Notícias da China

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André

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« Responder #30 em: Abril 18, 2009, 10:37:45 pm »
Solução para a crise «exige que americanos poupem mais e gastem menos e chineses façam o contrário»


«Os economistas chineses concordam na necessidade de um reajustamento interno no sentido de terem uma balança económica interna mais saudável, entre poupança, investimento e consumo», afirmou, em declarações à Lusa, frisando que tal ideia já foi debatida entre Barack Obama e o líder chinês Hu Jintao.

Timothy Wright, que lecciona na Universidade de Sheffield, Inglaterra, falava à margem do seminário subordinado ao tema China Económica e Política Contemporânea que hoje terminou na Universidade do Minho, em Braga.

O curso foi organizado pelo Instituto Confúcio e pelo Centro de Línguas e Culturas Orientais, do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho.

Frisando que tal mudança de comportamento entre poupança e consumo também se aplica a países europeus, entre os quais o Reino Unido, Timothy Wright disse que os ajustamentos necessários à superação da crise global demorarão dez anos, acentuando que a mudança do paradigma das economias americana e chinesa «beneficiará toda a gente no globo».

«Dentro da China haverá mais dinheiro para investir em regiões pobres do interior e mais algumas dezenas de milhões de pessoas com acesso a uma vida melhor… E, por outro lado, ao consumirem mais, os chineses estarão a comprar bens e serviços a outros países o que beneficia o comercio mundial», frisou.

O especialista diz que, ao contrário do que se diz habitualmente, «a economia chinesa cresceu nos últimos 30 anos mais por via do investimento interno do que das exportações».

Garante que, se for usado um método correcto de avaliação, «as exportações chinesas não atingem, em termos de economia real, mais do que dez por cento do PIB chinês».

Em sua opinião, os governantes chineses têm tido um comportamento responsável em prol da estabilidade da economia mundial, tendo lançado um pacote de investimento interno de cinco mil milhões de dólares, falando-se agora no lançamento de um segundo pacote de igual dimensão.

Apesar da crise - sublinhou - o crescimento económico da China deve atingir este ano uma taxa que varia entre seis a oito por cento, o qual, sendo mais lento do que o dos últimos 20 anos, «supera largamente o que se verifica nos EUA e na União Europeia».

Em termos de politica interna, Timothy Wright defende que a China não deve evoluir para uma democracia do tipo ocidental nos próximos 20 a 30 anos, lembrando que, ainda há dias, a liderança chinesa reafirmou que «democracia ocidental, nunca».

Apesar disso, sublinha que «se tem registado uma evolução positiva em termos de direitos, quer ao nível individual quer de propriedade privada», dizendo que mesmo o Partido Comunista Chinês não está já completamente «acima da lei».

Lusa

 

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André

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« Responder #31 em: Maio 12, 2009, 02:17:03 pm »
«É muito difícil compreender a China» diz Paul Krugman



O Nobel da Economia Paul Krugman concordou que "para avançar, a China precisa de aumentar a procura interna", mas reconheceu ter "dificuldade" em compreender aquele país, revelou hoje a imprensa oficial chinesa.

"A China é um país onde compreender o que está realmente a acontecer é mais difícil do que nos outros países", disse Krugman numa das quatro conferências que realizou segunda e terça-feira em Pequim e Xangai.

Foi a primeira visita de Krugman à China e segundo o jornal oficial de língua inglesa, China Daily, o bilhete mais barato para assistir a uma das suas conferências custou 5.800 yuan (630 euros) – o equivalente ao salário de um professor universitário.

Krugman, 56 anos, galardoado pela Academia Sueca em 2008, manifestou-se muito preocupado com a crise económica global e admitiu que o mundo esteja a entrar numa “prolongada recessão”.

“Não faço ideia nenhuma qual será a fonte do próximo boom. De facto não sei. Estou muito preocupado que tenhamos uma prolongada recessão”, afirmou.

Sobre o elevado défice comercial norte-americano em relação à China, Krugman disse que “os Estados Unidos viveram muito tempo acima dos seus meios”, mas considerou que isso não pode durar e que as exportações chineses não podem contar com o mesmo crescimento que registaram até agora.

