Tecnologia Portuguesa

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #585 em: Outubro 20, 2014, 06:17:25 pm »
Portugueses contribuíram para tecnologia laureada


Investigadores nacionais da Universidade de Aveiro (UA) deram "contributos significativos" para os avanços da tecnologia LED azul que valeram, recentemente, aos cientistas Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura a atribuição do Prémio Nobel da Física 2014.
 
Em comunicado, a UA afirma que "a relevância do trabalho desenvolvido pelos investigadores portugueses está bem patente nos trabalhos em coautoria com os laureados e na citação que estes mereceram na investigação que conduziu ao prémio Nobel da Física" deste ano.
 
De acordo com a universidade, a participação do Departamento de Física da UA na área de investigação de materiais da família dos nitretos para aplicação em díodos emissores (LED) de luz azul, em que foi pioneira a nível nacional, remonta à década de 90.
 
Em 1996, a Comunidade Europeia deu início ao projeto multidisciplinar e internacional "Rainbow", na qual a UA participou, com a coordenação das professoras Helena Nazaré e Estela Pereira, e que se destinava ao desenvolvimento de protótipos LED e díodos laser no azul.
 
Na sequência deste projeto, explica a UA, "fortaleceram-se redes internacionais de colaboração entre os cientistas que trabalhavam nesta área", o que permitiu que quatro investigadores da UA - Estela Pereira, Teresa Monteiro, Rosário Correio e Sérgio Pereira - desenvolvessem trabalhos onde também participaram dois dos laureados com o Prémio Nobel da Física 2014.
 
Além destas coautorias, destaca a instituição universitária portuguesa, existe também um outro trabalho liderado pela equipa da UA e assinado por Sérgio Pereira, Rosário Correia e Estela Pereira "que obteve reconhecimento direto por parte dos três laureados ao ser citado por estes autores num artigo publicado na Nature Materials".
 
"A citação de um trabalho cujas conclusões, hoje adotadas pela comunidade científica, desafiavam frontalmente as ideias então instituídas, atesta bem a qualidade e relevância da investigação feita na UA nesta área do conhecimento", congratula-se a universidade.
 
Atualmente, as investigadoras Teresa Monteiro e Rosário Correia integram o Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (I3N), laboratório associado em que participa a UA, enquanto Sérgio Pereira é investigador do Centro de Investigação em materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO), outro laboratório associado da universidade.
 
Mais de duas décadas depois, estes cientistas continuam a desenvolver investigação no âmbito das propriedades óticas e estruturais em diversos sistemas de materiais "que, espera-se, venha a ter impacto positivo no futuro da humanidade", finaliza a UA.

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #586 em: Novembro 25, 2014, 05:58:23 pm »
Sensor pode diminuir mortes em acidentes agrícolas


Sensível à elevada taxa de acidentes mortais com tratores, um português criou um dispositivo de alerta para acidentes com máquinas agrícolas ou industriais, facilitando o socorro de eventuais vítimas.

Segundo avança a agência Lusa, só no primeiro semestre de 2014, registaram-se 66 acidentes com tratores agrícolas, que provocaram a morte a 36 pessoas.

O dispositivo “Hi-Tractor” passa por um conjunto de elementos de computação, composto por sensores e atuadores, que através de um software específico regista atividades anormais nos veículos agrícolas pedindo ajuda de forma imediata.

Este tipo de máquinas, apesar de úteis, são "perigosas" quando são operadas em condições "extremas ou por pessoas com poucas habilitações para o efeito", sendo responsáveis por um número "considerável" de mortes todos os anos, disse Adriano Menino, responsável pelo projeto, em declarações à agência Lusa.

O aparelho já começou a ser testado e promete "revolucionar" o socorro em caso de acidente com tratores agrícolas, quando estes estão em movimento em terrenos mais acidentados e assim ajudar a reduzir o número de mortes.

"O dispositivo dá em tempo real as coordenadas do local às equipas de socorro ou outros elementos que o operador da máquina queira avisar com antecedência em caso real de acidente", acrescentou o investigador.

Para além do “Hi-Tractor”, o projeto inclui uma pulseira SOS “que poderá ser utilizada de forma manual pelo agricultor e assim espoletar um pedido de ajuda, quando por vezes, não há condições para pedir auxílio de imediato", explicou Adriano Menino, natural de Torre de Moncorvo, Trás-os-Montes.

Trata-se de uma boa solução "porque trabalhamos em sítios perigosos e se isto der resultado as pessoas são alertadas mais depressa e, em caso de acidente outra fatalidade, o socorro é mais rápido ", disse António Ferreira, tratorista há 35 anos, à agência Lusa.

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #587 em: Dezembro 11, 2014, 02:20:59 pm »
Americanos investem 3,9 milhões de €€ em start-up portuguesa


A start-up tecnológica portuguesa Veniam acaba de conquistar um investimento de 4,9 milhões de dólares (cerca de 3,9 milhões de euros) por parte de um consórcio liderado pela empresa norte-americana de capital de risco True Ventures e com a participação de outras duas companhias e investidores privados.
 
