EH-101

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mafets

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Re: EH-101
« Responder #540 em: Maio 27, 2017, 10:43:13 am »
Um exercício em que participaram 11 entidades nacionais, com responsabilidade nesta áreas. Portanto, mesmo sem guarda costeira, temos 11 entidades a fazer o que supostamente a guarda costeira dos outros países faz, participamos e organizamos o evento.

Podemos não ter uma "Guarda Costeira", mas alguém tem que fazer o trabalho.
Essas entidades todas devem ser coisas como, as pescas, a imigração (SEF), terrorismo (PJ), etc

Tens 11 a ver, e 1 a trabalhar que é o GAT/Policia Marítima  ;D
Bingo. E está tudo dito (ou ainda criam a guarda costeira tuga para ficarem com 12 entidades). ;D :jok: :nice: :guitar:

Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lusitano89

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Re: EH-101
« Responder #541 em: Julho 26, 2017, 04:11:25 pm »
 

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Turlu

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Charlie Jaguar

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Re: EH-101
« Responder #543 em: Outubro 05, 2017, 12:03:47 pm »
Esta noticia deixa me preocupado!

Uma vez que o dinheiro no proximo ano vai inteiramente para o EH101 será que os outros programas ficaram em banho maria?

E aproveitando a deixa do Nélson noutro tópico quanto ao EH-101, para além de solucionar esta novela toda da manutenção dos aparelhos e dos seus motores, não será também altura de começar a pensar na modernização das aeronaves? É que, afinal, os primeiros Merlin chegaram à FAP no início de 2005, já lá vão portanto 12 anos, e certos sistemas e componentes podem estar a ficar desactualizados.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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tenente

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Re: EH-101
« Responder #544 em: Outubro 05, 2017, 12:19:16 pm »
Esta noticia deixa me preocupado!

Uma vez que o dinheiro no proximo ano vai inteiramente para o EH101 será que os outros programas ficaram em banho maria?

E aproveitando a deixa do Nélson noutro tópico quanto ao EH-101, para além de solucionar esta novela toda da manutenção dos aparelhos e dos seus motores, não será também altura de começar a pensar na modernização das aeronaves? É que, afinal, os primeiros Merlin chegaram à FAP no início de 2005, já lá vão portanto 12 anos, e certos sistemas e componentes podem estar a ficar desactualizados.

Ora bem ainda bem que há mais alguém que pensa como eu mas..........lá para as calendas, quer dizer se vão durar uns quarenta anos temos tempo, temos tempo, quando tiverem trinta e dois ou três começamos a pensar nisso até lá Nossa Srª de Fátima estará sempre de olho nas nossas tripulações !!!!!!!

Abraços

PS temos de ir guardando uns milhões para os bancos ou pensões de alguns que não tarda metem o estado Português em Tribunal.
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: EH-101
« Responder #545 em: Novembro 06, 2017, 05:27:56 pm »
Ora bem ainda bem que há mais alguém que pensa como eu mas..........lá para as calendas, quer dizer se vão durar uns quarenta anos temos tempo, temos tempo, quando tiverem trinta e dois ou três começamos a pensar nisso até lá Nossa Srª de Fátima estará sempre de olho nas nossas tripulações !!!!!!!

Abraços

É que pelo menos a nível de SAR, o Merlin Mk.612 norueguês, ou NAWSARH (Norwegian All Weather Search and Rescue Helicopter), já está um patamar acima dos nossos Mk.514/515/516, sem que a FIR norueguesa se compare às nossas.

Citar
The aircraft is equipped with an advanced SAR equipment package including Leonardo-Finmeccanica's newly-launched Osprey AESA radar. Based around a flat-panel antenna design, Osprey is the world’s first lightweight airborne surveillance radar to be built with no moving parts and will provide a 360 degree field of view for crews. Other equipment includes a four-axis digital Automatic Flight Control System (AFCS), two rescue hoists, searchlight, electro optical device, mobile telephone detection system and a fully integrated avionics and mission system.
 
