecimento: nunca gostei do PP pessoa nem desgosto muito do PP Partido e nunca "torci" por um ou por outro,
mas o PP Ministério foi para mim do melhor que se viu e se fez nesta Terra e neste Mar.

Mas bons ou maus, figuras ou figurinos, neste "vale tudo" não tem sido a telegenia o que mais conta? Viva o Marketing.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 02, 2004, 08:44:14 pm
Citação de: "Spectral"
Sempre se podia ir buscar o Alberto João, não era ? :mrgreen:  :wink:

Mas já não tenho paciência para muitas palhaçadas...
Título: Dúvidas
Enviado por: Jorge Pereira em Dezembro 03, 2004, 03:43:44 am
Não consigo ainda perceber os motivos que levaram ao Sr. Presidente da República a dissolver a Assembleia da Republica.

Passados 2 dias, ainda ninguém sabe os reais motivos de tal acto. Só temos assistido a uma série de especulações, interpretações e extrapolações do pensamento de uma pessoa que como máxima figura do Estado e para evitar especulações que corroem a confiança da sociedade nas suas instituições, já deveria ter a muito tempo explicado os motivos que o levaram a tomar tal decisão.

Partindo do principio que a sua decisão se baseou nos últimos acontecimentos que abalaram o Governo, como foram algumas contradições entre alguns membros do mesmo, os comentários mais ou menos infelizes de outros, ou a saída do Ministro Henrique Chaves e as suas criticas ao Primeiro-Ministro na “celebre carta” e aplicando um critério de comparação, nenhum Governo no mundo industrializado duraria mais de 6 meses.

Se aplicarmos isso a realidade portuguesa basta recuar poucos anos e ver aquilo que foram os últimos meses do Governo do Eng. Guterres.

Estou-me a lembrar de episódios como a saída do Dr. Maria Carrilho e as suas bombásticas criticas ao Eng. Guterres, ou a saída da Dra. Manuela Arcanjo do também Governo do Eng. Guterres e as suas declarações demolidoras em directo para rádios e televisões do que ela pensava do então Primeiro-Ministro.

Por tais factos o Governo foi demitido (Governo que só tinha uma maioria simples no parlamento) pelo Presidente da República? A resposta é não.

Mesmo quando o Eng. Guterres se demitiu como Primeiro-Ministro, o Presidente Sampaio convidou o PS a formar Governo, mesmo carecendo este de uma maioria no Parlamento.

É bom lembrar que o Dr. Santana Lopes só tinha 4 meses no Governo (Governo este que foi empossado pelo Presidente Sampaio 4 meses antes), um Governo que não teve tempo de preparar como gostaria e deveria, ao invés de outros que tiveram anos e nas quais as situações acima descritas se sucediam frequentemente.


A situação económica também não deverá ter sido. Estamos em um período de recuperação a nível nacional e Europeu que embora ainda fazendo-se sentir algumas sequelas da recessão que atravessamos a pouco tempo, como o desemprego e o congelamento de salários na função pública, o Governo preparava-se para pela primeira vez em dois anos dar aumentos moderados na função pública, nas pensões e reduzir o IRS, tentando em simultâneo manter controlado o “deficit orçamental”.

Também é bom lembrar os custos que uma campanha eleitoral e umas eleições implicam para a economia do país.

Problemas com a capacidade do Governo legislar e aplicar o seu programa de Governo também não. Este Governo possuía uma maioria estável e coesa no Parlamento que lhe permitia aprovar sem sobressaltos qualquer diploma que ali apresentasse.

Alias, este Governo teve a coragem de em dois anos avançar com mais reformas que outros não fizeram em seis, uma das quais, a chamada Lei do Arrendamento, tão necessária para evitar a degradação dos nossos centros urbanos, irá ficar sem efeito pela dissolução da AR.

Então quais foram os motivos? Uma interpretação abstracta saída sabe-se lá de onde que alega que o Governo não tem condições para garantir a estabilidade governativa?

Se estas dúvidas não forem dissipadas as pessoas começarão a pensar que tudo foi uma jogada política para o Sr. Presidente da República colocar no Governo o partido socialista (que muito recentemente mudou a sua direcção política) e dando um sinal preocupante à sociedade e aos agentes económicos de que de agora em diante um Governo mesmo com uma maioria estável no parlamento pode ser derrubado por uma interpretação abstracta e arbitrária daquilo que é estabilidade.
Título:
Enviado por: alfsapt em Dezembro 03, 2004, 11:04:33 am
É o figurino do costume. O Homem faz o lugar: ora passeia por aqui e por ali ora aprova ou chumba projectos de lei, e agora aqui vai disto. Amanhem-se. Faz-se a festa de nova partida para a corrida aos poleiros.
Enfim é o jogo das cadeiras.

Entretanto o que realmente interessa, as questões de fundo, as reformas da Função Pública, do sistema de Saúde para não falar no aqui tão conhecido cumprimento da LPM... ignoram-se, suspendem-se, adiam-se.
Ainda alguém se lembrará de quantificar a factura deste adiamento.

Adia-se um País enquanto passa a novela da Justiça com protagonistas a precisarem de ser salvos. Mas afinal é isto o que realmente importa?
São os comentadores de televisão, os artigos de opinião de versáteis jornalistas ou os ministros mais apupados, demissionários ou simplesmente arrogantes? Não. Para mal dos nossos filhos, nem isto faz a diferença. Importa sim se pago portagem e se sou aumentado.
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Dezembro 03, 2004, 12:14:46 pm
Nao posso deixar de concordar  em boa parte com as opinioes e analises expressas neste forum, no qual me parece existir um certo consenso.
Permito-me fazer apenas algumas achegas pessoais.
Como referiu ALFSAPT, o essencial seria levar para a frente as reformas essenciais para sairmos deste atoleiro em que nos encontramos, reformas que serao contudo  muito gravosas e extremamente penalizadoras em termos eleitorais.Nesse aspecto, defendo, e julgo que a maior parte nao me acompanhara neste ponto, que o ideal seria a formaçao de um bloco alargado ( eventualmente uma reediçao mais efectiva do Bloco Central dos anos 80, que permitiu aceder a Uniao Europeia) baseado no PS + PSD, com um programa bem definido, incluindo acordo informal com o P.R, com  medidas calendarizadas e descriminadas, a fim de efectuar as transformaçoes que a sociedade portuguesa necessita, mas que seriam dificilmente levadas a pratica por um  unico partido, mesmo com maioria absoluta(dificilmente o que se encontraria na oposiçao escaparia a tentaçao de tirar proveitos a seu favor).Lembro-me que quando da saida de Guterres, o economista Ernani Lopes tinha sugerido isso mesmo.Resta saber se os politicos que temos neste momento seriam capazes de dar esse passo, e por uma vez, porem realmente o interesse do pais acima do partido.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 03, 2004, 07:14:08 pm
Depois de um dia numa aula de mestrado sobre inovação e transferência avançada de tecnologia, em que o professor dissertou um pouco sobre a realidade económica, cultural e política portuguesa, a ideia que resta é: - estamos lixados!
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 03, 2004, 07:18:03 pm
Já agora...

de http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/ (http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/)

"Jorge Sampaio, a mais alta figura da nação, o mesmo que despediu Santana por incompetência, esqueceu-se de avisar a segunda figura do Estado, e Presidente da Assembleia da República, de que ia dissolver essa mesma Assembleia da República. Um exemplo de competência e profissionalismo já se vê. E se eu um destes dias muito realisticamente dizia que não havia tempo nem condições para correr com Santana do PSD e ir o PSD a votos com um candidato e um programa decentes, espero, sinceramente, que muito em breve não tenha de chegar à conclusão, também eu, que concordando em abstracto com a decisão de Sampaio, de provocar a queda desta legislatura, ter que reconhecer que ela se veio a verificar errada porque Sampaio, o tal que é o mais alto magistrado da nação, não tem, também ele, estaleca nem sentido de estado para aguentar o barco, e o País, até as legislativas. Isto quando se pode avizinhar, e Sampaio tem obrigação de o saber, a campanha eleitoral mais torpe, caceteira, suja e terrorista de que há memória, e se tal ocorrer, sê-lo-á, única e exclusivamente, por culpa do actual inquilino de Belém, que pelos seus silêncios, gaffes e omissões tal propiciará... Assim, ou Jorge Sampaio emenda rapidamente a mão ou provará de uma vez por todas que, na hora da verdade, não é afinal melhor que o Dr. Lopes. Porque em Política o que parece é."
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 03, 2004, 07:18:30 pm
Será que os portugueses andam a dormir?

1. «O Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, ouvido o Conselho de Estado.» (Artigo 195, 2)

 2. «Dissolver a Assembleia da República, observado o disposto no artigo 172.º, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado» (Artigo 133, e)

 3. As funções do Primeiro-Ministro iniciam-se com a sua posse e cessam com a sua exoneração pelo Presidente da República. (Artigo 186, 1 e seguintes)

Será que a Constituição foi alterada e ninguém deu por nada?

Ninguém se importa com este golpe de estado?

Vivemos numa monarquia do Golfo Pérsico?

 :?:  :?:  :?:  :?:  :?:
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 03, 2004, 07:35:43 pm
Será que o Tiger22 sabe alguma coisa que eu não sei? Ou que de resto, nenhum constitucionalista deste país sabe? Ou será que é só problema de interpretação?... :conf:
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 03, 2004, 07:36:58 pm
Citação de: "SIC"
O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, admitiu hoje que o Chefe de Estado não o informou sobre a dissolução do Parlamento por "puro esquecimento". Após a audiência com o Presidente da República, Mota Amaral acrescentou que essa situação "é perfeitamente admissível".
 

Como se inicia o processo para a destituição de um Presidente incompetente? :roll:
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 03, 2004, 07:44:56 pm
Citação de: "Tiger22"
Citação de: "SIC"
O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, admitiu hoje que o Chefe de Estado não o informou sobre a dissolução do Parlamento por "puro esquecimento". Após a audiência com o Presidente da República, Mota Amaral acrescentou que essa situação "é perfeitamente admissível".
 

Como se inicia o processo para a destituição de um Presidente incompetente? :roll:


Por essa ordem de ideias, não se pode realizar mais nenhum acto oficial que possa pôr em causa as acções das empresas cotadas em bolsa...

Pergunto-me quem é que está a fazer propaganda agora... :?
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 03, 2004, 07:58:26 pm
Não é propaganda é a realidade.

Não se importa das consequências que isto traz para o país?

Acha bem o silêncio do Presidente?

E quais são os motivos?

Uma maioria no parlamento não significa nada?

Claro que para quem só pensa no poder pelo poder sem pensar no país vale tudo…
Título:
Enviado por: ACabral em Dezembro 03, 2004, 08:47:36 pm
Penso que o Presidente cometeu erros inacreditáveis que os partidos da coligação poderão aproveitar para “virar o feitiço contra o feiticeiro”.
Nesta altura parece-me obvio que a única intenção do Presidente da República foi dar uma mão ao PS para subir ao poder.
Neste momento e após esta “trapalhada” do Presidente, tenho as minhas dúvidas que o PS consiga ganhar as próximas eleições. O povo não é estúpido.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 03, 2004, 09:58:14 pm
"Neste momento e após esta “trapalhada” do Presidente, tenho as minhas dúvidas que o PS consiga ganhar as próximas eleições. O povo não é estúpido."

Será?
(Guterres, Sampaio, Durão... os presidentes de Câmara, etc, etc)

Será que o Santana vai mesmo a votos?? :shock:
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 03, 2004, 10:59:48 pm
Acho que nos estamos a esquecer de uma coisa bastante importante.
Logo a seguir à saída de Durão Barroso, houve várias hipóteses para um governo com uma personalidade do PSD, como primeiro ministro que fosse reconhecidamente capaz.
Havia várias personalidades, como Manuela Ferreira Leite, por exemplo. Mas parece que Manuela Ferreira Leite não aprecia Paulo Portas e o “não apreço” é mútuo. Portanto a estabilidade estaria comprometida. Essa é a razão da solução “Santana Lopes”.

Parece que nos esquecemos que o presidente, pensando exactamente na estabilidade governativa, aceitou a ideia “Santana Lopes” exactamente porque ele era capaz de coabitar com o PP e com Paulo Portas.

