Vigilância do nosso mar por potência Estrangeira

  • 109 Respostas
  • 30114 Visualizações
*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2490
  • Recebeu: 45 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +461/-579
(sem assunto)
« Responder #75 em: Maio 27, 2008, 09:59:21 pm »
E se abdicamos da nossa ZEE ??

Nem sequer consiguimos por umas traineiras como uma peça do museu no mar, e procuramos vender F16 que nos foram cedidos.Etc Etc....
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7489
  • Recebeu: 967 vez(es)
  • +4595/-871
(sem assunto)
« Responder #76 em: Maio 27, 2008, 10:08:53 pm »
Nesse caso, como também não conseguimos colocar tanques a funcionar em condições, e temos uma Força Aérea com seis aviões, também deveriamos entregar todo o  país ao estrangeiro.

podíamos fazer como os belgas, que leiloaram a Bélgica no e-Bay
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5353
  • Recebeu: 729 vez(es)
  • Enviou: 732 vez(es)
  • +509/-2608
(sem assunto)
« Responder #77 em: Maio 27, 2008, 10:12:45 pm »
Citação de: "manuel liste"
Citação de: "nelson38899"
boas

Segundo parece sea horse é um satélite de vigilância espanhol que se encontra por cima da península ibérica a cerca de 36 000 Km, que segundo eles é para detectar as barcaças de imigrantes e os navios que traficam droga. A parte da network, é a rede que vai receber segundo os espanhóis, a informação do satélite, tipo imagens e vídeos.

Não. Sea Horse Network é uma rede de comunicações seguras via satélite entre as polícias de fronteiras de Espanha e de outros paises interessados no sistema. Para isso empregarão um satélite militar de comunicações espanhol, o Spainsat:

http://www.hispasat.com/Detail.aspx?SectionsId=100&lang=es


Citar
Con este satélite, HISDESAT SERVICIOS ESTRATÉGICOS completa el programa avanzado de comunicaciones gubernamentales para el Ministerio de Defensa español y para otros gobiernos de países aliados y amigos[/b]

A detecção dos tráficos ilegais se faz por outros meios, vigilância com navíos patrulha, radares de costa, aviões etc

Sea Horse Network servirá às autoridades dos paises implicados para trocar informação de forma rápida e segura, aumentando sua eficácia. Se uma embarcação ilegal é detectada por um avião espanhol enquanto se dirige à costa de Portugal, o sistema de comunicação deveria avisar de forma imediata às autoridades portuguesas

A notícia real é a contratação da empresa Indra para o desenvolvimento de parte do sistema terrestre de comunicações, mais nada

www.indra.es/servlet/ContentServer?

Esta é a realidade. O artigo de Papatango em Areamilitar é a ficção

Nisso tem toda a razão, mas a minha afirmação baseou-se na notícia que um jornal português publicou hoje, por isso peço desculpa por ter induzido em erro os forista. Mas por outro lado o site da idra mostra uma coisa interessante:


Citar
El sistema Sea Horse Network se integrará con sistemas externos de información como el sistema de vigilancia marítima SIVE, o los sistemas de identificación automática marítima (AIS), permitiendo la visualización geográfica de las amenazas en tiempo real.

e

Citar
La experiencia de Indra en la implementación de sistemas de vigilancia de fronteras, como el sistema SIVE, y sistemas de comunicaciones vía satélite han sido fundamentales para el desarrollo del sistema Sea Horse Network


agora diga-me se o sistema é ou não para controlar fronteiras
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8621
(sem assunto)
« Responder #78 em: Maio 27, 2008, 10:55:50 pm »
Miguel
Citar
Quanto a Portugal, em vez de investir em FUTEBOIS que invista no que realmente é necessario pelo bem da naçao.

Citar
Nem sequer consiguimos por umas traineiras como uma peça do museu no mar, e procuramos vender F16 que nos foram cedidos.Etc Etc....