A empresa nacional, nascida e incubada, em 2012, nas universidades de Aveiro e do Porto, já está presente em Silicon Valley, nos EUA, e dedica-se ao desenvolvimento de tecnologia inovadora, pretendendo criar o conceito de "Internet em movimento".
 
Para o fazer, explica um comunicado da Universidade de Aveiro, a Veniam utiliza a conetividade entre veículos, objetos móveis e utilizadores finais para ampliar a cobertura de rede WiFi a custos reduzidos, implantando redes veiculares nas cidades que transformam carros, autocarros ou camiões em 'hotspots' (pontos de acesso) WiFi móveis.
 
O objetivo da empresa é, portanto, transformar frotas de veículos, públicos ou privados, em redes ativas, sem que haja uma dependência das redes móveis. Paralelamente, a utilização desta tecnologia permite recolher um grande volume de dados, representando grandes oportunidades para o melhoramento dos transportes públicos, a recolha inteligente do lixo ou a monitorização de infrastruturas críticas.
 
"A tecnologia é inteiramente desenvolvida em Portugal e, pela sua inovação, tem despertado um grande interesse em todo o mundo", afirma Susana Sargento, investigadora do Departamento de Electónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro (UA), que fundou a start-up com João Barros, da Universidade do Porto, e dos norte-americanos Robin Chase e Roy Russell, empreendedores norte-americanos que criaram a Zipcar, a maior empresa global de car-sharing.

Empresa criou no Porto a maior rede veicular do mundo
 
Em 2014 a Veniam desenvolveu, no Porto, a maior rede veicular do mundo, com a ligação entre mais de 400 autocarros da cidade, permitindo o acesso à rede WiFi a cerca de 60 mil pessoas por mês. A próxima meta é, agora, expandir a presença em Silicon Valley e acelerar o processo de implantação de redes veiculares em várias cidades dos Estados Unidos.
 
A solução "tem despertado um enorme interesse e estamos confiantes de que as redes de veículos em grande escala estarão na base de uma expansão mais rápida da Internet of Things (Internet das ‘Coisas’) tanto nas cidades como em ambientes industriais", asseguram os responsáveis da Veniam.
 
O financiamento que garantiram, recentemente, junto dos investidores norte-americanos, vai "permitir expandir rapidamente as atividades nos EUA e na Ásia para a implementação de novas plataformas nas cidades a nível internacional", congratula-se Susana Sargento.
 
A investigadora da UA realça que uma das ambições da empresa "é continuar sempre a criar emprego qualificado em Portugal ao nível da equipa de engenharia com investimento direto estrangeiro." Neste momento, esta equipa encontra-se na Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA) e no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).
 
Desde Agosto de 2014, a Veniam tem sede em Mountain View, Califórnia, e laboratórios de desenvolvimento em Aveiro (IEUA) e no Porto (UPTEC).

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #588 em: Janeiro 11, 2015, 11:12:20 pm »
Português cria tinteiros que imprimem circuitos




Hugo Miranda, aluno da Universidade de Aveiro, desenvolveu tinteiros que podem ser usados numa impressora convencional para imprimir circuitos eletrónicos em papel fotográfico.

As tintas do tinteiro criado pelo português, que frequenta o Mestrado de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, são compostas por nano partículas de material condutor de eletricidade e permitem que qualquer pessoa possa criar circuitos sem os problemas que levanta a construção industrial de placas de circuito impresso, explica a UA em comunicado.

A inovação permite que, em poucos minutos, se possa ter em mãos um circuito com a leveza de uma folha de papel, de uma forma simples e barata, revela o mesmo comunicado.

Hugo conta que a "grande vantagem desta impressora é que podemos criar um protótipo de forma rápida e barata, bastando para isso desenhar a placa no computador, imprimi-la e adicionar os componentes à mesma”.

Outra vantagem é possibilidade de imprimir circuitos eletrónicos a partir da própria casa.

Para além dos tinteiros, Hugo Miranda já testou estas tintas numa caneta de feltro, "com iguais resultados de boa condutividade elétrica, seja em papel fotográfico, seja em películas de vidro ou resina", e o criador garante que irá testar outros materiais em breve.

O estudante prevê o uso dos circuitos impressos em "drones, antenas, etiquetas inteligentes e sensores", tecnologias que precisam de componentes com um peso cada vez menor e altamente moldáveis.

Tecnologia é acessível a todos

Hugo Miranda contou com a colaboração de Hélder Machado, também estudante do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática. Hélder transformou uma tecnologia altamente dispendiosa, tornando-a acessível a qualquer pessoa.

“As impressoras que permitem imprimir circuitos de forma similar a esta são usadas principalmente na indústria e custam dezenas de milhares de euros”, cita o comunicado.