Outra personalidade, não sería aceite e iniciaria uma guerra entre PSD e PP e acabaría com a coligação. Santana Lopes foiu uma forma de garantir a coligação. Mas se por um lado, garantiu a coligação PSD-PP acabou fazendo tanto disparate, que uma parte do próprio PSD deixou de apoiar Santana Lopes.

Portanto, no fim, o problema principal, reside no facto de nós, os cidadãos, não termos sido capazes de produzir uma maioria parlamentar. Há uma maioria, mas é uma maioria de coligação e, essa maioria de coligação, depende dos humores dos políticos de dois partidos que competem um com o outro por votos.

Se hoje, houvesse uma maioria de um só partido, a situação seria diferente. Aliás, há quatro meses, provavelmente Santana Lopes nunca teria sido empossado, porque o PSD, livre para escolher, sem o PP, teria optado por uma equipa diferente, em vez de ter sido encostado à parede por Santana Lopes e a sua “entourage” com a afirmação de  “Ou eu ou o demónio”.

Sinceramente se o PSD apresentar Pedro Santana Lopes, tenho dúvidas de que ultrapasse os 30% dos votos. No entanto, tudo depende de quem ganhar o concurso “Quinta das Celebridades”.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: alfsapt em Dezembro 04, 2004, 12:50:01 am
Citação de: "papatango"
No entanto, tudo depende de quem ganhar o concurso “Quinta das Celebridades”.


Ora bem... o "giro" é que a brincar e a brincar quem decide as votações é quem também vota para a quinta... entre animais e celebridades de uns e dos outros as diferenças vão-se atenuando...
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 05, 2004, 04:44:44 pm
Caros companheiros

Julgo estranho, que ainda não existe nehum partido nacionalista,no nosso pais!
pelo contrario,vejo que partidos extrema esquerda hà muitos!
sera uma doença portuguesa!

PS:se alguem formar um partido lusitano :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 05, 2004, 06:11:52 pm
existe o PNR (Partido Nacional Renovador)
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 05, 2004, 06:39:39 pm
Citação de: "P44"
existe o PNR (Partido Nacional Renovador)

 :roll:
ja agora! qual é o endereço desse partido!

nunca ouvi falar do PNR!
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 05, 2004, 06:42:54 pm
acho q é www.partidonacional.org (http://www.partidonacional.org)   :?:
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 05, 2004, 06:49:45 pm
:D  :D  :D  :D
obrigado P44
Título:
Enviado por: fgomes em Dezembro 05, 2004, 07:37:55 pm
Passados estes dias sobre a anunciada dissolução do parlamento, já se podem tirar algumas conclusões:

- Sob o ponto de vista formal é difícil encontrar razões para o presidente da República convocar eleições, pelo que devem ser razões de natureza política, que espero, o presidente venha a explicar.
- O dr. Santana Lopes não tem perfil para 1º ministro. Sendo uma elaborada construção mediática, enquanto secretário de estado ou presidente de câmara não se notava tanto a superficialidade, falta de estudo dos dossiers etc. Antes de tomar posse, a ideia peregrina de espalhar ministérios pelo País foi logo um sinal do que aí vinha, depois desde deixar de se encontrar com um chefe de estado estrangeiro, para ir a um evento de moda, a frequentar discotecas até de madrugada foi o que se viu. Como se isto não bastasse, rodeou-se de uma equipa de trapalhões que deve ter batido o recorde cometer tantos erros crassos, num curto espaço de tempo, terminando com a demissão de um ministro do seu núcleo duro, nas condições que descreve no comunicado em que anunciava a sua demissão.
- Contra todas as minhas expectativas, o dr. Portas revelou-se o melhor ministro da Defesa dos últimos 30 anos. Infelizmente para ele e para nós, isso não dá grandes dividendos eleitorais.
- O PSD com a liderança de Santana Lopes perdeu completamente o rumo. Há 15 dias não queriam coligações pré-eleitorais agora já querem. Tudo isto são sintomas que o PSD já não é um partido reformista, em militavam alguns sectores dos mais dinâmicos da sociedade portuguesa, mas está dominado por carreiristas, vulgo "boys".
- Vamos assistir a uma campanha eleitoral do estilo, quem lava mais branco, evitando discutir tudo o que é realmente importante, como as razões da nossa estagnação económica, a justiça, a defesa e segurança, pois os portugueses não querem ouvir falar em coisas desagradáveis.

Será que estamos condenados a viver numa apagada e vil tristeza ?
Título:
Enviado por: fgomes em Dezembro 05, 2004, 11:05:23 pm
Com as eleições à vista, começam-se a traçar cenários, vejam só este governo, no caso do PS não conseguir maioria absoluta e ser obrigado a coligar-se com o Bloco de Esquerda e PC:

http://picuinhas.blogspot.com/2004/11/os-nomes-da-rosa.html

Um verdadeiro cenário de terror ! :amazing:
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 06, 2004, 05:41:27 pm
:wink:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 06, 2004, 09:14:15 pm
Sem querer armar-me em Zandinga, a AD (se for em frente) vai apanhar uma banhada e pêras.
Eu vou votar em branco porque qualquer que seja a camarilha estamos bem tramados.
Em branco ou no BE!  :Cavaleria1:
Título:
Enviado por: Lynx em Dezembro 06, 2004, 09:25:36 pm
Citação de: "Luso"
Em branco ou no BE!  


No BE não !  :D

Até já estou a ver P.U.F.D (Partido de Utilizadores do Forum Defesa)  :D
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 06, 2004, 09:31:47 pm
Citação de: "Lynx"
Citação de: "Luso"
Em branco ou no BE!  

No BE não !  :D

Até já estou a ver P.U.F.D (Partido de Utilizadores do Forum Defesa)  :wink: )
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 07, 2004, 12:00:38 am
DD 2004/12/06

Citar
Santana Lopes tece duras críticas a Sampaio e ataca PS.

Num final de sessão parlamentar que se adivinhava polémico, o primeiro-ministro Santana Lopes criticou a actuação do Presidente da República, Jorge Sampaio, e atacou o líder socialista, José Sócrates, confirmando-se que a pré-campanha eleitoral está instituída.



«Este não é o verdadeiro debate do Orçamento do Estado. Esse será travado no final da próxima legislatura», disse Santana Lopes, abandonando desde cedo a discussão sobre o documento e respondendo – de improviso – às acusações de Sócrates e relembrando a actuação de Jorge Sampaio.
Numa mensagem direccionada a Sampaio, Santana reafirmou que na véspera da dissolução a mesmo não foi nunca colocada como hipótese por Belém, falando do que denominou de «um regime de dois pesos e duas medidas».

«As acções que este governo tomou são as medidas tomadas pelo governo anterior», sublinhando que «as coisas não foram feitas como deve ser» pelo Presidente da República.

Para Santana Lopes, a quebra de confiança no Governo por parte de Sampaio deveu-se à acção de «centrais de intoxicação constantes».

Já respondendo ao ataques inseridos no discurso de José Sócrates, Santana reforçou a ideia de que ele e o seu Executivo estão prontos «para lutar e assumir responsabilidades pelo o que de bem e mal se passou.»

Denunciando o que denominou de «novo-riquismo antecipado do Fórum Novas Fronteiras», acusou ainda certos empresários – «que não querem uma política séria de combate à fraude e evasão fiscal» – de se colarem a certos partidos e fugir as suas responsabilidades. «Fica para a história que quem se diz socialista não se preocupa com a função pública», disse, acrescentando que, por exemplo, a taxa de desemprego no governo PS foi maior do que a actual.

Tecendo elogios a Paulo Portas, Santana manifestou a sua confiança na vitória nas legislativas de 2005. «Quero dizer aos parceiros de coligação que me honro da aliança que foi feita», afirmou, deixando um recado final a Sócrates: «Quem não se sente não é filho de boa gente.»

Antes de Santana Lopes, o social-democrata Guilherme Silva falou no hemiciclo, sendo o autor do discurso mais inflamado versando Jorge Sampaio, a quem acusou de práticas de «manifesto abuso dos poderes presidenciais.»

Guilherme Silva sublinhou que o «PS deixou a economia portuguesa paralisada». «Nós não abandonámos as responsabilidades e estamos a aprovar o orçamento», frisando que no passado os socialistas deixaram as finanças públicas «num estado calamitoso» e «fugiram».

Numa nova indirecta a Sampaio sustentou que «a partir de agora nenhum governo pode estar confiante do final do seu mandato», comparando a acção de Sampaio com a posição de Ramalho Eanes no tempo da AD.

«Não nos conformamos com este espezinhar do parlamento», disse, deixando ainda largos elogios à conduta de Mota Amaral, segunda figura do Estado.
Título:
Enviado por: Centurião em Dezembro 07, 2004, 12:18:22 am
Citação de: "luso"
Sem querer armar-me em Zandinga, a AD (se for em frente) vai apanhar uma banhada e pêras.


Não tenho tantas certezas. Acho que vamos assistir a uma grande surpresa.
As pessoas, eu e os meus colegas de armas já repararam que isto foi tudo uma manobra do presidente para tentar colocar lá os seus “amiguinhos”.
Desde esse momento deixou de ser para mim e os meus colegas o nosso comandante em chefe. Pôs os interesses do seu partido acima dos do seu país.
Fico-me por aqui para não falar demais…
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 07, 2004, 09:29:14 am
Centurião,

Sampaio correu com um bando de incompetentes, o que não quer dizer que ele também não o é. O presidente é incompetente e dos grandes. É o produto de um sistema que escolhe os piores e os mais reles. Todavia, até os relógios avariados dão as horas certas... duas vezes por dia.
Socialistas?
Há que esperar apenas mais do mesmo.
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 07, 2004, 11:45:39 am
Citação de: "Centurião"
Citação de: "luso"
Sem querer armar-me em Zandinga, a AD (se for em frente) vai apanhar uma banhada e pêras.

Não tenho tantas certezas. Acho que vamos assistir a uma grande surpresa.
As pessoas, eu e os meus colegas de armas já repararam que isto foi tudo uma manobra do presidente para tentar colocar lá os seus “amiguinhos”.
Desde esse momento deixou de ser para mim e os meus colegas o nosso comandante em chefe. Pôs os interesses do seu partido acima dos do seu país.
Fico-me por aqui para não falar demais…


Também acredito que vai haver surpresas!!!!!

Gostava, era de saber qual reacção tera o PR sampaio, em caso de derrota da esquerda?

Alerto meus amigos que a "esquerda" PS+BE+PCP podem ainda mais afundar o barco"portugal" por isso não se deve hesitar no voto!
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 07, 2004, 12:09:07 pm
Citar
Pôs os interesses do seu partido acima dos do seu país.


Então porque empossou S.Lopes em Julho :?:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 07, 2004, 12:10:23 pm
"Alerto meus amigos que a "esquerda" PS+BE+PCP podem ainda mais afundar o barco"portugal" por isso não se deve hesitar no voto!"

Talvez até seja bom dar um "coup de grace" nesta podridão toda.

Já ouviram aquela do Marocas que diz que agoram já não temos militares para fazerem um golpe de estado?

Eles sabem-na toda!
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 07, 2004, 01:04:27 pm
Citação de: "miguel"
Também acredito que vai haver surpresas!!!!!


Eu também acredito no Pai Natal, no Capuchinho Vermelho (ai que horror, vermelho não, encarnado), no Lobo Mau, mas o meu preferido é a Branca de Neve e os sete matulões.....
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 11, 2004, 09:58:57 pm
Vejam este editorial de hoje do DN, um dos jornais que mais atacou este Governo.

Citar
De Belém nada de novo


Raul Vaz  
 
Mário Soares tem razão: «Estamos confusos, deprimidos e, talvez mesmo, bloqueados.» E Vasco Pulido Valente também: «Ele [Mário Soares] não se resigna, não pára, não desiste. A sua presença nesta nossa duvidosa batalha por um Portugal decente conforta e anima.» Ambos têm razão.

Ambos encontram, por uma preponderante angústia, um país descrente. Eles e outros, todos os que ouviram ontem o Presidente da República.

E de Belém não veio novidade. Pressentia-se, desde o início, o desencanto de Jorge Sampaio pela solução aceite há quatro meses. Conheciam-se os sucessivos episódios que criaram uma «consciência colectiva»: mais tarde ou mais cedo os «abusos» chegariam para uma avaliação subjectiva mas libertadora.

Foi isso que emergiu do discurso presidencial. Sampaio libertou-se das condições objectivas que tinha imposto para justificar a nomeação de Santana Lopes sem denunciar a quebra de uma que fosse: política externa, defesa, justiça, finanças públicas.