Caro miguel, com todo o respeito, o seu discurso é sempre o mesmo, por favor não seja mau pra si mesmo, porque na realidade não estamos assim como vc diz estamos no caminho certo, os NPO mais tarde ou mais cedo terão a navegar e muita gente vai ficar supreza c34x
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #79 em: Maio 27, 2008, 10:58:02 pm »
Citação de: "nelson38899"
 
Nisso tem toda a razão, mas a minha afirmação baseou-se na notícia que um jornal português publicou hoje, por isso peço desculpa por ter induzido em erro os forista. Mas por outro lado o site da idra mostra uma coisa interessante:


Citar
El sistema Sea Horse Network se integrará con sistemas externos de información como el sistema de vigilancia marítima SIVE, o los sistemas de identificación automática marítima (AIS), permitiendo la visualización geográfica de las amenazas en tiempo real.

e

Citar
La experiencia de Indra en la implementación de sistemas de vigilancia de fronteras, como el sistema SIVE, y sistemas de comunicaciones vía satélite han sido fundamentales para el desarrollo del sistema Sea Horse Network

agora diga-me se o sistema é ou não para controlar fronteiras


O sistema SIVE vigia as costas do Mediterrâneo espanhol e Canárias desde terra. Está composto de radares e sistemas ópticos, operados pela Guardia civil, destinados principalmente à luta contra a imigração ilegal. Qual é sua relação com a suposta vontade espanhola de controlar a ZEE portuguesa? Ninguém o sabe, exceto Papatango e Deus

O fundo do assunto não é controlar nenhuma ZEE, senão lutar contra o tráfico de pessoas e de drogas entre o África Occidental e Europa. É um problema realmente grave do que os espanhóis são muito conscientes. Durante os últimos anos morreram milhares de pessoas tentando atingir em botes as costas espanholas e as autoridades tiveram que fazer algo ao respecto

Sabem que há aviões que aterrizam em Espanha carregados com drogas procedentes do Norte de África? É o mesmo sistema que utilizam os narcos mexicanos para cruzar aos EUA

Se vocês em Portugal não se inteiraram da gravidade do problema, deveriam começar a fazê-lo, porque se as costas espanholas estão vigiadas e as portuguesas não, adivinhem para onde se dirigirão os navios e aviões que traficam com pessoas ou com drogas. Portugal e Espanha têm uma ampla cooperação contra o narcotráfico, problema importante em ambos paises. O sistema Sea Horse deveria melhorar a comunicação e fazer essa luta mais eficaz.

Esses são os objetivos, não a vigilância dos poucos peixes da ZEE portuguesa. Aqui a ninguém interessa a ZEE portuguesa, nem estamos dispostos a pôr um só euro para controlá-la. Já custa bastante controlar nossas costas como para querer controlar as de Portugal. Nao, obrigado

O senhor Papatango crê que vive numa ilha afastada do mundo, e cuja única ameaça é Espanha e os "malvados espanhóis". Mas o Portugal real tem outras ameaças, não são pequenas e podem ser piores se não  luta contra elas de todas as maneiras eficazes. Não o digo eu, não o diz Espanha. Dí-lo a União Européia, que está agora pagando a vigilância de navíos patrulha europeus ante as costas de África Ocidental, porque Espanha não tem bastantes para vigiar uma costa tão extensa. E não estão aí para vigiar os peixes da ZEE portuguesa.

Há uma boa razão para que Marrocos não esteja interessada em colaborar: Marrocos é a origem principal do tráfico ilegal de pessoas e de drogas entre África e a União Européia, ali vive muita gente desses tráficos, até níveis altos da administração do país. Portugal não é Marrocos, nem creio que lhe convenha parecer-se a Marrocos. Portugal está na mesma equipe de Espanha, que é o da UE e o das democracias ocidentais, onde se luta contra os tráficos ilegais. Ou não?
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8621
(sem assunto)
« Responder #80 em: Maio 27, 2008, 11:04:04 pm »
manuel liste
Citar
não a vigilância dos poucos peixes da ZEE portuguesa. Aqui a ninguém interessa a ZEE portuguesa, nem estamos dispostos a pôr um só euro para controlá-la. Já custa bastante controlar nossas costas como para querer controlar as de Portugal. Nao, obrigado


Meu caro, por favor, demagogía.  c34x
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7489
  • Recebeu: 967 vez(es)
  • +4595/-871
(sem assunto)
« Responder #81 em: Maio 27, 2008, 11:11:06 pm »
Citar
Há uma boa razão para que Marrocos não esteja interessada em colaborar: Marrocos é a origem principal do tráfico ilegal de pessoas e de drogas entre África e a União Européia, ali vive muita gente desses tráficos, até níveis altos da administração do país. Portugal não é Marrocos, nem creio que lhe convenha parecer-se a Marrocos. Portugal está na mesma equipe de Espanha, que é o da UE e o das democracias ocidentais, onde se luta contra os tráficos ilegais. Ou não?