Se for necessária alguma mudança, “basta voltar a imprimir os circuitos com as alterações que pretendemos a qualquer momento", explica Hugo.

A ideia da impressão a partir de casa começou com alterações efetuadas numa impressora normal, ao nível das cabeças de impressão. Depois, Hugo tentou mudar os tinteiros e a tinta.

“As propriedades físicas da tinta foram então alteradas, por forma a tornarem-se similares às utilizadas em impressoras convencionais e, dessa maneira, a funcionarem em qualquer impressora comercial, sem que estas sofram qualquer alteração”, conta o jovem.

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #589 em: Março 02, 2015, 06:05:22 pm »
BBC destaca drone português controlado pelo cérebro


A Tekever, empresa portuguesa especializada no fabrico de drones, desenvolveu um aparelho controlado pelo cérebro. A inovação esteve em destaque, durante a última semana, na cadeia televisiva BBC.

O drone, que é comandado por ondas cerebrais, foi exibido durante uma demonstração que teve lugar no passado dia 24 em Vila Franca de Xira. A Tekever explicou à televisão britânica que esta inovação, que recorre a uma espécie de touca com sensores, pode ser manuseada por pessoas com movimentos limitados.

Esta touca é fabricada com diversos sensores que captam as ondas cerebrais que depois são convertidas em comandos para o drone através de algoritmos presentes num computador, num funcionamento semelhante aos eletroencefalogramas (EEG).

Durante o teste, um técnico da Tekever sentou-se à frente de um computador, de forma a controlar os movimentos do drone, através das ordens que a touca detetava.

Este sistema foi testado durante vários meses, período durante o qual os pilotos 'ensinaram' ao cérebro como é que ele se deveria comportar para fazer o pequeno círculo subir ou descer no ecrã do computador, de forma a conseguir controlar a direção do drone.

"Acreditamos que as pessoas vão ficar aptas a pilotar aeronaves da mesma forma que fazem atividades diárias, como por exemplo andar ou correr", disse Ricardo Mendes, responsável da empresa, à BBC.

A Tekever, que trabalha também para diversas empresas de segurança, forças políciais e o exército, espera no futuro alargar esta tecnologia ao controlo da maioria das aeronaves.

Para Ricardo Mendes, esta tecnologia poderá trazer diversas medidas de segurança, evitando possíveis incidentes, como o caso de o piloto sofrer convulsões durante a pilotagem.

"Os algoritmos que aparecem no ecrã podem prevenir em caso de acidentes", acrescentou o responsável à estação britânica.

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #590 em: Março 06, 2015, 05:57:06 pm »
Universidade de Aveiro desenvolve protótipo de camião para abastecer carros elétricos


A Universidade de Aveiro anunciou hoje que o seu Departamento de Engenharia Mecânica desenvolveu um protótipo de camião-cisterna para armazenar energia.

Tal como hoje vemos os camiões-cisterna a transportar combustível, o protótipo criado pela Universidade de Aveiro consiste num camião que armazena energia para abastecer carros elétricos.

Chama-se Dispositivo Modular de Armazenamento de Energia Elétrica (DMAE) e pretende diminuir a resistência à opção pelo automóvel elétrico.

Sobre o camião é montada uma estrutura metálica que aloja baterias de iões de lítio, com um Sistema de Gestão e Controlo que permite diminuir os tempos de espera para carregar o automóvel, ultrapassar as limitações decorrentes da rede elétrica e possibilitar novos modelos de negócio na área energética.

Uma das inovações é que o camião pode armazenar eletricidade em qualquer central de produção de energia renovável e fornecer carga a dez automóveis elétricos, em simultâneo, no modo rápido, número superior ao que atualmente se verifica nos pontos da rede de carregamento elétrico nacional.

"As baterias inseridas no dispositivo são interligadas por uma rede de eletrónica de potência, de forma inteligente, formando uma matriz dinâmica de baterias", explica José Santos.

O investigador responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Gestão e Controlo do DMAE adianta que "a matriz é dinâmica, pois as interligações no seu interior e as ligações com o exterior do dispositivo são monitorizadas e geridas pelo Sistema de Gestão e Controlo em tempo real".

O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa D2M-Energytransit, à qual pertence a patente do DMAE.

"A vantagem do conceito DMAE, será que a considerável capacidade de armazenamento [até 4 MWh com as melhores baterias de veículos elétricos existentes atualmente], não é resultante de uma grande bateria construída de raiz, mas sim do agrupamento de baterias já existentes, pelo que os custos são por isso notoriamente inferiores", explica José Santos.

Considerando a associação do conceito DMAE com o modelo de "swap stations" (já existentes em alguns países), em que os automóveis trocam a bateria em vez de esperar pelo carregamento parcial, a modularidade do dispositivo ganha ainda maior vantagem, pela rotação das baterias nele inseridas.

