Portugal comecerá a recuperar?

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« Responder #435 em: Agosto 15, 2009, 01:49:22 am »
http://www.cafeportugal.net/pages/notic ... spx?id=758

"O INE apenas contabiliza como desempregados aqueles que indicam diligências para encontrar emprego nas últimas três semanas. Muitos desempregados sem subsídio não procuram trabalho ou pela idade, ou por falta de habilitações ou simplesmente por desespero. "

É por questões destas que afirmo que o desemprego têm muito que se lhe diga.. Cada um diz o que mais lhe convém, mas mesmo assim têm de ser pensar um pouco :?
"(...) Eu 'tou sempre a dormir..." - Hélder, rei do Kuduro
 

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« Responder #436 em: Agosto 17, 2009, 12:42:32 pm »
Citação de: "João das Caldas"
http://www.cafeportugal.net/pages/noticias_artigo.aspx?id=758

"O INE apenas contabiliza como desempregados aqueles que indicam diligências para encontrar emprego nas últimas três semanas. Muitos desempregados sem subsídio não procuram trabalho ou pela idade, ou por falta de habilitações ou simplesmente por desespero. "

É por questões destas que afirmo que o desemprego têm muito que se lhe diga.. Cada um diz o que mais lhe convém, mas mesmo assim têm de ser pensar um pouco :?


bom, então penso que estamos de acordo. Na REALIDADE a % de Desemprego será muito mais alta do que a "oficial", mais a mais quando todos sabemos o quanto o actual governo gosta de manipular os nºs oficiais...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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PedroM

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« Responder #437 em: Agosto 17, 2009, 07:28:39 pm »
Na REALIDADE os critérios para medir a taxa de desemprego são os mesmos há muitos anos.

Na REALIDADE não é o governo que mede e divulga a taxa de desemprego mas sim o INE.

Na REALIDADE também há bastantes casos de gente que trabalha e recebe subsidio de desemprego ou o subsidio social de desemprego e como tal contam como desempregados.

Contudo na REALIDADE a taxa de desemprego deve estar subavaliada, mas esse não é um problema de hoje, vem de há muito, embora a diferença entre a taxa real e a taxa medida de desemprego não deva ser assim tão grande como se quer fazer crer.

Quem procura emprego mais mês menos mês contacta os centros de emprego. Se não o faz é porque desistiu de encontrar emprego. Provavelmente porque exerce qualquer actividade na economia paralela, isso acontece frequentemente nos oficios e com os vendedores. Estes casos não podem ser considerados como desempregados.
 

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cromwell

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« Responder #438 em: Agosto 18, 2009, 10:35:13 am »
O Pinho dizia que a crise estava no fim.
O Socas vem dizer que a crise está longe de acabar.

Vê-se logo que existia desavenças entre os dois.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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« Responder #439 em: Setembro 09, 2009, 08:09:31 am »
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Portugal cai oito lugares na UE 27 e perde sete na Zona Euro

Portugal está a perder competitividade em relação aos seus parceiros da União Europeia (UE) e da Zona Euro. Analisando apenas o ranking da Competitividade Global do Fórum Económico Mundial dos 27 países da União Europeia, pode concluir-se que, entre 2005 e 2009, Portugal caiu oito posições, ao passar do 9º para o 17º lugar.
João Espiney

Portugal está a perder competitividade em relação aos seus parceiros da União Europeia (UE) e da Zona Euro. Analisando apenas o ranking da Competitividade Global do Fórum Económico Mundial dos 27 países da União Europeia, pode concluir-se que, entre 2005 e 2009, Portugal caiu oito posições, ao passar do 9º para o 17º lugar.



Se se tiver em consideração o ranking dos 16 países que integram actualmente a Zona Euro, verifica-se que Portugal foi ultrapassado por sete países, tendo passado, no período em análise, do 5º para o 12º lugar.



http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=385972
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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #440 em: Outubro 09, 2009, 09:55:19 am »
Que pa...So chucha para Lisboa.

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Novas regras para dar mais verbas a Lisboa
Governo mudou regulamento do FEDER e do Fundo de Coesão há três semanas. Bruxelas não vê problemas
00h30m
CÉLIA MARQUES AZEVEDO E HUGO SILVA
O Governo mudou, há três semanas, o regulamento do FEDER e do Fundo de Coesão, viabilizando o desvio de verbas das regiões mais pobres para Lisboa. Portugal negociou essa excepção, no QREN, com a Comissão Europeia.

Segundo apurámos, a queixa apresentada pela Junta Metropolitana do Porto, precisamente contestando o desvio de milhões para a capital do Quadro de Referência e Estratégico Nacional (QREN), não deverá ter acolhimento por parte da Comissão Europeia. A transferência deverá ser considerada regular. Contactada pelo JN, a Junta Metropolitana do Porto assegura que ainda não foi notificada de qualquer posição da Comissão Europeia e mantém a convicção de que o desvio é ilegal.

O regime de excepção faz parte de um anexo respeitante às normas de aplicação dos fundos estruturais. Possibilita-se, então, que dinheiro destinado às regiões de convergência possa ser usado em Lisboa, desde que os investimentos tenham reflexo no restante território nacional. É o "spill-over effect", o efeito de difusão que passou a integrar o Regulamento Geral do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo de Coesão.

A alteração do regulamento por parte da Comissão Ministerial de Coordenação do QREN, liderada por Nunes Correia, foi aprovada, através de consulta escrita, a 17 de Setembro, já durante o período de campanha para as eleições legislativas. Na Junta Metropolitana, entende-se que se trata de uma alteração "feita à socapa", para dar "cobertura legal" ao "bypass" de verbas para Lisboa.

Na sequência da queixa da Junta Metropolitana do Porto, Bruxelas avançou com averiguações.

Sem avançar com uma data em concreto para o desfecho da queixa colocada por Rui Rio, fontes comunitárias confirmam que a verba transferida da região Norte para a de Lisboa pode encaixar-se na excepção à regra dos fundos estruturais, prevista no QREN 2007-2013, sobre o chamado "efeito de difusão".

Trata-se do "anexo V", negociado entre a Comissão Europeia, liderada por Durão Barroso, e o Estado português, liderado por José Sócrates, que versa sobre investimentos efectuados na região de Lisboa que possam ter efeito sobre as restantes regiões e que pode aplicar-se a projectos de modernização da administração pública, de cariz imaterial.

Cabe às autoridades nacionais que gerem os fundos - há sete entidades regionais em Portugal - decidir sobre a afectação dos mesmos. No entanto, as entidades gestoras dos fundos têm de pedir autorização à Comissão Europeia para transferir verbas relativas a um projecto orçado em 50 milhões de euros ou mais.

De acordo com a mesma fonte, "nunca" antes as autoridades portuguesas tinham pedido autorização para transferir verbas.

A região de Lisboa não teria direito às verbas destinadas às regiões de convergência, uma vez que os seus indicadores - PIB (Produto Interno Bruto) per capita e qualidade de vida - já estão acima da média europeia.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1384860
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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #441 em: Outubro 10, 2009, 04:19:39 pm »
Mais uma noticia sobre a bicharada e palhacada.

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Norte gastará 330 milhões a pagar gestores de Lisboa
Alteração a fundos comunitários destinados a recuperar regiões pobres permite mais desvios
00h30m
ALEXANDRA FIGUEIRA, com C.M.A. e A.I.
A mudança do regulamento dos fundos comunitários feita pelo Governo durante a campanha eleitoral permite usar verbas destinadas às regiões mais pobres para financiar os gestores dos programas, em Lisboa.

Em causa estão dois dos três programas negociados com Bruxelas para desenvolver as regiões mais pobres, chamadas de convergência. O Programa Operacional do Potencial Humano, sediado na Av. Infante Santo, em Lisboa; e o Programa Operacional dos Factores de Competitividade, cuja sede fica na R. Rodrigues Sampaio, também na capital.

Cada programa tem uma equipa de gestão, com filiais no país e sede em Lisboa. Ambas custarão perto de 700 milhões até ao fim do actual envelope financeiro da União Europeia. Daí, 95% poderá ser imputado às regiões mais pobres; e, daí, cerca de metade acabará inscrito na contabilidade do Norte, mas gasto na capital, ou seja, perto de 330 milhões de euros (200 milhões ao Centro e 133 ao Alentejo).

Isso mesmo está previsto na alínea b) do artigo 5º do Regulamento Geral do FEDER e do Fundo de Coesão: "Constituem excepções ao critério de elegibilidade territorial (...) a Assistência Técnica à intervenção dos Fundos Estruturais". Isto é, as equipas de gestão ficam de fora da regra territorial, segundo a qual só as regiões mais pobres (assinaladas a vermelho no documento do próprio Governo, a que o JN teve acesso) podem beneficiar dos fundos.

Além de passar a permitir pagar a despesa das equipas de gestão com dinheiro originalmente destinado às regiões pobres, as mudanças feitas pelo Governo ao regulamento especificam que também podem ser financiados com estas verbas os investimentos em Lisboa que, diz o Executivo, podem beneficiar o resto do país. Esta excepção, segundo apurou o JN, estava prevista numa Resolução de Conselho de Ministros mas não nos regulamentos do FEDER e do Fundo de Coesão.

O Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, que tutela o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), tem sido questionado pelo JN sobre a matéria, mas até hoje não deu qualquer resposta.

Só Portugal pode desviar fundos

Dos 27 países da União Europeia, só Portugal pode usar fundos destinados a desenvolver as mais pobres para investir numa região considerada rica (no nosso caso, Lisboa). O regime de excepção, chamado efeito de difusão, está contemplado no Anexo V e foi negociado entre o Governo português e a Comissão Europeia em 2007, com o objectivo de cobrir "necessidades específicas", afirmou fonte da direcção de política Regional da União. No caso, disse, tratava-se de colmatar o facto de Lisboa ter um rendimento per capita superior a 75% da média europeia e, por isso, já não poder receber fundos de coesão.

A mesma fonte adiantou que, "em todas as negociações do QREN e programas operacionais, surgiram necessidades específicas" negociadas individualmente.

A existência do princípio de excepção é aceite - desde que com uma aplicação "altamente criteriosa e excepcional" - por Carlos Lage. O presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte diz ter sido sempre contra "a introdução do mecanismo chamado de 'efeito de difusão' no QREN", que classifica de "controverso". E acrescenta que, "não foi a grande concentração de investimentos na capital que fez o país crescer como um todo ou diminuir as assimetrias de desenvolvimento regional".

Da parte da Comissão de Coordenação de Lisboa, Fonseca Ferreira - que deixou o cargo para se candidatar à Câmara de Palmela - classificou de positiva a transferência de verbas para a capital, que "tem sido altamente prejudicada", e de "extemporânea" a queixa da Junta Metropolitana do Porto, porque o Porto "não vai perder fundos".


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1386045
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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #442 em: Novembro 02, 2009, 08:36:26 am »
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Norte denuncia estar a ser prejudicado nos fundos
Comissão de Coordenação queixou-se ao gestor do programa e diz que discriminação é "preocupante"
00h30m
ALEXANDRA FIGUEIRA E CARLA SOARES

O Norte recebe menos fundos comunitários do que o esperado face ao seu peso no país, garante Carlos Lage, que aguarda uma resposta do gestor do programa Compete para a "preocupante" diferença face às outras regiões.

Até 15 de Outubro, diz o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), esta zona do país recebeu 35% do dinheiro atribuído a projectos de investimento realizados pelas empresas, no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade. Isto quando é responsável por 52% do Valor Acrescentado Bruto criado no conjunto das três regiões mais pobres (VAB é o valor que as empresas acrescentam quando compram matérias-primas e produzem artigos acabados). Em comparação, o Centro teve 41% (mas só cria 35% do VAB) e o Alentejo 24% (contra 13% do VAB).

Os números são expressos numa carta escrita ao gestor do programa, Nelson de Souza. O presidente da Comissão Directiva do Compete disse, ao JN, ainda não ter respondido ao ofício que recebeu na passada quarta-feira, escusando-se a comentar o seu teor.

Dos três grandes eixos de investimentos previstos no Compete, apenas um será "responsável" pelo desequilíbrio de verbas, disse Carlos Lage ao JN. "Na Investigação e Desenvolvimento, há uma maior absorção de verbas na região Norte, perto de metade; na internacionalização também há uma boa participação. Onde não está brilhante é na inovação", afirmou.

Por isso, subscreve a "preocupação" manifestada pelos responsáveis do Programa Operacional da Região Norte, a fatia dos fundos comunitários gerida pela CCDR-N, na carta escrita a Nelson de Souza. Aí, é referido que os números confirmam "a acentuação de uma tendência, já anteriormente detectada, que revela um baixo acesso (...) por parte dos promotores" da região Norte aos apoios a empresas.

Lage concede que o programa é aberto a todos, desde que pertençam às três regiões, e que as escolhas são feitas mediante o valor das candidaturas e não no local de origem. Reconhece, até, que "a região Centro tem projectos de elevada dimensão, que podem absorver grandes fatias de fundos". Por isso, garante que a CCDR tem "fomentado o aparecimento de candidaturas" por empresas do Norte, que ajudem a equilibrar os números. Ainda assim, nota que o gestor do programa "tem que ser equitativo na distribuição de verbas".

Nos restantes dois grandes programas geridos a partir de Lisboa (apesar de pagos com verbas destinadas às regiões mais pobres) - o destinado à formação profissional e o que pagará infraestruturas no território -, Carlos Lage diz não ter reclamações relativas à fatia alocada ao Norte.

"O mecanismo é indesejável": é assim que Lage qualifica, entretanto, o princípio que permite aplicar em Lisboa parte do dinheiro dado por Bruxelas às regiões mais pobres. Na base do mecanismo - o "spill over effect" ou efeito difusor - está o raciocínio de que os investimentos contribuem para o desenvolvimento do resto do país. Esta lógica, como o JN já noticiou, está a ser disputada nos tribunais nacionais e europeu pela Junta Metropolitana do Porto.

Para Carlos Lage, este "é um mecanismo controverso" que "corre o risco de ser uma falácia". "E por que não o efeito difusor da região Norte para a capital?", questiona. Enquanto isso, pede aos novos governantes com responsabilidade na matéria - o ministro Vieira da Silva e o secretário de Estado Fernando Medina - que verifiquem "com rigor" se as regras escritas pelo Governo anterior e os objectivos de Bruxelas na atribuição dos fundos estão de acordo. "Não tenho a certeza que estejam, mas também não posso garantir que não estejam", disse.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1407551
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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #443 em: Novembro 03, 2009, 10:39:27 am »
03-11-2009 09:53 - Bruxelas prevê défice recorde de 8% este ano em Portugal


A Comissão Europeia prevê que o défice orçamental português possa chegar aos 8% neste ano, devendo manter-se neste patamar em 2010, antes de bater um novo recorde de 8,7% em 2011, num cenário em que manutenção da actual política.

O valor consta das novas previsões macroeconómicas hoje divulgadas por Bruxelas e traduz uma forte revisão em alta dos números até agora dados como prováveis.

Em Maio, a Comissão previa um défice de 6,5% neste ano e de 6,7% no próximo. Já o Governo, que actualizou os seus números em Maio, antecipa um saldo negativo de 5,9% do PIB até ao fim do ano.

 

 
Jornal de Negócios - Eva Gaspar
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carlosribeiro

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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #444 em: Novembro 07, 2009, 03:00:35 pm »
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Portucel duplica produção
por ROBERTO DORES,Hoje

Nova fábrica do grupo Soporcel vai garantir 5% da energia nacional  a partir de 2010. Projecto envolveu um investimento de 550 milhões de euros
A Portucel vai assegurar 5% da produção nacional de energia eléctrica já a partir de 2010, sendo a maior parte obtida a partir de fontes renováveis. A revelação foi feita ontem pelo presidente não executivo da empresa, Pedro Queiroz Pereira, na inauguração da nova fábrica de Setúbal, que contou com a presença do Presidente da República. O projecto envolveu um investimento de 550 milhões de euros.
A Portucel duplica, assim, a produção de energia, numa altura em que o grupo já ocupa uma posição de liderança na produção da energia verde, através de biomassa, com 977 Gwh produzidos em 2008, o que representou 60% do total nacional. "Correspondeu a 2,3% da energia eléctrica produzida no País e a quatro vezes a produção da barragem de Alqueva", referiuQueiroz Pereira, depois de ter apresentado publicamente a MP4 adquirida pela Portucel, junto à qual qualquer homem se sente minúsculo.
É o "último grito" e a maior máquina do mundo de produção de papel de escritório e indústria gráfica, que ambiciona catapultar o grupo para a liderança europeia do sector. O equipamento exibe uma largura útil superior a dez metros e uma capacidade para produzir 500 mil toneladas por ano. A nova fábrica de Setúbal traduz um dos maiores investimentos feitos em Portugal, passando o grupo Portucel Soporcel a representar cerca de 4% do total das exportações nacionais em 2011, quando a produção entrar em velocidade de cruzeiro.
Cavaco Silva mostrou-se "impressionado" pela "grandeza do investimento, sofisticação da máquina de papel e tecnologia de ponta" e afirmou residir que ali reside um "elemento de esperança" para ajudar Portugal a ultrapassar a crise. O aumento da capacidade exportadora será "a chave da recuperação económica e do desenvolvimento sustentável", disse.
Tags: Economia
 

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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #445 em: Novembro 08, 2009, 01:47:34 am »
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A crise do Norte
01h32m
Alexandra Figueira e Carla Soares

Passam os anos e o discurso mantém-se: o Norte perde riqueza, perde poder e perde voz. E, com, isso, perde o país

Vamos ver se, na saída da crise, o Norte retoma um ciclo de crescimento". A crise estará para acabar, mas os sinais que vamos tendo mostram que o desejo de Carlos Lage poderá muito bem não ser cumprido. Mais desemprego, menos exportações, líderes divididos entre a contestação ao centralismo e a necessidade de continuar a receber favores desse mesmo centro, a romaria generalizada para Lisboa, cada vez mais poderosa e rica, face a um Norte que, tudo indica, continua a perder terreno.

É um problema só do Norte? Ou o desequilíbrio entre as sete regiões portuguesas é uma das razões pelas quais, ainda hoje, décadas e muitos milhares de milhões de euros depois, os índices de desenvolvimento de Portugal face à Europa são vergonhosos? O próprio ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse que "o país precisa do Norte".

As perguntas apelam a uma reflexão sobre a coesão regional ou a aposta numa região (Lisboa) que "arraste" todas as outras, seguindo a lógica do "superior benefício da Nação", como ironiza Braga da Cruz.

Ou uma terceira via, proposta pela OCDE, num documento de 2007, quando o país desenhava uma nova política regional, por imposição da União Europeia, de forma a receber o último grande pacote de ajudas financeiras comunitárias. Dizia a organização dos 30 países mais desenvolvidos que não é obrigatório ter que escolher uma daquelas duas vias. Pelo contrário, que os países devem apostar em todas as regiões, precisamente para potenciar o crescimento da nação no seu todo. Já na altura, segundo a OCDE, Portugal era o segundo país mais centralista do "clube", a seguir à França, mas admitia que a política regional então desenhada poderia vir a fazer de Portugal um exemplo de desenvolvimento a seguir por todos.

Anos passados, o que aconteceu a esse modelo? Ouvindo o que têm a dizer vários dirigentes, líderes, pessoas de relevo de toda a região Norte, o cenário é mais negro do que o admitido pela OCDE.

Em 2007, o Norte surpreendeu ao conseguir as primeiras boas notícias económicas em muito tempo: um crescimento ligeiramente acima do resto do país, que permitiria recuperar algum do muito terreno perdido nas últimas décadas. Mas, logo depois, a crise voltou a pintar a região de negro. Hoje, o desemprego está em níveis recorde e a quebra das exportações foi um golpe duro para as empresas, sobretudo as nortenhas. Dois anos passados, nada garante que o início daquele dinamismo económico tenha ganho raízes suficientes para medrar. Ou, em alternativa, que as deficiências estruturais da região se mantenham e voltem a servir de lastro a um Norte que não se consegue manter à tona de água.

Hoje, a larga maioria dos trabalhadores continua sem qualificações, as empresas permanecem em boa parte agarradas a formas de fazer as coisas arcaicas, o grosso dos produtos que saem das fábricas não têm nem a qualidade para combater os de regiões mais desenvolvidas nem o preço para vencer os que vêm do Extremo Oriente.

Ou seja, o global da região continua a ter a mesma fraqueza que a impede de se afirmar: a incapacidade em vender no estrangeiro, como tem dito repetidas vezes o presidente da Cotec, Daniel Bessa.

Até no que toca a indicadores de bem-estar a região aparece muito mal no retrato. Veja-se, só a título de exemplo, os cuidados médicos. No ano passado, o país tinha uma média de 3,7 médicos por mil habitantes. Mesmo esquecendo a média de 5,3 ostentada por Lisboa e arredores, o Norte até se enquadrava dentro do panorama geral, com uma média de 3,4 médicos. Mas o número é enganador, porque a região é tudo menos homogénea. Se o Porto exibe uma média de seis médicos e meio por mil habitantes, já as restantes zonas da região têm números indignos de um país da União Europeia: o Ave tem um rácio de 1,6 e o Tâmega não chega sequer a ter um médico por mil habitantes. A falta de equilíbrio dentro da própria região é, aliás, notória.

Indicadores de bem-estar como os relativos a cuidados médicos são reflexo directo da capacidade de uma comunidade de criar e gerir riqueza, neste caso a comunidade do Norte. O problema, insistem tantas vozes da região, é que cria pouca riqueza e gere ainda menos, já que os centros de competência que lhe permitiriam fazê-lo continuam a rumar para Lisboa, cuja força de gravidade actua como um íman poderoso sobre empresas, conhecimento e mais valias. Dito de outra forma, o centralismo, que recua até ao tempo do Império, tornou-se de tal forma "um vício" que as pessoas "acabam por lhe reconhecer legitimidade", diz Braga da Cruz, presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho.

A denúncia do centralismo está a transformar-se numa "crescente irritação face ao exercício do poder, quase rotineiro, a partir de Lisboa", de que fala Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). E as oportunidades para o fazer multiplicam-se. É o caso recente da decisão política de instalar em Lisboa os gestores dos fundos comunitários, apesar de as verbas para os pagar saírem dos fundos destinados às regiões mais pobres e de todos os seus interlocutores se encontrarem no Norte, no Centro e no Alentejo, lembra Luís Ramos, especialista em desenvolvimento regional.

Os exemplos são inúmeros e têm dado espaço a cada vez mais denúncias da excessiva concentração de poder e à reclamação de maiores competências e autonomia regional. Insuspeita, a OCDE, que reúne os 30 países mais ricos do mundo, é uma dessas vozes. Em 2007, um estudo sobre Portugal concluía que o país é o segundo mais centralizado no seu "clube", a seguir à França e elogiava o esforço feito pelo Governo de criar políticas de desenvolvimento regional, apesar de afirmar que só existiam porque a União Europeia assim exigia, a troco de 21,5 mil milhões de euros para desenvolver as regiões.

A OCDE reconhece que o Governo criou estruturas representativas nas cinco regiões. "Tal como é demonstrado pelo exemplo de França (…) este tipo de escolha organizacional ajuda a assegurar coerência à política regional, mas deixa pouco espaço para a integração de conhecimento local específico" - precisamente um factor que entende ser imprescindível ao bom desenvolvimento regional.

O estudo, publicado em 2008, terminava dizendo que o empenho dos agentes regionais na transformação da estrutura do Norte era fundamental para que as medidas tomadas em papel tivessem impacto real. Dois anos passados, o que dizem esses mesmos agentes regionais? Que o centralismo continua a aumentar e, em muitos casos, que desconcentrar competências públicas não chega, apelando a uma verdadeira descentralização, possível só mediante a criação de regiões administrativas eleitas pelo povo.

Hoje, no início de uma nova legislatura, contudo, os defensores desta reforma não podem estar seguros que seja desta que a regionalização avança. Pelo contrário. Não há unanimidade de opiniões dentro do partido do Governo, quanto mais entre as cinco forças presentes no Parlamento. Dentro do PS, a reforma já está a ser atirada para lá das eleições presidenciais e o líder parlamentar socialista, Francisco Assis, nem sequer arrisca assumir um compromisso de que será feita nesta legislatura. É certo que a regionalização consta do programa deste segundo governo de José Sócrates. Mas já constava do anterior, até com maior entusiasmo, e continuou enterrada numa gaveta.

http://jn.sapo.pt/Dossies/dossie.aspx?c ... em%20crise
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Daniel

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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #446 em: Novembro 13, 2009, 02:25:04 pm »
Portugal é o terceiro país europeu que mais cresce

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A economia portuguesa registou o terceiro melhor desempenho da União Europeia no terceiro trimestre, ao crescer 0,9% contra a média europeia de 0,4%, revelou hoje o Eurostat.

Com um crescimento trimestral maior do que Portugal encontram-se apenas a Lituânia (6,0%) e Eslováquia (1,6%). A Áustria registou um desempenho igual ao nosso país entre Julho e Setembro, ao crescer também 0,9% face ao segundo trimestre do ano.

Próxima do desempenho português esteve a República Checa, que cresceu 0,8% em relação ao trimestre anterior, segundo o mesmo relatório.

A mesma fonte precisa que ainda em recessão encontram-se as economias do Reino Unido, Espanha, Chipre, Estónia, Hungria e Roménia.

Crescimento do PIB no terceiro trimestre
País Evolução
 
Lituânia +6,0%
Eslováquia +1,6%
Portugal +0,9%
Áustria +0,9%
República Checa +0,8%
Alemanha +0,7%
Itália +0,6%
Bélgica +0,5%
Holanda +0,4%
França +0,3%
Espanha -0,3%
Grécia -0,3%
Reino Unido -0,4%
Roménia -0,7%
Chipre -1,4%
Hungria -1,8%
Estónia -2,8%


Fonte: Eurostat

 

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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #447 em: Dezembro 04, 2009, 09:44:15 am »
e afinal o Medina Carreira é que é um alarmista....

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Despesa em 2009
Dívida Pública aumenta 28 mil mihões e chega a 113%


por RUDOLFO REBÊLOHoje
Dívida Pública aumenta 28 mil mihões e chega a 113%

Pela primeira vez, este ano a dívida do Estado e das empresas públicas à banca e em títulos ultrapassa a riqueza produzida no País. Factura com juros vai subir nos próximos meses

A dívida do Estado, incluindo as empresas públicas, deverá este ano atingir 113,3% do produto interno bruto (PIB), contra 93% do PIB em 2008. Os empréstimos públicos contraídos à economia - no montante de 182,6 mil milhões de euros - através de créditos bancários e em títulos como as obrigações do Tesouro, aumentaram 28 mil milhões de euros, em relação a 2008, uma verba que daria para construir cinco aeroportos como o de Alcochete.

A dívida directa do Estado - contraída junto de investidores portugueses e estrangeiros, para financiar sucessivos défices orçamentais que serviram para pagar despesas com a Saúde, Educação, Defesa, investimentos e salários públicos, pensões - deverá orçar em 132,5 mil milhões de euros, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério das Finanças.

Só a dívida do Estado, sem contabilizar as empresas públicas, no final deste ano deverá representar 81,2% do PIB e, em 2010, deverá alcançar os 90% da produção, atingindo os 100% em 2013, tal como sublinhou o Fundo Monetário Internacional esta semana. Mas, para este ano, isto significa mais despesa para além do estimado em Setembro passado, pelo Instituto Nacional de Estatística, quando se calculava um endividamento de 74,5% do produto. Contas feitas, após sucessivas alterações orçamentais, o Estado endivida-se este ano em 15 mil milhões de euros.

A somar à dívida do Estado, estão os passivos das empresas públicas, a maioria titulados em empréstimos bancários e em emissões de títulos, como as obri- gações. Para não aumentar o défice orçamental, a maioria destas EP são "empurradas" a endividarem-se, assumindo custos financeiros crescentes. No final de Setembro, a dívida conjunta das cerca de 80 empresas publicas atingia os 50 mil milhões de euros, 31% do PIB, de acordo com dados ontem divulgados.

Metade desta dívida está concentrada nas Estradas de Portugal, Refer e CP. Em apenas um ano, estas empresas aumentaram o passivo em 1,8 mil milhões de euros, 1,1% da riqueza do país. O Metro de Lisboa e o Metro do Porto, no conjunto, contraíram dívidas de 6,4 mil milhões de euros e, em apenas um ano pediram à banca mais 700 milhões de euros. Tal como a Refer e a CP, estas empresas estão tecnicamente falidas, com os passivos a superarem já os activos.

E as responsabilidades futuras do Estado não param por aqui. Nas parcerias público-privadas (PPP), os compromissos assumidos para os próximos três anos (até 2012) implicam já uma despesa de quatro mil milhões de euros.


http://dn.sapo.pt/inicio/economia/inter ... id=1438156
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #448 em: Dezembro 04, 2009, 11:19:14 pm »
E onde pararão os nossos optimistas de aviário?
Andam caladitos...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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carlosribeiro

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Re: Portugal comecerá a recuperar ?
« Responder #449 em: Dezembro 04, 2009, 11:22:56 pm »
Se fossemos só nós... Apesar de tudo até nos safamos bem da crise.
O desemprego em espanha só está em mais de 19%...