Os tráficos ilegais, são sustentados pelas Máfias que recebem os imigrantes.
As quais não estão exactamente em Marrocos. Os marroquinos acham que não devem confiar nos espanhóis, por alguma razão será...

De qualquer forma essa nem sequer é a questão. A questão é se os espanhois passam ou não passam a controlar águas e áreas sobre as quais têm pretensões mas que não lhe pertencem.

E sejam quais forem essas pretensões, isso não lhe dá o direito de colocar o trabalho dos outros em causa, ainda mais quando se trata apenas de informação.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #82 em: Maio 27, 2008, 11:20:15 pm »
Este texto de Nuno Rogeiro [revista Sábado, n.º212, 21 Maio 2008] poderia ser colocado em pelo menos cinco tópicos do Fórum Defesa. Faço-o aqui porque este parece estar a ter muita saída  :mrgreen:
Na minha opinião, uma análise clara e consisa.

Citar
Aos bons amigos

Várias personalidades do Estado, do regime e do Governo de Espanha declararam, recentemente, que as relações com Portugal "são melhores do que nunca".
É uma verdade. Mas com segundos sentidos.
Ninguém de bom senso pode negar que Portugal precisa de se organizar, com Espanha, em muitas alíneas da vida comum. Ocorrem logo as questões da segurança, das emergências, das ligações rodoviárias, dos canais diplomáticos, dos recursos naturais. E há, claramente, várias ocasiões em que a entrada de empresas espanholas no mercado português, e portuguesas no mercado espanhol, são naturais e benéficas.
Não há ainda, desde o fim da "Guerra das Laranjas", e sobretudo desde 1945, qualquer contencioso militar ou territorial, se exceptuarmos a questão de Olivença. Por um lado, esta não é uma bizarria de doidos, mas um problema de direito internacional. Por outro, não é uma grande questão, mas um detalhe simbólico: ninguém na Primeira República, ou no Estado Novo, propôs a resolução pelo sangue ou pela espada, o que é significativo.
Mas dito isto, não se pode ignorar que existe, em certa Espanha, um problema para Portugal.
É evidente que, nalguns meios cuturais de Madrid, incluindo aqueles que promovem os currículos escolares, existe um "complexo português". Muitas gerações espanholas estudaram a história universal, induzidas no erro que a independência portuguesa começou em 1640 e não a meio do século XII. E muitos aprenderam que essa independência (não Restauração) só foi possível, porque o império espanhol teve de optar, e precisou de esmagar, no ovo, a insurreição na Catalunha.
A história lusitana surge assim desfocada e diminuída: esfumam-se a revolução nacional que leva a Aljubarrota, a divisão geopolítica das Tordesilhas, a via diferente nos Descobrimentos, o Renascimento português, a ausência de feudalismo, o destino próprio face ao Norte de África. Alguns "teóricos" chegam a sugerir que a Al-Qaeda ameaça igualmente Portugal e Espanha, por causa do "passado comum".
Essa desfocagem e diminuição possuem consequências: Portugal surge como uma Nação pouco sedimentada, algo artificial, baptizada pela desorganização, e por uma certa excentricidade. Para muitos espanhóis de boa-fé, Lisboa só tomou o rumo com os fundos comunitários, e depende deles para se manter a ordem.
Quando o vice-presidente da Catalunha, Josep Luís Carod Rovira, explica que uma certa Espanha neoimperial nunca se reconsiliou com a ideia de um Portugal independente, limita-se a frisar uma evidência. Quando 25 mil pessoas protestam, em Santiago de Compostela, contra a misteriosa "proibição" de emissão televisiva em português, ou quando clamam pelo reconheciento do galego como "português internacional", causam ondas.
Claro que não se pode confundir o problema espanhol em lidar com a sua identidade em desagregação, com a necessidade de continuarmos bons amigos.
Mas nenhuma boa amizade resiste à estupidez de uma das partes. Não sejamos nós os idiotas da aldeia.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