Pode dizer-se com verdade que nestes quatro meses não se avançou na consolidação orçamental. Até se poderá admitir alguma derrapagem.

Mas com a mesma seriedade deverá perguntar-se qual foi o governo que, de facto, inverteu uma crescente tendência para a expansão da despesa pública. Em democracia não se encontra um exemplo contrário - o que se justifica pelo natural crescimento das diversas componentes da segurança social.

Não foi essa a razão de Jorge Sampaio - mesmo que a vida de um orçamento se justifique apenas pelo nível de vida dos funcionários públicos.

Não foi nem é, por muito que o Presidente eleve a fasquia na «ponta final» do mandato. Qualquer outra justificação morre na série de episódios que fizeram antever o limiar do pântano. Sem que então o mesmo Presidente tenha sentido o peso de uma «insustentável situação».


O que foi sustentável com António Guterres nunca o foi com Santana Lopes. Essa é a verdadeira razão para o acto de Jorge Sampaio. Ficou claro.

É este o nosso “Chefe de Estado”. Aquele que defende em primeiro lugar os interesses do seu partido, marimbando-se para esse pormenor chamado “país”.
Que triste sina termos um chefe de estado destes.

TSF:

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Santana Lopes apresenta demissão

O primeiro-ministro Pedro Santana Lopes apresentou, este sábado, a demissão do XVI Governo Constitucional. O Governo passa agora a actuar enquanto governo de gestão. O pedido de demissão será entregue a Jorge Sampaio na segunda-feira. No seu discurso, Santana Lopes fez muitas críticas à actuação do Presidente da República.
 


E assim o país mergulha numa profunda crise política, crise esta provocada por um “chefe de estado” IRRESPONSÁVEL que terá de responder pelas consequências do seu acto.

Tudo isto sem justificação alguma. Haja vergonha. Senhor presidente faça um favor a todos os portugueses: DEMITA-SE.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 11, 2004, 11:17:32 pm
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Críticas a Jorge Sampaio
 
Decisão de Presidente foi "golpe de Estado constitucional" para o PSD-Madeira.  

Os sociais-democratas da Madeira dizem que o Presidente esteve à espera de uma "eventual reorganização" do Partido Socialista para tomar uma decisão.

O Conselho Regional do PSD-Madeira classificou de "golpe de Estado constitucional" a decisão do Presidente da República, Jorge Sampaio, de dissolver a Assembleia da República e marcar eleições legislativas antecipadas para 20 de Fevereiro de 2005.

Para o PSD-M, a decisão de Jorge Sampaio configura um "golpe de Estado constitucional, na medida em que não se verificam efectivamente os pressupostos constitucionais que tal justifiquem".

Por isso, o PSD-M "condena veementemente a dissolução da Assembleia da República a meio do mandato e onde se verifica uma maioria absoluta que garante a estabilidade governativa, facto insólito em qualquer regime democrático mundialmente conhecido".

O PSD-M considera, diz o comunicado do Conselho Regional, serem alarmantes para os portugueses as
consequências da decisão do Presidente da República, que acusa de ter esperado a "hipotética reorganização interna do seu PS, para demitir o mesmo Governo quatro meses depois".


"Acrescido - adianta - de que Jorge Sampaio esperou pelo fim do período que exigia medidas duras, logo antipáticas, por parte do Governo da República para corrigir os desmandos socialistas e dissolve a Assembleia logo que se enceta a recuperação económica".

De acordo com o PSD-M, "tal não é decente, pois leva a que os partidos do Governo sejam julgados apenas por metade de um mandato, precisamente o que exigia medidas difíceis" e
o Presidente da República "pactuou com o poder anti-democrático dos corporativos e das corporações, estes em reacção articulada contra o governo de Santana Lopes".

Para os conselheiros social-democratas madeirenses, "o dr. Jorge Sampaio e a brigada do reumático do regime político quiseram claramente travar a mudança do sistema que, mesmo limitado por esta Constituição de 1976, Santana Lopes encetara".

 
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 11, 2004, 11:33:42 pm
Citação de: "Tiger22"
E assim o país mergulha numa profunda crise política, crise esta provocada por um “chefe de estado” IRRESPONSÁVEL que terá de responder pelas consequências do seu acto.

Tudo isto sem justificação alguma. Haja vergonha. Senhor presidente faça um favor a todos os portugueses: DEMITA-SE.


Não me lembro de lhe ter passado alguma procuração para falar por mim. Pessoalmente, penso que a atitude de Sua Exa o Sr. Presidente da República só pecou por tardia e como o sr Tiger22 parece ter memória curta, ou só vê para um lado, devo lembrar-lhe que a situação actual foi provocada pela fuga apressada para Bruxelas, do ex-Primeiro Ministro, Sr. Durão Barroso, depois da tremenda tareia que a direita e extrema-direita levaram nas eleições para o Parlamento Europeu.
Cumptos
Título:
Enviado por: emarques em Dezembro 11, 2004, 11:52:22 pm
Quanto à anunciada crise que vai acabar com a retoma em curso, repararam na notícia sobre os valores trimestrais de crescimento do PIB? Desde que acabou o europeu a economia voltou a perder todo o crescimento do primeiro semestre. Então afinal a retoma não era bem retoma, ou o governo do PSL conseguiu destrui-la? Ou foi o abandono do Durão Barroso que causou isto?
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 11, 2004, 11:56:59 pm
Caso não saiba, é do interesse de qualquer estado membro da união ter seus concidadãos em lugares de topo dentro da EU, e o de Presidente da Comissão é o mais Importante. Quanto a isto não é fuga é interesse nacional, coisa que alguns não vêem ou não querem ver.

Este governo, volto a dizer, tinha maioria no Parlamento, e é daí que emana a sua legitimidade, não é de apreciações inquinadas ou tendenciosas de um qualquer presidente da república.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 12, 2004, 12:15:55 am
DD: 2004/12/12

Citar
Portas fala de pressão do sector financeiro para a dissolução da AR

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, revelou este sábado que está convencido de que existiu «pressão de uma parte do sector financeiro» para a dissolução da Assembleia da República.

Após o anúncio da demissão do Governo, Portas reiterou mais uma vez que não concorda com a decisão tomada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.

Relativamente à posição do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, o líder dos populares mostrou-se solidário com a mesma, mas escusou-se a adiantar se irá existir uma coligação com o PSD nas eleições do dia 20 de Fevereiro.


Tudo vai ficando mais claro… 8)  :idea:
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 12, 2004, 01:29:11 am
Citação de: "Tiger22"
Caso não saiba, é do interesse de qualquer estado membro da união ter seus concidadãos em lugares de topo dentro da EU, e o de Presidente da Comissão é o mais Importante. Quanto a isto não é fuga é interesse nacional, coisa que alguns não vêem ou não querem ver.

Este governo, volto a dizer, tinha maioria no Parlamento, e é daí que emana a sua legitimidade, não é de apreciações inquinadas ou tendenciosas de um qualquer presidente da república.


Curiosa afirmação a sua. Diga-me para que precisamos de ter um presidente da comissão, se ainda recentemente este presidente vetou, juntamente coma restante comissão, por unanimidade, o negócio do gás natural com a Galp, negócio que tinha sido proposto por ele quando era primeiro-ministro. De que serviu ter um português na presidência da comissão? Só é bom para os bolsos dele.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 12, 2004, 01:48:32 pm
"Curiosa afirmação a sua. Diga-me para que precisamos de ter um presidente da comissão, se ainda recentemente este presidente vetou, juntamente coma restante comissão, por unanimidade, o negócio do gás natural com a Galp, negócio que tinha sido proposto por ele quando era primeiro-ministro. De que serviu ter um português na presidência da comissão? Só é bom para os bolsos dele."

Tenha calma JLRC!
Vai ver como o Durão vai conseguir a perda "de facto" de soberania da ZEE para os arrastões espanhóis.  :wink:

O que eu não compreendo é a defesa do Santana!
Meus amigos, o tipo é um zero à esquerda!
E o Sócrates é outro Santana, mas mais perigoso por ser mais refinado, mais estudado.
NENHUM destes tipos ou de QUALQUER OUTRO que venha do mesmo sistema (carreira partidária e jotas) está interessado ou é capaz de fazer alguma coisa pela Nação.
Agora defender o Santana é defender a vacuidade, a chico-espertice, o carreirismo.
E mais uma vez repito: atacar-se Santana não é estar ao lado dos "outros".
Esta coisa de PSD e PS é de uma infatilidade total. Meus senhores, perante determinados problemas há respostas com base cientifica de diverso tipo. Essas respostas não se discutem. Nem opções. Apenas se discute a palheta e as emoções artificialmente criadas por esses senhores. Sim, porque e esses senhores, desinteressados dos problemas e das suas respostas são ignorantes da realidade, e a única coisa que os faz existir é apelar à emoção, à cobiça e sobretudo às vaidades. O resto é gerir interesses e o dia-a-dia. São uma mulherzinhas de tanque.
Portanto NÃO ME DEFENDAM ESTA GENTE!
Título:
Enviado por: fgomes em Dezembro 12, 2004, 02:44:33 pm
Bravo, Luso !!!!!
 :Palmas:  :Palmas:
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 12, 2004, 03:20:10 pm
Citação de: "Luso"
"
E o Sócrates é outro Santana, mas mais perigoso por ser mais refinado, mais estudado.


Pois é Luso, é isso que me assusta. Mas julgo que pior que o Santana deve ser difícil. Mas não tenho tenho ilusões. Vamos voltar a ter os "boys for the jobs", desta vez de cor rosa, quais "pink panthers" saídos de algum filme de Peter Sellers.
Cumptos
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 12, 2004, 03:40:07 pm
Amigo Luso:

Em relação ao que disse não posso concordar de todo com algumas das suas afirmações, para tal deixo-lhe algumas perguntas, reflicta e responda:

Não acha injusto julgar alguém por ter dificuldades nos primeiros 4 meses de Governo, dificuldades essas que não foram nada de graves?

Não foi o Dr. Santana Lopes presidente de câmaras como as da Figueira da Foz e Lisboa e não é quase unânime que em elas todas realizou um bom trabalho?

Não fez este governo mais em dois anos (mesmo com medidas impopulares) que os Governos do Guterres em 6!!!?

Não andava o Guterres ao colo da comunicação social e do presidente da república mesmo fazendo as barbaridades que fez?

Não tinha este Governo Ministros chave competentes e que fizeram um trabalho excelente?

Não acha injusto julgar alguém por gostar de viver a vida à sua maneira sempre e quando isso não interfira com o seu desempenho na ocupação de cargos públicos? Lembra-se do Clinton na sala oval?

Não achava mais justo deixar o homem acabar o seu trabalho e só depois julga-lo, e aí sim dizer que ele é competente ou incompetente?

Soube da vergonha que foi a gestão do Sampaio na câmara de Lisboa?

Já viu que a equipa do Sócrates é a mesma do Guterres sem este último sem o Ferro e sem o Pedroso? Acha que estes dois últimos também não vão lá parar? É difícil ver o resultado?

Achava bem que no jogo de hoje do nosso FC Porto o árbitro acabasse o jogo na primeira parte e desse a vitória aos Colombianos?

Pense nisto.

Um grande abraço amigo Luso :G-beer2: . Nós os dois estamos do mesmo lado da barricada, não se esqueça disso.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 12, 2004, 03:51:32 pm
Editorial do DN de hoje:

Citar
O Presidente psicólogo

Jorge Sampaio, na sua inesperada dimensão de Presidente psicólogo - haverá no discurso também a mão de Daniel Sampaio? -, passa um grave atestado à instabilidade de Pedro Santana Lopes e do seu Governo
 


É inédito na Democracia portuguesa mas aconteceu. O Presidente da República deitou o Governo no divã e diagnosticou-lhe um desvio comportamental que se traduz numa sucessão de contradições e descoordenações e está na origem de uma insustentável tendência para a crise e instabilidade.

O relatório psicológico do Presidente tem, ainda, a delicadeza de nunca falar do primeiro-ministro, apesar de revisitar Pedro Santana Lopes em todas as entrelinhas.

Jorge Sampaio, na sua inesperada dimensão de Presidente psicólogo - haverá no discurso também a mão de Daniel Sampaio? -, passa um grave atestado à instabilidade de Pedro Santana Lopes e do seu Governo.