The aircraft is equipped with advanced systems that enhance flight safety including a Laser Obstacle Avoidance System (LOAM) and Obstacle Proximity LIDAR System (OPLS) which provide warnings of wires and other obstacles. The large cabin doors and rear ramp provide easy access for personnel, survivors and equipment into the 27 m3 cabin which has stand-up head room throughout.
 
The AW101 benefits from three-engine safety, a full ice protection system for flight in known icing conditions, long range and endurance, a proven 30 minute “run dry” gearbox as well as multiple redundancy features in the avionic and mission systems.












http://www.leonardocompany.com/en/-/presentazione-aw101-norway-unveilling



« Última modificação: Novembro 06, 2017, 05:30:48 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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Re: EH-101
« Responder #546 em: Novembro 06, 2017, 06:02:16 pm »
Ora bem ainda bem que há mais alguém que pensa como eu mas..........lá para as calendas, quer dizer se vão durar uns quarenta anos temos tempo, temos tempo, quando tiverem trinta e dois ou três começamos a pensar nisso até lá Nossa Srª de Fátima estará sempre de olho nas nossas tripulações !!!!!!!

Abraços

É que pelo menos a nível de SAR, o Merlin Mk.612 norueguês, ou NAWSARH (Norwegian All Weather Search and Rescue Helicopter), já está um patamar acima dos nossos Mk.514/515/516, sem que a FIR norueguesa se compare às nossas.

Citar
The aircraft is equipped with an advanced SAR equipment package including Leonardo-Finmeccanica's newly-launched Osprey AESA radar. Based around a flat-panel antenna design, Osprey is the world’s first lightweight airborne surveillance radar to be built with no moving parts and will provide a 360 degree field of view for crews. Other equipment includes a four-axis digital Automatic Flight Control System (AFCS), two rescue hoists, searchlight, electro optical device, mobile telephone detection system and a fully integrated avionics and mission system.
 
The aircraft is equipped with advanced systems that enhance flight safety including a Laser Obstacle Avoidance System (LOAM) and Obstacle Proximity LIDAR System (OPLS) which provide warnings of wires and other obstacles. The large cabin doors and rear ramp provide easy access for personnel, survivors and equipment into the 27 m3 cabin which has stand-up head room throughout.
 
The AW101 benefits from three-engine safety, a full ice protection system for flight in known icing conditions, long range and endurance, a proven 30 minute “run dry” gearbox as well as multiple redundancy features in the avionic and mission systems.




http://www.leonardocompany.com/en/-/presentazione-aw101-norway-unveilling

Pois é, ainda bem que existem Nações que efectuam em devido tempo os upgrades aos equipamentos e aeronaves, quaisquer que sejam, conferindo assim maiores capacidades na execução das missões, neste caso o SAR !

Congratulo-me com tais decisões que minimizam o risco das tripulações envolvidas nas ditas missões, que é tal e qual cá, pois vem a público alardoar os milhares de vidas salvas pela esquadra 751, mas o melhor e devido reconhecimento que se pode e deve dar/fazer pelo empenho, profissionalismo, coragem e esforço, dos nossos pilotos, recuperadores, loadmasters, restantes tripulantes e pessoal de MNT não seria efectuar melhorias nas aeronaves envolvidas nessas missões de modo a não se irem perdendo capacidades e se poderem salvar ainda mais vidas ???

Seria mas não deve haver dinheiro o que vai havendo ou é cativado ou é para servir de compensações e ser dado aos crápulas que vão depenando as nossas finanças com as suas trafulhices e roubos....... " não é assim pá "????

Mas os nossos (Ir)responsáveis políticos devem ter razão, os helis ainda só tem doze anos, nem sequer são adolescentes, nem penas no peito tem, portanto temos muito tempo, quando lhes cair a penujem..........daqui a quinze anitos, assim........ quando tiverem a idade das Fragatas VdG, alguém vai pensar nisso !!


