A informação sobre o facto de este ser o primeiro sistema submarino russo a utilizar o sistema «pump jet» ou melhor, a configuração «pump jet», é pública e está nas mais diversas publicações sobre o sistema. Eu não tenho outras informações sobre os sistemas russos que me permitam concluir o contrário.
O que não nego, é que seguindo o que é tradicional na industria e conceitos de desenvolvimentos russos, eles tivessem começado a testar esta possibilidade há muito tempo, mas pelo que vemos, com resultados pouco interessantes.
O problema da temperatura da água nos mares do norte, faz com que um sucesso naquelas latitudes, acaba não o sendo quando um navio vem para o mediterrâneo.
Os submarinos que utilizam o sistema são:
Britânicos:Classe Trafalgar
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/NAV.aspx?nn=372Classe Astute
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/NAV.aspx?nn=373Americanos:Classe Seawolf
Classe Ohio modernizada : (convertidos para a utilização do Pump Jet)
http://www.areamilitar.net/directorio/NAV.aspx?nn=334FrancesesLe Triomphant
http://www.areamilitar.net/directorio/NAV.aspx?nn=353Os soviéticos não teriam seguramente deixado de estudar o tema, mas que eu saiba e que esteja publicado, não houve nenhuma classe russa que tivesse utilizado estes sistema até aos submarinos Borei.
Depois, evidentemente há a especulação.
Lembro por exemplo o filme «Caça ao outubro vermelho» em que os russos teriam desenvolvido um sistema muito sofisticado de propulsão magneto-hidrodinâmica, que chamaram de «catterpilar». Na verdade uma invenção dentro da invenção, porque o autor do livro Tom Clancy, tinha concebido o submarino com um sistema de hidrojato.
A tese do Clancy fora demonstrada absurda, porque o hidrojato torna o navio muito mais barulhento e isso levou à introdução do sistema de propulsão magneto-hidrodinâmica.
Mas isto era ficção cientifica. Nunca existiu e o que sabemos é que os almirantes russos tinham absoluta certeza de que os submarinos americanos eram muito mais silenciosos que os russos.
Essa paranoia chegou até ao afundamento do Kursk, onde as teorias da conspiração continuaram a afirmar que tinha sido um submarino americano a afundar o submarino russo.