Não referindo nada de novo - os falhanços na consolidação orçamental e a ausência de reformas estruturais poderiam, também, ter ditado a demissão dos Governos de António Guterres e de Durão Barroso -, Jorge Sampaio decide a dissolução do Parlamento enquanto analista político.

Ou seja, segue a sua intuição de sempre sobre Pedro Santana Lopes - um homem com um perfil errático que exige avaliação contínua e vigilância permanente. Nesse particular, o Presidente da República foi coerente não alterou um milímetro sequer a opinião negativa que sempre teve sobre Pedro Santana Lopes. Se a natureza de Jorge Sampaio comportasse uma dimensão maquiavélica - que não se lhe conhece - dir-se-ia que os últimos cinco meses da política portuguesa teriam sido por ele desenhados a regra e esquadro.

Só terá faltado a Jorge Sampaio para reforçar a teoria da instabilidade uma referência, ainda que leve, às sestas do chefe de Governo e ao seu estranho gosto por desfiles de moda.


O relatório psicológico do Presidente foi, naturalmente, saudado pela esquerda. Um atestado de instabilidade é, por si só, um óptimo trunfo eleitoral. Resta saber se a originalidade da situação não reverterá a favor de Pedro Santana Lopes. E se os papéis não se invertem. O anúncio da demissão do Governo, desestabilizando o Presidente da República, poderá ser apenas o primeiro passo.


Miguel Coutinho
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 12, 2004, 06:11:35 pm
:evil: possivel coligação PS+PCP?
Portuguesas,portugueses

Deve-se votar contra as forças esquerdistas, essas gentes sempre afundarem o nosso portugal querido.
Concordo que por vezes o candidato em que votamos não é o preferido,mas não se deve hesitar entre um candidato que não gostamos e aqueles que gostam de destruir aquilo que demorou seculos para construir!
compatriotas as Urnas!

Familia e Patria são valores que a esquerda detesta!!!! a esquerda é :
decadencia
legalização das drogas
aborto
menos segurança(os ladrões se roubam coitadinhos)
fim de portugal( a esquerda detesta o patriotismo)
etc.........

AS URNAS contra a decadencia
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Dezembro 12, 2004, 06:13:06 pm
Penso que o tempo das acusações mútuas e defesas absurdas já passou. Não partilho do pessimismo do Luso mas também não estou muito optimista face ao futuro - não reconheço em nenhum candidato capacidades para ser um bom primeiro-ministro.

Pode ser coincidência, mas quem foi o primeiro ministro que todos reconhecemos ter sido o melhor dos últimos 20 anos? A grande maioria responderá, e com razão, Cavaco Silva.
Parece-me que isto tem uma razão lógica: Cavaco Silva era licenciado em Economia ( que na sua altura assumia também a vertente de Gestão ).
Não pretendo parecer presunçoso e muito menos por em causa a competência de pessoas com outra formação, mas quando temos uma doença vamos a um médico. Quando temos um problema de leis vamos a um advogado. Parece-me lógico que um primeiro-ministro tem de saber gerir e ter conhecimentos de economia. É essa a área em que  vai trabalhar.
António Guterres é Eng. Electrotécnico. Durão Barroso licenciado em relações internacionais, Santana Lopes em direito e o mais provável futuro primeiro-ministro - José Sócrates - é engenheiro do ambiente.
Como é lógico, uma pessoa não faz um gabinente. Toda a equipa de um governo é importante e é imperativo que existam pessoas competentes e em todos os ministérios.
Mas tenho a sincera convicção individual que um primeiro-ministro que fosse formado na área da gestão e economia teria um sucesso muito maior no seu cargo.

Mas isto sou eu... também já me atirei de aviões.

Um abraço,
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 12, 2004, 06:37:15 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
Parece-me lógico que um primeiro-ministro tem de saber gerir e ter conhecimentos de economia. É essa a área em que  vai trabalhar.
António Guterres é Eng. Electrotécnico. Durão Barroso licenciado em relações internacionais, Santana Lopes em direito e o mais provável futuro primeiro-ministro - José Sócrates - é engenheiro do ambiente.
Como é lógico, uma pessoa não faz um gabinente. Toda a equipa de um governo é importante e é imperativo que existam pessoas competentes e em todos os ministérios.
Mas tenho a sincera convicção individual que um primeiro-ministro que fosse formado na área da gestão e economia teria um sucesso muito maior no seu cargo.

Mas isto sou eu... também já me atirei de aviões.

Um abraço,


Caro Ricardo

Permita-me discordar respeitosamente da sua opinião. Um primeiro-ministro não tem de ser um expert em tudos os assuntos. Se assim fosse não precisava de ministros. Um primeiro-ministro tem de ser um bom gestor, um bom condutor de homens e saber rodear-se de pessoas competentes nas diversas áreas. Os grandes admiradores de Bush, neste forum, podem dizer-me em que áreas é que ele é especialista? Eu só conheço uma, levar a morte além das fronteiras dos EUA, como convém a um cow-boy e no entanto há aqui quem o defenda até à exaustão. A questão é saber por exemplo quem porá o Sócrates nas pastas das Finanças, Economia, Justiça, etc. Se os ministros forem competentes então talvez possamos ir para a frente.
Cumptos
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Dezembro 12, 2004, 06:51:10 pm
Caro JLRC,

Tal como referi um primeiro-ministro competente não faz um governo. Como é óbvio necessita de uma equipa boa.

Mas um primeiro-ministro não é simplesmente um homem de aparências e que subscreve as decisões importantes.
Um primeiro-ministro é, no seu âmago ( ou deveria ser ), um gestor de recursos. Tanto humanos como económicos. Tem de gerir o seu gabinete e gerir as prioridades do país. Defeni-las e então decidir com base nestas. Penso que para isso o conhecimento de causa seria importante.
Por favor tenham em mente que eu sou insuspeito. Não estou relacionado com qualquer área económica mas penso que seria uma mais-valia ter um primeiro-ministro que realmente soubesse gerir de uma forma coerente, clara e efectiva os problemas que lhe são apresentados.
Atenção, seria uma mais-valia! Não significa que seja uma obrigatoriedade para se ser bom! Felizmente assim não o é.

Um grande abraço,
Título:
Enviado por: ACabral em Dezembro 12, 2004, 06:59:16 pm
Caros Colegas do fórum:

Conheço bem por dentro a “máquina socialista” e posso-lhes garantir que a incompetência, a falta de quadros e de pessoas “capazes” reina lá dentro. Já repararam que a maioria das pessoas do PS não têm experiência fora da função pública? São pessoas que sempre viveram à sombra do estado e não fazem ideia do que é o mundo empresarial moderno, alem de estarem minados de “boys” que só procuram “jobs” para mais nada fazer.
A situação no PSD e no CDS é completamente diferente, bastando ao primeiro-ministro “ser só bom” na escolha da sua equipa, que pessoas competentes lá dentro não faltam. O Santana Lopes tem que ter cuidado de quem elege para o rodear, assumir o comando total e falarem todos a uma só voz. Assim sendo tudo funcionará pelo melhor. Foi este o erro que ele cometeu, como também o fez o Cavaco Silva no seu último mandato, mas que estou convencido que não voltará a cometer. Pensem que ele teve pouco tempo para escolher a sua equipa, coisa que não voltará a acontecer se ganhar as próximas eleições.
Acreditem: se o PS ganhar será a ruína para Portugal. Como alguém já referiu é a mesma equipa do Guterres. Isto significa qualquer coisa não?
Título:
Enviado por: fgomes em Dezembro 12, 2004, 07:01:05 pm
Acho que um político em geral e um primeiro ministro em particular, mais que a formação em qualquer área, necessitam de pensamento estratégico sobre o País. O problema é que na nossa classe política o pensamento é uma coisa rara e a estratégia quase inexistente. O Dr. Santana Lopes é apenas um caso mais grave deste problema generalizado.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 12, 2004, 07:04:14 pm
"Como é lógico, uma pessoa não faz um gabinente. Toda a equipa de um governo é importante e é imperativo que existam pessoas competentes e em todos os ministérios.
Mas tenho a sincera convicção individual que um primeiro-ministro que fosse formado na área da gestão e economia teria um sucesso muito maior no seu cargo."

A coisa aponta para o que dizes. Todavia é preciso formação E experiência profissional E sentido de missão E coragem.
Mas tem graça: no meu mestrado estou a ter aulas de economia dada por um engenheiro civil e o cavalheiro é impressionante. O Spectral é capaz de conhecer o Professor Anselmo...
Há muito economista por aí que julga que é só tentar jogar com a curva das derivadas e com o óptimo de Pareto e depois nem emprego, nem empresas e por aí adiante.

Tiger, o Sampaio vale pouco. O Santana é inconsequente (veja o diz que disse que não disse" do Gehry. A comunicação social exagera? Claro.
Por exemplo comparar o sururu que se fazia quando o Cavaco estava no Governo por coisas comparativamente insignificantes com as poucas-vergonhas guterristas sobre as quais ainda muito silêncio se faz.
Se há partido que a imprensa protege é o Partido Socialista (os de avental).
E, Tiger - caraças- que diabo de reformas é que estes tipos fizeram?
As deles?
É que não vejo nada a não ser o trabalho do Portas, porque o resto é exigir e depois fazer o contrário ou não dar o exemplo. As pessoas falam do Mexia. Só o ouvi dizer asneiras e básicas (transportes públicos por exemplo. Finanças locais? Pouca vergonha e o endividamento aumenta de dia para dia (aquele Ruas!). Admissões congeladas na função pública? Pois, pois...
Exemplo de descoordenação: o governo queria reduzir a dependência energética face ao petróleo. O que faz Mexia? Entende que os transportes públicos não têm eficiência e como tal há que os tornar mais caros, deixando de haver incentivos para cada um deixar o carro em casa.

E isto para não falar de leis sem aplicação, projectos estabelecidos por lei que que nunca avançam, etc, etc, etc...
Tiger, estamos concerteza do mesmo lado. Portanto não nos devemos deixar dividir porque eles só existem graças às divisões imaginárias (emocionais) que eles própros criam e/ou alimentam.

Ricardo, se eu fosse tão péssimista como julgas já tinha dado um tiro na cabeça.
Ou começado a fazer paraquedismo!:mrgreen:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 13, 2004, 12:31:59 pm
Um comentário colocado em

http://grandelojadoqueijolimiano.blogsp ... l#comments (http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2004/12/conselho-de-amigo-da-blogoesfera.html#comments)


Citar
MEUS AMIGOS! POR ESSE PAÍS A FORA NÃO HÁ NINGUÉM, DO PP A PS(RETIRO DAQUI PCP E BE POR RAZÕES ÓBVIAS MAS NÃO INÓQUAS) QUE ANDE EM CAMPANHA ELEITORAL DIAS E SEMANAS A FIO POR ALTRUÍSMO. TODOS QUEREM UM LUGARZINHO AQUI OU MESMO ALI, TANTO FAZ. POR ISSO, PEDIR TAL COISA A SOCRATES É O MESMO QUE ACREDITAR QUE É POSSÍVEL PESCAR NO TEJO UM BACALHAUZINHO JÁ DEMOLHADO E PRONTO A ASSAR. NO LIMITE, O MAIS SAUDÁVEL DE TODOS OS PEQUENOS CACIQUES É AQUELE QUE VÊ NAS CAMPANHAS ELEITORAIS UMA POSSIBILIDADE DE TER, POR QUATRO ANOS(??????!!!!?) UM EMPREGOMELHOR REMUNERADO QUE LHE DESPACHARÁ O PAGAMENTO DO EMPRÉSTIMO AO BANCO EM MENOS TEMPO.
MAIS NADA. PENSAR O CONTRÁRIO DISTO É CONTRIBUIR PARA CHOCALHAR AINDA MAIS O LODO.
primo Sousa


Mai nada!
Título:
Enviado por: emarques em Dezembro 13, 2004, 01:24:44 pm
Não é uma ideia nova. Quem é que dizia que nenhuma pessoa que estivesse disposta a submeter-se a uma campanha eleitoral para conseguir um cargo o merecia?
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 14, 2004, 09:21:36 am
Citação de: "JLRC"
Citação de: "Tiger22"
E assim o país mergulha numa profunda crise política, crise esta provocada por um “chefe de estado” IRRESPONSÁVEL que terá de responder pelas consequências do seu acto.