Abraços     
« Última modificação: Novembro 06, 2017, 06:10:12 pm por tenente »
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Re: EH-101
« Responder #547 em: Novembro 22, 2017, 02:19:39 pm »
http://observador.pt/2017/11/22/tribunal-de-contas-critica-gestao-e-controlo-da-programacao-militar-em-2015/
Tribunal de Contas aponta falta de transparência nas contas militares
Citar
[...]
A informação prestada contém “deficiências” considera o TdC, exemplificando com o caso do projeto de modernização das aeronaves c-130H, cuja dotação não foi aplicada” na regeneração nem na modernização dos aviões mas sim “na manutenção dos helicópteros EH-101”.
[...]
 
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Re: EH-101
« Responder #548 em: Novembro 22, 2017, 09:35:23 pm »
http://observador.pt/2017/11/22/tribunal-de-contas-critica-gestao-e-controlo-da-programacao-militar-em-2015/
Tribunal de Contas aponta falta de transparência nas contas militares
Citar
[...]
A informação prestada contém “deficiências” considera o TdC, exemplificando com o caso do projeto de modernização das aeronaves c-130H, cuja dotação não foi aplicada” na regeneração nem na modernização dos aviões mas sim “na manutenção dos helicópteros EH-101”.
[...]

Mania do Tribunal de Contas de se queixar do secretismo e falta de transparência  das contas do Ministério da Defesa e das nossas Forças Armadas e atrever-se a fazer comparações com países de terceira ordem como a França. Portugal é uma Super-potência e as regras e normas de países do terceiro mundo não nos são aplicáveis. :P
 

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Re: EH-101
« Responder #549 em: Novembro 23, 2017, 09:52:11 am »
http://observador.pt/2017/11/22/tribunal-de-contas-ordena-nova-auditoria-as-contas-militares/
Tribunal de Contas ordena nova auditoria às contas militares
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(...)
O Tribunal de Contas (TdC) ordenou uma nova auditoria à Lei de Programação Militar (LPM) de 2015, atualmente e execução. No relatório da auditoria feita àquela lei, divulgado esta quarta-feira, os juízes determinam que seja conduzida uma nova auditoria às contas militares, desta vez ao anexo II — referente a investimentos a fazer por conta das receitas conseguidas com o material militar alienado pelos ramos –, uma vez que há desfasamentos entre aquilo que era a legislação original e a sua execução.

(...)
De acordo com os juízes do TdC, “a execução apresentada pelo relatório de execução da LPM-2015, além de distorcida, é pouco rigorosa, porquanto evidencia valores superiores aos efetivamente executados, em virtude da execução do Anexo – II se encontrar, na totalidade (54,5 M€), atribuída aos Serviços Centrais do MDN e, simultaneamente, se encontrar a afetar a execução do Anexo -I das demais entidades do MDN”.

Por outras palavras: há valores contabilizados a dobrar, investimentos cuja foi obtida em áreas dos ramos que não eram as inicialmente previstas, entre outras incongruências. E dá o exemplo: “O Ministério da Defesa Nacional determinou que as verbas provenientes da alienação das aeronaves C-212 se destinassem a suprir, prioritariamente, necessidades implícitas no Anexo -II 86”, mas aquilo que os juízes verificaram foi que “a Capacidade Transporte Aéreo, uma das três capacidades pelas quais foram distribuídas as receitas provenientes das alienações 87, não estava prevista no Anexo-II, como antes referido.”
(..)

As questões,
quem é que manda fazer as trafulhas?
as trafulhas são do conhecimento do Ministro?
A LPM não é cumprida a risca porque?