"Para avançar, a China precisa de gerar mais procura interna e os Estados Unidos necessitam de funcionar com um deficit mais pequeno", disse.

As exportações chinesas têm diminuído desde Novembro, e a queda registada em Fevereiro passado (25,7 por cento) foi mesmo a pior em mais de uma década.

Para compensar, o governo chinês preconiza o aumento da procura interna, o que oficialmente tem estado a acontecer.

O aumento é particularmente acentuado no domínio dos investimentos públicos em grandes infra-estruturas, que nos primeiros quatro meses deste ano subiram 30,5 por cento em relação a igual período de 2008.

Segundo o Banco Mundial, a economia chinesa deverá crescer este ano apenas 6,5 por cento – o mais baixo em quase duas décadas – mas o governo chinês espera atingir os 8 por cento, apenas menos um ponto que em 2008.

Lusa
« Última modificação: Julho 27, 2009, 05:43:50 pm por André »

 

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André

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« Responder #32 em: Julho 02, 2009, 01:21:51 pm »
Empresa chinesa estuda aviões onde passageiros viajem de pé


A companhia aérea chinesa Spring Airlines considera a possibilidade de fabricar aviões que permitam que os passageiros viajem de pé, noticiou a emissora CFTV.

«A companhia está a estudar esta possibilidade há um ano, mas o processo de fabrico de um avião destas características é muito longo», declarou Zhang Wuan, porta-voz da Spring Airlines.

Segundo Zhang, tanto os assentos como a distância que há entre eles serão reduzidos para que o avião tenha maior capacidade.

Se for construído, o aparelho permitirá uma acomodação 40% maior de passageiros do que num avião tradicional, o que representará 20% de economia nos custos operacionais da linha e a redução do valor das passagens.

A ideia é que os passageiros se sentem em tamboretes que lhes permitam permanecer em pé ou sentados, mas sempre com o cinto de segurança.

A companhia aérea apresentará o seu plano às autoridades da aviação chinesa no final deste ano.

Lusa

 

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André

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« Responder #33 em: Julho 27, 2009, 03:53:49 pm »
Ameaçados de despedimento, trabalhadores matam director


A compra da siderurgia pública chinesa Tonghua Iron and Steel foi anulada depois de o seu director-geral ter sido espancado até à morte por trabalhadores a quem acabava de anunciar despedimentos, noticiou hoje a imprensa chinesa.

Trata-se de um caso inédito na China, apesar de os conflitos sociais no país serem cada vez mais frequentes e por vezes violentos.

Os factos ocorreram sexta-feira na siderurgia Tonghua, principal produtor da província de Jinlin (nordeste), quando cerca de 3.000 operários pararam a produção e atacaram o director-geral, Chen Guojun, que acabava de os informar do despedimento de até 30.000 trabalhadores devido à compra da siderurgia pelo grupo privado Jianlong.

«Chen desiludiu e provocou os operários ao anunciar que a maior parte deles seria despedido nos três dias seguintes. A multidão enfureceu-se quando Chen disse que o número total de trabalhadores ia ser reduzido para 5.000», escreve o jornal China Daily.

Depois de espancarem violentamente o director-geral, os trabalhadores da Tonghua enfrentaram a polícia e impediram uma ambulância de se aproximar de Chen. Gravemente ferido, o director-geral acabou por morrer no hospital quando ao fim da tarde o conseguiram retirar da fábrica.

Um porta-voz do governo provincial de Jilin confirmou a morte do director-geral, mas recusou adiantar qualquer pormenor.

«O governo provincial decidiu suspender a fusão. A polícia está a investigar o homicídio», disse o mesmo porta-voz.

Segundo a agência Nova China, a compra da Tonghua foi suspensa «para impedir um agravamento da situação».

Esta era a segunda tentativa do grupo privado, com 17 filiais na China e sede em Pequim, de comprar a siderurgia, classificada no 244.º lugar na lista das 500 maiores empresas do país.

Lusa

 

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Lusitano89

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Re: Notícias da China
« Responder #34 em: Dezembro 09, 2009, 12:07:49 am »
Pequim lança campanha para limpar imagem do 'Made in China'




'Made in China. Made with the World' é a assinatura da campanha criada pela DDB Guon.