tyr

  • Analista
  • ***
  • 880
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #83 em: Maio 27, 2008, 11:20:32 pm »
que este sistema traz claras vantagens para portugal é obvio, o receio é a má utilização destas ferramentas por exemplo para espionagem industrial (por exemplo via de imagens satelite identificar padrões de empresas (ou clientes) que possam ser estudados em proveito de empresas espanholas).
a invasão militar de Portugal, pelo menos nos proximos 20 anos é obviamente irreal, mas a guerra economica (que espanha esta claramente a ganhar pois a economia espanhola tem blindagens contra o controlo de capitais estrangeiros ao contrario da actual economia portuguesa e consequentemente a capacidade das companhias espanholas vingarem cá é muito maior que as empresas lusas vingarem ai) esta neste preciso momento a decorrer.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2235
  • Recebeu: 89 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +59/-46
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #84 em: Maio 28, 2008, 04:50:59 am »
A versão espanhola do funcionamento do sistema:

Citar
REPORTAJE: Los problemas de los inmigrantes

Pesca de 'sin papeles' vía satélite

Interior teje una red informática con Portugal y tres países africanos para cruzar datos de espías y de radares

TOMÁS BÁRBULO - Mdrid - 26/05/2008
Ahora mismo, sobre nuestras cabezas, a 36.000 kilómetros de altura, hay un satélite espía que pesa 3,7 toneladas. Se llama Spainsat, y es propiedad del Ministerio de Defensa. Antes de finales de año, ayudará al Gobierno a blindar las costas frente a traficantes de drogas e inmigrantes irregulares.
El satélite es el corazón de una red de información cifrada que teje el Ministerio del Interior y que incluirá a Portugal y a tres países de África occidental. El proyecto, denominado Sea Horse Network, está siendo desarrollado por la empresa Indra, primera multinacional electrónica española.
En esencia, se trata de crear una gran intranet internacional, invulnerable a los espías. A través de antenas especiales apuntadas hacia el Spainsat (que se halla en órbita geoestacionaria; esto es: siempre sobre el mismo punto de la Tierra), enlazará permanentemente siete centros de información.El centro de mando estará ubicado en Las Palmas; será una versión más desarrollada del que ahora coordina las operaciones de vigilancia en el Atlántico. En previsión de un hipotético fallo, habrá otro centro, "de respaldo", en Madrid. Y serán construidos cinco centros más en Portugal (Lisboa), Mauritania (Nuadibú y Nuakchot), Senegal (Dakar) y Cabo Verde (Praia). Todos ellos quedarán integrados en una gigantesca intranet "segura" (esto es: supuestamente invulnerable a las interceptaciones). Según fuentes españolas, Marruecos ha rechazado formar parte de la red.
Cada una de las estaciones estará equipada con dos consolas de operaciones. En ellas trabajarán agentes locales y españoles, que, a través del satélite, enviarán al centro de mando de Las Palmas la información cifrada recogida de dos fuentes: los numerosos espías del CNI desplegados en África durante los últimos años y el Sistema de Identificación Automática (AIS son sus siglas en inglés).
Los agentes secretos proporcionan información y fotografías sobre operaciones sospechosas. En cuanto al AIS, es un sistema estandarizado por la Organización Marítima Internacional y funciona en el mar de forma similar a como lo hacen en el cielo los controles de navegación aérea: todas las embarcaciones de más de 500 toneladas están obligadas a llevar un equipo de comunicaciones por radio y, a través de él, deben responder a las preguntas de las autoridades responsables de las aguas que estén navegando: nombre del barco, bandera, carga, tripulación, puerto de salida, puerto de destino...
En Las Palmas, todos esos datos son cruzados con los que proporcionan los servicios secretos y el Sistema Integral de Vigilancia Exterior (SIVE). El SIVE es una combinación de estaciones costeras dotadas con radares y cámaras de vídeo, térmicas y de visión nocturna.