Tudo isto sem justificação alguma. Haja vergonha. Senhor presidente faça um favor a todos os portugueses: DEMITA-SE.

Não me lembro de lhe ter passado alguma procuração para falar por mim. Pessoalmente, penso que a atitude de Sua Exa o Sr. Presidente da República só pecou por tardia e como o sr Tiger22 parece ter memória curta, ou só vê para um lado, devo lembrar-lhe que a situação actual foi provocada pela fuga apressada para Bruxelas, do ex-Primeiro Ministro, Sr. Durão Barroso, depois da tremenda tareia que a direita e extrema-direita levaram nas eleições para o Parlamento Europeu.
Cumptos


:G-beer2:

Já agora, "parece" que se esqueceram das afirmações de JOÃO SALGUEIRO, ao afirmar que o CDS e o sr. Portas devia deixar de USAR A DEMAGOGIA QUE TANTO MAL JÁ CAUSOU AO País!!!!!

Citar
possivel coligação PS+PCP?
Portuguesas,portugueses

Deve-se votar contra as forças esquerdistas, essas gentes sempre afundarem o nosso portugal querido.
Concordo que por vezes o candidato em que votamos não é o preferido,mas não se deve hesitar entre um candidato que não gostamos e aqueles que gostam de destruir aquilo que demorou seculos para construir!
compatriotas as Urnas!

Familia e Patria são valores que a esquerda detesta!!!! a esquerda é :
decadencia
legalização das drogas
aborto
menos segurança(os ladrões se roubam coitadinhos)
fim de portugal( a esquerda detesta o patriotismo)
etc.........

AS URNAS contra a decadencia


Quem não está connosco está contra nós...Tarrafal com eles!!!!
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 14, 2004, 12:49:31 pm
Citação de: "P44"

Citar
possivel coligação PS+PCP?
Portuguesas,portugueses

Deve-se votar contra as forças esquerdistas, essas gentes sempre afundarem o nosso portugal querido.
Concordo que por vezes o candidato em que votamos não é o preferido,mas não se deve hesitar entre um candidato que não gostamos e aqueles que gostam de destruir aquilo que demorou seculos para construir!
compatriotas as Urnas!

Familia e Patria são valores que a esquerda detesta!!!! a esquerda é :
decadencia
legalização das drogas
aborto
menos segurança(os ladrões se roubam coitadinhos)
fim de portugal( a esquerda detesta o patriotismo)
etc.........

AS URNAS contra a decadencia

Quem não está connosco está contra nós...Tarrafal com eles!!!!


Lá terá que ser, o Campo Pequeno está em obras, não é?!!! :D  :D
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 14, 2004, 01:37:29 pm
Citação de: "JLRC"
Lá terá que ser, o Campo Pequeno está em obras, não é?!!!    :D  :roll:  :wink:
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 14, 2004, 04:57:13 pm
Citação de: "miguel"
Familia e Patria são valores que a esquerda detesta!!!! a esquerda é :
decadencia
legalização das drogas
aborto
menos segurança(os ladrões se roubam coitadinhos)
fim de portugal( a esquerda detesta o patriotismo)
etc.........

 :twisted:
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 15, 2004, 10:51:25 am
Citação de: "papatango"
Voltemos aos C-130, Pandures, Chaimites e OHP's


Grande Papatango!!!!! :G-beer2:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 15, 2004, 12:38:55 pm
Só para recordar que estamos em:

- Zona: "Área Livre"

- Tópico: "Caiu o Governo de Santana Lopes"

Portanto, Pandures é em "Exércitos/Sistemas de Armas";

Pão Duros é aqui mesmo.
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 15, 2004, 04:10:15 pm
Quem é o Pão Duro? :?
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 15, 2004, 05:49:52 pm
Citar
Quem é o Pão Duro?


O Bagão...
 :wink:
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 19, 2004, 04:14:26 pm
SIC online: 2004/12/19

Citar
Governo à esquerda
 
Partidos começam a falar em alianças eleitorais.
   
As alianças eleitorais à esquerda já estão a ser desenhadas. O Bloco de Esquerda anunciou que vai dar a mão a um Governo socialista e o PCP também não exclui essa hipótese.
 
Os balões agora são em azul e encarnado, as novas cores do PS, que ontem desceu a Rua de Santa Catarina, no Porto, em ambiente de campanha eleitoral.

No primeiro contacto popular desde que as eleições têm dia marcado, o secretário-geral socialista apelou à participação dos portugueses nas urnas.

José Sócrates ambiciona a maioria absoluta e por isso quantos mais melhor. O secretário-geral do PS apelou ao voto dos portuenses e ainda defendeu que para haver referendo sobre a Europa é necessária uma revisão constitucional.

Mas se os votos não chegarem, o Bloco de Esquerda já anunciou que dará à mão ao PS.

Ontem, Fernando Rosas afirmou que o Bloco de Esquerda quer viabilizar um Governo do PS se este partido vencer as eleições a 20 de Fevereiro.

Ao apresentar as listas para as eleições, o Bloco anunciou que quer duplicar os seus deputados no Parlamento, de três para seis.

E num governo de esquerda, resta saber como se posiciona o PCP que, por enquanto, não diz que sim, nem que não.

Num encontro com militantes do PCP, ontem no Porto, Jerónimo de Sousa disse que ainda é cedo para grandes namoros - primeiro há que conhecer as propostas dos socialistas, os votos e depois logo se vê.
 


Estamos prestes a assistir a uma tragédia para o nosso país.

As pessoas que amamos este país temos que cerrar fileiras e evitar a todo custo que um acontecimento destes acabe com o nosso país.

Todos nós temos responsabilidades que devemos assumir. :Soldado2:

Está nas nossas mãos.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 19, 2004, 04:25:05 pm
Já souberam daquela do Sócrates querer voltar atrás com a co-incineração?

O pouco de credibilidade que ainda tinha aos meus olhos desapareceu e fica demonstrado que estamos tramados. Venha o Cavaco para pôr um pouco de ordem nesta coisa.
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 19, 2004, 04:52:46 pm
Citar
Venha o Cavaco para pôr um pouco de ordem nesta coisa.


Ou melhor! O nosso querido D.Sebastião!!! ... (pera lá, este não foi o que fugiu para Itália em vez de ser morto heroicamente em batalha?)...

 :cry:

Avé Maria cheia de graça....
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 19, 2004, 08:16:53 pm
Gostava de apresentar desculpas aos meus companheiros de fórum e à pessoa lesada (Eng.º Sócrates) pelo comentário que fiz acima. O comentário baseia-se numa "notícia" falsa, já que acabo de ver a posição vincada do candidato a primeiro ministro pelo PS no Canal 1. :oops:
Tem uma posição firme e aprecio isso.
Serei mais cuidadoso da próxima vez.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 19, 2004, 08:19:37 pm
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Sócrates garante co-incineração com PS no Governo

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que vai haver co-incineração para resolver o problema dos resíduos industriais perigosos, se o seu partido vencer as eleições de 20 de Fevereiro.

"Se o PS for Governo, o país terá co-incineração como resultado da melhor avaliação científica para o tratamento de alguns dos resíduos industriais perigosos", afirmou José Sócrates, em Montalegre, desmentindo assim notícias hoje publicadas que davam conta de que o PS deixava cair a co-incineração.

Sócrates lembrou que, quando o seu partido esteve no Executivo, desenvolveu uma política de ambiente que integrava o projecto da co-incineração e que, quando o actual Governo PSD/CDS-PP chegou ao poder, "acabou com esse projecto".

"Acabou com a co-incineração e o pior é que, ao fim de dois anos e meio, deixou o país sem solução", sublinhou, acrescentando que o actual Governo "deitou fora um projecto apenas porque era dos outros, sem ser capaz de construir nada para o substituir".

De acordo com José Sócrates, se o PS ganhar as eleições "esse problema vai estar resolvido", garantindo que “vai haver co-incineração porque o interesse nacional exige que haja”.

“Nós estamos aqui para resolver o problema e não para o adiar", acrescentou.

http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1211208&idCanal=25

 :amazing:  :amazing:  :amazing:  :amazing:

 :down:

Citar
Co-incineração: presidente de Coimbra preocupado com opção do PS

O presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, manifestou-se hoje preocupado com a opção do PS de insistir na co-incineração de resíduos industriais, considerando que essa intenção representa um retrocesso em termos ambientais.

"Sempre contestei a co-incineração como método nacional", disse o autarca, sublinhando que já anteriormente, como deputado eleito pelo PSD, se opusera a tal solução.

Carlos Encarnação considera que "ninguém aprendeu com o que se passou" e que se "volta atrás no processo todo" com esta intenção.

O presidente da Câmara de Coimbra afirmou também que é contra uma incineradora de resíduos na região centro, conforme consta do projecto da ERSUC – empresa multimunicipal de tratamento dos resíduos urbanos do litoral centro.

Em relação ao Governo social-democrata ainda em exercício, o autarca elogiou o solução de criar os CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos), que é apoiada pela associação ambientalista Quercus e hoje foi criticada pelo porta-voz do PS, Pedro Silva Pereira.

Em reacção a uma notícia de hoje do “Diário de Notícias”, que diz que o PS "deixou cair a co-incineração", o porta-voz dos socialistas veio afirmar esse método como "necessário para tratar alguns resíduos industriais perigosos".

José Sócrates, actual líder do PS, quando ministro do Ambiente do Governo socialista, impôs a co-incineração para os resíduos industriais perigosos, escolhendo as cimenteiras de Souselas (Coimbra) e Maceira (Leiria) para a sua queima.

Na altura a solução deu origem a graves divergências no seio dos socialistas, com os deputados do PS eleitos por Coimbra, liderados por Manuel Alegre, a votar contra a solução na Assembleia da República.

Hoje Manuel Alegre, que se encontrava em Nova Iorque quando foi contactado telefonicamente pela Lusa, optou por não comentar a situação, com o argumento de estar distante.

Por seu lado, os líderes socialistas de Coimbra, do órgão concelhio, Luís Vilar, e da federação distrital, Victor Baptista, não afastaram a possibilidade da questão da co-incineração em Souselas se vir a colocar no futuro.

"Coimbra não pode ser maltratada", declarou Luís Vilar, que no passado, enquanto vereador da Câmara de Coimbra, também se opusera à co-incineração adoptada pelo Governo socialista.

Na sua opinião, nessa altura "Coimbra quase ficava a tratar todos os resíduos", e sendo "um problema do todo nacional, tem de ser encarado nessa perspectiva".

"Não podemos dizer que não. Alguma coisa têm de ser feita", observou o presidente da concelhia, defendendo que o método a adoptar para os resíduos seja o que "apresente menores prejuízos para os portugueses".

Por seu turno, o líder da federação distrital, e deputado, Victor Baptista, sustentou que "esse problema, de alguma forma, terá o seu momento".

"Vamos aguardar o programa do Governo" socialista, frisou, observando, ironicamente, que o actual ministro do Ambiente "veio dizer que deixava todos os problemas resolvidos, e nesse caso o PS não têm de se preocupar".


http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1211205&idCanal=97
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 19, 2004, 09:58:34 pm
Esta toca-me pessoalmente.
Sendo, por natureza apartidário, acabei de ficar anti-partidário.

Como diria (se não me engano) o Ary dos Santos.

Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 20, 2004, 10:48:47 am
Citar
Como diria (se não me engano) o Ary dos Santos.

Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí.


Não foi o Pinto da Costa que disse essa???? :twisted:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 20, 2004, 01:41:53 pm
Afinal o diz que diz-se era verdadeiro, mas não vei da boca de Sócrates.
Além disso, Sócrates estará desactualizado face a programas em curso (segundo a Quercus)...
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 20, 2004, 08:27:21 pm
Umas linhas interessantes, retiradas da Grande Loja...

Citar
Neste grupo, anda Marques Bessa, professor do ISCSP e que na semana passada, em entrevista ao O Diabo, aviltrava, perguntado sobre o modo de erradicar a mediocridade da política...


Schumpeter, historiador e ministro da economia austríaco da década de 30, teorizou sobre a mediocridade na política. Seguindo a sua teoria, a mediocridade na política pode ser extinguida( sic) com a despartidarização da política abrindo esta actividade a outros quadrantes da sociedade , movimentos e associações cívicas, estabilizadas e com credibilidade. (...) Schumpeter constatou a dependência das elites das estruturas do Estado dos partidos, prevendo a sua degradação inexorável. Robert Michaels com a sua "Lei de Ferro da Oligarquia" quando tentou encontrar democracia no partido social democrata que investigou, deparou-se com uma forte ditadura partidária que só admitia para os postos-chaves quem muito bem entendia.