'Made in China. Made in the World' é o lema da primeira campanha publicitária lançada pelo governo chinês a nível global, com o objectivo de mostrar que os produtos chineses são o resultado de uma parceria entre a China e o resto do mundo. E assim é também dado o primeiro passo para limpar a imagem negativa que o 'made in China' transporta - apesar de a China ser um dos maiores exportadores mundiais de produtos industriais, estes sempre foram considerados baratos mas de má qualidade e prejudiciais à saúde.

"O anúncio tem por base o conceito de cooperação e participação, com o objectivo de passar a mensagem de que a China dá a mão ao resto do mundo para desenvolver produtos de elevada qualidade para os consumidores", disse o ministro do comércio chinês ao jornal Global Times. E a mesma fonte acrescentou ainda que "na realidade, o ‘made in China' é equivalente a 'made in the world', sendo esta cooperação é benéfica tanto para a China como para o resto do mundo".

Ao longo do filme de 30 segundos desfilam vários produtos desenvolvidos na China mas que partilham a tecnologia ou então foram desenhados noutros países, valorizando, no final, a sua qualidade. Entre os vários produtos que aparecem contam-se uns ténis "produzidos na China com tecnologia americana", um iPod "feito na China com tecnologia de Sillicon Valley" ou uma modelo que desfila com roupas "criadas na China por designers franceses".

Com a criatividade a cargo da agência de publicidade DDB Guon, em Pequim, para o ministério do comércio chinês em parceria com algumas associações industriais e comerciais, a campanha publicitária arrancou no passado dia 23 de Novembro na CNN nos Estados Unidos bem como na Ásia, e na CNN Headline News, e deverá estar no ar durante seis semanas, ou seja, até ao início de Janeiro.

Para já está a ser bem recebida pelos analistas chineses, que consideram ser importante para o governo promover os produtos chineses. Em especial porque surge numa altura em que os Estados Unidos e a União Europeia estão cada vez mais preocupados com a invasão de produtos chineses. No entanto, agora os analistas também afirmam que é importante que o governo invista na melhoria da tecnologia, de modo a que a China não seja apenas um produtor para designers estrangeiros.

E este é o erro que muitos publicitários apontam a esta campanha, afirmando que continua a posicionar a China como a fábrica do mundo inteiro e reforça a ideia de que os seus bons produtos são vendidos sob outras marcas. Por isso, defendem que a China tem de evoluir do 'Made in China' para o 'Created in China'.

in Diário Económico
 

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Cabecinhas

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Re: Notícias da China
« Responder #35 em: Dezembro 09, 2009, 11:00:22 am »
Conseguiram eles manter os produtos baratos elevando a qualidade dos mesmo... não me parece!
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Chicken_Bone

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Re: Notícias da China
« Responder #36 em: Dezembro 09, 2009, 12:14:23 pm »
Num número significativo de casos é possível. Eles não tinham (ou têm, dependendo de quem) experiência e limitavam-se a copiar. Tendo alguma experiência, conseguem melhorar a qualidade e, diminuir custos. Mas duvido que baixem os preços.
"Ask DNA"
 

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Cabecinhas

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Re: Notícias da China
« Responder #37 em: Dezembro 09, 2009, 03:56:33 pm »
Então pegando na hipotética hipótese de eles melhorarem a qualidade e logo aumentar os custos de produção, presume-se que muitas empresas comecem a ver que terem as suas unidades fabris na China já não compense... UI o que isto pode dar! Já estou a ver a China a tremer por não conseguir manter os indíces de desenvolvimento que tinha.  :mrgreen:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Chicken_Bone

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Re: Notícias da China
« Responder #38 em: Dezembro 09, 2009, 04:02:12 pm »
ALGUÉM CHAME UM MÉDICO! MÉDICO! MÉDICO! Está aqui uma cabecinha a alucinar e a dizer coisas sem sentido!  :P
"Ask DNA"
 

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Cabecinhas

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Re: Notícias da China
« Responder #39 em: Dezembro 09, 2009, 04:18:07 pm »
Qual a parte que não faz sentido? A China produzir produtos de qualidade ou as empresas sairem de lá  :roll:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Chicken_Bone

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Re: Notícias da China
« Responder #40 em: Dezembro 09, 2009, 04:44:50 pm »
Pá, desculpa, mas eu estava (e estou) com preguiça para explicar os meus argumentos, por isso limitei-me a 'contra-argumentar', sem argumento. Para não ser mais parvo, vou argumentar, mas com muita preguiçaaaaa.

