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Conflitos => Conflitos do Presente => Tópico iniciado por: comanche em Julho 18, 2007, 02:26:22 pm

Título: Saída dos EUA dividirá o Iraque em três nações
Enviado por: comanche em Julho 18, 2007, 02:26:22 pm
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Xiitas expulsariam sunitas do Sul. Curdos teriam mais autonomia
Num momento em que o Senado se preparava ontem para uma sessão contínua antes de votar hoje um projecto de lei que prevê o início da retirada de tropas americanas do Iraque para Abril de 2008, o exército dos EUA realizou mais um "jogo de guerra" para analisar as consequência de uma saída dos seus soldados. A conclusão é simples: o Iraque seria dividido em três nações separadas.

O exercício conduzido pelo coronel na reserva Gary Anderson prevê que, sem a presença americana, a maioria xiita expulsaria os sunitas das zonas mistas para a província de Anbar, onde são maioritários. Em segundo lugar, os grupos xiitas envolver-se-iam numa guerra civil no Sul. Quanto aos curdos, no Norte, reforçariam a sua autonomia e convidariam os EUA a manter uma presença militar no território. A divisão do Iraque em três Estados já fora defendida pelo senador democrata Joe Biden em Março e por vários analistas que a consideram a única forma de estabilizar o país.

Com um Norte curdo, um centro sunita e um Sul xiita, o Iraque recuperaria em parte a configuração das três províncias otomanas - Mossul, Bagdad e Baçorá - unidas no final da I Guerra Mundial pelo colonizador britânico para criar este país.

Com vários senadores republicanos a juntarem-se aos democratas para exigir um calendário de retirada, George Bush está a ser pressionado para apresentar resultados da sua nova estratégia. Há dias, após um relatório provisório ter revelado progressos mitigados nos objectivos traçados para diminuir a violência, o Presidente americano pediu mais tempo aos americanos e insistiu na ideia de que uma retirada precipitada levaria a Al-Qaeda ou o Irão a assumirem o controlo no Iraque.

E o que não falta são exemplos de retiradas falhadas. Em 1989, os soviéticos foram forçados a deixar o Afeganistão, após uma década de ocupação, derrotados pela resistência dos rebeldes e pelo terreno acidentado. Três anos depois, o Governo comunista caía e o Afeganistão ficava nas mãos dos senhores da guerra e mais tarde dos talibãs. Estes últimos governaram de 1996 a 2001, quando foram derrubados pelos EUA.

Os próprios EUA ainda não esqueceram a experiência do Vietname, de onde foram forçados a sair em 1975. "Já vi uma situação semelhante", declarou o senador John McCain ao Washington Post. O veterano do Vietname e candidato republicano às presidenciais de 2008 disse saber "quanto tempo demora recuperar de uma derrota".
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Enviado por: comanche em Agosto 11, 2007, 12:39:51 pm
EUA evitam especular sobre queda do governo Maliki

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WASHINGTON (Reuters) - Discussões sobre a sobrevivência ou não do governo iraquiano viraram tabu entre autoridades dos EUA, mas especialistas e diplomatas acham que a vacilante coalizão dirigida por Nuri Al Maliki não vai durar.

Quase metade dos ministros iraquianos se demitiu ou boicota as sessões, apesar da pressão do governo Bush pela reconciliação das facções no país.

Os principais responsáveis pelo Iraque no Departamento de Estado dos EUA rejeitaram pedidos para entrevistas sobre a solidez do governo iraquiano, mas vários funcionários deixaram claro que Washington continua apoiando Maliki e que falar na queda do gabinete não é útil.

"O primeiro-ministro Maliki tem nosso pleno apoio. Diante da urgência e seriedade das questões que ele e seus parceiros na liderança estão confrontando, os esforços para prejudicá-lo ou obstruí-lo são perigosos e não são bem-vindos", disse Philip Reeker, consultor da embaixada dos EUA em Bagdá.

Diplomatas e especialistas dizem, porém, que Maliki continua em apuros mesmo com o apoio dos EUA. "Com todas essas defecções e boicotes das reuniões do gabinete, parece que as rodas estão caindo fora a carroça", disse um diplomata árabe.

Bruce Riedel, ex-analista da CIA, disse que a queda de Maliki seria "um desastre" para a estratégia norte-americana de ampliar a presença militar neste ano. Em setembro, com base num relatório do general David Petraeus, comandante dos EUA no Iraque, o governo Bush vai tentar convencer o Congresso do sucesso da estratégia.

"Não importa quantos números o general Petraeus apresente, se o governo estiver caindo, o povo norte-americano verá que a estratégia fracassou pelo lado político", disse Riedel, atualmente na Brookings Institution. "Não surpreende que o governo não saiba o que dizer. É um pesadelo para eles."

Embora a Casa Branca relute em criticar publicamente Maliki, a desconfiança dos EUA ficou clara em novembro, num memorando, vazado à imprensa, em que Stephen Hadley, assessor de segurança nacional, duvidava da capacidade do premiê, que é xiita, em conciliar sunitas, curdos e xiitas.

"A realidade nas ruas de Bagdá sugere que Maliki é ignorante do que está ocorrendo, representa mal suas intenções, ou que suas capacidades ainda não são suficientes para transformar suas boas intenções em ações", escreveu Hadley na época.

Uma importante fonte do governo Bush disse, sob anonimato, que nove meses depois a insatisfação com Maliki permanece, mas que ainda não se fala em substituí-lo.

"A questão é o quê [o novo governo] seria e quanto isso levaria", afirmou o funcionário, lembrando que o atual governo em torno de Maliki levou meses para ser montado.

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Enviado por: comanche em Agosto 17, 2007, 12:07:00 am
EXCLUSIVO-Embaixador alerta contra avanço do Irão no Iraque

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BAGDÁ (Reuters) - O embaixador norte-americano no Iraque alertou na quinta-feira que a desocupação militar do país abrirá as portas para "um grande avanço iraniano", que ameaçaria interesses dos EUA na região.

O diplomata Ryan Crocker também acusou Teerã de tentar enfraquecer o governo iraquiano, liderado por xiitas, para que "de uma forma ou outra (o Irã) o controle". O Irã nega as acusações norte-americanas de que estaria armando e treinando milícias xiitas do Iraque.

Crocker e o comandante militar dos EUA no país, general David Petraeus, devem apresentar em setembro ao Congresso um relatório sobre aspectos políticos e militares que será definitivo para a permanência ou retirada das tropas.

As pesquisas sugerem que a maioria dos norte-americanos está contra a guerra, iniciada há mais de quatro anos. Os democratas, majoritários no Congresso, querem que o governo comece a retirar as tropas assim que possível. A Casa Branca resiste a tais apelos.

"Se a liderança quiser agir de forma diferente, tenho a obrigação de conversar um pouquinho sobre as consequências de retirar (as tropas)", disse Crocker à Reuters em seu escritório, na chamada Zona Verde de Bagdá.

"Uma área de clara preocupação é o Irã. Os iranianos não vão a lugar nenhum. Tenho preocupações significativas de que uma retirada da coalizão levaria a um grande avanço iraniano. E precisamos considerar quais seriam as consequências disso."

Crocker já encontrou três vezes o embaixador do Irã em Bagdá para discutir tais preocupações, apesar do apoio declarado de Teerã ao governo iraquiano. O Irã diz que a violência no Iraque é resultado da ocupação norte-americana.

"Com base no que vejo no terreno, acho que eles estão buscando um Estado que possam, de uma forma ou outra, controlar, enfraquecido a ponto de que Teerã possa estabelecer sua agenda", afirmou Crocker.

O veterano diplomata, que fez a maior parte da sua carreira no Oriente Médio e é fluente em árabe, disse que o Irã está buscando "maior influência, maior pressão sobre o governo".

No relatório de setembro, Petraeus vai analisar os resultados do reforço militar de 30 mil soldados enviado neste ano pelo governo Bush, enquanto Crocker vai relatar o --por enquanto pífio-- processo de reconciliação política entre as facções iraquianas.



Ora aqui está, ninguém fala mas o Irão pode com a saída dos USA entender-se para o sul(zona xiita) do Iraque, modificando as fronteiras traçadas em 1920 pela Inglaterra.
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Enviado por: André em Agosto 21, 2007, 06:28:21 pm
Substituição de Maliki compete aos iraquianos diz Bush

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O presidente norte-americano, George W. Bush, admitiu hoje alguma «frustração» face ao governo do primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki, mas disse que competia ao povo iraquiano decidir se continuaria a apoiá-lo.

O presidente norte-americano falava numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, e o presidente mexicano, Felipe Calderon, no final de uma cimeira dos três Estados da América do Norte, em Montebello, no Quebeque.

Sem lhe declarar o seu apoio explícito, Bush adiantou que não lhe competia pronunciar um veredicto sobre o governo de al-Maliki.

«A questão fundamental é se o governo corresponderá às exigências do povo», disse Bush.

«Se o governo não corresponder às exigências do povo, o povo substituirá o governo. Compete aos iraquianos tomar essa decisão, não aos políticos americanos», acrescentou.

Na segunda-feira, o senador Carl Levin, presidente democrata da Comissão das Forças Armadas do Senado norte-americano, pedira ao parlamento iraquiano que depusesse o executivo de Maliki e o substituísse por um governo menos sectário e mais unificador.

«Os iraquianos decidirão», declarou Bush.

«Decidiram que querem uma constituição. Elegeram membros para o seu parlamento e tomarão as decisões, como as democracias fazem», sublinhou.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Agosto 22, 2007, 07:36:57 pm
 Maliki responde a Bush que Iraque pode encontrar outros amigos

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O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, respondeu hoje às críticas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmando que ninguém tem o direito de impor calendários ao seu governo e que o país pode encontrar «amigos noutro lado».
Bush reconheceu terça-feira a sua «frustração» face ao debilitado governo de Al Maliki, de confissão xiita, que se tem mostrado incapaz de impulsionar um processo de reconciliação nacional, embora admitindo que cabe à população iraquiana decidir se continua a apoiar o primeiro-ministro.

«Creio que há um certo nível de frustração face à liderança em geral, à sua capacidade para trabalhar, de se reunir, por exemplo, de aprovar uma lei sobre os lucros do petróleo ou de realizar eleições regionais», disse Bush. Face a estas declarações, o primeiro-ministro iraquiano, que se encontra de visita à Siria, recordou em conferência de imprensa que ninguém tem o direito de estabelecer calendários para o Governo do seu país.

«Fui eleito pelos cidadãos», frisou.

«Esses que fazem este tipo de comentários estão aborrecidos com a nossa visita à Síria. Não prestaremos atenção a essas declarações. Preocupamo-nos com o nosso povo e a nossa constituição e podemos encontrar amigos noutro lado», acrescentou Al Maliki.

As declarações de Bush somam-se às do senador democrata e presidente do Comité das Forças Armadas do Senado, Carl Levin, que depois de uma visita ao Iraque considerou que o Parlamento iraquiano deveria destituir Nuri al Maliki e substituir o seu Executivo por outro menos sectário e que actue mais pela reconciliação nacional.

Diário Digital
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Enviado por: comanche em Agosto 24, 2007, 01:19:33 pm
EUA põem em causa capacidade de Maliki

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O Governo iraquiano vai tornar-se mais frágil durante os próximos seis a 12 meses, em consequência das críticas dos outros membros da principal componente xiita, dos sunitas e até mesmo dos curdo. Esta conclusão está contida no novo relatório dos serviços secretos americanos, ontem revelado pelo jornal New York Times.

O texto revela uma atitude bastante "pessimista" quanto às capacidades do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, para conseguir a reconciliação nacional embora não negue que se registaram melhorias "mesuráveis mas desiguais" na segurança do Iraque.

"O relatório indica que, até agora, se registaram poucos progressos em matéria política e é alarmista quanto a futuras possibilidades de progressos políticos", afirmou ao jornal um responsável do Congresso americano.

O documento conclui também que as tropas suplementares americanas, enviadas no início do ano para o Iraque, pouco sucesso tiveram na redução das violências confessionais.

Um responsável avançou ao NYT que o relatório é mais "sombrio nas suas avaliações" sobre o futuro do Iraque do que o é a Administração Bush nas suas discussões internas. Mas o texto alerta também para o facto de que uma retirada prematura das tropas americanas poderá levar ainda a uma situação de maior caos.

De acordo com o NYT, o relatório tem como objectivo ajudar a prever os acontecimentos que poderão ocorrer nos próximos seis a 12 meses, sem - sublinha o jornal - tomar qualquer posição política.