A seguir, à pergunta “Reformar o sistema político a fundo seria uma solução?”, o prof. responde...

Uma reforma política profunda poderia dar uma certa saúde à democracia portuguesa, mas isso nenhum partido quer porque trucidaria valores próprios dos partidos. Como reparará, as forças políticas só falam no bem do partido, ou seja, no seu bem próprio, como ganhar as eleições, como explorar as fraquezas alheias, etc. Está errado: deviam pensar o que é que convém ao interesse do país e o que é que podemos fazer mais ou corrigir o que os nossos antecessores fizeram! Mas realmente o que fazem na prática, é ocupar lugares deixados vagos e continuarem na mesma política chã.


Depois de ler isto, apetece colocar estas questões a um Sérgio Sousa Pinto ou a um Marco António... sim, porque a um Marques Mendes, já não valeria sequer a pena.

Vasco Pulido Valente, esta semana, dizia a O Independente algumas coisas sobre o assunto.


Independente- Num artigo que escreveu há pouco tempo enumerava uma série de razões para termos maus políticos. Uma delas explicava que a política pode ser “uma vadiagem reconhecida e glorificada que atrai os piores”. Estava a pensar em termos abstractos ou era um diagnóstico concreto da realidade portuguesa?

Vasco Pulido Valente - Nem uma coisa nem outra. Estava a dar a lista das razões tradicionais que se tem apontado sucessivamente em Portugal, desde que há governos representativos, para termos maus políticos. Uma delas é que a política é uma actividade má que atrai as pessoas más. Malformadas, desonestas, corruptas.

Ind.- Isto vem na sequência de um artigo que Cavaco escreveu no “Expresso” sobre os políticos incompetentes...

VPV- Não, não. O professor Cavaco escreveu sobre os maus políticos portugueses. Essa é uma polémica muito antiga. É uma ideia muito velha que começa com Saint Simon no século XIX e que continua com Comte. Comte foi talvez, até mais que Marx, uma grande influência no pensamento político português. Por um lado, pelo “parti-pris” que tinha com os políticos que o levava a desejar uma sociedade dirigida por tecnocratas. Essa influência também se nota pela crença de que a melhor maneira de desenvolver economicamente uma sociedade é educar as pessoas. São ideias muito antigas e desactualizadas.

Ind.- Vamos por partes. Porque é que um político não precisa de ser um técnico competente?

VPV- O político tem é que ser capaz de gerir as forças sociais de maneira a introduzir certas reformas e ser capaz de escolher as reformas certas. Isso é que é o bom político. Um bom ministro das Obras Públicas não precisa de saber fazer pontes. Precisa de saber se se deve fazer a ponte ou não, onde é que se deve fazer e que espécie de ponte. Depois precisa de saber transmitir às pessoas a necessidade da ponte. Mas não tem que saber como é que se faz a ponte.

Ind.- E porque é que a educação não é fundamental para o desenvolvimento do país?

VPV-Nós temos dezenas de milhares de licenciados no desemprego. E já temos muita gente com mestrados também no desemprego.Uma das principais razões pelas quais temos tão maus resultados no ensino secundário e taxas de abandono tão altas é que a economia não os quer. Claro que a principal causa foi a massificação do ensino.Mas se houvesse mercado eram os próprios alunos que desde muito cedo tinham interesse em qualificar-se.Como não há uma relação visível entre o mercado de trabalho e a educação, esta começa a ser considerada quase desnecessária.

Ind-A solução poderia passar por tornar a educação numa coisa elitista?

VPV- Uma educação completamente democratizada deve ter instituições elitistas. Nunca se pode fazer é aquilo que se fez em Portugal, que foi acabar com todas as instituições de elite. Deixa de haver um metro. E todos os sistemas de ensino precisam de ter um metro.Aquilo a que se chama em Portugal instituições de excelência não o são.Deixámos de ter um metro.Veja, por exemplo, que com tantos constitucionalistas ilustres continua a haver buracos na Constituição e se o primeiro-ministro tivesse abandonado funções, como ele chegou a ponderar com uma irresponsabilidade totalmente devastadora, que sempre foi a dele, aliás, criava-se uma crise constitucional gravíssima.
(...)

Ind- Mas, fazendo parte da elite intelectual portuguesa, não deveria ter um papel de mudança mais activo?

VPV- O problema não é de pessoas mas das instituições políticas portuguesas que promovem a escolha da mediocridade. Os círculos eleitorais actuais são enormes e favorecem a entrada na política das pessoas que querem tratar dos seus negócios. No Parlamento, onde se sentam 230 deputados, bastaria que lá estivessem 50 para funcionar em pleno.Todas as decisões são tomadas pelos chefes dos grupos parlamentares, os outros estão lá para se sentaram e levantarem quando os mandam. Os outros deputados não estão lá para dizer nada e ninguém espera que eles digam nada. Nem sequer sabemos o
nome dessa gente. Esta carreira política que não promove o mérito não atrai e não pode atrair ninguém de qualidade. Isto não é novo: o Eça conta que em algumas casas da burguesia os políticos não eram recebidos porque as senhoras tinham nojo.

Ind.- Foi membro do Governo e deputado. Chegou a ser político?

VPV- Durante o período da Aliança Democrática, em 1978/80, a política era a minha profissão. Em 1995 estive lá durante escassos três meses e meio.
Ind.- Os círculos uninominais seriam uma solução para trazer os melhores para a política?

VPV- As coisas podem ficar ainda pior com um Parlamento cheio de Valentins Loureiros e de Avelinos Ferreira Torres,mas nesta República já percebemos que os que lá estão não servem; então, vamos experimentar outros. Os círculos uninominais põem as pessoas mais à prova e permitem que se assumam mais responsabilidades. Penso, por outro lado, que só membros eleitos dos partidos deviam eleger o respectivo chefe porque só eles têm responsabilidades perante o povo.Os delegados dos partidos são eleitos por pequenas maiorias que não representam ninguém e não têm qualquer responsabilidade perante o eleitorado. Estão lá para decidir que empreiteiro constrói a escola e a rotunda.As pessoas são eleitas chefes por serem as melhores segundo a máquina partidária e mais susceptíveis de ganhar as eleições. Não são os melhores que são escolhidos para defender os interesses do país e esta situação repele as outras pessoas a entrarem na política.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Dezembro 29, 2004, 03:11:42 am
DN: Opinião, 2004/12/29

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A atracção do abismo


Vasco Graça Moura

Escritor. Eurodeputado  
 
Passaram bem poucas semanas e já deu para se ver. O PS anda numa roda viva e desmultiplica-se em iniciativas, comícios, jantares, cerimoniais, declarações, artigos de imprensa, promessas à queima-roupa, disparadas em todas as direcções.

Mas o PS não tem nada de novo nem de construtivo a propor. Vive da nostalgia macabra do despesismo-guterrismo e tudo o que sabe fazer é saracotear-se a olhar para trás. Criou o caos e propõe-se preparar alegremente o regresso ao caos. Aplicou o laxismo e não deseja a consolidação orçamental. Estimulou o consumismo e o endividamento desenfreados e volta a acenar aos portugueses com essas aliciantes perspectivas. Usou a demagogia de 1995 a 2001 e quer repetir a receita dez anos depois. Para isso, prometerá tudo o que lhe convier em matéria de bodo aos pobres e de engodo à classe média.

Os tempos não vão nada fáceis. Em seis anos de Governo, o PS abriu um buraco que tardará muito a colmatar.

E entretanto, a economia tarda em arrancar, o desemprego tarda em diminuir, a contenção do défice continua a ser problemática, a política anda numa grande e agravada confusão, o País está pouco ou nada motivado, a idade de ouro das ajudas europeias já lá vai.

Portugal não se sente preparado para desafios e ainda menos para sacrifícios. Não saiu da fase mendicante, em que tudo se espera e exige do Estado, não compreende os parâmetros com que se tem de lidar para escapar ao marasmo, não tem ganas, nem empenhamento, nem imaginação, nem criatividade para enfrentar o futuro, não dispõe de instrução, nem de formação profissional, nem de qualificações para ser internacionalmente competitivo. Não consegue ultrapassar um conjunto mórbido de corporativismos estanques, conservadores e sobretudo refractários a reformas.

Com uma significativa ajuda do PS, que admitiu 65 mil funcionários naqueles seis anos, Portugal tornou-se a pátria imobilista da função pública. Se há perto de 700 mil funcionários públicos, e estes têm famílias que deles dependem, não será exagero calcular em perto de três milhões de portugueses, ou seja, quase um terço da população, os que são directamente sustentados mediante recursos do Estado e aspiram sempre a ver mais uns membros da família bafejados com a mesma sorte curricular e garantida.

Sem contar com toda a fauna também exaltadamente patriótica que povoa muitos outros sectores, desde o outrora chamado rendimento mínimo garantido até aos subsídios para a cultura, passando pelas inúmeras empresas que não pagam impostos, e que crocita, gravita e volita em torno dos recursos do Estado.

O povo português não compreende, criticamente, as causas da mediocridade nacional em que se afundou, nem aceita quaisquer medidas sérias que visem tirá-lo dessa condição menor, nem equaciona os horizontes, preocupantes para um país pequeno, pobre, obsoleto, de funcionários e dependentes públicos, da competitividade internacional e intercontinental.

O PS joga nisso tudo. Propõe um mundo de facilidades que não existem, uma abertura de torneiras jorrando uma falsa abundância que não leva a lado nenhum, a restauração da navegação à vista - ao sabor das solicitações e das promessas mais contraditórias -, o aumento da despesa e do descalabro a todos os níveis, à custa do erário público.

Abyssus abyssum invocat. O PS espera que o País sinta a tentação e as sinergias do abismo. Já deu para ver. Todos os ademanes de José Sócrates vão nessa direcção.
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 29, 2004, 03:20:57 pm
Aí está tudo o que havia para dizer caro Tiger22...

Daqui a uns anos  provavelmente as nossas refeições serão racionadas, todo e qualquer subsídio será estagnado, e o petróleo estará reservado para fins energéticos e de estado... o futuro não agoira nada de bom
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 29, 2004, 04:14:21 pm
Citação de: "komet"
Aí está tudo o que havia para dizer caro Tiger22...

Daqui a uns anos  provavelmente as nossas refeições serão racionadas, todo e qualquer subsídio será estagnado, e o petróleo estará reservado para fins energéticos e de estado... o futuro não agoira nada de bom


 :shock:  :shock:

Sinceramente, por vezes fico espantado como é possível que alguém acredite nestas patacuadas. Você não estava a falar a sério, pois não Komet? Você acredita mesmo no que escreveu? Será que também acredita no Pai Natal, essa invenção da Coca-Cola?

Um abraço do seu amigo "insensato"
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 29, 2004, 04:57:07 pm
:roll:...alguma vez iria ele puxar a brasa á sua Sardinha....

O Cavaco? Esse malandro que falou mal do grande Santana Flopes, agora é persona non-grata...eehehehehe :evil:
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 29, 2004, 05:34:43 pm
Citar
Sinceramente, por vezes fico espantado como é possível que alguém acredite nestas patacuadas. Você não estava a falar a sério, pois não Komet? Você acredita mesmo no que escreveu? Será que também acredita no Pai Natal, essa invenção da Coca-Cola?

Um abraço do seu amigo "insensato"


Só preciso que me aponte a luz ao fundo do túnel. Porque ou sou mesmo parvo de todo, e não vejo maneira de isto vir a melhorar, ou então tenho q começar a ter uma prespectiva de vida "deixa-andar".
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 29, 2004, 09:08:13 pm
Caro Komet,

Bom, já deu pra perceber que você acha mesmo (e está no seu direito, pois então!) que isto estava a "melhorar"...


Elucide então algumas dessas melhoras...e não a nivel de reequipamento das FAs please...pronto, aí até eu (um safardana) dou razão aqueles que acham que ele mostrou serviço...sempre prefiro uma OHP ferrugenta a uma JB toda brilhante... :oops:
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 29, 2004, 09:53:32 pm
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Bom, já deu pra perceber que você acha mesmo (e está no seu direito, pois então!) que isto estava a "melhorar"...