Imaginemos que Portugal é mais caro do que em China em um factor de 5 (acredito que seja bastante mais, mas não interessa muito por agora), ou seja o preço do mesmo objecto custa 5x mais do que fazê-lo na China. Grande parte dessa diferença é devido a salários.

Parte da razão dos produtos chineses não serem grande coisa, é por eles não saberem desenhar objectos ou ferramentas para fazerem esses objectos. Depois há o problema de não saberem controlar bem o processo de manufactura ou a qualidade dos produtos. Devido, em grande parte à invasão dos Chineses a países Ocidentais e a deslocalização da produção para a China, o chinocas têm vindo a aprender como corrigir aqueles problemas, o que lhe permite fazer melhores produtos a menor custo (porque saber como fazer mais, com menos erros) do que faziam antes.
Mesmo que eles cobrem mais pelos produtos de qualidade superior e que lhes custaram menos para fazer (devido ao tal aumento de conhecimento e experiência), a diferença salarial entre China e Portugal ainda é muito grande.

Os chinocas estão a fazer o mesmo que os Japoneses fizeram após a 2º GM - começaram por copiar e acabaram por serem os mais avançados.
"Ask DNA"
 

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Lusitano89

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Re: Notícias da China
« Responder #41 em: Dezembro 27, 2009, 01:14:25 am »
China poderá ultrapassar o Japão já em 2009


A China poderá ultrapassar o Japão e tornar-se a segunda maior economia do mundo já este ano, depois da anunciada revisão do crescimento do PIB em 2008, admitiram hoje especialistas chineses.
Em vez de 9 por cento, o Produto Interno Bruto chinês cresceu 9,6 por cento em 2008, anunciou sexta-feira o Serviço Nacional de Estatísticas do país.

Segundo os novos valores, o PIB chinês atingiu o ano passado 4,52 biliões de dolares, contra 4,9 biliões de dolares do PIB japones.

A revisão estreitou a diferença entre os dois países, e tendo em conta as previsões para 2009 (crescimento da economia chinesa acima de oito por cento e recessão japonesa), a China parece bem colocada para ultrapassar o Japão, indicou a agência noticiosa oficial chinesa. «Dado o forte crescimento da China, é só uma questão de tempo até o volume total da economia chinesa ultrapassar o do Japão», disse um investigador do governo chinês.

O mesmo especialista salientou, contudo, que «o mais importante é o valor do PIB per capita», o que no caso da China, significa «dividir por 1.300 milhões».

Pelas estimativas do Banco Mundial, em 2008, o PIB per capita na China era de 3.200 dólares, menos de um décimo do Japão (38.000 dolares) e um terço aquém da média mundial.

Até ao ano passado, os Estados Unidos eram a maior economia do mundo e o Japão a segunda, ainda à frente da China.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Notícias da China
« Responder #42 em: Janeiro 08, 2010, 07:21:45 pm »
China ultrapassa Alemanha na liderança das exportações


A Alemanha cedeu o lugar de primeiro exportador para a China, ao vender 734,6 mil milhões de euros nos onze primeiros meses de 2009, valor inferior a 1,2 biliões de euros facturados pelo gigante asiático no mesmo período.

Em Novembro, as exportações alemãs registaram um ligeiro recuo, de 1,6 por cento, quando comparadas com idêntico mês de 2008, para 70,6 mil milhões de euros, segundo um comunicado hoje divulgado pelo instituto alemão Destatis.

Assim, a China tirou à Alemanha o primeiro lugar como exportador mundial nos primeiros onze meses do ano passado.

Já em 2009, o vice-ministro do Comércio, Zhong Shan, no China Economic Forum, em Pequim, avançava com a hipótese de a China "muito provavelmente" ter ultrapassado a Alemanha como maior exportador mundial.

