Base das Lajes: embaixada dos EUA confirma diálogoA Embaixada dos EUA em Lisboa confirmou, esta quarta-feira, as notícias segundo as quais Portugal e os Estados Unidos estão já a dialogar a possibilidade da Base das Lajes puderem vir a albergar uma base de treinos para os novos caças norte-americanos, assim como para o sistema de armamento de mísseis hipersónicos. Em declarações à TSF, coube ao conselheiro para a imprensa e cultura da Embaixada dos EUA em Lisboa, Wesley Carrington, confirmar que «tem havido conversações, não estamos em negociações. É uma ideia que exploramos com Portugal e outros parceiros da NATO a toda a hora para melhorar a nossa prontidão e treino». Ainda de acordo com este responsável, a colocação de uma base de treinos para os novos caças e para o sistema de armamento de mísseis hipersónicos não constitui qualquer perigo para a população açoreana, uma vez que «não se disparam mísseis», mas «fazem-se simulações enquanto o avião voa». Como tal, «a a segurança da população não está em causa». 06-02-2008 12:25:56
E as contra-partidas?? :evil:
Os deputados do PSD Mota Amaral e Joaquim Ponte pretendem que o Governo confirme eventuais negociações com os EUA para a criação de um campo de treino para aviões militares norte-americanos a Norte dos Açores.Os parlamentares sociais-democratas eleitos pelos Açores questionaram se a eventual criação desta zona de treino militar "possibilitará, ou não, uma revisão do actual Acordo de Cooperação e Defesa assinado em 1995".Ao abrigo deste acordo, Portugal cede facilidades militares às forças norte-americanas, que têm estacionado um destacamento seu na base portuguesa das Lajes, localizada na ilha Terceira.Nas perguntas dirigidas ao executivo de José Sócrates, Mota Amaral e Joaquim Ponte perguntam, ainda, quais a contrapartidas que os Açores poderão esperar, caso se confirme a instalação no seu território de uma "das zonas de treino mais importantes do Ocidente no mundo" para os EUA e para NATO.Pretendem, também, saber se o Governo tenciona acautelar todas as condições de preservação ambiental da região, através de estudos de impacto ambiental sobre a zona a afectar aos treinos militares.Os deputados do PSD lembram que notícias divulgadas nos Açores dão conta de uma "discreta negociação entre Portugal e os Estados Unidos com vista a alterar substancialmente a missão que a base das Lajes tem desempenhado nas últimas décadas"."A ideia parece ser a de transformar as Lajes numa base de treino para os aviões e novas plataformas da Força Aérea dos EUA, estacionados na Europa e nos EUA", adiantam os parlamentares do PSD/Açores.Mota Amaral, antigo presidente do Governo Regional, e Joaquim Ponte adiantam também que, em Novembro, o comandante da Força Aérea na Europa "defendeu que as Lajes eram um excelente local para treinos dos F-22 e dos futuros F-35 Lightning e de outros sistemas de armamento como mísseis hipersónicos".A consulesa dos Estados Unidos da América em Ponta Delgada, Jean Manes, afirmou à agência Lusa que existem "conversações com Portugal" sobre formas de melhorar a colaboração entre os dois países em várias áreas.Além da área militar, estas conversações incidem sobre sectores como a Cultura, Turismo, Economia, Educação e Ciência, adiantou Jean Manes.A representante dos EUA nos Açores salientou ainda que, em termos genéricos, as situações de treino das Forças Armadas norte-americanas utilizam aviões verdadeiros, mas apenas com simuladores de armas, através de computadores.Segundo disse, os treinos militares que são desenvolvidos em várias partes do mundo pelos militares norte-americanos decorrem "sem armas reais".A base portuguesa das Lajes, onde se encontra estacionado um destacamento militar norte-americano, destacou-se, nos últimos 60 