Se tudo isto é necessário ser feito porque não há dinheiro suficiente não deviam trazer isso a publico e protestarem? (não precisa de um golpe de estado mas basta as chefias darem a cara, ou as associações)
 

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mafets

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Re: EH-101
« Responder #550 em: Novembro 23, 2017, 10:54:51 am »
Apeteceu-me comparar...  ::) :-X























Saudações


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Re: EH-101
« Responder #551 em: Novembro 24, 2017, 11:59:55 am »
http://observador.pt/2017/11/22/tribunal-de-contas-critica-gestao-e-controlo-da-programacao-militar-em-2015/
Tribunal de Contas aponta falta de transparência nas contas militares
Citar
[...]
A informação prestada contém “deficiências” considera o TdC, exemplificando com o caso do projeto de modernização das aeronaves c-130H, cuja dotação não foi aplicada” na regeneração nem na modernização dos aviões mas sim “na manutenção dos helicópteros EH-101”.
[...]

Mania do Tribunal de Contas de se queixar do secretismo e falta de transparência  das contas do Ministério da Defesa e das nossas Forças Armadas e atrever-se a fazer comparações com países de terceira ordem como a França. Portugal é uma Super-potência e as regras e normas de países do terceiro mundo não nos são aplicáveis. :P

Por isso é que a frota C-130 chegou ao estado em que se encontra. A perda trágica do C-130H "16804" deveu-se a erro humano, é certo, no entanto e sabendo que o KC-390 só chegará daqui a vários anos e outros passaram até estar completamente integrado, a indefinição quanto à frota Hércules e ao que fazer com os seus aparelhos é gritante. Vamos ver se sempre ganharão uma segunda vida novamente como meios de combate a incêndios, mas é impressionante como é tudo parece estar a ser feito em cima do joelho.



P.S. Sem querer servir de advogado da Força Aérea, acho engraçado o Tribunal de Contas referir-se à "flexível engenharia financeira" deste ramo. Decerto que se as verbas foram para a manutenção dos Merlin é porque existia absoluta necessidade e não havia outra hipótese. Mas criticar a anterior tutela por não ter alocado mais dinheiro que pudesse compensar esse deslocamento de verbas e poder manter a modernização, se bem que modesta, dos C-130, é que não.  ::)
« Última modificação: Novembro 24, 2017, 03:39:19 pm por Charlie Jaguar »
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Re: EH-101
« Responder #552 em: Novembro 24, 2017, 02:04:30 pm »
http://observador.pt/2017/11/22/tribunal-de-contas-critica-gestao-e-controlo-da-programacao-militar-em-2015/
Tribunal de Contas aponta falta de transparência nas contas militares
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Mania do Tribunal de Contas de se queixar do secretismo e falta de transparência  das contas do Ministério da Defesa e das nossas Forças Armadas e atrever-se a fazer comparações com países de terceira ordem como a França. Portugal é uma Super-potência e as regras e normas de países do terceiro mundo não nos são aplicáveis. :P

Por isso é que a frota C-130 chegou ao estado em que se encontra. A perda trágica do C-130H "16804" deveu-se a erro humano, é certo, no entanto e sabendo que o KC-390 só chegará daqui a vários anos e outros passaram até estar completamente integrado, a indefinição quanto à frota Hércules e ao que fazer com os seus aparelhos é gritante. Vamos ver se sempre ganharão uma segunda vida novamente como meios de combate a incêndios, mas é gritante como é tudo feito em cima do joelho.



P.S. Sem querer servir de advogado da Força Aérea, acho engraçado o Tribunal de Contas referir-se à "flexível engenharia financeira" deste ramo. Decerto que se as verbas foram para a manutenção dos Merlin é porque existia absoluta necessidade e não havia outra hipótese. Mas criticar a anterior tutela por não ter alocado mais dinheiro que pudesse compensar esse deslocamento de verbas e poder manter a modernização, se bem que modesta, dos C-130, é que não.  ::)

Desculpe a questão e tb não quero defender ninguém, mas será que não era expectável que os C-130 precisassem de manutenção, e que esses valores estivessem já contemplados na LPM? ou caso não estivessem não devia o governo transferir as verbas para tal? É que acho que tudo isto acontece porque ninguém quer fazer as coisas bem. acredito que o problema tenha inicio no governo que não disponibilize o orçamento adequando, mas esse problema passa depois para as chefias de topo das FA quando estas aceitam as condições e fazem estas trocas com o consentimento (ou até sugestão) do governo.