Nesse caso os automobilistas ganham duplamente, por verem reduzido o tempo para repor a autonomia total (estima-se inferior a cinco minutos a operação de troca) e a diminuição da limitação da autonomia, principal receio dos condutores.

Lusa
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #591 em: Abril 06, 2015, 06:30:13 pm »
Tecnologia desenvolvida em Coimbra integra missão espacial a Mercúrio


A missão BepiColombo está prevista para janeiro de 2017. Vai levar equipamento criado em Portugal capaz de analisar os níveis de sódio da atmosfera do planeta Mercúrio. Uma tecnologia desenvolvida pela Active Space Technologies (AST), empresa localizada em Taveiro, Coimbra, vai integrar uma missão científica ao planeta Mercúrio desenvolvida pelas agências espaciais europeia e japonesa e prevista para janeiro de 2017.

De acordo com informação hoje disponibilizada pela empresa, a tecnologia em causa foi recentemente integrada num dos três veículos espaciais da missão BepiColombo, em desenvolvimento pelo parceiro japonês, e vai analisar os níveis de sódio da atmosfera do planeta Mercúrio.

"Foi um dos primeiros protótipos que desenvolvemos para missões espaciais ainda em 2006 e é muito gratificante ver a nossa tecnologia a ser finalmente integrada nesta fase da missão", afirma, em nota de imprensa, Ricardo Patrício, responsável da Active Space Technologies. Na nota, a AST adianta que o objetivo da missão espacial "será estudar de forma exaustiva o campo magnético do planeta, a sua magnetosfera, o interior e a superfície" de Mercúrio, o planeta do sistema solar mais próximo do sol.

Na página de internet da agência espacial europeia (ESA) lê-se que a missão BepiColombo está prevista para ser lançada em janeiro de 2017 e que os veículos espaciais - um de transporte e dois que irão orbitar em redor de Mercúrio ao longo de um ano, suportando temperaturas de cerca de 350 graus centígrados - demorarão sete anos a chegar ao planeta.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #592 em: Abril 11, 2015, 09:05:34 pm »
Investigação portuguesa para transformar urina em eletricidade e fertilizantes interessa à NASA


Apenas utilizando a urina poderá produzir-se energia para iluminação, para ligar eletrodomésticos ou para acionar bombas de água em alguns países de África.
Investigadores da Universidade do Minho estão a produzir fertilizantes e eletricidade com urina humana, um projeto que despertou interesse junto da NASA e que, segundo os autores, pode revolucionar regiões remotas.

Apenas utilizando a urina poderá, por exemplo, produzir-se energia para iluminação, para ligar eletrodomésticos ou para acionar bombas de água em alguns países de África. Luciana Peixoto, uma das investigadoras ligadas ao projeto, diz que em países com pouco sol pode produzir-se, por exemplo, iluminação de jardim. Em certas comunidades, diz, não só se elimina um possível foco de doenças, a urina, como se criam fertilizantes e ainda se produz eletricidade. Segundo Luciana Peixoto, o interesse da NASA relaciona-se com o possível aproveitamento da urina dos astronautas para produzir fertilizantes para plantas no espaço

A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica, da Universidade do Minho, não sabe dizer a quantidade de urina necessária, mas garante que com 300 mililitros se conseguem produzir dois volts (o equivalente a uma pilha das mais pequenas, que põe a trabalhar um relógio de parede simples) contínuos durante 30 a 45 dias. Com cinco carrega-se um telemóvel, com 20 um computador.

O projeto, já com dois anos, tem parceiros a desenvolver a parte virada para a indústria, estando a decorrer uma fase de testes utilizando 300 litros de urina.
Um trabalho de investigação que a par de dezenas de outros está hoje e sábado a ser apresentado no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no âmbito do primeiro Festival Nacional de Biotecnologia, uma iniciativa internacional coordenada pela Association of Science-Technology Centers e que tem estreia mundial em Portugal.
A urina humana é muito rica em fósforo e matéria orgânica e "tem tudo o que precisamos para produzir fertilizantes e eletricidade" explica Luciana Peixoto à Lusa, acrescentando que, além do fósforo, tem azoto, magnésio e amónio.

Para fazer o fertilizante a urina é deixada durante seis dias, adicionando-se depois magnésio para aumentar a velocidade de depósito. Após esse prazo há uma concentração rica em fósforo (excretado pela urina porque existe nos alimentos, muitos deles com fertilizantes a mais) e depois, em 30 minutos, esse concentrado é transformado em pó ou em grânulos, um fertilizante, segundo a responsável, mais rico em fósforo do que qualquer fertilizante comercial.

"Estamos a fazer testes toxicológicos e de germinação", diz a investigadora, mostrando pequenas caixas onde alfaces começam a germinar numa solução com o fertilizante feito a partir da urina. E acrescenta: "acreditamos que iremos ter uma produção semelhante à de uma com o fertilizante comum". Quanto à produção de eletricidade a explicação é muito mais técnica: "com a urina que sobra, com grande fonte de carbono e glicose, introduzimos numa célula de combustível microbiana, com bactérias eletroativas que degradam as fontes de carbono...".