anos, pelo seu papel decisivo no apoio às forças americanas que intervieram em vários conflitos bélicos.Em 1943, no auge da II Guerra Mundial, Portugal cedeu a Base das Lajes aos ingleses, que a utilizaram em missões de ataque aos submarinos alemães que povoavam as águas desta parte do Oceano Atlântico.Os norte-americanos ficaram, durante esse período, estacionados na ilha de Santa Maria, onde construíram um aeroporto.A partir de 1945, instalaram-se nas Lajes, tendo sido firmado, anos depois, o primeiro acordo com Portugal, para a sua utilização permanente.Em 2003, a base foi o palco da cimeira que decidiu a invasão do Iraque, entre o presidente George W. Bush e os então primeiros-ministros Tony Blair (Inglaterra), José Maria Aznar (Espanha) e Durão Barroso (Portugal).Os Açores e as Lajes têm sido, devido à sua posição estratégica entre a Europa e a América, uma plataforma essencial para o reforço da defesa do continente europeu e ponto de projecção americana para o Mediterrâneo, Norte de África, Médio Oriente e Ásia.Lusa
BASE DAS LAJESMinistério da Defesa desmente conversações com EUAO Ministério da Defesa desmentiu esta quarta-feira, numa nota enviada à TSF, a existência de conversas em curso com os EUA, para que a Base das Lajes possa ser transformada numa base de treinos para os novos caça norte-americanos. ( 15:53 / 06 de Fevereiro 08 ) O Ministério da Defesa desmente existência de conversas em curso com os EUA, para que a Base das Lajes possa ser transformada numa base de treinos para os novos caça norte-americanos com equipamento muito sofisticado e sistema de armamento de mísseis hipersónicos.Num esclarecimento enviado à TSF, o ministério refere que esta decisão relativa ao aproveitamento da base para treinos militares norte-americanos é tomada ao nível político.A nota sublinha que, neste momento, não chegou ao gabinete do ministro Nuno Severiano Teixeira qualquer pedido sobre esta matéria.Segundo o Ministério da Defesa, não estão a decorrer conversas com os EUA, que desmente assim as declarações do conselheiro para a imprensa e culpa a embaixada dos EUA, em Lisboa.
Lajes: Ministro Defesa confirma interesse dos EUA mas nega negociações políticas Lisboa, 07 Fev (Lusa) - O ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, negou hoje a existência de negociações entre o Governo português e os EUA para a criação de um campo de treino para aviões militares norte-americanos a Norte dos Açores. "Como o chefe do Estado-maior da Força Aérea já disse, essas seriam conversações que se teriam que ter não no plano técnico mas no plano político. E no plano político, eu perguntei ao meu colega dos Negócios Estrangeiros e aquilo que posso dizer é que não decorre no quadro do Governo português nenhuma negociação", afirmou. Questionado pelos jornalistas no final da reunião do conselho de ministros, Severiano Teixeira confirmou a existência de "contactos informais" entre responsáveis da Força Aérea americana e o chefe do Estado-maior da Força Aérea portuguesa durante os quais "as autoridades americanas expressaram essa pretensão". No entanto, frisou, "não decorre no quadro do Governo" qualquer negociação, remetendo "outros pormenores" para o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Os deputados do PSD Mota Amaral e Joaquim Ponte questionaram quarta-feira o Governo sobre eventuais negociações com os EUA. Os parlamentares sociais-democratas eleitos pelos Açores questionaram se a eventual criação de uma zona de treino militar "possibilitará, ou não, uma revisão do actual Acordo de Cooperação e Defesa assinado em 1995". Ao abrigo deste acordo, Portugal cede facilidades militares às forças norte-americanas, que têm estacionado um destacamento seu na base portuguesa das Lajes, localizada na ilha Terceira.