Não é esse o caso, muito pelo contrário. Eu estou aqui a queixar-me mas é do futuro próspero que não existe, posso vir a ter que comprar casa daqui a dois anos e não sei como o vou fazer, estou numa altura em que me vou lançar à vida finalmente e as prespectivas são muito más, a vontade de emigrar é muita, mas acho no fundo que não era capaz de deixar esta terra, por mais males que tenha.

Veja se percebe, eu olho e oiço a classe política destes últimos anos e só consigo ver as colheres de pau em suas mãos prontinhas a rapar o tacho.
Depois há a velha história, ora vota PS, ora vota PSD, ora vota PS... já cansa...

Só um desabafo.
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 30, 2004, 04:28:56 pm
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E esta é para o caro amigo papatango, então que tem a dizer da co-incineração na Arrábida, aprovada e já a ser realizada, em SEGREDO, pelos belos nossos (ainda) governantes, hummmmmm...


As minhas criticas são por definição apartidárias. Portanto, evidentemente, as opções (diga-se mal explicadas) do actual ministério, mandando co-incinerar lixo, como combustível, sem se saber, é criticável.

Mas segundo parece, as noticias vindas a lume na imprensa, eram mentira.

No entanto, esclareço uma questão, para que não haja dúvidas.

A minha oposição á co-incineração é, evidentemente decorrente do facto de viver a apenas alguns quilometros da Sécil, e do parque natural da Arrábida.

No entanto, e embora em Setubal, estejamos sobrecarregados de industrias poluentes, e no resto do país haja a tendência a achar que como já estamos habituados á poluição - infectados por infectados, os setubalenses já não notam - tanto faz mais uma fábrica a queimar e intoxicar as pessoas, eu não sou fundamentalista.

Mesmo sendo a situação a que é, eu não sou contra a co-incineração apenas por ser.

Temos que fazer alguma coisa aos residuos. E se a queima for a solução, então que se queimem, mesmo que seja na Arrábida, no meio de um parque natural, por muito absurdo que isso seja, e nos transforme na chacota de meio mundo, por termos parques naturais e áreas reservadas, onde queimamos residuos.

O problema é outro.

O problema é a forma criminosa como o ministério do ambiente do Sr. José Sócrates, tratou a questão da co-incineração, mentindo despudoradamente aos portugueses sobre a questão, misturando os tipos de residuos a queimar, e transformando vários problemas num só, para esconder a M#$%& que Sócrates aprovou.

Há vários tipos de resíduos, com diferentes tipos de toxicidade. Há residuos tóxicos que até podem, ser incinerados, mas há outros, que levantam problemas terríveis.

Segundo relatórios das organizações ambientais - NÃO CONTESTADOS -   vários tipos de dioxinas por exemplo., não são destruidas pelo fogo, são apenas espalhadas pela atmosfera. A co-incineração não resolve o problema, apenas o esconde, dissolvendo-o no ar.

Toda a gente ouviu falar nos famosos "Filtros de manga" que é suposto evitarem a passagem desses resíduos para a atmosfera.

Foi criada uma comissão de "Sábios" para determinar onde se faría essa co-incineração dos residuos de maior tóxicidade. A comissão de Sábios decidiu que sería em Setubal.

Sabe porquê em Setubal?

Por causa de uma certificação ISO da fábrica da Sécil no Outão.

Sabe o que é que faz a fábrica ter essa certificação ISO?

Um sistema documental de controle de qualidade, que permite em caso de acidente ou de erro na producção, encontrar a fonte de erro e evitar que o problema ocorra novamente.

OS NOSSOS SÁBIOS DISSERAM QUE EM CASO DE ACIDENTE, SE SETUBAL FOR INFECTADA POR DIOXINAS, A SÉCIL PODE EVITAR QUE O ACIDENTE OCORRA UMA SEGUNDA VEZ POR CAUSA DA CERTIFICAÇÃO ISO.

Do meu ponto de vista, o ministro do ambiente, José Sócrates, é um mentiroso. Mentiu-me a mim, cidadão de Setubal, que estava disposto a ver mais poluição na minha terra, porque o lixo tem que ser tratado em algum lado, e não podemos pura e simplesmente fechar os olhos e desejar que o lixo desapareça.

Mas Sócrates mentiu, quando se tratou da questão dos residuos de alta toxicidade. A unica razão de os queimarem em Setubal, foi porque a fábrica estava documentalmente preparada, com um sistema de controlo de qualidade certificado, que não evita os problemas, apenas consegue detectar a razão das falhas quando elas ocorrem.

PERANTE QUE TRIBUNAL COMPARECERÁ JOSÉ SOCRATES QUANDO AS PESSOAS COMEÇAREM A MORRER?

A SÉCIL VAI RECONHECER O PROBLEMA, SE ISSO IMPLICAR TER QUE PARAR A FÁBRICA E COMPROMETER ENCOMENDAS?

QUANTOS ANOS VÃO PASSAR ATÉ QUE AS CRIANÇAS MALFORMADAS SEJAM DADAS COMO VITIMAS DA POLÍTICA DE JOSÉ SOCRATES?

QUANDO OS NOSSOS TRIBUNAIS, COM O NOSSO EFICIENTE SISTEMA JUDICIAL CHEGAREM A UMA CONCLUSÃO, AS VITIMAS ESTARÃO MORTAS E O RESPONSÁVEL - JOSÉ SOCRATES - JÁ NÃO SERÁ MINISTRO DE COISA NENHUMA, E DIRÁ QUE O GOVERNO DO MOMENTO É QUE É RESPONSÁVEL.

A cidade de Setubal, por razões geográficas, decorrentes de estar "ensanduichada" entre o parque natural da Arrábida e a reserva natural do estuário do Sado, é uma das mais densamente povoadas do país. Ou seja, o numero de habitantes por quilometro quadrado é muito grande. Só em Lisboa e no Porto, se encontram esses níveis de densidade.

As áreas mais densamente povoadas (16.000 a 20.000 pessoas por Km/2) encontram-se a 3 quilometros em linha recta das chaminés da fábrica da Sécil. Quanto maior for a concentração populacional e menor a distância da fonte de poluição (que implica muito maior concentração de resíduos) maior é a probabilidade de ocorrerem problemas.


COMO CIDADÃO, TENHO O DIREITO DE CHAMAR OS BOIS PELOS NOMES.

Como cidadão e residente em Setúbal, considero-me pessoalmente enganado pelo Sr. José Sócrates. Esse senhor mentiu-me, enganou-me, e eu tenho o direito de ficar indignado, e de dizer com todas as letras do alfabeto e da lingua portuguesa:

Para mim, cidadão de Setubal, o Sr. José Sócrates, é um mentiroso !

Cumprimentos
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 31, 2004, 04:55:26 pm
Citação de: "komet"
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Sinceramente, por vezes fico espantado como é possível que alguém acredite nestas patacuadas. Você não estava a falar a sério, pois não Komet? Você acredita mesmo no que escreveu? Será que também acredita no Pai Natal, essa invenção da Coca-Cola?

Um abraço do seu amigo "insensato"

Só preciso que me aponte a luz ao fundo do túnel. Porque ou sou mesmo parvo de todo, e não vejo maneira de isto vir a melhorar, ou então tenho q começar a ter uma prespectiva de vida "deixa-andar".


Passado tanto tempo sem resposta, só me ocorre um... "bem me parecia"  :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 31, 2004, 06:14:24 pm
Citação de: "komet"
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Bom, já deu pra perceber que você acha mesmo (e está no seu direito, pois então!) que isto estava a "melhorar"...

Não é esse o caso, muito pelo contrário. Eu estou aqui a queixar-me mas é do futuro próspero que não existe, posso vir a ter que comprar casa daqui a dois anos e não sei como o vou fazer, estou numa altura em que me vou lançar à vida finalmente e as prespectivas são muito más, a vontade de emigrar é muita, mas acho no fundo que não era capaz de deixar esta terra, por mais males que tenha.

Veja se percebe, eu olho e oiço a classe política destes últimos anos e só consigo ver as colheres de pau em suas mãos prontinhas a rapar o tacho.
Depois há a velha história, ora vota PS, ora vota PSD, ora vota PS... já cansa...

Só um desabafo.


caro Komet,

Acredite que sei o que é isso, pois pago casa do meu bolso desde 1996. E cada vez está pior...

Em relação á classe politica estou 100% de acordo consigo. Já não se trata de escolher entre o bom e o mau, mas entre o MAU e o PÉSSIMO!

Cumprimentos,
E votos de um BOM ANO NOVO!!! :wink:
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Dezembro 31, 2004, 07:52:42 pm
A saida possivel da crise, apenas podera passar, na minha modesta opiniao, pelo tao execrado Bloco Central.
O PR aparentemente vai defender um acordo entre os principais partidos (um 'compromisso politico e partidario alargado' segundo o Expresso de hoje) com a finalidade de "resolver os problemas do pais, como a crise das finanças publicas ou o défice de competitividade", para o qual se dispoe a prestar o seu contributo.Compreendo a sua preocupaçao, mas nao acredito(sera que ele intimamente acredita?) na soluçao proposta, tanto mais que  esses problemas "nao se resolvem com medidas pontuais ou num so mandato de Governo".
Abstraindo que o actual PR nao sera pelas razoes bem conhecidas, uma personalidade verdadeiramente independente ou equidistante para propor e mediar esse compromisso, o que Sampaio pretende  implica custos politicos extraordinariamente gravosos para o Governo(e seu partido), pois correspondem a medidas muito duras e com consequencias directas e pesadas na sociedade;  adaptaçao das leis do trabalho e investimento ( com planos plurianuais) as novas realidades economicas(uma tentativa quase inocua de  alteraçao da lei de Arrendamento, parece ja estar condenada pelo PS), limitaçao rigorosa da despesa publica ( nova despesa obrigatoriamente coberta por  nova receita), reforma efectiva da administraçao publica (inevitavelmente incluindo os serviços sociais e plafonamento de pensoes, reorganizaçao completa e de base de boa parte dos serviços),  etc, etc...  ( aceito que rever e alterar todo o nosso sistema autarquico, acabando de vez com as freguesias e integrando os nossos concelhos em novas e eficientes estruturas regionais, como no resto da Europa,... seria sonhar demais !!!).

Logico que, nao sendo medidas de circunstancia, mas que se prolongariam para la de uma legislatura, nao acredito que o compromisso defendido pelo Presidente viesse a ser respeitado pelos partidos (sejam eles quais forem) que ficarem na oposiçao, tanto mais que existem outras eleiçoes no futuro proximo, que levam  o(s) partido(s) no poder a atribuir aos anteriores a responsabilidade directa pela 'pilula amarga' que se obrigaram a infligir aos portugueses.Logo, esse compromisso, a ser assinado, o que ja seria bem dificil, em breve  caducaria, devido a durissima  luta politica que se seguiria.
Basta reparar que so para fazer uma  analise com diagnostico preciso da nossa (triste) situaçao, ja sera dificil haver consenso...imaginemos agora o que nao custaria encontrar soluçoes...
Repito, mesmo que eu proprio nao tenha ilusoes, so um Bloco Central(nao seria inédito, entramos na entao CEE, nos anos 80 com um governo PS-PSD, e temos ai  Ernani Lopes para o recordar), com os principais partidos dentro do Governo(ao menos por uma legislatura) e assumindo em comum os custos politicos  perante o eleitorado,
tendo acordo de principio dos varios  parceiros sociais e moderaçao da Presidencia da Republica, com  informaçao o mais aberta e concreta possivel para os portugueses, calendarizaçao das diversas medidas (re)estruturantes) nos poderia levar no bom caminho (que como referem os textos sagrados, é sempre mais estreito e sinuoso que o outro) da recuperaçao economica e estabilizaçao social.
Mas sinto, que para esta soluçao tao idealista, talvez precisemos de outros politicos  (e quem sabe... de outro tipo de eleitores também).
Título:
Enviado por: Paisano em Janeiro 27, 2005, 09:55:34 pm
Líder histórico da direita portuguesa anuncia voto em socialista

Fonte: O Globo

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MADRI - Diogo Freitas do Amaral, líder histórico da direita portuguesa e fundador do conservador Partido Popular, anunciou nesta quinta-feira que votará no Partido Socialista nas eleições gerais do dia 20 de fevereiro para que os socialistas tenha maioria absoluta. Freitas do Amaral, que hoje não milita em qualquer partido, foi um adversário das políticas liberais do ex-primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso e de seu polêmico sucessor, Pedro Santana Lopes.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 27, 2005, 10:12:28 pm
Bloco Central?
Que Bloco Central?
O Bloco Central já não existe, sob a forma das duas facções que o formam: o PS e o PSD?