Curiosamente, na quarta-feira, a senadora Hillary Clinton e candidata democrata à Casa Branca defendeu que o Parlamento iraquiano retire a confiança a Maliki.|
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Agosto 26, 2007, 01:24:36 pm
Nao se esquecam que este presidente dos eua ja nao representa a opiniao do povo americano!
Título:
Enviado por: Doctor Z em Agosto 30, 2007, 02:56:26 pm
Citação de: "oultimoespiao"
Nao se esquecam que este presidente dos eua ja nao representa a opiniao do povo americano!


Será que algumas vez representou?
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Enviado por: André em Setembro 03, 2007, 06:38:30 pm
Gordon Brown nega que retirada do palácio de Bassorá seja uma derrota

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O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, negou hoje que a retirada das tropas britânicas destacadas no centro de Bassorá signifique uma derrota, insistindo que se trata de uma operação «planeada com antecipação e organizada».

Em entrevista ao programa «Today», da Rádio 4 da BBC, o chefe do Governo Britânico indicou que este movimento fará com que as tropas britânicas assumam «um papel de supervisão», mas que os soldados do Reino Unido poderiam «voltar a intervir em determinadas circunstâncias».

No entanto, assegurou que o número de efectivos britânicos no Iraque continuará a ser «aproximadamente o mesmo neste momento», e disse que o Reino Unido permanecerá «para cumprir» as suas obrigações, tanto com o povo iraquiano como com a comunidade internacional.

As tropas britânicas retiraram-se hoje do quartel-general que tinham em Bassorá (sul do Iraque), instalado no palácio presidencial da cidade desde a invasão.

Questionado na entrevista se as tropas britânicas recuaram na sequência de uma derrota, respondeu: «Permita-me ser muito claro nisto. Trata-se de uma operação planeada com antecipação e organizada para sair do palácio de Bassorá para a base aérea».

«O objectivo disto foi transferir o controlo da segurança do exército britânico para as Forças de Segurança iraquianas», acrescentou.

O líder trabalhista reconheceu ainda os erros cometidos após a queda do regime de Saddam Hussein: «Se fossemos capazes de tomar essas decisões agora, teríamos actuado de forma diferente».

Os 550 militares britânicos que continuavam destacados no centro de Bassorá começaram domingo a retirada para se concentrarem com o resto dos cinco mil soldados do Reino Unido na base aérea, situada 20 quilómetros a oeste da cidade.

Os efectivos, pertencente ao quarto batalhão «The Rifles», estavam praticamente sob estado de sítio, o que fez com que o Ministério da Defesa tenha tentado manter em segredo a data da evacuação por motivos de segurança, segundo o jornal britânico The Independent».

Em princípio, estava previsto a entrega do controlo do palácio de Bassorá aos iraquianos no início de Agosto, mas foi atrasada devido ao mal estar dos EUA em relação à iniciativa, acrescentou o jornal.

Desde o iníco da invasão liderada pelos EUA, em Março de 2003, 168 soldados britânicos morreram no Iraque.

Diário Digital
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Enviado por: André em Setembro 03, 2007, 08:24:30 pm
É possível reduzir tropas se «êxito» continuar diz Bush

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O presidente dos Estados Unidos, de visita surpresa ao Iraque, admitiu hoje, depois de reunir-se com os máximos comandos militares do país, ser possível reduzir o nível de tropas norte-americanas na nação árabe, se o «êxito continuar».

«O general David Petraeus e o embaixador norte-americano em Bagdad Ryan Crocker dizem-me que se o tipo de êxito que conhecemos neste momento se mantiver, será possível garantir a mesma segurança com menos tropas norte-americanas», disse George W. Bush, em declarações divulgadas hoje pela Casa Branca em Honolulu (Hawai), onde se encontra a imprensa que acompanha o presidente norte-americano à cimeira da APEC (Fórum de Cooperação Económica Asia/Pacífico) na Austrália.

O presidente não precisou a quantidade de tropas que poderão vir a deixar o Iraque, nem quando isso acontecerá.

Bush partiu na noite de domingo numa viagem inesperada até à província de Al Anbar, a ocidente do Iraque, numa escolha muito simbólica, já que os Estados Unidos consideram que a pacificação da zona demonstra que a estratégia da Casa Branca no país árabe funciona.

O presidente norte-americano salientou que Al Anbar é hoje «um lugar muito diferente» e acrescentou que a zona está a regressar à normalidade graças ao que os líderes da província estão a fazer face aos extremistas islâmico.

Indicou ainda que os Estados Unidos «não vão abandonar o povo iraquiano» e salientou que «o êxito é possível».

Assim, pediu aos parlamentares de ambos os partidos no Congresso que ouçam a avaliação dos militares no terreno e que não se apressem a extrair conclusões antes de ouvir o que têm para dizer os comandantes no Iraque.

Está previsto que o Congresso norte-americano receba a 15 de Setembro um relatório sobre a situação no Iraque elaborado por Petraeus, máximo responsável das forças norte-americanas nesse país.

A administração Bush vai defender a sua estratégia no Iraque perante um Congresso cada vez mais hostil e uma opinião pública sempre muito céptica face a uma guerra que causou a morte a mais de 3.700 soldados norte-americanos e a dezenas de milhar de iraquianos.

Bush, acompanhado da secretária de Estado, Condoleezza Rice, chegou ao início da tarde à base norte-americana de al-Assad, onde o esperavam o secretário da Defesa, Robert Gates, e altos responsáveis militares. Conversou também com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, e com outros altos funcionários iraquianos.

Esta visita ao Iraque ocorre no mesmo dia em que a Grã-Bretanha, o seu aliado mais seguro, procedeu a uma retirada altamente simbólica da segunda cidade do país, Bassorá (Sul).

Trata-se da terceira visita do presidente Bush ao Iraque desde o início da intervenção norte-americana neste país, em Março de 2003, depois de Novembro de 2003 e Junho de 2006. Segue depois para a Austrália para uma cimeira da APEC.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Setembro 04, 2007, 12:33:37 am
Iraque: Dirigentes iraquianos assinam "acordo de Helsínquia" para a reconciliação


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Helsínquia, 03 Set (Lusa) - Representantes de partidos políticos iraquianos e "outros grupos ligados ao conflito" assinaram hoje "o acordo de Helsínquia" no qual se comprometem a "abrir negociações tendo em vista a reconciliação nacional", anunciaram os organizadores da reunião.

"Os participantes acordaram uma série de recomendações para abrir negociações tendo em vista realizar a reconciliação nacional", indicou um comunicado da Crisis Management Initiative (CMI), uma organização não-governamental finlandesa especializada na resolução de conflitos.

O texto, publicado em árabe e em inglês pela CMI, compreende 12 recomendações e nove objectivos políticos.

Os seus signatários comprometem-se, nomeadamente, a "resolver todos os diferendos políticos pela não-violência e a democracia", a "proibir a utilização de armas a todos os grupos armados durante as negociações" e a "formar uma comissão independente (...) cuja missão será supervisionar o processo de desarmamento dos grupos armados não-governamentais".

Não foi fornecido qualquer pormenor suplementar sobre a identidade dos participantes na reunião nem como vão prosseguir estas consultas.

A CMI anunciara na semana passada a reunião na Finlândia de responsáveis iraquianos com o objectivo de examinar os processos de paz da África do Sul e da Irlanda do Norte.

Na altura, fez saber que parlamentares e um ministro iraquiano fariam essa deslocação.

O anúncio deste acordo, que a CMI não quis comentar, coincide com a visita surpresa do presidente norte-americano George W. Bush hoje ao Iraque.

Criada em 2000 pelo antigo presidente finlandês Martti Ahtisaari, actual enviado especial das Nações Unidas ao Kosovo, o CMI arrancou em 2005 um acordo de paz entre o governo indonésio e os rebeldes da província indonésia de Aceh.

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Enviado por: comanche em Setembro 04, 2007, 11:30:12 pm
Governo iraquiano "não funciona"

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O governo iraquiano "não funciona", consideraram os autores de um relatório divulgado por um organismo norte-americano independente de controlo das actividades da administração de George W. Bush.


O controlador geral, David Walker, era questionado durante uma audição da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado para dizer se o governo do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki fracassara.

"Penso que se pode dizer que apresenta disfunções, que o governo não funciona", declarou Walker, que dirige o GAO, o organismo norte-americano de controlo pelo Congresso da acção governamental.

O relatório do GAO concluiu que o Iraque não atingiu onze dos 18 objectivos fixados pelo Congresso norte-americano em termos de progressos militares e políticos, segundo o texto divulgado terça-feira.

Do total de 18 objectivos, "o governo iraquiano atingiu três, quatro outros parcialmente, e os outros onze não", precisa o relatório do GAO.

"Leis cruciais não foram votadas. A violência continua alta e não está claramente estabelecido que o governo iraquiano aplique os 10 mil milhões de dólares dos fundos destinados à reconstrução".

A Casa Branca já veio desvalorizar o significado deste relatório desfavorável sobre o Iraque, afirmando que as suas conclusões, já esperadas, não dão uma imagem completa das realidades iraquianas.

Um porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto, considerou "mais útil esperar" pelos testemunhos de responsáveis civis e militares no Iraque, assim como pelo relatório do presidente George W.Bush esperado para a próxima semana, "para se ter uma imagem mais completa da situação actual no Iraque e para recomendações para o futuro".

Este relatório é divulgado num período crítico de avaliação da situação no Iraque, pois o Congresso decidirá ou não apoiar a estratégia de Bush, de acordo com a opinião que fizer em função de vários relatórios, entre os quais o que o presidente vai submeter até 15 de Setembro, e em função dos testemunhos de responsáveis civis e militares no Iraque.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 
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Enviado por: André em Setembro 05, 2007, 02:21:09 pm
Há progressos no Iraque e possibilidade de redução de tropas

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse hoje que viu sinais de progresso no Iraque, tanto na frente militar como na política, e reiterou a possibilidade de redução do nível de tropas norte-americanas no país.
«Se as condições melhorarem da forma como têm melhorado...poderemos dar a mesma segurança com menos tropas», disse Bush em conferência de imprensa em Sydney, com base nas informações dos seus comandantes no Iraque.

No entanto, disse que ainda não foi tomada uma decisão final sobre o número de soldados e que não seguirá «calendários artificiais» para concluir se chegou o momento de reduzir o número de tropas.

«Não estou interessado em calendários artificias, nem em datas de retirada. Estou interessado em atingir um objectivo», disse Bush na conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro australiano, John Howard, antes do encontro de líderes da Ásia e do Pacífico.

Bush chegou a Sydney na noite de terça-feira depois de uma visita surpresa ao Iraque, uma semana antes da apresentação dos relatos do comandante dos EUA no Iraque, o general David Petraeus, e do embaixador dos EUA, Ryan Crocker, ao Congresso norte-americano sobre as condições no país.

Bush disse que as recomendações de Petraeus e Crocker serão importantes na formulação da sua estratégia, mas sem adiantar se o relatório que será apresentado ao Congresso conterá mais pormenores sobre o número de soldados.

Bush considerou haver avanços na redução do nível de violência e na reconciliação entre facções rivais no Iraque, em posição muito mais optimista do que a contida num relatório divulgado pelo Congresso na terça-feira, que ainda constata muita violência e poucos progressos políticos.

«A reconciliação está a acontecer e é importante, no meu ponto de vista, para a segurança da América e para a segurança da Austrália enquanto estivermos lá a ajudar os iraquianos».

Bush disse que gostaria de ver o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki aprovar a lei do petróleo, mas também se congratulou com outras medidas, nomeadamente o estabelecimento de um processo orçamental.

«Noutras palavras, há um governo a funcionar», disse.

Por seu turno, Howard, aliado próximo de Bush, prometeu apoio à missão no Iraque, apesar das críticas internas na Austrália.

A Austrália terá eleições no final do ano e Howard está atrás, nas sondagens, do líder da oposição trabalhista, Kevin Rudd, que prometeu retirar as tropas do Iraque.

Diário Digital
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Enviado por: André em Setembro 10, 2007, 01:10:04 pm
PM pede mais tempo para assumir segurança do país

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O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, afirmou hoje num discurso perante o parlamento que as forças iraquianas ainda não estão prontas para receber das forças norte-americanas a responsabilidade pela segurança em todo o território.
«Houve melhorias palpáveis nos últimos tempos na segurança em Bagdad e nas províncias, mas não é suficiente. Continuamos a precisar de mais esforços e de mais tempo para podermos assumir a segurança em todas as províncias», disse o primeiro-ministro.

O discurso de Al-Maliki realizou-se horas antes de o Congresso dos Estados Unidos ouvir, hoje, o relatório do embaixador norte-americano em Bagdad, Ryan Crocker, e do comandante das forças norte-americanas no Iraque, general David Petraeus, no âmbito do debate parlamentar sobre a saída das tropas norte-americanas.

