Uma questão.
Quem vai/quem deve repor o dinheiro, o estado, que concedeu verbas sem controlar, ou os agricultores que as utilizaram para tudo menos para os fins a que as verbas se destinavam?
Deverá ser o Estado, se os agricultores já não vão com a cara do Ministro da Agricultura, se este exigisse o dinheiro de volta a "casa ia abaixo" outra vez.
Mas pronto, não é assim muito dinheiro. Pior estão os franceses
Scheisse..afinal a BSE está 1 pouco mais activa do que eu pensava..19 casos este ano até agora:
BSE: Portugal teve 19 casos positivos desde o início do ano
Desde o início do ano foram detectados 19 casos de BSE (doença das vacas loucas) em Portugal, país que está classificado como de «risco controlado», segundo uma nota de imprensa da Direcção Geral de Veterinária (DGV).
De acordo com a DGV, o número de animais positivos tem decrescido de forma sustentada, desde 2003, apesar de ter aumentado o nível de testagem nos bovinos mortos nas explorações.
O Governo açoriano revelou quarta-feira que foi encontrado um caso de BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina) numa exploração na ilha Pico.
Trata-se do 6º caso positivo nesta Região Autónoma desde o ano de 1990, início da crise de BSE em Portugal, sendo que dois destes casos foram detectados em animais importados.
Relativamente ao resultado positivo obtido nos Açores, a DGV refere tratar-se de bovino da raça frísia com 15 anos de idade submetido a abate de emergência.
A carcaça foi destruída e foram aplicados na exploração todos os procedimentos adequados que conduzem à eliminação e destruição dos animais coabitantes.
Os dados da Direcção Geral de Veterinária revelam que Portugal está classificado como um país de risco controlado, como acontece com todos os países da União Europeia.
Desde 1990 foram detectados em Portugal 1.021 casos de animais com BSE, mais de metade deles na área da Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho (596), seguido da Beira Litoral (245), de Trás-os-Montes (87), do Alentejo (40), da Beira Interior (25) e da Região Oeste (22).
No Algarve e na Região Autónoma da Madeira não existe registo de casos.
Ainda de acordo com os dados da Direcção Geral de Veterinária, o maior número de casos positivos da doença foi detectado em animas nascidos entre 1992 e 1996.
A vaca detectada quarta-feira na Ilha do Pico, Açores, tinha nascido nos anos 90, período em que a doença surgiu com maior intensidade.
Na nota de imprensa, a DGV refere que os sistemas de controlo aplicados dão absoluta garantia aos consumidores e são controlados pelos serviços veterinário oficiais auditados internamente e pela União Europeia.
A sustentabilidade dos mecanismos de controlo permitiu que em Novembro de 2004 fosse levantado o embargo imposto pela UE.
Entre vários procedimentos, o controlo é feito com a recolha e eliminação sistemática dos cadáveres de bovinos mortos nas explorações com testagem de todos os animais com mais de 24 meses e com a inspecção sanitária nos estabelecimentos de abate e salas de desmancha.
Ainda de acordo com DGV, é também feita a testagem obrigatória de todos os bovinos elegíveis nomeadamente os abatidos para consumo com mais de 30 meses de idade, a destruição das carcaças de todos os animais positivos, e o controlo da alimentação animal no que se refere à proibição da incorporação de proteínas animais.
Segundo revelaram recentemente investigadores britânicos, a doença das vacas loucas foi importada para a Europa, através da Grã-Bretanha, em rações para animais e ossos originários do Sul da Ásia, que incluíam restos humanos recolhidos no rio Ganges.
A teoria divulgada por Alan Colchester, professor de medicina e ciências da saúde na universidade de Kent, e por Nancy Colchester, da faculdade de medicina e medicina veterinária da universidade de Edimburgo, inverte a ordem cronológica da infecção, atribuindo aos humanos o contágio das vacas, e não o contrário.
Num estudo publicado no final do ano passado na revista «The Lancet» os investigadores afirmam que as importações destinadas à alimentação animal começaram nos anos 50 do século XX e duraram até aos anos 70.
Os produtos importados incluíam restos de corpos humanos parcialmente calcinados em cerimónias fúnebres da religião hindu e recuperados nas águas do Ganges, que poderiam ser portadores da doença de Creutzfeld-Jakob, da mesma família que a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), ou «doença das vacas loucas».
A BSE foi identificada no gado bovino britânico no final da década de 80 e os cientistas consideram geralmente que a doença se propagou aos seres humanos, sob a forma de uma nova variante da doença de Creutzfeld-Jakob.
Em Portugal, a doença de Creutzfeld-jakob afecta, em média, 10 a 15 portugueses por ano, mas o primeiro caso provável de contágio através do consumo de carne bovina foi registado em Junho de 2005.
A doença tem um período de incubação nos humanos que pode chegar aos 20 anos, afectando o sistema nervoso até provocar a morte.
Diário Digital / Lusa
03-08-2006 17:08:00
de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=238439