Luciana Peixoto está entusiasmada. Acredita que "otimizando o sistema" chegará a uma produção assinalável de energia através da urina.
E mostra um pequeno led a piscar, acionado pela energia extraída de um pote com "lama do jardim". "Está a produzir assim continuamente há meses", diz, para logo acrescentar: "mas a urina é muito melhor".

Lusa
 

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Get_It

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #593 em: Abril 16, 2015, 07:18:02 pm »
Portugueses criam anti-corpos contra Alzheimer com ajuda do vírus da dengue
Citação de: "Nuno Noronha, SAPO"
O projecto de investigação "sdAb+péptido" desenvolveu anti-corpos que reconhecem e desagregam uma proteína cerebral responsável pela evolução do Alzheimer, com a ajuda duma molécula transportadora, encontrada no vírus da dengue.

Esta foi uma das quatro investigações apresentadas hoje, em Coimbra, que resultaram do projecto Do IT - Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Translação, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade, e que tem como objectivo colocar a tecnologia ao dispor da saúde.

A investigação, desenvolvida entre a TechnoPhage, o Instituto de Medicina Molecular e a Bial, permitiu desenvolver anti-corpos que desagregam a proteína que leva à evolução da doença de Alzheimer, explicou o professor Miguel Castanho, do projecto de investigação, hoje à tarde, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Contudo, para a desagregação da proteína, os anti-corpos necessitam de péptidos (biomoléculas), que os transportam até ao alvo, que se encontra no cérebro, disse o investigador.

Os péptidos utilizados para este projecto de investigação foram encontrados na dengue, visto que os vírus têm a capacidade de "transportar o seu genoma para dentro de células", aclarou.

Segundo Miguel Castanho, quer a construção da molécula transportadora quer os anti-corpos desenvolvidos poderão ter outras aplicações, sendo que o projecto direccionado para a doença de Alzheimer apresentou resultados "satisfatórios para todas as fases do projecto", estando agora a ser testado em modelos animais.

Também foi apresentado, durante a tarde, o projecto Diamarker, que desenvolveu uma ferramenta de diagnóstico de factores de risco genéticos e a sua correlação com biomarcadores direccionados para a diabetes tipo 2, numa parceria entre a Biocant, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, as universidades de Coimbra e de Aveiro, entre outras instituições da região Centro.

Já o projecto do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), em conjunto com a Eurotrials, a Genetest, o IPO do Porto e o Centro Hospitalar de São João, centrou-se nos biomarcadores genéticos para a avaliação da resposta terapêutica no carcinoma colorrectal.

Segundo Paulo Canedo, do IPATIMUP, os biomarcadores podem evitar "toxicidades" desnecessárias, evitar "custos adicionais" e aumentar a eficácia dos tratamentos.

Para o investigador o projecto Do IT, permitiu ao próprio IPATIMUP uma aproximação às empresas, saudando a iniciativa.

O Do IT foi um desafio lançado pelo Health Cluster Portugal, que, através de um investimento de 6,8 milhões de euros, 21 instituições, como hospitais, universidades e empresas, trabalharam em projectos ao longo dos últimos três anos ligados à área da saúde.
Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/projecto-criou-anti-corpos-para-combater-o-alzheimer-com-ajuda-da-dengue

Cumprimentos,
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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #594 em: Abril 20, 2015, 04:32:34 pm »
Espaço: Tecnologia portuguesa em novo projeto europeu


A multinacional portuguesa Active Space Technologies, especialista em tecnologia aeroespacial, foi escolhida para integrar um novo projeto espacial europeu com um valor global de 3,5 milhões de euros e no âmbito do qual vai desenvolver um radiador desdobrável para satélites.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a empresa nacional revela que está em causa "um projeto ambicioso" e que a Active Space Technologies terá a seu cargo o "fabrico de todos os componentes mecânicos, nomeadamente as peças do radiador e do mecanismo de abertura".
 
Segundo a companhia, o projeto pretende resolver um problema associado à necessidade de, dada a inexistência de uma atmosfera, após serem lançados, os satélites terem de rejeitar o calor por radiação sob pena de aquecimento de todo o sistema e consequente deterioração.
 
Hoje em dia, a solução, explica a Active Space Technologies, passa pela implementação, nos satélites, de radiadores, cujo papel é, precisamente, a emissão deste calor para o espaço.

O problema é que os radiadores "necessitam de ter uma grande área, o que pode tornar-se proibitivo tendo em conta das apertadas restrições" dos foguetões, utilizados como veículo de lançamento dos satélites.
 
A empresa portuguesa propõe-se, agora, resolver esta questão com recurso a uma novidade: a conceção de "um radiador desdobrável que assume uma configuração compacta durante as fases de lançamento, mas que se posiciona corretamente depois de estar em órbita".
 
"Este projeto de desenvolvimento apresenta um enorme potencial de aplicação comercial, tanto em satélites de telecomunicações como em outros de índole científica, o que representa um avanço considerável na indústria aeroespacial global", afirma João Neto, gestor do projeto por parte da Active Space.
 
A conclusão do desenvolvimento, adianta a empresa portuguesa, está prevista para Janeiro de 2018. Além da Active Space Technologies, integram o consórcio responsável pelo projeto empresas de renome na industria aeroespacial como a SENER, Tecnalia, Thales França, Thales Itália e IberEspacio.  
 
Boas Notícias
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #595 em: Junho 01, 2015, 03:32:24 pm »
Uma vacina contra ataques biológicos made in Coimbra



Uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra desenvolveu uma vacina nasal que combate um ataque por antraz. De acordo com um comunicado da universidade, partindo do princípio que as vacinas injectáveis ministradas a militares não são 100% eficazes, a equipa criou um sistema que actua no local onde o antraz é inalado e impede que ocorra infecção e desenvolvimento da doença numa fase mais precoce. O grupo vai mais longe, ao assumir que os fins preventivos da vacina alargam-se a outros níveis. De acordo com o comunicado, “a introdução no mercado de uma vacina deste tipo poderá dissuadir a utilização de armas biológicas com antraz”.

O trabalho durou três anos, dando origem a uma protecção imunitária que, diz a coordenadora do grupo, Olga Borges, “promove a produção de anticorpos protectores nas mucosas, formando uma barreira à entrada do antraz na corrente sanguínea”. Nesse sentido, foram desenvolvidas “nanopartículas muco-adesivas que têm como função estimular o sistema imunitário, permitindo que este responda de forma mais eficaz à presença do antigénio (molécula estranha ao organismo) do antraz”. Por outro lado, assegura a investigadora, “as nanopartículas asseguram ainda que a vacina não seja destruída pelas enzimas das mucosas ou que se desloque para o estômago, onde seria inativada pelos ácidos”.

A investigação começou por fazer parte de um projecto europeu, proposto pelo Ministério da Defesa Português e aprovado pela Agência Europeia de Defesa. Mas, devido às restrições orçamentais em curso no nosso país e noutros da UE, e às redefinições de áreas de investigação do Ministério, o projecto ficou sem o financiamento da área da defesa, tendo sido suportado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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miguelbud

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« Responder #596 em: Junho 14, 2015, 08:54:49 pm »
@ Expresso
Citar

Meias capazes de se aquecerem? Estão aqui e são portuguesas

Na Faria da Costa, o preço médio de um par de meias à saída da fábrica ronda os €1,5, mas o novo modelo de aquecimento ativo WYFeet — Warm your Feet, que propõe diretamente aquecer os pés do cliente, vai passar os €50 e, no final do ano, estará à venda na Noruega, a €250 por par, e poderá calçar militares na Índia.

À primeira vista, a nova meia de lã, acrílico e coolmax (um fio funcional que facilita a respiração do pé) é igual a qualquer outra, mas a sua criação foi preparada em laboratório durante 36 meses, numa parceria com o Centro de Tecnologia Têxtil CITEVE,  envolveu um investimento de €300 mil e está a ser patenteada porque  permite programar  três níveis de temperatura diferentes e mantê-los entre 8 e 16 horas, em função do clima local.

Para isso, integra um microchip encapsulado no pé da própria meia e uma bateria elétrica, semelhante à de um telemóvel, “mas pode ir a lavar à máquina”, sublinha Nuno Costa, diretor-geral da empresa de Barcelos, fundada pelo pai em 1988.

“É uma aposta na diferenciação e valorização do produto porque a concorrência nos artigos básicos é feroz. Acreditamos obter, assim, também um maior reconhecimento para a nossa oferta de peúgas tradicionais”, explica o gestor, à espera de um crescimento de 10% a 15% nas vendas este ano, depois de faturar €3 milhões em 2014, com as exportações a responderem por 95% deste valor.

Dos 75 trabalhadores, há sempre um grupo de cinco a 10 pessoas a trabalhar no gabinete de desenvolvimento de produto. Uma das suas missões é criar peúgas funcionais de desporto para destinos como os Estados Unidos, de forma a combater o mercado sazonal das meias de lã.

“Nascemos a fazer peúgas tradicionais, mas quisemos inovar, fazer coisas mais específicas, ser mais competitivos. O nosso lema é simples: Para onde eles vão (a concorrência), já de lá nós viemos”, comenta Nuno Costa.

A capacidade de produção de duas mil dúzias de peúgas por dia está a  aumentar para as 2500 dúzias. Para isso, a empresa investe este ano €250 mil em equipamento e na substituição de lâmpadas por leds, à espera de obter uma poupança superior a 10% na fatura elétrica.