Segundo fontes da presidência norte-americana, aqueles dois responsáveis afirmam, no documento, que o recente reforço das forças no terreno permitiu reduzir a violência em Bagdad e que a sua permanência no terreno é essencial para restaurar a segurança.

No seu discurso no parlamento, Nuri al-Maliki afirmou que a violência em Bagdad baixou 75 por cento desde o reforço de militares no princípio deste ano.

«Fomos capazes de impedir que o Iraque mergulhasse na guerra civil, apesar de todas as tentativas de desestabilização de organizações locais e internacionais«, disse o primeiro-ministro iraquiano, a propósito desse reforço.

«A segurança é fundamental para a reconstrução, o desenvolvimento económico e a melhoria das condições de vida das pessoas», acrescentou.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 10, 2007, 05:15:53 pm
David Petraeus pede moratória de 6 meses à redução de tropas

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O comandante das forças multinacionais no Iraque, o general norte-americano David Petraeus, vai pedir hoje ao Congresso uma moratória de um semestre à decisão sobre a eventual redução de tropas no terreno, noticiou a imprensa. Acompanhado por Ryan Crocker, embaixador dos Estados Unidos em Bagdad, Petraeus fala aos deputados no início de uma semana considerada decisiva, em que o Presidente George W. Bush anunciará ao país uma nova estratégia para o teatro de guerra.

Esta intervenção do general é a primeira de três agendadas pelo Congresso, agastado por o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, só ter cumprido 11 das 18 exigências que lhe foram feitas, nomeadamente sobre a melhoria da segurança nacional e reconciliação inter-étnica.

Bush que deverá entregar no próximo dia 15 ao Congresso um relatório sobre a situação no terreno - foi entretanto informado por Petraeus de que uma brigada com cerca de 4.000 homens poderá deixar o Iraque em meados de Dezembro, segundo o New York Times.

O general espera que uma decisão sobre a redução para aproximadamente 130.000 dos militares norte-americanos no terreno - presentemente são 168.000 - não seja tomada pelos parlamentares antes de Março de 2008.

O Partido Democrata, em maioria na câmara, não avançou até à data qualquer calendário para uma eventual retirada militar.

Para o comandante das forças multinacionais naquele país do Médio Oriente, um corte no número de efectivos, a ocorrer agora, seria «prematuro», sublinha o matutino.

Uma sondagem New York Times/CBS News hoje divulgada indica que os norte-americanos confiam mais nos chefes militares do que em Bush, ou no Congresso, para pôr fim à guerra no Iraque.

De facto, 68% declararam confiar mais nos chefes militares, 21% no Congresso e só 5% em Bush.

Dos inquiridos, 62% classificaram como um «erro» a invasão do Iraque e 52%manifestaram-se contra o sacrifício de vidas de soldados norte-americanos «em vão».

Sobre se o Iraque terá alguma vez uma democracia estável, 53% disseram que não e 705 chumbaram o executivo de Al-Maliki.

Bush está com 30% de popularidade, mas 64% dos questionados reprovaram o seu trabalho.

Esta sondagem foi realizada entre os passados dias 04 e 08 por telefone, sobre um universo de 1035 pessoas, com uma margem de erro de mais ou menos três pontos.

Um outro estudo de opinião da ABC News/BBC/NHK (japonesa) apurou que a esmagadora maioria dos iraquianos acha que a presença norte-americana só contribui para piorar a segurança interna e as perspectivas de progressos tanto políticos, como económicos.

Nesta linha, 57% dos sunitas e xiitas interrogados legitimaram os ataques contra a coligação.

Quanto aos norte-americanos, defenderam em maioria a saída imediata das tropas da coligação.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 10, 2007, 09:57:56 pm
Petraeus propõe redução de 4.000 soldados em Dezembro

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O comandante da força multinacional no Iraque defendeu hoje no Congresso dos Estados Unidos que uma brigada com 4.000 soldados cuja missão termina em Dezembro não seja substituída e haja depois uma redução progressiva dos efectivos para 130.000.

O general de quatro estrelas David Petraeus, recebido em tom crítico pela maioria do Partido Democrata na Câmara dos Representantes, frisou que «nunca haverá progressos políticos - no Iraque - enquanto a segurança for insuficiente».

O Partido Democrata acusa o executivo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki de só ter cumprido 11 das 18 exigências que lhe foram feitas para garantir a segurança a escala nacional e a reconciliação dos iraquianos.

De acordo com a alta patente militar norte-americana, mais quatro brigadas e dois batalhões de fuzileiros não seriam substituídos no primeiro semestre de 2008, de modo a o número de militares corresponder ao que estava no terreno no início do ano (130.000), antes do envio de reforços (38.000).

Petraeus, acompanhado pelo embaixador dos Estados Unidos no Iraque, Ryan Crocker, vincou que uma retirada prematura teria «consequências catastróficas».

O comandante da força multinacional indicou que o aumento da presença militar norte-americana em Bagdad e na província rebelde de Al-Anbar (oeste) ao longo das últimas oito a doze semanas fez descer a intensidade da violência sectária e permitiu o início da mobilização tribal, extensiva ao resto do país.

O general considerou, fazendo um balanço, que os objectivos têm sido «largamente atingidos» no Iraque.

Diário Digital
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Enviado por: André em Setembro 13, 2007, 05:42:30 pm
Primeira fase do muro Iraque-Arábia Saudita pronta em 2009

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A primeira fase da construção de um muro de 900 km ao longo da fronteira entre a Arábia Saudita e o Iraque ficará pronta em 2009, anunciou hoje o Ministério do Interior saudita.
Em entrevista publicada no jornal árabe internacional Al-Hayat, o porta-voz do Ministério, o general Mansur al-Turki, disse que a construção do muro de cimento é necessária para «garantir que nenhum combatente radical cruze a fronteira».

A ideia de criar um muro surgiu no ano passado, depois de combatentes islamitas sauditas se terem infiltrado no Iraque para se unir às facções rebeldes que lutam contra as tropas da aliança multinacional.

Nos anos 1990, o Koweit ergueu um muro com cerca de 210 km de comprimento como medida de segurança, após a invasão iraquiana.

O Iraque tem fronteiras com a Arábia Saudita, Koweit, Turquia, Irão, Jordânia e Síria.

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Os muros estão na moda.  :o
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Enviado por: André em Setembro 14, 2007, 12:57:29 pm
Bush anuncia retirada de tropas do Iraque

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ordenou ontem (madrugada de hoje na hora de Lisboa) a retirada gradual das tropas norte-americanas do Iraque, num discurso ao povo americano na televisão. Até ao Natal devem regressar 5700 homens. Para já, o presidente exclui a retirada total.

O presidente Bush segue assim as recomendações do general David Petraeus. «Tendo em conta o nível do sucesso a que se assiste no Iraque, podemos começar a ver as tropas regressarem a casa», declarou Bush num discurso que durou 18 minutos.

Actualmente, os Estados Unidos têm 168 mil homens no Iraque, mas ainda este mês deverão regressar dois mil e 200. Até Dezembro, mais três mil e 500 homens também devem abandonar o território iraquiano.

Em 2008, está prevista a saída de quatro contingentes, cada um com cerca de três mil e 500 homens, e de dois batalhões de marines, com mil soldados cada.

No discurso, Bush deixou claro o seu ponto de vista de que os Estados Unidos têm de ter um especial empenho na luta contra o terrorismo nos próximos anos e afirmou que o Governo de Bagdade tem de «reforçar a sua relação com a América».

SOL
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Enviado por: André em Outubro 08, 2007, 06:58:12 pm
Tropas britânicas no Iraque serão reduzidas para 2.500

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O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou hoje no Parlamento novos cortes de tropas no Iraque, de 5.250 homens para 2.500 efectivos no próximo ano.
Numa inesperada visita na semana passada a Bagdad, Brown já tinha anunciado que as tropas britânicas seriam reduzidas para 4.500 homens até ao fim deste ano.

O líder britânico também anunciou que os funcionários iraquianos que trabalham para o exército britânico no Iraque há mais de 12 meses poderão solicitar asilo político no Reino Unido.

Diário Digital
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Enviado por: André em Outubro 23, 2007, 02:32:28 pm
Coreia do Sul pretende manter tropas no Iraque mais um ano

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O Governo da Coreia do Sul apresentará uma moção no Parlamento para prolongar por mais um ano a presença das tropas sul-coreanas no norte do Iraque, anunciou hoje o presidente do país, Roh Moo-hyun, num discurso transmitido pela televisão.
Roh afirmou que a manutenção de uma sólida aliança com os Estados Unidos foi o principal motivo da decisão.

«A cooperação com os EUA é essencial para a segurança do nordeste da Ásia e a desnuclearização da península», disse Roh.

O presidente sul-coreano, que se tinha comprometido a retirar as tropas do Iraque no final do ano, pediu perdão publicamente por não cumprir a promessa.

Actualmente, a Coreia do Sul mantém cerca de 1.200 militares na província iraquiana de Ibril, de maioria curda, numa missão de reconstrução.

O Governo precisa agora da aprovação da Assembleia Nacional (Parlamento). mas o próprio partido no poder ( Novo Partido Democrático Unido) já se tinha mostrado contrário à extensão da missão.

A decisão de Roh pode transformar-se num dos pontos quentes das eleições presidenciais marcadas para 19 de Dezembro.

Diário Digital
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Enviado por: André em Outubro 29, 2007, 07:01:59 pm
Governo iraquiano recebe da Polónia o controlo de Kerbala

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O governo iraquiano recebeu hoje o controlo da segurança da província de Kerbala, 110 quilómetros a sul de Bagdad, por parte das tropas polacas da coligação liderada pelos Estados Unidos.
A entrega pelo comando polaco das responsabilidades de segurança da província, de maioria xiita, decorreu numa cerimónia realizada na cidade de Kerbala, capital da província com o mesmo nome.

Na cerimónia, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, admitiu que o respectivo governo se atrasou no processo de formação das forças de segurança, necessárias para manter a ordem e a protecção nas 10 províncias cuja segurança ainda é controlada pelas forças multinacionais.

Nesse sentido, o chefe do Governo iraquiano salientou a importância de se «superar os factores que contribuíram para o atraso para dinamizar a criação das forças e capacidades militares» a fim de assumir a respectiva segurança.

Para Maliki, receber as responsabilidades no âmbito da segurança «significa um grande avanço e passos significativos no caminho para restaurar a paz» no Iraque.

Maliki lembrou que, em meados de Dezembro, o Executivo receberá aquela mesma responsabilidade na província de Bassorá, 580 quilómetros a sul da capital iraquiana.

No discurso, o primeiro-ministro destacou ainda «o grande progresso e avanço que as forças da polícia e do exército alcançaram até agora na luta contra a rede terrorista Al Qaeda, os grupos armados e a criminalidade».

Maliki também considerou como fenómeno perigoso alguns casos de corrupção administrativa detectados em instituições do Estado, já que - na sua opinião - colocam obstáculos à reconstrução e à produção do país.

Kerbala é a oitava província cujo controlo da segurança foi entregue pelas tropas da coligação às forças de segurança iraquianas.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Novembro 13, 2007, 11:20:45 pm
Situação no Iraque é "inaceitável" e "insustentável", dizem bispos norte-americanos

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A Conferência Episcopal dos Estados Unidos assegurou hoje que a situação no Iraque é "inaceitável e insustentável" e pediu a republicanos e a democratas que procurem uma solução comum para o conflito no país.

"Estamos convencidos de que a situação no Iraque é inaceitável e insustentável", assinalou o presidente da Conferência Episcopal, William Skylstad, num comunicado difundido hoje durante a reunião de Outono desta instituição que se realiza esta semana em Baltimore, em Maryland, e na qual participam cerca de 300 bispos de todo o país.

Os bispos afirmam estar "alarmados" com o clima partidarista que impera em Washington.

"Alguns políticos não reconhecem a realidade e os fracassos no Iraque e a necessidade de uma nova direcção", apontou o comunicado intitulado de "Apelo à cooperação bipartidária para uma transição responsável no Iraque".

O documento refere que um segundo grupo de legisladores "não se dá conta das possíveis consequências humanas de uma retirada muito rápida", o que contribuiu, segundo os bispos, para a "paralisia" partidária que domina a política norte-americana.

A Conferência Episcopal apelou a que os líderes norte-americanos se concentrem no objectivo "moral" de impulsionar uma "transição responsável" no país árabe e numa retirada rápida na medida em que se cumpra esse objectivo.

"Os objectivos morais desse caminho começam por se fazer frente à crise humanitária no Iraque e por minimizar as perdas humanas adicionais", destacaram os bispos.

O comunicado da Conferência Episcopal era bastante esperado, em vésperas de um ano eleitoral no qual se prevê que o conflito no Iraque atraia grande parte da atenção.

Os bispos norte-americanos emitem desde 1976, durante cada eleição presidencial, uma série de reflexões sobre as responsabilidades políticas dos católicos.

No entanto, insistiram que o documento não procura dizer aos católicos em quem devem votar mas que serve para definir aquilo que a igreja considera como acções "intrinsecamente maléficas" como o aborto, a eutanásia, a tortura e os ataques deliberados contra civis durante um período bélico.

Também hoje, os bispos elegeram o cardeal Francis George, um defensor da ortodoxia católica e próximo do Vaticano, como o sucessor de Skylstad, que acaba agora o seu mandato.

O novo presidente da Conferência Episcopal norte-americana e representante da igreja do país perante o Vaticano assume a liderança num momento complicado em que o catolicismo tem perdido influência perante as indemnizações milionárias pagas pela igreja por abusos sexuais de sacerdotes a menores.

Por sua vez, a organização Rede de Sobreviventes de Pessoas Vítimas de Abusos de Padres criticou recentemente Francis George pela sua gestão à frente da arquidiocese de Chicago, onde, argumentam, demorou meses a expulsar Daniel McCormack, um padre acusado de abuso de menores e que confessou no ano passado ter-se aproveitado sexualmente de cinco crianças que tinham entre 8 e 12 anos.

O bispo reconheceu, contudo, que foi lento a solucionar esse problema.

O novo presidente da Conferência Episcopal tem vários doutoramentos em Filosofia e Teologia e serviu durante anos em Roma, onde estabeleceu relações estreitas com o Vaticano.

Lusa
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Enviado por: André em Novembro 25, 2007, 01:44:35 pm
Governo dos EUA reduz metas políticas no Iraque

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O governo do presidente norte-americano, George W. Bush, reduziu as suas metas políticas para o Iraque, fixando para os EUA e seus aliados em Bagdad objectivos modestos, com o fim de poder alcançar êxitos, informa hoje a edição online do The New York Times.
O jornal refere, citando funcionários do governo que solicitaram o anonimato, que uma das metas é assegurar que o orçamento de 48 mil milhões de dólares seja aprovado no Parlamento iraquiano, valor que deverá receber a aprovação do legislativo.

O New York Times cita também um comunicado do porta-voz militar norte-americano Gregory Smith, que sublinhou na semana passada que todos os ataques no Iraque registaram uma quebra de 55% desde que entrou em acção em Junho a estratégia de aumento de tropas de Bush, mas advertiu que o progresso era frágil e «longe de ser irreversível».

O diário informa ainda que outros objectivos de Washington seriam renovar o mandato da ONU que autoriza a presença norte-americana no Iraque e a aprovação de leis para permitir que antigos membros do partido Baath do ex-presidente Saddam Hussein possam integrar o governo.

«Se podemos apresentar resultados noutros sectores que não sejam o da segurança, serviria para mostrar que de facto estamos num caminho sustentável para a estabilidade no Iraque», acrescentou o jornal citando um alto funcionário sob anonimato.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Novembro 30, 2007, 02:32:17 pm
Novo PM australiano anuncia retirada do Iraque em 2008

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O novo primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, anunciou hoje que os 550 militares estacionados no Iraque regressarão a casa até meados de 2008.

O trabalhista Kevin Rudd, antigo diplomata, tinha prometido a retirada de tropas australianas do Iraque se fosse eleito, ficando apenas os soldados necessários para garantirem a segurança da embaixada em Bagdad.

Kevin Rudd indicou, numa entrevista a uma rádio de Melbourne, que esta decisão surge depois de terem sido iniciadas conversações com os Estados Unidos sobre o assunto.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 09, 2007, 10:14:36 pm
Londres entrega dentro de 15 dias controlo da província de Bassorá

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A Grã-Bretanha entregará daqui a duas semanas às autoridades iraquianas o controlo da província de Bassorá, no sul do Iraque, confirmou hoje durante uma visita surpresa a Bassorá o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, citado por Downing Sreet.

O primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki recomendou "a transferência do controlo para as autoridades provinciais (de Bassorá) nas próximas duas semanas ", declarou Brown, ao falar para as tropas britânicas em Bassorá.

Os soldados britânicos deixaram no início de Setembro a sua última base na cidade de Bassorá.

A 02 de Outubro, Gordon Brown anunciara que a entrega da província às autoridades iraquianas podia ocorrer nos dois meses seguintes.

Das quatro províncias que o Reino Unido teve a seu cargo no Iraque, três já passaram para a autoridade iraquiana : Mouthanna, Zi Qar et Missane.

Brown anunciara em Outubro no Parlamento que previa reduzir até à primavera de 2008 para 2.500 o número de soldados britânicos no Iraque, contra os 5.000 actuais.

Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 10, 2007, 06:57:11 pm
Iraque pede à ONU última renovação da missão das tropas da coligação

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As autoridades iraquianas pediram ao Conselho de Segurança da ONU que renove pela última vez o mandato por mais um ano das forças da coligação multinacional no Iraque, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Hoshiar Zebari.
«O Governo iraquiano espera que este mandato seja o último, após a assinatura de um acordo de princípios entre o Iraque e os EUA, que será o passo mais importante nas relações entre os dois países», disse hoje Zebari, em conferência de imprensa em Bagdad.

Segundo Zebari, os dois países devem assinar um pacto, possivelmente em Julho, para regulamentar a presença de tropas norte-americanas no Iraque, que estabelecerá a duração, os poderes e os movimentos das tropas estrangeiras.

Na semana passada, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, manifestou o desejo de que «a presença das tropas multinacionais no Iraque seja prorrogada pela última vez até 2008».

Zebari disse que as forças iraquianas aumentaram a respectiva capacidade de combate e que os soldados norte-americanos planeiam iniciar a retirada em meados do próximo ano.

Os Estados Unidos mantêm uma força de cerca de 160.000 efectivos no Iraque, na maioria mobilizados no oeste, norte e centro do país árabe.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 16, 2007, 02:00:28 pm
Britânicos iniciam transferência de poderes de Bassorá

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A cerimónia na qual as tropas britânicas passarão oficialmente o controlo da província iraquiana de Bassorá, no sul do Iraque, às forças de segurança iraquianas começou este domingo na capital desta província.
O acto contou com a participação do conselheiro de Segurança Nacional iraquiano, Mouwafak al-Rubaie, e outros altos cargos do Exército e da Polícia iraquiana, além dos comandantes britânicos.

No seu discurso, Rubaie - que representou o primeiro-ministro Nouri al-Maliki - descreveu a transferência de poderes como «um grande evento no caminho da reconciliação nacional».

Segundo o acordo para a transferência do controlo da segurança, as tropas britânicas transferirão as suas forças na cidade de Bassorá, localizada a 550 km a sul de Bagdad, para uma base aérea perto do aeroporto da capital, colocando fim a mais de quatro anos e meio de presença na província.

Bassorá torna-se assim a quarta província na qual as tropas britânicas cedem o controlo às forças iraquianas, depois de fazer o mesmo com Muthana, Dhiqar e Maysan.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 17, 2007, 04:06:13 pm
Al Qaeda congratula-se com a retirada britânica de Bassorá

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O médico egípcio Ayman al Zawahiri, considerado o «braço direito» do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, congratulou-se hoje, num novo vídeo divulgado na Internet, com a transferência do controlo da segurança da Província de Bassorá (sul) para o Iraque.

Na gravação, uma entrevista de cerca de uma hora e meia à produtora As Sahab, ligada à Al Qaeda, - que tinha sido anunciada na semana passada - Al Zawahiri afirmou que a medida é «uma nova demonstração da força dos mujahidins (combatentes islâmicos)».

O «número 2» da rede terrorista reconheceu que o braço da Al Qaeda no Iraque foi «traído» por grupos sunitas aliados às forças de ocupação norte-americanas.

«Não importa quão gigantesca seja a máquina propagandista dos Estados Unidos na hora de enganar as pessoas, a realidade é mais forte e pior que todos os enganos», disse.

No vídeo, o médico pediu às tribos árabes sunitas que «eliminem os traidores», numa referência aos Conselhos de Salvação, grupos de resistência sunitas criados por líderes tribais.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 18, 2007, 11:22:40 pm
ONU prolonga até ao final de 2008 autorização para a coligação multinacional

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou hoje, até 31 de Dezembro de 2008, o mandato que permite a presença no Iraque das tropas da coligação multinacional lideradas pelos Estados Unidos, tal como Bagdad solicitara.

A resolução, aprovada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho, "reafirma" a autorização outorgada pelas Nações Unidas em 2004 a Washington e aos seus aliados para manterem a força multinacional de 160 mil efectivos no país árabe.

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, solicitou a 07 de Dezembro o prolongamento do mandato numa carta ao Conselho de Segurança.

De acordo com a resolução, a ameaça no Iraque continua a constituir uma ameaça à paz internacional e à segurança".

O embaixador norte-americano na ONU, Zalmay Khalilzad, apresentou hoje à tarde a resolução e depressa o Conselho se reuniu para a aprovar.

Depois da votação, Khalilzad citou os "desenvolvimentos positivos no Iraque", nomedamente a redução da violência.

"Saudamos a apoio do Conselho ao desejo do governo iraquiano "de encorajar este momento" e manter a força no país.

A resolução requer uma revisão do mandato a pedido do governo iraquiano em meados de Junho de 2008.

Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 21, 2007, 05:03:16 pm
Novo PM australiano chega ao Iraque em visita surpresa

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O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, chegou hoje ao Iraque numa viagem surpresa para se reunir com o seu homólogo iraquiano, Nouri al-Maliki, e visitar o contingente do seu país, disseram fontes oficiais iraquianas.
Segundo um comunicado do gabinete de Maliki, Rudd expressou ao primeiro-ministro iraquiano o apoio do seu país aos esforços de Bagdad para impor a segurança e a estabilidade.

«A Austrália teve e ainda tem um papel importante no apoio ao Iraque nas esferas económica e de segurança», refere a nota.

«As tropas australianas contribuíram de forma efectiva para aumentar a capacidade do Exército iraquiano», acrescentou o gabinete do primeiro-ministro, em referência ao treino que as forças iraquianas receberam dos australianos.

A visita de Rudd é a primeira após a sua vitória sobre o seu antecessor no cargo, o conservador John Howard, nas eleições realizadas a 24 de Novembro.

A viagem do primeiro-ministro australiano foi interpretada no Iraque como uma primeira aproximação ao objectivo de Rudd de retirar as tropas australianas do país.

Na sua campanha eleitoral, Rudd prometeu tirar progressivamente os cerca de 1.500 soldados de seu país no Iraque, que estão em várias províncias xiitas do sul do país.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 12, 2008, 02:25:17 pm
Bush pede à Síria para colaborar mais e adverte Irão

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O presidente George W. Bush afirmou este sábado que tudo está «no bom caminho» para reduzir o número de tropas norte-americanas no Iraque para 130 mil soldados até Julho, conforme se comprometeu, e que a esperança está a regressar àquele país.

Falando à imprensa num campo militar norte-americano no Kuwait ao quarto dia do seu périplo pelo Médio Oriente, Bush apelou à Síria para «impedir a onda de terroristas» que se infiltram no Iraque e apelou ao Irão que «deixe de apoiar as milícias» que atacam as forças da Coligação, os soldados e os policias iraquianos.

«A única coisa que digo, é que estamos no bom caminho para voltar a ter no Iraque apenas 15 brigadas daqui até Julho, contra as 20 que lá se encontram actualmente, declarou Bush.

O presidente dos Estados Unidos anunciou em Setembro de 2007 o início de uma retirada limitada que visa reduzir os efectivos das tropas norte-americanas para cerca de 130.000 homens daqui até Julho de 2008. Há actualmente cerca de 160.000 soldados dos Estados Unidos no Iraque.

George W. Bush respondia a perguntas da imprensa durante uma visita ao Campo Arifjan, a principal base militar norte-americana no Kuwait, após encontros com o comandante das forças norte-americanas no Iraque, general David Petraeus, e o embaixador dos Estados Unidos em Bagdad, Ryan Crocker.

O presidente norte-americano voltou a confirmar que o seu plano para reduzir a violência no Iraque, que consistia essencialmente no envio cerca de 30.000 soldados suplementares, está a produzir resultados.

«O nível de violência foi reduzido de forma significativa«, afirmou.

«A esperança está a regressar a Bagdad e às cidades e aldeias através do Iraque», prosseguiu, afirmando não ter dúvidas quanto ao «êxito».

No que respeita ao número das tropas, Bush precisou na sua declaração que se o general Petraeus considerar que é necessário retardar o ritmo de redução dos efectivos, isso será feito conforme o seu parecer.

Também considerou que o compromisso norte-americano no Iraque para garantir a segurança deste país irá «para além da (sua) presidência», ou seja, que as tropas norte-americanas ainda estarão no Iraque após Janeiro de 2009.

A propósito do ramo iraquiano da rede Al Qaeda, Bush considerou que continua a ser «perigoso», apesar dos «golpes severos» que lhe foram infligidos pelas forças da Coligação e pelas tropas iraquianas.

Relativamente à Síria, declarou que Teerão «deve reduzir ainda mais o fluxo de terroristas» que cruzam a sua fronteira com o Iraque para combater as forças da Coligação, enquanto que «o Irão deve deixar de apoiar as milícias» que atacam as forças aliadas e as tropas iraquianas.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 17, 2008, 11:16:11 pm
Retirada das tropas norte-americanas depende da preparação das iraquianas

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O secretário da Defesa norte-americano assegurou hoje que a retirada dos militares norte-americanos depende da preparação das tropas iraquianas.

Falando aos jornalistas, Robert Gates reafirmou a intenção anunciada em Setembro de 2007 pelo general David Petraeus - máxima patente militar norte-americana no Iraque -, de retirar cinco brigadas de combate até ao Verão.

"Estamos no bom caminho (...) e espero que a retirada de tropas (norte-americanas) no segundo semestre (deste ano) possa decorrer ao ritmo previsto para o primeiro semestre", disse o chefe do Pentágono.

No entanto, Gates afirmou esperar uma avaliação do general David Petraeus, prevista par Março e fundamental para saber o passo a dar depois de Julho.

Dos actuais 160.000 soldados no Iraque, 130.000 deverão permanecer no terreno.

As questões fundamentais - de acordo com o secretário da Defesa - são o ritmo do treino e apetrechamento do exército iraquiano, a par da transferência de responsabilidades.

O general norte-americano James Dubik, responsável por este processo, admitiu perante a Comissão das Forças Armadas da Câmara dos Representantes que a transferência de responsabilidades decorrerá entre o primeiro trimestre de 2009 e 2012 e que o exército iraquiano estará à altura de garantir a segurança nacional entre 2018 e 2020.

O titular da Defesa iraquiano, Abdel Kader al-Obeidi, concordou com as datas apontadas, numa entrevista publicada na passada terça-feira pelo jornal New York Times.

Nove das 18 províncias do Iraque já estão na mão do exército local.

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 29, 2008, 01:56:32 pm
Bush contra a «retirada prematura» do Iraque

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O Presidente George W. Bush apelou na segunda-feira aos norte-americanos a que mantenham a confiança na economia, ameaçada de recessão, e não comprometam o «sucesso» no Iraque com uma retirada prematura das tropas.

No seu sétimo e último discurso anual sobre o estado da União, diante das duas câmaras legislativas, Bush advertiu para a possibilidade do recrudescimento da violência e reforço da Al Qaeda se se verificar uma retirada, que considerou precipitada, das tropas dos EUA no Iraque, medida desejada pela maioria dos norte-americanos.

«Membros do Congresso, depois de termos chegado tão longe e de termos conseguido tanto, não devemos permitir» a retirada das tropas, disse o Presidente.

George W. Bush preveniu também o Irão que terá de enfrentar os EUA se ameaçar as suas tropas ou os interesses de Washington e dos seus aliados.

Bush recordou que, há um ano, o Iraque estava à beira do caos e que tomou a decisão de reforçar os efectivos norte-americanos naquele país.

Segundo afirmou, a decisão produziu «resultados que poucos de nós imaginaríamos há um ano».

«Aplicámos rudes golpes aos nossos inimigos no Iraque», disse Bush. «Eles ainda não foram vencidos e devemos esperar combates muito duros.»

Para Bush, o objectivo de 2008 deve ser a consolidação dos ganhos de 2007.

Tendo diante de si os senadores rivais Barack Obama e Hillary Clinton, que disputam a nomeação democrata à eleição presidencial, e que defendem uma retirada acelerada do Iraque, George Bush disse que qualquer retirada suplementar deve ser «determinada pelas condições no terreno».

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Fevereiro 11, 2008, 09:35:49 am
Robert Gates defende período de reflexão depois da primeira retirada de tropas

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O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, defendeu hoje em Bagdad uma "curta" pausa da redução do contingente norte-americano no Iraque depois da primeira retirada de tropas, já anunciada para Julho deste ano.

"Creio que a ideia de um breve período de consolidação e de avaliação faz sentido", declarou Gates aos jornalistas no final de um encontro de duas horas com o comandante norte-americano no Iraque, general David Petraus.

Uma primeira redução do contingente dos Estados Unidos, que deverá variar entre 160.000 e 130.000 soldados, já foi anunciada e deverá concretizar-se em Julho deste ano.

O general Petraus tinha dado a entender que desejava um tempo de reflexão depois desta primeira retirada.

Lusa
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Enviado por: André em Março 14, 2008, 02:43:33 pm
John McCain teme que retirada do Iraque conduza a «genocídio»

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O pré-candidato republicano para as eleições presidenciais dos EUA John McCain afirmou que teme que uma prematura retirada total das tropas norte-americanas do Iraque leve toda a região ao «genocídio» e ao «caos».

Em entrevista ao jornal britânico The Daily Telegraph antes de se reunir na próxima semana com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, em Londres, McCain afirma que uma saída prematura dos EUA do Iraque representaria uma vitória para a rede terrorista Al Qaeda.

«Um dos debates destas eleições será se os cidadãos norte-americanos querem um candidato que quer sair (do Iraque) tão rápido quanto seja possível. Caso façamos isto, a Al Qaeda vencerá», afirma o senador pelo Arizona - que se garantiu matematicamente como candidato do Partido Republicano.

McCain, de 71 anos e que enfrentará nas eleições de Novembro Hillary Clinton ou Barack Obama, diz que os EUA e aliados perderiam a guerra caso se retirassem do país.

«Manterei esta estratégia, pois prefiro perder uma campanha que uma guerra», acrescenta.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Março 19, 2008, 01:43:28 pm
Brown desiste de reduzir presença militar britânica no Iraque

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O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, foi obrigado a recuar na promessa de reduzir em 1.500 soldados a força militar que tem para o Iraque, noticiou hoje o The Daily Telegraph.
No ano passado, o Governo trabalhista indicou que reduziria a presença do Reino Unido em território iraquiano para apenas 2.500 militares.

No entanto, seguindo os conselhos do alto comando militar, preocupado com a instabilidade no país árabe, Brown viu-se obrigado a desrespeitar o seu próprio compromisso, refere o jornal.

O alto comando militar está preocupado com os contínuos ataques com foguetes contra a base no aeroporto de Basra, onde está o contingente britânico, de aproximadamente 5.000 soldados.

Além disso, o exército iraquiano continua a depender do apoio britânico para compensar a falta de experiência que tem.

Os 1.500 militares que poderiam voltar agora para casa continuarão no Iraque até serem substituídos por 3.900 elementos da sétima brigada, adianta o jornal, que cita fontes do Ministério da Defesa. Brown foi acusado de «cinismo» e de utilizar os militares para os seus fins políticos quando anunciou, em Outubro do ano passado, coincidindo com o congresso do opositor Partido Conservador, que mil soldados regressariam a casa para o Natal.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Abril 03, 2008, 03:16:39 pm
EUA mantêm plano de reduzir tropas no Iraque

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Os Estados Unidos manterão o plano de retirar algumas tropas do Iraque até Julho, apesar do aumento da violência em Bagdad e no sul do Iraque, afirmou o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas dos EUA.

No entanto, o militar indicou que depois de Julho se fará uma pausa para avaliar a situação do país.

«Neste momento, mantemos os planos para a retirada da quinta brigada para no final de Julho, e depois decorrerá um período de consolidação e avaliação», disse Mullen no Pentágono.

Actualmente, os EUA mantêm no Iraque 158 mil homens, incluindo 18 brigadas de combate. Durante o ano passado enviaram 20 brigadas.

O número deverá cair para 140 mil soldados.

Mullen não esclareceu quanto tempo durará o período de avaliação, mas assinalou que será ditado pelas condições de segurança no Iraque.

O militar também assinalou que estão a ser avaliados actualmente os resultados de uma operação de segurança em Bassorá, na qual forças lideradas por iraquianos combateram grupos xiitas nas últimas semanas.

«A última semana foi particularmente violenta. É este tipo de violência e falta de segurança que, sem dúvida, influirá na avaliação do que temos de fazer depois», indicou Mullen.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Maio 20, 2008, 09:19:34 pm
Os Vizinhos do Iraque e a Retirada Americana
Alexandre Reis Rodrigues
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fgalizacig.org%2Fimxact%2F2004%2F12%2F200412ianquis_en_iraq.jpg&hash=9305e577d1ccb18052f72665cd8190b2)

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É difícil compreender como se pode defender, de forma responsável, a retirada imediata dos americanos do Iraque. Que farão, nessa eventualidade, os 92000 efectivos da milícia Sons of Iraq armados pelos EUA há pouco mais de um ano e incluídos na lista de pagamento do Pentágono (16 milhões de dólares por mês)??

Não sendo integrados nas Forças Armadas e deixando de ter as costas protegidas pela presença americana, o mais provável é que voltem ao passado para combater a autoridade do Governo central. O Iraque, que hoje é um estado disfuncional, passaria, muito provavelmente, a engrossar a lista dos estados falhados. Já sabemos o que isso representa para a estabilidade no mundo.

No entanto, é a essa milícia (78% sunitas, 19% xiitas, 3% outras etnias), que os EUA devem parte significativa da melhoria da estabilidade alcançada nos últimos tempos, tendo conseguido que passasse a combater os jihadistas estrangeiros infiltrados no país e, em especial, as células da al Qaeda, em vez de combaterem a presença americana e os xiitas. Será possível integrar esses efectivos nas Forças Armadas iraquianas num curto espaço de tempo? Deverão ser integrados todos ou serem objecto de selecção? Com que critério? Está o Governo iraquiano preparado para conduzir esse processo, quando a maioria dos seus ministros se não se mostra entusiasmada com a possibilidade de umas forças armadas integradas etnicamente, não obstante, mais tarde ou mais cedo, ter que ser esse o caminho?

Os EUA conseguiram algum sucesso na promoção da reconciliação nacional entre as três facções principais, no topo das respectivas hierarquias; pelo menos a suficiente para tornar possível a realização de eleições, a formação de um governo e a elaboração de uma constituição. Mas não conseguiram que esse progresso fosse estendido às respectivas bases nem ao âmbito interno da comunidade xiita, onde hoje se luta acesamente pelo poder. Petraeus, com a sua estratégia bottom-up (de trabalho com as bases) procurou tornear essa dificuldade, apostando em acordos e tréguas locais para tentar desfazer a lógica tribal em que o país tem estado imerso e que, a continuar, pode levar à sua desagregação. Porém, em meados de Abril, não obstante diversos progressos, com impacto positivo no nível de segurança interna, Petraeus não tinha dúvida em reconhecer que não via ainda uma luz ao fim do túnel.

A crise, contrariamente ao que alguns defendem, não se centra na presença militar americana; iraquianos e vizinhos (à excepção do Irão) reconhecem consensualmente que essa presença continua a ser necessária para evitar que o país entre num caos irreversível. Quem insiste na retirada são apenas os americanos (à excepção da administração Bush e do candidato republicano McCain) mas muito mais com base nos seus interesses imediatos, agora também ligados à campanha em curso para eleições presidenciais, do que na resolução prática da situação no terreno.

A realidade da situação existente mostra que os iraquianos ainda estão numa fase muito primária do processo de aprendizagem para se entenderem entre si fora do contexto ditatorial em que Saddam os obrigou a viver nos últimos anos, estando a falhar em vários aspectos da transição para um regime que pretende ser democrático. Esta conjuntura está a impedir que se organizem para voltarem a ser capazes de defender o seu país e de impor a lei e a ordem e, assim, resolverem os problemas da pobreza e do desemprego generalizados, dos serviços básicos que não são garantidos de forma minimamente regular e da corrupção que continua a dominar a sua vida.

Toda a gente concorda que esta situação não pode ser resolvida apenas pela força militar que os EUA têm no terreno; mas falta assumir activamente mais duas circunstâncias: que também não pode ser solucionada exclusivamente pelos americanos nem apenas no âmbito interno do Iraque, isto é, que passa em grande parte pelos vizinhos e pelo papel que queiram ter (ou não ter) na evolução da situação. Mas as notícias desta última área também não são boas: do lado árabe, há uma quase geral inacção; do lado iraniano, há uma clara intromissão com impacto directo na segurança interna, pelo apoio dado às milícias xiitas.

Não é provável que este contexto possa evoluir favoravelmente no curto prazo. Todos os vizinhos estão interessados que a estabilidade volte, para que os EUA percam a justificação para a manutenção de uma forte presença militar e para aliviar o esforço de acolhimento dos refugiados que, em especial na Síria e Jordânia, continuam a aguardar uma melhoria da situação. Porém, sobre estes dois objectivos continua a prevalecer um profundo conflito de interesses estratégicos entre persas, árabes e muçulmanos, impedindo qualquer hipótese de esforço conjunto.

Os iranianos querem um Iraque sem possibilidade de voltar a ser a ameaça que foi no passado, o que implica um país, politica e militarmente, fraco e a etnia sunita arredada do poder. Querem usar a influência que tem sobre os xiitas iraquianos e sobre a situação geral do país para obter concessões políticas e militares, quer de Bagdad, quer de Washington (em especial, neste caso, sobre o seu programa nuclear). Sabem que com o controlo que mantêm sobre o Hezbollah manobram um dos mais importantes elementos da procura de uma solução de paz no Médio Oriente.

Os árabes precisam de um Iraque capaz de conter o Irão mas têm as maiores dúvidas que esse objectivo possa ser garantido pela maioria xiita que os EUA ajudaram a instalar em Bagdade, em substituição da minoria de sunitas, com que viviam sem dificuldades no tempo de Saddam. Depois dos problemas de segurança que algumas das suas delegações diplomáticas enfrentaram (o bombardeamento da Embaixada da Jordânia, o assassínio do embaixador egípcio, o rapto de diplomatas da Argélia e da Arábia Saudita, etc.) não se mostram dispostos a voltar. Nem sequer estão convencidos de que a recente ofensiva do Governo iraquiano contra as milícias de al Sadr possas ser interpretada como determinação para a contenção do Irão; acham que é um ajuste de contas, no âmbito da luta interna pelo poder.

A Turquia, embora numa posição mais lateral, quer principalmente precaver a possibilidade de o Curdistão se tornar independente; este objectivo, porém, interfere directamente na discussão interna em Bagdade sobre a melhor forma de governação do país: ampla autonomia às províncias ou um governo central forte.

A actual administração americana, a oito meses do fim do mandato, não parece ter campo de manobra para reorientar a sua estratégia fazendo com que os vizinhos passem a ser parte da solução em vez de serem apenas parte do problema. Na verdade nem sequer conseguiu qualquer sucesso em convencer os árabes de que o seu afastamento dos assuntos iraquianos apenas facilita o caminho ao Irão. Se as Nações Unidas não tiverem capacidade de desenvolver uma iniciativa de promoção de um novo diálogo regional à volta da situação iraquiana, então só nos resta esperar que a nova administração americana, em 2009, venha com ideias novas e disposta a falar com todos.
 
Jornal de Defesa
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Enviado por: André em Junho 03, 2008, 05:12:03 pm
Arcebispo de Kirkuk contra saída dos EUA do Iraque - Ecclesia

O arcebispo de Kirkurk, Louis Sako, alertou para o perigo de guerra civil e para uma divisão do Iraque, caso os militares norte-americanos deixem o país, noticiou segunda-feira a agência Ecclesia.

Recentemente, o secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates, assegurou que a desmobilização norte-americana será um «processo lento», defendendo que ela deve realizar-se sem precipitações, sob pena de pesadas consequências para os Estados Unidos.

As advertências do arcebispo, no contexto da influência que têm no Iraque os países da área como o Irão, Síria e Turquia, foram feitas em Milão por ocasião da entrega do prémio «Defensor Fidei», pelo bimestral Il Tiomne.

A distinção reconhece o compromisso do prelado em favor do diálogo inter-religioso, assinala a Agência.

«A Igreja caldeia - explicou Dom Sako- é a Igreja das origens também para o Ocidente. Hoje somos poucos mas, se desaparecessemos, seria uma grande perda para o Ocidente, mas também para o mundo muçulmano».

Sectores do governo iraquiano e os Estados Unidos advogam a criação de uma zona de protecção nas planícies de Nínive, a Norte do Iraque, para defender os territórios históricos do povo assírio-caldeu e dar abrigo aos cristãos perseguidos.

Presentes no Iraque desde o século II, muitos cristãos são perseguidos por extremistas islâmicos e optam por fugir do país.

Todavia, o arcebispo de Kirkuk não perde o optimismo: «Antes havia uma ditadura absoluta. Com a queda do regime que controlava tudo voltou a liberdade e agora é necessário educar as pessoas e respeitar os outros. Por isso, queremos o diálogo com os muçulmanos», vincou.

Segundo a Ecclesia, o arcebispo está confiante na possibilidade de um encontro do presidente do Irão, Mahamud Ahmadinejad com o papa Bento XVI.

«Se houver um diálogo sincero, poderá vir uma ajuda para o Iraque e para todo o Médio Oriente», comentou ele.

O presidente do Irão, Mahmud Ahamdinejad, é esperado hoje em Roma para participar para participar na cimeira sobre segurança alimentar da FAO.

A cimeira, que decorre na sede da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) em Roma, reúne meia centena de chefes de Estado e de Governo, assim como organizações internacionais.

Lusa
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Enviado por: nelson38899 em Agosto 22, 2008, 11:20:16 am
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EUA podem iniciar saída do Iraque já em 2009

Os Estados Unidos da América e o Iraque estão muito próximos de um acordo sobre o futuro estatuto das tropas norte-americanas, depois de 2008, neste país do Médio Oriente. A última versão do projecto será apresentada esta quinta-feira em Bagdade.

"Estamos muito próximos" de um consenso sobre o Acordo do Estatuto de Forças (SOFA, sigla da designação do documento em Inglês), que regerá a presença do Exército dos Estados Unidos da América (EUA) no Iraque, segundo declarou ontem a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, à chegada a Bagdade para uma visita-surpresa.

"Trata-se de um acordo bastante complexo. Fizemos cedências e o Iraque também", adiantou a ministra dos Negócios Estrangeiros norte-americana em conferência de Imprensa, após mais de três horas de reuniões com o primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki e outros membros do Governo. A última versão do projecto de acordo será apresentado hoje às cúpulas das autoridades iraquianas.

Recorda-se que, actualmente, há cerca de 147 mil soldados norte-americanos no Iraque. O Conselho de Segurança das Nações Unidas tinha decidido, em Dezembro de 2007, renovar "pela última vez" o mandato da força multinacional até 31 de Dezembro de 2008.

A última deslocação de Condoleezza Rice ao Iraque decorreu em Março passado. Desde então, conforme declarou ontem a mais proeminente figura da Administração Bush no âmbito da política externa, as negociações avançaram de forma positiva "em todos os aspectos". Apesar disso, segundo informa a agência noticiosa France Press (AFP), a secretária de Estado norte-americana não confirmou ontem que o acordo esteja pronto para ser assinado.

As negociações sobre o SOFA, cuja conclusão chegou a estar prevista para Julho passado, prosseguem, nomeadamente no âmbito do calendário para a retirada de tropas estrangeiras reclamada pelo Iraque. A AFP adianta ter conhecido, através de fonte militar norte-americana em Washington, que os EUA poderão iniciar, a partir de Junho de 2009, a retirada das suas forças das cidades iraquianas.

No final da conferência de Imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Iraque, Hoshyar Zebari, sublinhou: "Amanhã [hoje] é um dia muito importante". Para ter validade, o acordo terá de ser aprovado pelo Parlamento iraquiano (que reiniciará trabalhos no próximo dia 9 de Sepembro) e, posteriormente, ratificado pelo Conselho Presidencial, constituído por um curdo, um xiita e um sunita.

A confirmar-se a proximidade do início da retirada das tropas dos EUA, admite-se que o candidato democrata à Casa Branca tire partido do facto, na medida em que tem feito propostas eleitorais defendendo a retirada de torpas dos EUA daquele país para reforçar as forças militares no Afeganistão, onde os taliban têm intensificado os ataques. Ontem, a força multinacional anunciou a morte de mais oito soldados (três polacos, três canadianos e dois não identificados) vítimas da acção terrorista.


www.jn.pt (http://www.jn.pt)
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Enviado por: André em Agosto 22, 2008, 01:32:27 pm
Tropas dos EUA deixam Iraque até ao final de 2011

As tropas norte-americanas irão abandonar o Iraque até ao final de 2011, nos termos de um acordo de segurança negociado com os americanos que deverá ainda ser examinado pelas altas instâncias iraquianas, anunciou hoje o chefe dos negociadores iraquianos.
«No final de 2011, as tropas americanas irão retirar-se do Iraque», afirmou Mohammed al-Haj Hammoud, precisando a chegada a bom porto das negociações dos 27 artigos do pacto de segurança americano-iraquiano.

«Existe ainda uma cláusula estipulando que a retirada poderá acontecer antes de 2011 e que a presença poderá ser prolongada após 2011, em função da situação. Foi em relação a isso que as partes chegaram a acordo», acrescentou.

As negociações sobre o fim de oito anos de presença militar americana no Iraque começaram em Fevereiro e deveriam ter terminado em Julho.

A complexidade das questões e das divergências, nomeadamente sobre o calendário de retirada das tropas americanas, atrasaram, porém, a assinatura de um pacto.

Lusa
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Enviado por: legionario em Agosto 22, 2008, 07:36:55 pm
Ou seja, ficamos no mesmo : podem ficar...podem nao ficar ...

Uma coisa me parece evidente, o Iraque nao tem futuro a nao ser com outro Sadam, ou entao dividindo o pais em 3 : curdos, xiitas e sunitas . O Iraque foi uma invençao dos ingleses, nao é pois nenhuma aberraçao se aplicarem o principio das nacionalidades ( o tal herdado da revoluçao francesa) e deixarem as autonomias às tribus.
Eles estao organizados dessa maneira (em tribus e clans) , nao vale a pena impôr o nosso sistema democratico, porque os iraquianos nao o querem.
Título:
Enviado por: JLRC em Agosto 22, 2008, 09:28:22 pm
Citação de: "legionario"
Ou seja, ficamos no mesmo : podem ficar...podem nao ficar ...

Uma coisa me parece evidente, o Iraque nao tem futuro a nao ser com outro Sadam, ou entao dividindo o pais em 3 : curdos, xiitas e sunitas . O Iraque foi uma invençao dos ingleses, nao é pois nenhuma aberraçao se aplicarem o principio das nacionalidades ( o tal herdado da revoluçao francesa) e deixarem as autonomias às tribus.
Eles estao organizados dessa maneira (em tribus e clans) , nao vale a pena impôr o nosso sistema democratico, porque os iraquianos nao o querem.


Eu também penso que o Iraque, tal como nós o conhecemos, não tem futuro e que se irá dividir em 3. É o resultado de se criarem fronteiras artificiais, marcadas a régua em cima de uma qualquer mesa. Tal como em África.
Título:
Enviado por: Duarte em Agosto 24, 2008, 10:20:46 pm
Citação de: "JLRC"
Eu também penso que o Iraque, tal como nós o conhecemos, não tem futuro e que se irá dividir em 3. É o resultado de se criarem fronteiras artificiais, marcadas a régua em cima de uma qualquer mesa. Tal como em África.


O mundo está repleto de estados artificiais. A história está cheia de estados falidos. Veja-se o caso da Nigéria / Biafra, do Congo (ex-Belga) / Katanga, da China, do Zimababwe e até das antigas colónias. Estados com variados grupos étnicos, religiosos, que nada têm em comun, criados ao capricho das super-potências e poderosos interesses económicos. Estes estados existem e deixam de existir por várias razões. Mais um estado destes, não faz grande diferença. Enquanto houver países poderosos dipsostos a sustentar estados-fantasia, a coisa vai. As razões da sua existência ou falência, nem sempre são previsíveis.
Título:
Enviado por: André em Agosto 25, 2008, 03:50:23 pm
Tropas internacionais retiram do Iraque até 2011

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.allamericanpatriots.com%2Ffiles%2Fimages%2Fsoldiers-samarra-iraq.jpg&hash=1795e7bd02ce9517df8655b9c7eab0ff)

Os Estados Unidos e o Iraque assinaram um acordo que estabelece a retirada das tropas norte-americanas e aliadas daquele país árabe até ao final de 2011, revelou o PM iraquiano.

Nouri al-Maliki falava com líderes tribais em Bagdade, esta segunda-feira, a quem revelou o acordo recentemente assinado com os norte-americanos.

O acordo, que levou 10 meses a ser negociado, terá ainda que ser aprovado pelo parlamento iraquiano. Na sexta-feira, fonte governamental tinha avançado outro dos 27 pontos do documento: a retirada das tropas norte-americanas de todas as zonas urbanas até Junho de 2009.

Outro ponto do documento deverá ainda confirmar uma situação de relativa imunidade dos soldados norte-americanos à luz da lei iraquiana.

Os Estados Unidos têm cerca de 147 mil soldados no Iraque, país que invadiram em 2003. Apesar do acordo, é provável que a colaboração militar entre norte-americanos e iraquianos continue para lá de 2009, com a permanência de alguns elementos do exército dos Estados Unidos.

SOL
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Enviado por: legionario em Agosto 25, 2008, 09:13:07 pm
estas "imunidades" é que custam a engolir !
Todos os paises do mundo deveriam estar sujeitos ao direito internacional... e o exemplo deveria vir de cima, das principais potencias !
Título:
Enviado por: André em Setembro 15, 2008, 05:17:30 pm
Robert Gates no Iraque para transferir comando de guerra

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi.usatoday.net%2Fnews%2F_photos%2F2008%2F04%2F23%2Fodierno-topper.jpg&hash=c7f99eb2e346f8b25cd0c25932f6fdc3)

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, deslocou-se hoje a Bagdad para passar o comando da guerra no Iraque para um novo general, cuja responsabilidade será manter a segurança enquanto o número de militares norte-americanos no país diminui.

Gates, que faz a oitava visita ao Iraque desde que assumiu o Pentágono, em Dezembro de 2006, disse que o número de zonas em que as forças dos EUA actuarão será cada vez menor.

As forças iraquianas lideraram todas as grandes operações de segurança nos últimos meses.

O exército norte-americano também deve transferir o controlo da segurança em mais duas províncias este ano, deixando os iraquianos no comando de 13 das 18 regiões do país.

Terça-feira, Gates vai presidir à cerimónia de transferência de comando das forças lideradas pelos Estados Unidos.

O tenente-general Ray Odierno assume o posto do general David Petraeus, cujo mandato foi marcado pela chegada de 30 mil tropas extras e pela forte queda na violência.

«Acho que o desafio do general Odierno é: como trabalhar com os iraquianos para preservar os ganhos já alcançados e expandi-los, mesmo com o número decrescente de militares norte-americanos», disse Gates a jornalistas.

Odierno, que serviu como segundo comandante no Iraque por 15 meses, até Fevereiro, será promovido a general na terça-feira.

O presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou na semana passada que 8 mil norte-americanos serão retirados do Iraque até ao início começo do próximo ano, ficando 138 mil no país.

Criticado pelos primeiros anos da guerra do Iraque, Bush ordenou alterações no fim de 2006 e no início de 2007, quando Donald Rumsfeld foi substituído no Pentágono e Petraeus foi escolhido como novo comandante geral das tropas dos EUA no país.

Desde então, a violência no Iraque caiu para o nível mais reduzido em mais de quatro anos, mas a administração ainda é cautelosa no corte de tropas.

A decisão sobre uma grande retirada será deixada para o próximo presidente do Estados Unidos, que toma posse em Janeiro.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Setembro 16, 2008, 03:13:36 pm
General Petraeus já deixou o comando das forças norte-americanas no Iraque

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fmedia-2.web.britannica.com%2Feb-media%2F14%2F103014-004-56A46CF7.jpg&hash=4c3f272111e61cb521ca16773e6c2f99)

O general David Petraeus transferiu hoje o comando das tropas dos Estados Unidos no Iraque ao general Raymond Odierno, numa cerimónia realizada na base Camp Victory, perto do aeroporto internacional de Bagdad.

A transferência de chefias militares no Iraque contou com a presença do secretário de Estado americano, Robert Gates, e responsáveis políticos e militares iraquianos, como o ministro da Defesa, Abdel Qadir Mohammed Yassin, e o conselheiro de Segurança Nacional iraquiano, Mouwafak al-Rubaie.

Foram tomadas medidas de segurança extremas na cerimónia, para evitar quaisquer tipo de ataques.

Após 19 meses no cargo, Petraeus, de 55 anos, deixa o Iraque para ser o comandante do Comando Conjunto Central. Vai ter a seu cargo de uma área que se estende do Egipto ao Paquistão, mas é no Afeganistão, onde a guerra permanece bem viva, que se vai centrar a sua actuação.

Petraeus deixa o posto garantindo que, desde que o assumiu, o Iraque foi testemunha «de um progresso dramático» nos níveis de violência.

Subchefe das tropas dos EUA no Iraque até Fevereiro, Odierno tem agora que enfrentar desafios como manter os níveis de segurança conseguidos por seu antecessor e impulsionar a reconciliação entre as diversas facções iraquianas, em particular entre os sunitas e xiitas.

Odierno passa a ser é o quarto comandante do exército norte-americano desde o início da invasão do Iraque, em março de 2003. A seu cargo estará também a retirada, em Fevereiro do próximo ano, de 8 mil soldados da região, do total de 146 mil que estão no Iraque.

SOL
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Enviado por: André em Outubro 04, 2008, 04:52:59 pm
Polónia põe fim à missão no Iraque e retira últimos 900 soldados até final de Outubro

A Polónia pôs hoje fim à sua missão de apoio às tropas norte-americanas no Iraque, anunciando a retirada até fim de Outubro dos últimos 900 soldados, durante uma cerimónia oficial no centro do país.

A cerimónia decorreu numa base militar em Diwaniyah, 180 quilómetros a sul de Bagdade, onde está mobilizado o contingente polaco e contou com as presenças do ministro polaco da Defesa, Bogdan Klich, e do comandante das forças norte-americanas no Iraque, o general Raymond Odierno.

Durante a cerimónia, a bandeira da coligação foi arriada e entregue ao ministro Klich, simbolizando desta forma o fim da missão da Polónia.

O exército polaco está no Iraque desde 2003 quando começou a intervenção armada liderada pelos Estados Unidos contra o regime de Saddam Hussein.

O contingente da Polónia tinha inicialmente 2.600 soldados, tendo sido reduzido entretanto a 900.

Desde o início do conflito 21 soldados polacos perderam a vida e outros 70 ficaram feridos, segundo dados divulgados hoje pelas autoridades militares da Polónia.

"Sentimo-nos responsáveis pelo futuro do Iraque. A conclusão da nossa missão não significa no entanto o fim do nosso compromisso", declarou Bogdan Klich, garantindo que o seu país continuará a "cooperar com o Iraque nos domínios económico e financeiro".

Por seu turno, o general Odierno sublinhou que este é um "bom momento" para as forças da Polónia deixarem o Iraque.

"Este é um bom momento para as forças polacas partirem já que as condições de segurança melhoraram. Serão substituídos por tropas americanas, mas em menor número", explicou aos jornalistas.

No total dos cinco anos, mais de 10.500 soldados da Polónia participaram na operação americana no Iraque, segundo dados do comando americano.

A coligação dirigida pelos Estados Unidos e em que participam uma quinzena de países conta actualmente 150 mil homens, sendo que 144 mil são americanos.

Lusa
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Enviado por: André em Outubro 10, 2008, 03:21:30 pm
Acordo sobre as tropas dos EUA no Iraque está na etapa final

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fmedia.mcclatchydc.com%2Fsmedia%2F2007%2F08%2F28%2F17%2F746-28-USIRAQ-BUSH-12-MCT.standalone.prod_affiliate.91.jpg&hash=82edbf9d9f09ae60776e2a14f8bb587c)

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, afirmou hoje que as negociações para assinar um pacto de segurança com os Estados Unidos estão na etapa final, embora ainda haja alguns temas importantes que devem ser debatidos.

O acordo está a ser negociado há meses e visa criar um quadro legal para a presença das tropas norte-americanas no Iraque quando expirar, no final do ano, o mandato dado nesse sentido pelo Conselho de Segurança da ONU.

«O acordo proposto chegou à sua etapa final, mas ainda há alguns pontos destacados que estão a ser discutidos», afirmou Maliki em conferência de imprensa em Najaf, 170 quilómetros a sul de Bagdad.

O primeiro-ministro falava depois de se reunir com o ayatolla Ali Sistani, o líder xiita no Iraque.

Maliki afirmou que Sistani pediu que sejam respeitados os canais institucionais para que o acordo com os EUA seja aprovado pelo Governo e pelo Parlamento antes de ser assinado, e que «não se imponha nada ao Iraque e ao povo iraquiano».

O chefe do Governo iraquiano descreveu como de «muito grande» a lista de concessões pedidas pelos Estados Unidos durante as negociações, mas evitou dar pormenores.

No entanto, o primeiro-ministro reiterou que a presença militar dos Estados Unidos no Iraque terminará em 2011, e que as tropas do país abandonarão os centros urbanos até Julho de 2009 e acamparão nos arredores das cidades.

As autoridades norte-americanas não deram muita informação sobre aquele ponto, e insistem em trabalhar com prazos flexíveis.

Entre os temas pendentes nas negociações figura a possibilidade de que os soldados norte-americanos tenham imunidade no Iraque, um tema delicado no qual os EUA insistem e que Bagdad parece resistir em aceitar.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Outubro 29, 2008, 12:58:42 pm
13.ª província passou hoje para mãos do Governo Iraquiano

O Exército dos Estados Unidos transferiu, esta quarta-feira, para as tropas iraquianas, a responsabilidade pela segurança da província de Wasit, de maioria xiita, no sudeste do país. A medida torna Wasit a 13ª das 18 províncias do Iraque a passar para controle das autoridades iraquianas.

A cerimónia de transferência de poderes aconteceu na capital da Província, Kut, a 160 km a sudeste de Bagdad, e foi transmitida em directo pela televisão iraquiana.

Durante o acto, que segundo as agências internacionais contou com a presença de militares americanos, desfilaram dezenas de novos veículos das forças militares e civis iraquianas, incluindo várias viaturas dos serviços de emergência e dos bombeiros.

O conselheiro de Segurança Nacional do Iraque, Muaffak al-Rubaie, salientou na ocasião que a passagem deste testemunho vem demonstrar que as forças iraquianas «são eficazes na coordenação da segurança e na proteção».

«O Iraque traçou um futuro próspero depois de ter obtido uma vitória contra a Al Qaeda, cujos membros começam a voltar a seu país de origem», concluiu o mesmo responsável político.

Wasit faz fronteira a leste com o Irão, constituindo, de acordo com o Exército norte-americano, uma zona de passagem para o tráfico de armas destinadas a grupos xiitas.

A norte, faz fronteira com a Província de Diyala, actualmente uma das praças-fortes dos grupos insurgentes no Iraque.

Entretanto, al-Rubaie anunciou ainda que, nas próximas duas semanas, outras duas províncias passarão para o controle das autoridades iraquianas: Kirkuk, uma região rica em petróleo, e Salah ad Din, terra-natal do ex-ditador Saddam Hussein.

Concluídas mais estas duas transferências, sob mando das forças americanas ficarão apenas três províncias: Diyala, Ninawa e a capital Bagdad.

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 22, 2009, 02:23:57 pm
Governo Iraquiano diz estar «pronto» para retirada dos EUA

O Iraque está «pronto» para uma retirada antecipada das tropas norte-americanas se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assim o decidir, disse hoje o porta-voz do Ministério da Defesa iraquiano.
«Se a retirada das tropas norte-americanas ocorrer em conformidade com o acordo de segurança assinado (em Novembro) entre Bagdad e Washington, isso será correcto», afirmou o general Mohammed al-Askari.

«Mas se eles acelerarem o calendário da retirada das tropas para uma partida antes da data prevista (finais de 2011), estaremos prontos para essa situação», acrescentou o porta-voz, um dia depois de Barack Obama ter pedido aos seus responsáveis militares para redobrarem esforços no sentido de uma retirada dos 142.000 soldados norte-americanos de modo «responsável».

O Iraque e os Estados Unidos assinaram em Novembro um acordo de segurança que prevê a retirada total do contingente norte-americano até final de 2011.

Mas enquanto candidato presidencial, Barack Obama tinha sugerido uma retirada em 16 meses, ou seja em 2010.

Quarta-feira, numa reunião com responsáveis militares na Casa Branca, Obama pediu-lhes para «acelerarem a planificação necessária para levar a bom termo uma retirada militar do Iraque de modo responsável».

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 31, 2009, 01:49:53 pm
Governo de Obama não renovará contrato com empresa de segurança Blackwater em Bagdad

O Governo norte-americano não renovará o contrato que adjudicou à empresa de segurança privada Blackwater Worldwide para proteger o seu pessoal diplomático no Iraque, quando aquele expirar em Maio, disseram fontes oficiais na sexta-feira.

A 16 de Setembro de 2007, um grupo de agentes da Blackwater disparou contra os civis que se encontravam na praça Al Nasur, em Bagdad, fazendo 17 mortos e 27 feridos.