O que me parece é que as opções razoáveis tendem a diminuir rápidamente com o tempo. Deixo aqui o alerta às pessoas que lêem estas linhas e que podem fazer alguma coisa. Há talento e boa vontade para mudar as coisas desde que DE FACTO se DÊ O EXEMPLO.

Caso contrário a solução passará inevitavelmente pela violência.
Porque a paciência e a razoabilidade esgota-se.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 27, 2005, 10:21:57 pm
Citação de: "Paisano"
Líder histórico da direita portuguesa anuncia voto em socialista

Fonte: O Globo

Citar
MADRI - Diogo Freitas do Amaral, líder histórico da direita portuguesa e fundador do conservador Partido Popular, anunciou nesta quinta-feira que votará no Partido Socialista nas eleições gerais do dia 20 de fevereiro para que os socialistas tenha maioria absoluta. Freitas do Amaral, que hoje não milita em qualquer partido, foi um adversário das políticas liberais do ex-primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso e de seu polêmico sucessor, Pedro Santana Lopes.



Da Grande Loja...

"Confesso que cada vez menos tenho ilusões, se algumas vez as tive, muito menos heróis. É concerteza da idade e dos cabelos brancos. Alguma direita escandalizou-se, ou talvez, não com o apoio do Prof. Freitas do Amaral ao PS e o seu apelo a uma maioria absoluta do Eng. Sócrates. Confesso que o assunto não me atrai, afinal o homem só vale um voto. Não me interessa pois saber que o Prof. Freitas apoie desinteressadamente o Eng. Sócrates, é mais um, mas já me interessa, e muito, em nome da clarificação, saber se o PS, depois de ganhar as eleições e formar governo, vai apoiar, sem mais, o Prof. Freitas, ou melhor os interesses que o Prof. Freitas representa como front-end da Petrocontrol, na luta pelo controlo da GALP, agora que tudo pode, ou não, voltar à estaca zero. Sou um cínico, já sei."
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 27, 2005, 10:26:45 pm
Citação de: "zezoca"
Mas sinto, que para esta soluçao tao idealista, talvez precisemos de outros politicos  (e quem sabe... de outro tipo de eleitores também).


http://online.expresso.clix.pt/opiniao/ ... d=24749198 (http://online.expresso.clix.pt/opiniao/artigo.asp?id=24749198)

"Vai por aí um coro de queixumes sobre as alternativas políticas que se oferecem para as legislativas de 20 de Fevereiro que até leva a crer que os portugueses despertaram, subitamente, e não reconhecem o país onde vivem. É tal a onda de sobranceria face à qualidade dos políticos e de desdém pela campanha eleitoral que até chega a parecer que a sociedade civil portuguesa se tornou, de repente, a mais culta, exigente e desenvolvida da chamada civilização ocidental.
 
A lamúria atingiu níveis nunca vistos, em todos os quadrantes profissionais, ideológicos ou residenciais. E, no nicho de mercado dos comentadores jornalísticos e televisivos, atingiu os píncaros. Que os líderes partidários são produtos mediáticos vazios de conteúdo. Que só falam entre si e para si mesmos. Que o discurso é sempre igual e só se ocupam de «faits-divers» como a questiúncula dos debates. Que não apresentam ideias para o país nem galvanizam os eleitores. Que se vai votar com o mesmo entusiasmo com que se vai a um funeral. Que a abstenção ou o voto branco é o que eles merecem. Que, que, que… O comentário sobranceiro e depreciativo sobre os políticos e as eleições tornou-se a moda mais «in» neste início de 2005.
 
Ora, a verdade é que este avassalador coro de críticos pouco se interessa (nem está interessado em saber) sobre as implicações ou a exequibilidade da proposta do PS em reduzir em 75 mil o número de funcionários públicos nos próximos quatro anos, sobre a viabilidade empresarial da proposta do PSD em subir o peso das exportações no PIB de 30% para 40%, sobre as consequências a médio prazo das medidas avançadas pelo CDS para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social, sobre os efeitos de um aumento do consumo como pede o PCP ou da sua rejeição do Código de Trabalho ou sobre o programa do BE tão glosado por Mário Soares.
 
A maioria dos portugueses (e dos que falam de alto e com desprezo dos políticos e das eleições) prefere ler «A Bola» ou a revista «Maria» (as tiragens são de centenas de milhares por semana) ao enorme esforço mental de se informar sobre um ou dois programas eleitorais. Prefere ver uma telenovela, uns palermas do riso ou uma qualquer quinta de nulidades à cansativa tarefa de seguir durante mais de dez minutos um debate sobre questões sociais ou políticas (os «shares» são esmagadoramente esclarecedores).
 
A maioria dos portugueses (e dos que tanto deploram o «oportunismo» dos políticos) queixa-se muito da fraude e evasão fiscais mas recusa (ou não pede) facturas por sistema e fecha convenientemente os olhos ao amigo que declara falências fraudulentas e ao familiar que não declara o grosso dos seus rendimentos aos impostos. Queixa-se muito da burocracia e do mau serviço do funcionalismo público, mas não resiste a meter umas «cunhas» aos conhecidos do partido, quando os governos e as autarquias mudam de cor, para darem emprego a mais uns quantos e encherem a Administração Pública de clientelas partidárias.
 
A história do bom povo e dos maus políticos é uma ficção. Para tranquilizar os espíritos mais fracos e afagar o ego de uma sociedade pouco exigente. Que prefere os expedientes à organização, pouco estudiosa e com péssimos índices de escolaridade, má trabalhadora e com baixas taxas de produtividade, com uma classe empresarial pouco instruída e habituada a viver de falcatruas, com uma escola de gestores cujo estatuto e vencimentos são muito superiores à qualidade do seu desempenho ou à sua capacidade de iniciativa. Uma sociedade que raramente se mobiliza para as grandes questões cívicas, pouco ou nada participativa na vida política e partidária.
 
É certo que a qualidade dos dirigentes políticos não é comparável à dos primeiros anos pós-25 de Abril. Nem se esperaria que fosse, pois havia o desígnio de construção de uma jovem democracia e da sua consolidação que mobilizou os melhores economistas, juristas, advogados, professores e representantes de todas as profissões e sectores sociais para a actividade política e governativa. A partir da revisão constitucional de 1982 e da estabilização do regime, outros valores e interesses se levantaram.
 
É certo, ainda, que a degradação do funcionamento das forças partidárias, em circuito fechado, e até do prestígio e remuneração das funções políticas tem afastado muitos valores qualificados e empobrecido a competência e o nível de conhecimentos médios dos dirigentes partidários. Mas isso é, também, o reflexo do desinteresse, da falta de participação e da pouca exigência dos portugueses, nesta como noutras matérias. Matérias que reclamam esforço, motivação cívica, disponibilidade, empenho, disciplina e, muitas vezes, estudo. Coisas a que os portugueses não são muito dados.
 
Os partidos políticos e os seus principais responsáveis são, obviamente, um espelho do país e do seu nível de desenvolvimento. Ainda assim (e ressalvando alguns epifenómenos), muitos deles situam-se bem acima da média, quer do ponto de vista de conhecimentos e de formação quer da capacidade e das horas de trabalho que dedicam à esfera pública.
 
O bom povo e os maus políticos é uma ficção, porventura reconfortante. Não é, seguramente, o caso português."
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 27, 2005, 11:27:31 pm
Excelente artigo, muito verdadeiro  :Palmas:
Título:
Enviado por: Tiger22 em Fevereiro 12, 2005, 03:19:41 am
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Nada disto aconteceu


por NUNO ROGEIRO COMENTADOR POLÍTICO

Dado que o passado foi chamado à campanha eleitoral, devemos responder, puxando da memória. Os desvarios do poder do PSD-PP, nos últimos três anos, são conhecidos. Quanto à experiência de poder do PS, desde a queda do cavaquismo, em 1995-96, até 2002, existe uma espécie de amnésia.

A verdade, se calhar, é que nada do que a seguir se enumera alguma vez existiu.

A saber

- Acumulação de défice excessivo nas contas públicas, originando o despertar da repressão de Bruxelas, para além de incentivo irresponsável ao gasto individual e desprezo pelos apelos à moderação e à poupança.

- Saída de Sousa Franco do Executivo, depois de as linhas mestras das suas políticas de saneamento da conta pública se terem tornado inviáveis, ou politicamente indesejáveis.

- Análise negra do estado da economia portuguesa, por parte de Cavaco Silva, numa entrevista famosa de Julho de 2000.

- Alegações de políticos, empresários e governantes, segundo os quais a banca portuguesa estava a ser vendida ao desbarato ao estrangeiro.

- Anunciados planos de combate à evasão fiscal, anunciados falhanços dos mesmos planos, anunciada continuação da dita.

- Ligações perversas da política ao futebol, com o cortejo conhecido de enxovalhos, confusões e negócios.

- Insistência na política de co-incineração como única via possível de tratamento de resíduos perigosos, apesar da divisão dos especialistas e da oposição do "homem da rua", certamente manipulado por caciques e envenenado pela Comunicação Social privada.

- Episódio dito do "queijo Limiano", ou a cedência da alma em troco de votos no Parlamento.

- Quedas sucessivas de ministros da Defesa, conflitos entre titulares e primeiro-ministro, queixas de falta de meios, espectáculo de parca mobilização de recursos para tarefas externas, divulgação pública de listas de agentes "secretos", novelo de escândalos em torno da aquisição de armamento e fardamento, cenas de estalada entre chefes políticos e chefes da "comunidade de informações".

- Tragédia da ponte de Entre-os-Rios, originando a demissão de Jorge Coelho, e suspeita geral sobre o estado das obras públicas.

- Inundação do túnel do metro em Santa Apolónia, e alegação de que o mesmo foi ali feito com grande risco, sem as precauções devidas e não levando até ao fim estudos exaustivos sobre as características do subsolo.

- Escândalos na JAE, corrupio de acusações e alegações, e declarações crípticas do engenheiro Cravinho, dizendo que Guterres havia sido derrotado pelos "grandes interesses" e pelos lobbies (Janeiro de 2000).

- Colapso na gestão das grandes cidades, que levou a uma maré de rejeição, em 2001, e à passagem da era PS para a era PSD, em Lisboa, Coimbra, Porto, Sintra, etc..

- Fantasmas desastrosos, como o espectáculo de "Porto, Capital da Cultura", com obras a juncar a vida do cidadão comum, turistas perdidos e desiludidos, projectos inacabados, escândalos financeiros e "mistérios" como os da Casa da Música.

- Escândalo em torno da Fundação para a Segurança, levando à saída "apocalíptica" de Fernando Gomes do barco do guterrismo, e a sugestões de conspirações no seio do poder, com o primeiro-ministro a saber tudo e a calar ainda mais.

- Filosofia de miséria na RTP, levando o serviço público à pré-morte, depois de anos de insanidade financeira, extravagâncias de programação, guerras civis de chefias e tentativas infantis de controlo político, dos telejornais às entrelinhas.

- Desinteresse pela política por parte dos cidadãos mais de um terço decidiu não votar nas legislativas de Outubro de 1999, mesmo depois de Guterres ter dito que o seu pior inimigo era a abstenção.

- Estado geral de guerra civil dentro do Governo e da maioria quase-absoluta, levando António Guterres a bater com a porta, clamando que o país se encontrava num pântano.

Enfim, foi tudo um sonho. Pode-se votar no regresso de um sonho?

Nuno Rogeiro escreve no JN, semanalmente, às sextas-feiras


Penso, logo existo" René Descartes (1596-1650) filósofo e matemático francês


 :Palmas:  :Palmas:  :Palmas:
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2005, 11:18:25 am
O Nuno Rogeiro pode vir com essa história outra vez que não é por isso que me fará votar Santana Lopes (mas quem é o LOUCO que vê alguma coisa nesse tipo??).
Mas como ser inteligente, aposto que o que Nuno Rogeiro quererá dizer é: "Votem em Branco!"
Título:
Enviado por: Miguel em Fevereiro 12, 2005, 11:59:16 am
:lol:  

Espero que o governo que vai sair destas eleições, va poder governar sem instabilidade :shock: