[P44]

https://observador.pt/2024/03/29/chefe-de-estado-maior-do-exercito-junta-se-a-gouveia-e-melo-defende-que-se-equacione-regresso-do-servico-militar-obrigatorio/

Devem ir armá-los com arcos e flechas

[PTWolf]

https://observador.pt/2024/03/29/chefe-de-estado-maior-do-exercito-junta-se-a-gouveia-e-melo-defende-que-se-equacione-regresso-do-servico-militar-obrigatorio/

Devem ir armá-los com arcos e flechas

E dinheiro para isso?
Ou as chefias vão dar o exemplo, fazendo cortes em certos beneficios e regalias?

[Pneucareca]

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Devem ir armá-los com arcos e flechas

Paus e pedras.

[PereiraMarques]

As chafaricas vão ficar cheias de cozinheiros, padeiros, administrativos, condutores-auto e outros "serviços gerais" aumentando consideravelmente a operacionalidade das Forças Armadas 

[Anthropos]

Ou seja, numas Forças Armadas onde:

• Não foi exequível uniformizar todos os militares em 5 anos (e falo do mísero camuflado de guarnição, nem vou ao de campanha ou a outros artigos);
• Quem não quer andar todo roto, tem que gastar do próprio vencimento a adquirir camuflados (boa sorte a um militar de Lagos ou Tavira que tem que adquirir material no Casão de Lisboa se quer ter desconto);
• No Exército, para poupar, se acabou com a distribuição de Farda Nº1 e Nº2 aos contratados (Of; Sarg e Praças;
• Os coletes balísticos, rádios, aparelhos de pontaria, óculos de visão noturna, e outros equipamentos que deveriam ser absolutamente corriqueiros e generalizados não existem;
• Os alojamentos estão a cair de podres (principalmente de oficiais e sargentos, das praças ainda se vai fazendo qualquer coisa);
• A aquisição do novo armamento do Exército é insuficiente para equipar as supostas 3 brigadas, caso estivessem a 100% de efetivos;
• Não há viaturas (quer administrativas, quanto mais táticas, especiais ou blindadas) para as necessidades;
• Há listas infindáveis de equipamento que só existe "em quadro orgânico";
• O treino físico não é revisto há décadas;
• A formação inicial é uma brincadeira de mau gosto;
• Se todos os militares (pelo menos do Exército) cumprissem o tiro mínimo obrigatório anual, as "reservas estratégicas" de munições duravam menos de 2 anos

~

E outras coisas que me esqueci... Aumentar o número de militares vai ajudar em quê, exatamente?
Essa malta só sonha com muita gente por causa do famoso "tempo das vacas gordas", em que o produto operacional era muito reduzido (por obsolescência de material e TTP), mas pelo menos os Srs. Oficiais e Sargentos tinham condutores, malta para servir à mesa, amanuenses, relvinha aparada e muitas almoçaradas, perdão, cerimónias.

Resolvam primeiros os problemas da casa, que o que ainda vai mantendo as Farsas Armadas é o absentismo. Se encherem os quartéis, então aí é que está tudo lixado com F maiúsculo.

[Visitante123]

Eu sou a favor da introdução de uma forma de SMO que pode passar por treino de armas e outros serviços "comunitários".

Também sou a favor de tirar das escolas os alunos problemáticos e mandá-los para um ensino militar com equivalência ao ensino público. Não é castigo. É que muitos precisam MESMO de alguma estrutura na sua vida. Dinheiro? Que saia do Ministério da Educação.

[dc]

Se o SMO volta, vai ser o fim de qualquer chance de ter umas Forças Armadas de qualidade. Preferem continuar com umas FA com M-113, M114 e companhia, e uma carrada de militares com pouco treino, do que ter umas forças mais reduzidas, com militares bem treinados e bem equipados.

Basta deixar aqui uma comparação, para se perceber o quão absurdo é o SMO se a nível de equipamento continuar tudo na mesma:
Um único M114 é operado por 11 militares.
Um M777 é operado por 8.
Um Caesar é operado por 5/6.
Um HIMARS (e a maioria dos MLRS de rodas) é operado por 3 (o veículo municiador outros 3).

Umas Forças Armadas com um determinado número de militares, conseguem ter muito mais capacidade de combate se lhes for dado o equipamento adequado. Ter 11 militares a operar um M114, é, como se pode ver, um desperdício de "mão-de-obra", quando 9 militares davam para operar 2 HIMARS + 1 veículo municiador. A isto acresce que:
-os militares do M114 têm muito menos chances de sobrevivência que os militares dum sistema moderno com maior alcance;
-por estarem mais próximos da linha da frente, a sustentação logística deste pessoal torna-se muito mais complicada;
-e que o número de militares que o M114 necessita para operar, obriga a um maior esforço logístico, por serem mais "bocas" para alimentar, colocando ainda mais pressão nas unidades logísticas.

Por vezes o barato sai caro, e se é barato investir em SMO para ter carne para canhão com fartura, sairá caro em termos de baixas e eficácia.

[PereiraMarques]

Basta ver que nos últimos anos do SEN/SMO a Força Aérea e a Marinha, ramos tecnologicamente mais complexos, incorporavam apenas algumas dezenas (200/300) de militares por ano nessa forma de prestação de serviço militar.