La primera de las estaciones del SIVE fue instalada en 2001 en el Campo de Gibraltar, en donde entonces desembarcaban impunemente cada día decenas de inmigrantes marroquíes sin papeles. Tuvo tanto éxito en la detección de las pateras que, siete años después, ya funcionan 30: 19 de ellas cubren la costa desde Ayamonte hasta el límite de Almería con Murcia, 10 lo hacen desde las Canarias occidentales (Gran Canaria, Fuerteventura y Lanzarote) y una más desde Ceuta. A lo largo de este año, Interior levantará nuevas estaciones en Tenerife, Hierro, Gomera, Murcia, Alicante, Valencia e Ibiza.
Las cámaras de esas torres de vigilancia tienen un alcance de entre 15 y 20 kilómetros. Pero sus radares van más allá: son capaces de detectar una pequeña patera de madera a 20 kilómetros, una lancha neumática a 34 kilómetros y un carguero a 130 kilómetros. Esta última distancia, por ejemplo, es superior a la que existe entre las ciudades de Madrid y Ávila.
Tal vez un ejemplo pueda ilustrar mejor el funcionamiento del nuevo entramado Sea Horse Network. El centro de Praia, en Cabo Verde, alerta al mando de Las Palmas (siempre a través del satélite) acerca de un barco sospechoso que acaba de pasar junto al archipiélago con rumbo norte. Informa del nombre del barco, de su bandera y del lugar del que supuestamente procede, Guinea-Bissau. El centro de mando de Las Palmas pone esa información a disposición del centro de Dakar, que alerta a los agentes del CNI en Guinea-Bissau. Éstos rastrean entre los buques que han abandonado el puerto de Bissau en las fechas señaladas y no hallan ninguno que se corresponda con las características de la nave sospechosa. Remiten su información a Dakar, que la envía a Las Palmas. A partir de ese momento, los guardias civiles que operan con los radares del SIVE rastrean en sus pantallas la nave sospechosa para interceptarla antes de que alcance la costa. El mecanismo de la red ha encendido la alerta para frustrar las intenciones de un barco negrero o de una operación de tráfico de drogas.


Exposto isto, fico com algumas dúvidas preocupantes:

Na estação sedeada em Portugal irão estar agentes espanhóis como refere o texto acima?

Se assim for, estes podem eventualmente enviar toda a informação que quiserem de tudo aquilo que se passa na nossa ZEE para a sede do comando do sistema em Las Palmas ou eventualmente para Madrid. Isto sempre e quando os nossos sistemas VTS e Sivicc façam parte desta rede.

Assim sendo, surge uma pergunta inevitável:

Os nossos sistemas VTS e Sivicc fazem parte desta rede?


Mesmo sem agentes espanhóis cá, pode o sistema enviar essa informação de forma autónoma e sem controlo português para o centro de comando em Las Palmas ou Madrid?

Muitas dúvidas que devem ser cabalmente esclarecidas.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #85 em: Maio 28, 2008, 08:12:36 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
 Exposto isto, fico com algumas dúvidas preocupantes:

Na estação sedeada em Portugal irão estar agentes espanhóis como refere o texto acima?

Se assim for, estes podem eventualmente enviar toda a informação que quiserem de tudo aquilo que se passa na nossa ZEE para a sede do comando do sistema em Las Palmas ou eventualmente para Madrid. Isto sempre e quando os nossos sistemas VTS e Sivicc façam parte desta rede.

Assim sendo, surge uma pergunta inevitável:

Os nossos sistemas VTS e Sivicc fazem parte desta rede?


Mesmo sem agentes espanhóis cá, pode o sistema enviar essa informação de forma autónoma e sem controlo português para o centro de comando em Las Palmas ou Madrid?

Muitas dúvidas que devem ser cabalmente esclarecidas.


Essas perguntas deveriam ser esclarecidas pelas autoridades portuguesas, que são as competentes na matéria. Os espanhóis não vão dizer a vocês o que têm que fazer em Lisboa, ou como têm que colaborar na luta contra os tráficos ilegais. Devem ser as autoridades portuguesas quem valorizem o novo sistema, se lhes interessa tomá-lo para melhorar o controle dos tráficos ilegais, ou não, em todo ou parte.

O texto que você inseriu confirma minhas opiniões, graças por pô-lo
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #86 em: Maio 28, 2008, 08:21:35 am »
Citação de: "tyr"
que este sistema traz claras vantagens para portugal é obvio, o receio é a má utilização destas ferramentas por exemplo para espionagem industrial (por exemplo via de imagens satelite identificar padrões de empresas (ou clientes) que possam ser estudados em proveito de empresas espanholas).
a invasão militar de Portugal, pelo menos nos proximos 20 anos é obviamente irreal, mas a guerra economica (que espanha esta claramente a ganhar pois a economia espanhola tem blindagens contra o controlo de capitais estrangeiros ao contrario da actual economia portuguesa e consequentemente a capacidade das companhias espanholas vingarem cá é muito maior que as empresas lusas vingarem ai) esta neste preciso momento a decorrer.


É um satélite de comunicações, não de vigilância. Não tem radar nem equipes ópticas, assim que não tem capacidade para fazer espionagem. Cada hora sobrevoam Portugal (e Espanha) vários satélites de vigilância e ninguém se escandaliza por isso

Portugal não é a URSS, e há formas mais singelas e eficazes de fazer espionagem que mediante um caro satélite  :wink:
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #87 em: Maio 28, 2008, 10:40:20 am »
Citação de: "manuel liste"
Essas perguntas deveriam ser esclarecidas pelas autoridades portuguesas, que são as competentes na matéria. Os espanhóis não vão dizer a vocês o que têm que fazer em Lisboa, ou como têm que colaborar na luta contra os tráficos ilegais. Devem ser as autoridades portuguesas quem valorizem o novo sistema, se lhes interessa tomá-lo para melhorar o controle dos tráficos ilegais, ou não, em todo ou parte.

Certo então. Mas parece ser o que está a acontecer (segundo bold) Poderiam ter começado por informar o nosso Governo, antes de vender o peixe nos jornais.


Citar
Migrações/Mediterrâneo: Portugal desconhece sistema vigilância espanhol, mas está "aberto" para cooperação    

   Évora, 27 Mai (Lusa) - O ministro da Administração Interna disse hoje  que Portugal "está aberto" ao desenvolvimento de projectos de cooperação  com Espanha para combater a imigração ilegal, mas afirmou desconhecer o  sistema espanhol de vigilância das fronteiras marítimas na Península Ibérica.  

 

   Na edição de hoje, o Diário de Notícias, citando o jornal espanhol El  Pais, refere que o Ministério do Interior de Espanha está a montar um sistema  de vigilância das fronteiras marítimas com vista ao combate da imigração  ilegal e do tráfico de droga.  

 

   Segundo o jornal, o sistema espanhol prevê especificamente um centro  de informação a erguer em Lisboa e ainda outros em três países africanos  que já se associaram ao projecto.  

 

   Em conferência de imprensa, no final da VI Conferência sobre Migrações  no Mediterrâneo Ocidental, que decorreu em Évora, Rui Pereira disse aos  jornalistas que "o Ministério da Administração Interna não tem conhecimento  desse projecto" e que "não estão em curso quaisquer negociações".  

 

   No entanto, salientou que Portugal "está disponível para combater a  imigração ilegal" e "aberto" para desenvolver "novos projectos de cooperação  que envolvam as novas tecnologias".  

 

   Em declarações à Agência Lusa à margem da conferencia, o ministro do  Trabalho e da Imigração espanhol, Celestino Corbacho, afirmou que o projecto  está a ser desenvolvido pelo Ministério do Interior, mas garantiu que Espanha  está empenhada no combate à imigração ilegal e mantêm cooperação com vários  países, incluindo Portugal.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1463
  • Recebeu: 320 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4537
(sem assunto)
« Responder #88 em: Maio 28, 2008, 11:25:18 am »
...nao acho bem é expulsar os espanhois do forum, como propunha alguem :)
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8537/-4167
(sem assunto)
« Responder #89 em: Maio 28, 2008, 11:32:07 am »
Portugal ao menos está aberto a todas as formas de cooperação com tudo e todos, mesmo com países que durante a história nos invadiram de 200 em 200 anos.Mas alguem se fia da boa vontade de Espanha?