Lajes: Autarca vê como "positiva" eventual criação de campo de treino para aviões norte-americanos Praia da Vitória, Ilha Terceira, 07 Fev (Lusa) - O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória defendeu hoje como "positiva" uma eventual utilização da base das Lajes como apoio a um campo de treino para aviões militares norte-americanos a Norte dos Açores. Em declarações à agência Lusa, Roberto Monteiro sustentou que a base das Lajes, localizada no concelho da Praia da Vitória, precisa de "reassumir a sua importância no contexto da redefinição estratégica norte-americana", se esta for a forma "de manter um contingente militar significativo e os postos de trabalho dos portugueses". O ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, negou hoje a existência de negociações entre o Governo português e os EUA para a criação de um campo de treino para aviões militares norte-americanos a Norte dos Açores. "Como o chefe do Estado-maior da Força Aérea já disse, essas seriam conversações que se teriam que ter não no plano técnico mas no plano político. E no plano político, eu perguntei ao meu colega dos Negócios Estrangeiros e aquilo que posso dizer é que não decorre no quadro do Governo português nenhuma negociação", afirmou. Ao abrigo deste acordo, Portugal cede facilidades militares às forças norte-americanas, que têm estacionado um destacamento seu na base portuguesa das Lajes, localizada na ilha Terceira. "Actualmente as pequenas e médias empresas do concelho conseguem contratos com o comando norte-americano que devem rondar os 12,5 milhões de euros, mas há cinco anos atrás esse valor foi o dobro", salientou o autarca da Praia da Vitória. Roberto Monteiro sublinhou ainda que "quanto maior for a importância da Base das Lajes, maior é o número de serviços que são contratados localmente". "A construção civil, as redes eléctricas, os serviços de jardinagem, oficinas mecânicas, material de escritório, entre outras actividades só têm a ganhar com a presença americana", acrescentou à Lusa. Para além disso, segundo Roberto Monteiro, "um crescimento da importância da base no contexto geoestratégico norte-americano, não só garante os actuais cerca de 900 postos de trabalho portugueses, como pode fazer crescer a necessidade de mais trabalhadores". Sobre os eventuais perigos que possam advir desta possibilidade de criação de uma área de treino de aviões, o autarca admitiu "apenas um aumento da poluição sonora". "Outros perigos não são equacionáveis, uma vez que a área para os treinos localiza-se muito para lá do perímetro da ilha Terceira e seus arredores", sublinhou. Roberto Monteiro admitiu que o anterior comandante do destacamento norte-americano o abordou para lhe falar na possibilidade de a base apoiar os treinos, mas "desde que há novo comando, nunca mais me falaram em nada".
2008-02-07 EUA querem campo de treino na Base das LajesOs Estados Unidos pretendem criar um campo de treino para caças-bombardeiros na Base das Lajes. O desejo foi manifestado aos chefes militares portugueses, mas o ministro da Defesa revelou que não há qualquer negociação com o governo americano.http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?he ... 20&tema=27
Sol Online - Sábado, 9 Fevereiro 2008 SociedadeCombate ao terrorismoEUA querem investir mais nas LajesPor Carlos Ferreira MadeiraOs Estados Unidos têm «grande capacidade de investimento disponível para aplicar na base das Lajes», nos Açores, com o objectivo de «combater o narcotráfico e o terrorismo, colocando um garrote nas actividades de financiamento dos radicais», soube o SOL junto de fontes governamentais. Os americanos da Embaixada em Lisboa, que mantêm há sete meses contactos informais com funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e do Ministério da Defesa Nacional, têm informado que os EUA estão interessados na hipótese de utilizar os Açores para «colocar uma guarda avançada (de grande capacidade militar) para combate ao narcotráfico e o tráfico de seres humanos, além de sistemas de radar para vigilância do trânsito marítimo nas rotas do Atlântico Sul e Norte».A base das Lajes interessa aos americanos também «para guardar material tecnológico militar sensível, servindo de apoio e suporte ao novo comando dos EUA em África, o AFRICOM – porque os países africanos não são suficientemente seguros», revelou ao SOL outra fonte que acompanha o processo. Os melhoramentos da pista e infra-estruturas da base das Lajes são também considerados «essenciais para a projecção de forças e apoio logístico dos militares norte-americanos nos teatros do Afeganistão e Iraque».Além disso, os EUA estudam a hipótese de criar um centro de treinos para pilotos de aviões de quinta geração, como o F-22 Raptor, embora existam outras alternativas aos Açores – como a Roménia, Turquia e Itália. A possibilidade de testes de mísseis hipersónicos ar-ar (que equipam os aviões de quinta geração) é outra das hipóteses mencionadas nos contactos exploratórios.