O Departamento de Estado tomou esta decisão depois de o Iraque ter notificado no dis 23 de Janeiro a embaixada dos Estados Unidos em Bagdad de que não renovará à Blackwater a licença necessária para poder operar no país, indicou um alto funcionário do Governo.

A fonte explicou que a decisão do Departamento de Estado responde a que "se não há licença, não há renovação", segundo a cadeia de televisão CNN na sua edição digital.

Se Blackwater "não tem uma licença para operar, certamente não podemos renovar" a missão, assinalou a fonte.

A decisão da administração Obama de não renovar à empresa de segurança privada o seu contrato no Iraque não afecta as adjudicações que a Blackwater fez noutras partes do mundo para proteger os diplomatas norte-americanos, acrescentou a fonte.

No âmbito de um acordo para proteger os seus funcionários do Serviço Externo e a outros seus trabalhadores em todo o mundo, o Estados Unidos adjudicaram à Blackwater um contrato de vários anos de duração no Iraque, com a opção de poder revê-lo anualmente.

Blackwater, uma das três firmas de segurança privada que operam no Iraque, obteve o grosso do contrato avaliado em 2.000 milhões de dólares concedido pelo Governo norte-americano.

O Governo dos Estados Unidos renovou na Primavera do ano passado o contrato de Blackwater no Iraque, apesar dos protestos desse país e da polémica suscitada depois da matança ocorrida em 2007.

No início de Janeiro, cinco agentes envolvidos no incidente declararam-se não culpados de homicídio em 14 casos e de tentativa de homicídio em 20. Actualmente aguardam julgamento em Washington.

Um sexto declarou-se culpado e está a colaborar com o Departamento da Justiça.

Um acordo de segurança entre os Estados Unidos e o Iraque, em vigor desde 01 de Janeiro, estabelece que o Governo de Bagdad tem a autoridade para determinar quais os empreiteiros ocidentais podem operar no país.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 27, 2009, 12:41:38 pm
EUA devem sair do Iraque até Agosto de 2010, diz Obama

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fmedia-2.web.britannica.com%2Feb-media%2F90%2F81990-004-F0845D3F.jpg&hash=924a83e282567fb955137ea172f176f7)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou quinta-feira a congressistas que pretende retirar as tropas norte-americanas do Iraque até Agosto de 2010, deixando para trás um contingente de 35 a 50 mil homens para apoiar forças iraquianas e proteger os interesses dos EUA no país.

O prazo, que seria de 19 meses desde a posse de Obama em Janeiro de 2009, é três meses mais em relação às suas promessas de campanha, que afirmavam que os soldados estariam fora do Iraque após 16 meses do seu governo.

O plano de retirada é hoje revelado na totalidade ao início da tarde, quando Obama visitar uma base militar no estado norte-americano da Carolina do Norte.

Nos termos de um acordo entre os Estados Unidos e o Iraque assinado pela administração Bush no ano passado, todas as tropas norte-americanas têm que estar fora do país até 31 de Dezembro de 2011.

John McHugh, republicano da comissão das forças armadas da Câmara de Representantes, afirmou entretanto que Obama lhe garantiu que tem um «plano B» para o Iraque caso a violência no país aumente nos próximos meses.

«Ele (Obama) assegurou-me que irá rever o seu plano se a situação no solo iraquiano piorar e a violência aumentar», afirmou McHugh em comunicado.

Já para a base democrata, o número de 35 a 50 mil soldados a serem deixados no país após a retirada em Agosto de 2010 foi considerado «excessivo».

O presidente norte-americano tem afirmado repetidamente que pretende reforçar as tropas dos EUA no Afeganistão, onde a violência tem aumentado com ataques feitos pelos talibãs, que governaram o país até ao final de 2001.

Em 2001, os talibãs foram derrubados por uma coligação liderada pelos EUA, na sequência dos ataques de 11 de Setembro que mataram 3.000 norte-americanos. Os talibãs davam abrigo à rede terrorista Al Qaeda.

Uma fonte da Administração informou que Obama espera que os gastos do país com as guerras no Iraque e no Afeganistão ascendam a 140 mil milhões de dólares este ano.

Actualmente há mais de 140 mil soldados norte-americanos no Iraque, que foi invadido em 2003 sob a alegação de que o ditador Saddam Hussein tinha programas para produzir armas de destruição em massa, o que não foi provado.

O governo de George W. Bush disse posteriormente que a invasão derrubou um ditador e permitiu os primeiros passos para o estabelecimento de uma democracia que poderia servir de modelo aos outros países da região.

Lusa
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Enviado por: André em Fevereiro 28, 2009, 01:41:37 pm
Maliki satisfeito com plano de retirada de Obama

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.foxnews.com%2Fimages%2F235820%2F5_64_102806_maliki_green.jpg&hash=dd5efee0a2f769276a9aa3b518f583ea)

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, manifestou ao Presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, a satisfação do seu Governo pelo anúncio de que a maior partes das tropas norte-americanas sairão do Iraque em Agosto de 2010.

Maliki e Barak Obama falaram sobre o plano de retirada do contingente dos Estados Unidos numa conversa telefónica sexta-feira à noite, anunciou o assessor de informação do chefe do Governo iraquiano, Yasin Mayid.

Em declarações divulgadas pelo diário iraquiano Al Sabah, Yasin Mayid disse que Maliki garantiu a Obama que as Forças Armadas do Iraque estão prontas para assumir a missão de garantir a segurança no país, actualmente da responsabilidade da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Por sua vez, Barak Obama reiterou o compromisso de Washington com o acordo de segurança subscrito pelos dois países em Dezembro de 2008.

Barack Obama anunciou sexta-feira a intenção de retirar a maioria dos militares norte-americanos no Iraque até Agosto de 2010, frisando que vai «proceder cautelosamente» à retirada e que os comandantes norte-americanos vão realizá-la em permanente consulta com o Governo iraquiano.

A retirada diz respeito a cerca de 100.000 tropas, segundo Barack Obama, mantendo-se no terreno até à retirada total, prevista para 2011, entre 35.000 e 50.000 tropas.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Março 31, 2009, 01:04:38 pm
Forças britânicas iniciam retirada oficial do Iraque


O general britânico responsável pelo comando militar das forças no sul do Iraque, Andy Salmon, transferirá esta terça-feira o controle da região para o norte-americano Michael Oates, num acto que representa o início oficial da retirada das tropas britânicas do país.

A partir desta terça-feira, soldados norte-americanos e britânicos passarão a ser comandados pelo oficial dos EUA, no que passará a ser chamado de Divisão Multinacional do Sul.

A maior parte dos quatro mil soldados britânicos - que agora estão estacionados nos arredores da cidade de Bassorá - deve deixar o país até o dia 31 de Maio, quando termina a operação de combate britânica.

A partir desta data, apenas 400 soldados da Grã-Bretanha permanecerão na região, para exercer funções no quartel-general da coligação e treinar a Marinha iraquiana. Em entrevista à BBC, o general Salmon afirmou que muitos objectivos foram atingidos nos últimos seis anos de ocupação no Iraque.

Lusa
Título: NO LO CREO POSIBLE.¡¡¡
Enviado por: VICTOR4810 em Maio 16, 2009, 09:53:05 pm
Si Iraq se divide a cáusa de la salida de las tropas USA, habrá una nueva guerrra (esta vez total y de exterminio), que acabará con los chiitas y con los kurdos.
    De hecho, tarde o temprano chiitas y sunnitas se enfrentarán en el campo de batalla los primeros tendrán el apoyo de Iran y los segundos de todo el pueblo árabe (de religión sunni).
    Soñar con un kurdistan independiente no sueñan ni los kurdos, no lo va a permitir ni Iran ni Turquía, declaración de independencia y seguidamente invasión turca.
    Los sunnitas (a los que el resto de musulmanes odian mas que a los mismos judios), por considerarlos próximos a la herejía no van a dominar Iraq y sus pozos petroliferos -para engrandecer al único estado shii del mundo (Irán), de eso ya se encargará Arabia Saudí y sus aliados, los mismos que tomarán para sí la defensa de la minoría sunnita en Iraq.
    Todo volverá a su cauce, seguirán mandando los USA, pero los chiitas comprenderán que nada ha cambiado con la muerte de Saddam.¡¡¡
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 24, 2009, 11:16:51 am
Iraque decreta feriado para marcar saída de tropas dos EUA das cidades

colaboração para a Folha Online

O governo iraquiano decidiu que o dia 30 de junho, data limite para a retirada das tropas americanas de cidades do Iraque, será transformado em feriado nacional.

"O gabinete decidiu que no dia 29 de junho haverá cerimônias, e que o dia 30 será feriado para o setor público, em comemoração à retirada das forças americanas das cidades", afirmou nesta terça-feira o porta-voz do governo, Ali al Dabbagh.

O acordo de segurança assinado entre Bagdá e Washington em novembro de 2008 prevê que os soldados americanos deixem as cidades iraquianas até 30 de junho deste ano, e que se retirem totalmente do país no final de 2011.

No sábado passado, Maliki disse que a retirada das tropas americanas das cidades é "uma grande vitória" para o povo iraquiano.

"Significa o primeiro passo para a saída de todas as forças estrangeiras de nosso território. Estou convencido, e vocês também, de que algumas forças obscuras não desejam que cheguemos a esse dia", afirmou Maliki em discurso em uma conferência de partidos turcomanos em Bagdá.

Além disso, o premiê afirmou que essas forças, as quais não identificou, querem destruir as conquistas obtidas pelo Executivo iraquiano no âmbito da segurança, mas afirmou que não permitirá isso, porque manterá a vigilância.

Maliki pediu aos iraquianos para transformarem 30 de junho em um dia consagrado "à união nacional e ao desafio contra os planos dos sabotadores que desejam tornar esse dia obscuro".

O primeiro-ministro pediu ao povo iraquiano para participar das eleições legislativas de 2010, que "estabelecerão as bases da estrutura do Estado", e às quais estão convocadas todas as comunidades do país.

A retirada do Iraque foi uma das promessas de campanha do presidente americano, Barack Obama, que pretende aumentar o número de soldados no Afeganistão, onde disse que está o verdadeiro perigo do extremismo islâmico. Sem autorização da ONU, os EUA invadiram o Iraque à frente de uma coalizão em 2003 sob a alegação de que o regime do ditador Saddam Hussein (1979-2003) fabricava armas de destruição em massa --que não foram encontradas.

Com Efe e France Presse

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 5273.shtml (http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u585273.shtml)
Título: Re: Saída dos EUA dividirá o Iraque em três nações
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 02, 2009, 03:00:58 pm
Presidente reafirmou que tropas norte-americanas vão deixar o Iraque no fim de 2011

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fgraphics8.nytimes.com%2Fimages%2F2007%2F01%2F04%2Fworld%2F600_iraq.jpg&hash=3955ff25635a1fa100142f32789c1246)

As tropas norte-americanas terão terminado a sua retirada do Iraque no fim de 2011, reafirmou terça-feira o presidente Obama, depois do atraso na organização das eleições legislativas ter feito nascer dúvidas sobre a viabilidade deste objectivo.

"Vamos retirar as nossas tropas de combate do Iraque até ao fim do próximo Verão e todas as nossas tropas até ao fim de 2011", declarou Barack Obama, durante um discurso solene na escola militar de West Point.

"Graças à coragem, à determinação e à perseverança (dos militares norte-americanos), demos aos iraquianos a possibilidade de construir o seu futuro e vamos deixar com sucesso o Iraque ao seu povo", acrescentou Obama, durante um discurso destinado a anunciar o envio de 30.000 homens suplementares para o Afeganistão.

"Numa altura em que conseguimos, como resultado de um duro trabalho, atingir os nossos objectivos no Iraque, a situação no Afeganistão deteriorou-se", observou o presidente norte-americano, retomando um tema da sua campanha eleitoral.

"O debate devastador sobre a guerra do Iraque é conhecido por todos e não deve ser repetido aqui", prosseguiu Obama, recordando simplesmente que "a guerra no Iraque mobilizou a maior parte das tropas, dos recursos, da diplomacia e da atenção" dos Estados Unidos.

As eleições legislativas iraquianas, que deviam realizar-se em meados de Janeiro, não terão lugar antes de Março, segundo o presidente do Parlamento do Iraque, devido ao atraso verificado na organização do escrutínio.

Este adiamento criou dúvidas sobre a viabilidade do calendário de retirada do exército norte-americano e a administração Obama incentivou nos últimos dias as autoridades de Bagdad a prosseguir os seus esforços para permitir a realização das eleições.

Os Estados Unidos dispõem actualmente de 115.000 homens no Iraque, de acordo com os últimos números do Pentágono.

in DN