Outra aposta da empresa é aproveitar a experiência acumulada no trabalho com a lã e a flexibilidade interna da produção para alargar a oferta a cachecóis e gorros, já à venda no Reino Unido.
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #597 em: Setembro 29, 2015, 10:03:47 pm »
Investigadores do Porto testam submarino para exploração petrolífera




Uma equipa de investigadores, engenheiros e submarinistas testou na segunda-feira, perto do Porto de Leixões, um protótipo de um submergível que poderá vir baixar o preço da prospeção de petróleo em altas profundidades.

Coordenado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC-TEC) da Universidade do Porto, o desenvolvimento do protótipo resulta de uma parceria «em consórcio com várias empresas e com a colaboração valiosíssima da Marinha Portuguesa», explicou à Lusa Alfredo Martins, investigador no INESC-TEC e professor no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

A rondar os 1.300 quilos e o tamanho de um pequeno automóvel utilitário, o submergível permite aplicações de mercado aos níveis civil e militar, tanto no âmbito da «mineração, avaliação de condições para oceanografia e aplicações biológicas ou militares», assim como na exploração autónoma e barata de jazidas petrolíferas.

Batizado, para já, de "Turtle", palavra inglesa para tartaruga, o protótipo pode ser controlado à distância máxima de oito quilómetros por um computador portátil equipado para realizar leituras de ondas sónicas.

«É cada vez mais importante, uma vez que Portugal é responsável, sobretudo agora com a expansão da plataforma continental, por uma área muito vasta do fundo oceânico", considerou Alfredo Martins, sublinhando a capacidade de submersão do equipamento até mil metros de profundidade, que no futuro poderá aproximar-se da "média de quatro quilómetros que possui o oceano Atlântico».

De acordo com o investigador, o "Turtle" será ainda pertinente na medida em que «hoje em dia há muita exploração petrolífera a grande profundidade, como é o caso da Galp no Brasil com exploração a dois mil metros, e este tipo de tecnologia permite operar a essas profundidades com reduzidos custos de operação.»

O corte acentuado nos custos de exploração submarina, prospeção mineral, seguimento ou análise de vida marinha e ainda medição de atividade sísmica é explicado sobretudo pela elevada autonomia do protótipo, para além da produção barata - assim que realizada em série - que dispensa «os habituais quilómetros de cabo e estruturas à superfície que implicam».

As aplicações de segurança, defesa portuária ou de seguimento de embarcações em alto mar com discrição são também valências do submergível que cativaram a atenção e apoio da Marinha Portuguesa.

«Permite descer de forma autónoma e energeticamente eficiente e, uma vez colocado no fundo, pode ser reprogramado para se deslocar para uma nova posição, sem ser necessário voltar à superfície, o que reduz bastante os custos», esclareceu o investigador.

Este «primeiro submarino de profundidade concebido e desenvolvido inteiramente em Portugal» foi testado no mesmo dia em que a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) anunciou que foram investidos mais de 236 milhões de euros, entre 2007 e 2013, na pesquisa de petróleo em território nacional.

Entre os principais atores no terreno a investir encontram-se a Partex (da Fundação Calouste Gulbenkian), a Repsol, a Eni e a Galp. De acordo com José Miguel Martins, da ENMC, citado pelo semanário Expresso, «mais de metade da Zona Económica Exclusiva (ZEE) [portuguesa] tem potencial petrolífero».

O projeto que deu origem ao "Turtle" teve a sua génese num programa da European Defense Agency (Agência Europeia de Defesa), ou EDA, e foi "um dos seis entre 70 projetos a nível europeu" cujo apoio foi aprovado em articulação com um financiamento nacional comparticipado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

«Basicamente, o que a EDA faz é dizer: 'este projeto ganhou e merece ser financiado'», frisou Alfredo Martins, pouco antes de analisar os dados recolhidos ao longo do teste realizado com a colaboração da Marinha Portuguesa e salientando «a ambição de dotar o país e a economia nacional de ferramentas que permitam explorar o mar profundo português, que é vasto».

Estão ainda agendados dois novos testes com o submergível português com a cooperação da Marinha Portuguesa para o mês de outubro e outro com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), até ao fim do ano.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #598 em: Dezembro 02, 2015, 08:54:27 am »
Seringa a laser sem agulha é portuguesa e deve chegar ao mercado em 2013


 <img src="{SMILIES_PATH}/icon_arrow.gif" alt=":arrow:" title="Arrow" /> http://videos.sapo.pt/nsJQWuaeP8ZTtD6COkVv

Uma seringa a laser, sem agulha, está a ser desenvolvida em Coimbra e deverá chegar ao mercado dentro de um ano, anunciou hoje Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos.
 
O Laserleap (seringa a laser) é um sistema em nada semelhante às tradicionais seringas com agulha, mas que, tal como estas, permite fazer chegar o medicamento ao destino pretendido, só que sem picada e recorrendo a laser.
 
O protótipo da “seringa” foi hoje apresentado na Universidade de Coimbra (UC), onde o projeto nasceu, em 2008, por um grupo de três investigadores do Departamento de Química, que inclui também Luís Arnaut e Gonçalo Sá.
 