Porque que se não havia dinheiro para a manutenção dos C-130 ninguém se chegou a frente (meios comunicação) e disse não há dinheiro para a manutenção dos aviões pk o governo não disponibiliza e como tal vão ficar em terra pk não tem condições.

É que é normal que uma plano que não seja respeitado partir de um momento tudo o resto no futuro vai dar barraca. Pergunto agora de onde virá o dinheiro para a modernização dos EH-101? virá de outro lado que vai ficar pendurado?
 

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Charlie Jaguar

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Re: EH-101
« Responder #553 em: Novembro 24, 2017, 03:45:18 pm »
Citar
Contas da Força Aérea atacadas por tribunal
Por Sérgio A. Vitorino|23.11.17

Gastou quase três vezes mais que o previsto (22,9 para 66,6 milhões de euros) e demonstrou descontrolo nas despesas e seus comprovativos, acusa o Tribunal de Contas (TdC) sobre os gastos da Força Aérea na Lei de Programação Militar (LPM) de 2015. Em relatório divulgado ontem, é referido que as Forças Armadas falharam "à luz de indicadores de economia, eficiência e eficácia". Apesar de 2015 ter sido um ano de "grandes medidas de estabilidade orçamental", as Forças Armadas "dispuseram de 376,7 milhões de euros, muito além dos 210" previstos e aprovados.

"As despesas com a recuperação para o estado de voo das aeronaves C-212 alcançaram 308,7 mil € e apresentaram deficiências relacionadas com a dispensa de contrato escrito com fundamentação inapropriada e com despesas não elegíveis", afirma o TdC. Os C-212 foram vendidos ao Uruguai por 1,6 milhões. Há irregularidades nas "despesas com a regeneração de aeronaves C-130H", suportadas por verbas da LPM e venda dos C-212 e feitas "ao abrigo de um contrato com a OGMA, em desrespeito pela decisão judicial de concessão de visto do Tribunal" e com "pagamentos sem correspondência a serviços, embora compensados no final". O "recurso à gestão flexível da LPM" é ainda apontado no uso de "9,3 milhões no projeto Helicópteros EH-101 que se destinavam ao projeto Modernização C-130H [tido por prioritário] que, consequentemente, foi adiado". 

PORMENORES 

Pagos serviços não feitos
 O TdC apontou "insuficiências" no controlo da gestão financeira da Força Aérea, detetando faturas pagas à OGMA por serviços não prestados, compensadas depois pela prestação de outros serviços, numa "base flexível".

Compensações sem fatura
A Força Aérea "pagou reparações e peritagens sem correspondência aos serviços inscritos na faturação e aos serviços de facto prestados". Depois, foram "efetuadas compensações, também sem apropriada correspondência na faturação, com recurso a prestação de outros serviços ou a deduções".

Contraditório
No contraditório, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, em funções em 2015, general Araújo Pinheiro, respondeu que os intervenientes "sempre exerceram as competências com o maior rigor e correção dentro do quadro legal vigente", sem prejuízo de "alguns lapsos" com "reduzida expressão".

Distorções e omissões
O TdC refere que não foram feitos os relatórios trimestrais à LPM 2015 e os reportes tinham "insuficiências, deficiências, distorções e omissões". Os sistemas informáticos para gestão e controlo são "obsoletos".