[Lightning]

Talvez a conversa do SMO venha de ver a Rússia, eles com SMO tem uma grande facilidade de repor perdas, umas FA que vivem da entrada voluntária vai demorar muito mais tempo a repor números.

[Lightning]

Basta ver que nos últimos anos do SEN/SMO a Força Aérea e a Marinha, ramos tecnologicamente mais complexos, incorporavam apenas algumas dezenas (200/300) de militares por ano nessa forma de prestação de serviço militar.

Mas também era assim pois esses ramos eecebiam muitos voluntários de pessoal que não queria ir para o exército.

[PereiraMarques]

E porque esses ramos não estavam dispostos a perder tempo e dinheiro com pessoal que ia lá ficar poucos meses e que nunca iam exercer as especialidades para que eram treinados.

[CruzSilva]

Basta ver que nos últimos anos do SEN/SMO a Força Aérea e a Marinha, ramos tecnologicamente mais complexos, incorporavam apenas algumas dezenas (200/300) de militares por ano nessa forma de prestação de serviço militar.

Porque a maioria das pessoas não quer "andar à cambalhota".

Talvez a conversa do SMO venha de ver a Rússia, eles com SMO tem uma grande facilidade de repor perdas, umas FA que vivem da entrada voluntária vai demorar muito mais tempo a repor números.

A Rússia tem uma política de recrutamento extremamente forte, com ordenados chorudos para quem se dá como voluntário. Para os russos das regiões pobres da federação, o ordenado oferecido decide uma vida.

[PereiraMarques]

E porque esses ramos não estavam dispostos a perder tempo e dinheiro com pessoal que ia lá ficar poucos meses e que nunca iam exercer as especialidades para que eram treinados.

Entre instrução básica e instrução complementar quanto tempo é a formação de um MMA? 8 ou 10 meses?  E quanto tempo de "on the job training" para "meter as mãozinhas" num F16, por exemplo?

[raphael]

Antes de pensarem em SMO e no modelo a duração e os números pretendidos...

Têm de fechar unidades, aquelas que estão às moscas que serevem para ter uns asas perto de casa que não enchem a não ser em exercicios ou aprontamentos ou o que seja...

Primeiro há que ser racional na gestão das unidades e no dinheiro dispendido na sua manutenção.

Se é para manter analisar se pode comportar outros ramos outras áreas para ser melhor aproveitada em ocupação de espaço em recuperação de áreas.

Depois a dinâmica de gestão...em vez de uma central de vapor com tubagens cheias de fugas talvez uma estação termica alimentada por paineis solares para aquecimento central e aquecimento de águas.

Quantificar custos o que é preciso para recuperar esta ou aquela unidade, se o custo superar o beneficio alienar entregar às camaras eles que aproveitem para o que bem aprouver.

Tirar peso encargo financeiro de algumas instalações às forças armadas...não pagam o valor pretendido? azar, pelo menos não gastam verbas de orçamento a manter um mono um sorvedouro de verba.

SMO...

Que unidades para formação, criar condições bolsa de formadores/instrutores, que áreas a guarnecer, não para reativar mordomias mas para o que é essencial.

e a duração tudo o que seja menos de 1ano e meio é dinheiro ao lixo, entra despesa de formar equipar ha que rentabilizar.

e dar para as 3 categorias de acordo com a formação base. possibilidade de formação continua
possibilidade de ingresso no serviço contratado
e por aí acima.

o problema é que demora...para nós só arranca quando terminar a guerra da ucrania...lá para final de 2025 na melhor das hipoteses...porque ninguem admite a paz via negociação, está tudo iludido com colapso com rendição com o que for...

[dc]

Mesmo a questão da falta de pessoal, existem várias medidas que podem ser aplicadas para tentar atrair mais pessoal. Várias vezes se falou em aumentar os rendimentos ao nível das FS ou quase, expandir a margem de idades de ingresso, ter uma reorganização territorial de forma a tirar partido do "factor proximidade a casa" para determinadas regiões do país, melhorar as condições dos quartéis, meios e equipamento para tornar o serviço mais atrativo, criar cursos (em conjunto com o IEFP por exemplo) para determinadas especialidades não-combatentes (ciber-segurança, mecânicos, etc).

Existem tantas coisas que não foram tentadas, mas as chefias querem logo dar o salto para um SMO, sabendo que a qualidade das FA não vai acompanhar o aumento de pessoal.

Volto a colocar isto aqui:
https://www.dnoticias.pt/2023/2/24/349797-regimentos-militares-dos-acores-e-da-madeira-sao-os-que-tem-maior-atractividade/

2 regiões cujos jovens vêem as FA como atractivas, e no entanto nada se fez para tirar proveito desta "atractividade", seja através do reforço dos regimentos lá presentes, seja através de unidades dedicadas da Marinha e Força Aérea (por exemplo, ter patrulhas próprios para as ditas regiões como meios permanentes). Agora é só imaginar quantos, noutras regiões do país, podiam estar interessados em ingressar em certas unidades, mas não o fazem porque "é muito longe".