Através do laser, é criada uma onda de pressão que, ao chegar à pele, gera uma “espécie de tremor de terra”, deixando-a "durante alguns segundos permeável”, o que facilita a aplicação do fármaco, administrado em creme ou gel, explicou Carlos Serpa.
 
O fármaco “surte efeito mais rapidamente, nomeadamente no caso dos analgésicos tópicos”, acrescentou.
 
Aplicações no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, administração de vacinas ou aplicações em cosmética são algumas das utilizações da tecnologia Laserleap.
 
Testado em três dezenas de estudantes do Departamento de Química, o sistema “não provoca dor nem vermelhidão, de uma maneira geral - “apenas cinco por cento dos casos, mas passa rapidamente” – e é considerado “seguro para os humanos”.
 
Vencedor da primeira edição do prémio RedEmprendia (2010), no valor de 200 mil euros, o Laserleap, levou já à criação de uma empresa - LaserLeap Tecnologies, em setembro de 2011, e atualmente incubada no Instituto Pedro Nunes – e a um pedido de patente internacional, em abril de 2011.
 
Ainda recentemente, o projeto venceu o desafio internacional lançado no Photonics West 2012, um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica.
 
A RedEmprendia é uma associação criada com apoio do Grupo Santander e orientada para o empreendedorismo, que congrega 20 universidades ibero-americanas - em Portugal, as Universidades de Coimbra e do Porto.
 
Durante a apresentação do protótipo, o presidente da RedEmpreendia, Senen Barro, classificou o projeto português de “excecional”, referindo que, na “corrida” ao prémio, estiveram outros também “bastante bons”.
 
“A qualidade de vida de muitas pessoas pode mudar radicalmente” com a nova seringa, considerou.
 
O diretor da divisão do Santander Universidades para Portugal, Marcos Ribeiro, afirmou, por sua vez, que “o país precisa agora, mais do que nunca, que as universidades prossigam o motor de desenvolvimento” que representam para o “crescimento sustentável das sociedades”.
 
Depois de salientar a importância da RedEmpreende no desenvolvimento dos projetos de investigação, o reitor da UC, João Gabriel Silva, manifestou-se preocupado com a “diminuição global dos montantes disponíveis para os projetos de investigação”, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
 
“Se estas restrições se mantiverem, é obvio que muito do percurso positivo que Portugal tem feito nos últimos 10, 15 anos vai ser posto em causa, o que é preocupante e não é compatível com as afirmações que se fazem de que as universidades são decisivas para o desenvolvimento do país”, sustentou.

Lusa

Finalmente vai ser comercializada. http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/pme/start_ups/detalhe/laserleap_a_seringa_a_laser_made_in_portugal_vai_chegar_ao_mercado.html#comments
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #599 em: Fevereiro 05, 2016, 06:25:09 pm »
Dic2me: a aplicação portuguesa que ajuda nos ditados da escola





José Pinto, pai de três crianças (duas delas em idade escolar), confrontou-se com a falta de tempo para os ajudar nos ditados da escola. "Quando o meu filho mais velho, que tem agora 11 anos, andava na escola primária a professora estava sempre a recomendar que ele e os colegas fizessem ditados em casa para melhorar a ortografia, mas ninguém tinha tempo para fazer isso", recorda. Quando ficou desempregado José Pinto decidiu pôr mãos à obra para resolver este problema.

Assim, nasceu a Dic2me, uma aplicação informática gratuita, "onde as crianças escutam o ditado, digitam o texto e o sistema corrige os erros e manda o relatório com os erros e a evolução do aluno para o professor", explica o autor da invenção ao DN. A ferramenta está ainda em fase de testes, mas a partir da próxima semana vai começar a ser aplicada numa turma do 2.º ano na Escola Pedro Santarém.

"Estou muito expectante para ver os resultados", afirma, Manuel Esperança, diretor do agrupamento (de Escolas de Benfica) que vai acolher esta experiência. "As crianças mostram-se sempre muito motivadas para as tarefas com tecnologias e acreditamos que pode ter impacto na melhoria das aprendizagens", acrescenta o professor.

José Pinto pretende motivar os alunos, mas ajudar também as famílias. "Os pais não têm tempo e nem todas as famílias podem pagar explicações onde estas competências são trabalhadas e esta ferramenta é gratuita".

Além disso, a aplicação foi construída tendo em conta os conselhos dos professores. Existe uma base de dados com textos que os professores selecionam e uma vez selecionado, este é lido de forma muito pausada e os alunos podem voltar a ouvi-lo. José Pinto espera distribuir a Dic2me em todas as escolas do 1.º ciclo e até vender licenças para outros países. "Mais tarde podemos vender licenças de versões em Espanhol, Inglês e Francês. Também é possível fazer esta aplicação para outros países de língua portuguesa."

DN