http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/contas-da-forca-aerea-atacadas-por-tribunal?ref=Bloco_CMAoMinuto
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Re: EH-101
« Responder #554 em: Novembro 24, 2017, 04:20:48 pm »
Pergunto humildemente: e qual é a surpresa de ver verbas alocadas a um determinado programa serem transferidas para outro? Mas afinal de contas, em que País é que estamos? Até parece que, de repente, deixámos de ser o Pais mais ocidental da Europa e emigrámos para a Escandinávia…. :moca:
Vamos lá fazer um rápido “teatrinho”, e colocarmo-nos na pele do CEMFA… (ou, já agora, de qualquer um dos 3 chefes de cada um dos ramos das FA’s)….
No caso da FAP, o homem tem no inventário:
28 F-16, que já necessitam de mais uma modernização, para se poderem manter com “estamina” suficiente para aguentar a sua missão durante por mais 12 ou 15 anos (não esquecer que os primeiros chegaram cá em 1994, ou seja, há já 23 anos)…
5 C-130, que chegaram ao “rectângulo” a partir de 1977, e que estão a “cair da tripeça” (e que, além do mais, têm sido uma importante parte do sustentáculo de todas as missões externas das Forças Armadas Portuguesas desde meados doa anos 90. Ou seja, passaram metade da sua vida operacional a voar sistemática e continuamente para vários locais (às vezes não tão próximos como isso) do planeta.
5 P-3 em 2ª. mão, (bem) modernizados, que vão aguentar até não haver mais sobresselentes no mercado (e que seja por mais 20 anos, porque no dia em que já não puderem voar, duvido que haja pasta para o P8).
12 C-295, que são as “coisinhas fofas” da FAP, novitas e com muitas horas de vôo para dar, e que, ainda por cima, só oferecem vantagens: são pau para toda a obra (transporte táctico, patrulha marítima, instrução, ISR, SAR, SIFICAP)…. E, acima de tudo, têm um custo por hora de vôo que é uma verdadeira pechincha!
6 Alpha Jet que vão baixar ao hangar em Janeiro de 2018.
14 EPSILON que já têm às costas 28 anos
6 CHIPMUNK remotorizados que são perfeitos para a sua função de instrução básica de pilotagem, mas que têm que entrar na equação da substituição do EPSILON.
2 DO’s que rebocam planadores (que também deverão entrar na equação da substituição do EPSILON, sobretudo por razões logísticas).
4 planadores
3 FALCON (que em 3 ou 4 anos também terão de ser substituídos).
12 EH-101, que, conjuntamente com os C-295, são as verdadeiras aeronaves multimissão da FAP (SAR, Transporte Aéreo Táctico, CSAR, Instrução, SIFICAP). E ainda por cima, “novas” para os padrões cá do burgo…
6 ALOUETTE III, que também deixam de voar para o ano, e que, até ao momento, ainda não se sabe ao certo quando, como, e em que proporção vão ser substituídos.
Ah, e mais meia dúzia de DRONES de brincar que andam às voltas ali pelas bandas da Ota…. (esses nem os contabilizo)…
Ou seja… apenas 23 % da frota da FAP é relativamente recente (C-295, EH-101), 27 % é passível de se aguentar por mais 12 a 15 anos com mais uns upgrades (F-16), 5 % vai ter forçosamente de se aguentar por mais 15 ou mais anos (P-3), 12 % desaparece até 2018 (Alouette III, Alpha JET), 3 % até 2020 / 21 (FALCON), e o resto (30%), até 2030 (e claro, nestas contas não está incluída a frota de PREDACTORS da FAP)  :nice:
Junte-se à falta de meios, entre outros, a falta de efectivos, a manutenção de todo o espectro de missões que se faziam há 20 anos atrás (mas, proporcionalmente, com menos recursos), orçamentos cada vez mais apertados, e a feroz procura de especialistas pelo mercado civil, e temos uma enorme caldeirada. E agora que o Dr. António Costa veio dizer que, afinal, não há rectroactivos para ninguém…..  :sil:
Alguém se surpreende que, neste cenário, quem manda ponha uma coisa no papel e depois “desloque” verbas de umas rúbricas para outras em função daquilo que entende serem as necessidades do momento?
Não estou com isto a dizer que tal está correcto e muito menos que tal é uma prática correcta de gestão. Mas parece ser o lugar comum, quer nas empresas públicas, quer nas empresas privadas, desde há cerca de uma década a esta parte…..



 
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