Segundo perspectivava o governante chinês, a quota da China nas exportações mundiais teria crescido de 8,86 por cento, no final de 2008, para os 9 por cento este ano.

A Organização Mundial do Comércio apontava para que na primeira metade do ano as exportações da China ascendessem a 363,7 mil milhões de euros, contra os 364,9 mil milhões exportados pela Alemanha no mesmo período

Lusa
 

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Re: Notícias da China
« Responder #43 em: Março 08, 2010, 01:43:22 pm »
Economia de Xangai ultrapassa a de Hong Kong


A economia de Xangai ultrapassou Hong Kong pela primeira vez em 30 anos, ao alcançar em 2009 um produto interno bruto (PIB) de 218 mil milhões de dólares norte-americanos, enquanto Hong Kong se ficou pelos 211 mil milhões.

De acordo com os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg, o PIB de Xangai, o centro económico e financeiro da China, registou em 2009 um aumento de 8,2 por cento para 218,3 mil milhões de dólares americanos (160 mil milhões de euros), enquanto que a economia de Hong Kong caiu 2,7 por cento para 210,7 mil milhões de dólares (154 mil milhões de euros).

Os resultados revelam que a economia de Xangai ultrapassou Hong Kong não só pela primeira vez desde 1981 como sete anos antes do projetado pelo Governo chinês, como consequência de 30 anos de abertura da China, que se transformou na terceira maior economia do mundo e no maior exportador a nível global.

Porém, o PIB per capita de Hong Kong continua a liderar, com 30.977 dólares americanos (22.658 euros), enquanto que Xangai fica-se ainda pelos 10.713 dólares (7.836 euros).

O crescimento de Xangai poderá vir a colocar em causa o estatuto de Hong Kong enquanto centro financeiro na Ásia, depois de ter perdido, também a favor de Xangai, a posição de maior porto e maior mercado bolsista da China.

Porém, o chefe do Executivo da ex-colónia britânica, Donald Tsang, salientou em declarações aos jornalistas que "Xangai não é uma ameaça" para o território ao defender que ambas as cidades poderão explorar "novas oportunidades de cooperação".

Donald Tsang acrescentou que o vice-primeiro ministro chinês, Wang Qishan, lhe garantiu recentemente que a posição de Hong Kong como centro financeiro internacional "não pode ser substituído, designadamente por razões de mercado, como o sistema legal e existência de talentos" na ex-colónia britânica.

As vantagens de Hong Kong residem num sistema legal baseado no do Reino Unido, taxas de impostos relativamente baixas e livre fluxo de fundos e o território tem estado a servir de balão de ensaio às transações internacionais em renmimbi, uma vez que a China ainda não autoriza uma total conversão da sua moeda, limitando a utilização internacional.

Na lista dos centros financeiros globais da consultora Z/Yen Group, baseada na análise de fatores como a atratividade das cidades e existência de serviços financeiros profissionalizados, Hong Kong surge em terceiro lugar e Xangai em décimo.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Notícias da China
« Responder #44 em: Março 17, 2010, 03:36:56 pm »
UE critica proteccionismo na China


A União Europeia manifestou-se hoje preocupada com o proteccionismo e tratamento desigual das empresas europeias na China, mas criticou as pressões públicas para o governo chinês valorizar a sua moeda.

«Estamos preocupados por vermos procedimentos cada vez mais complicados», disse o embaixador da delegação da UE em Pequim, Serge Abou, a propósito de um certificado ministerial que as autoridades chinesas estão a pedir às empresas europeias para exportar para a China.

Segundo Serge Abou, aquela exigência implica «atrasos, custos mais elevados e procedimentos mais complicados».

«Uma pequena empresa fica desencorajada por tudo isto e prefere sair do mercado chinês e isso significa proteccionismo», afirmou.

Serge Abou exortou a China a «simplificar ou até suprimir esse procedimento», salientando que a UE é o maior mercado do mundo para as suas exportações e trata todas as empresas, europeias ou estrangeiras, «em pé de igualdade».

«Uma empresa chinesa ganhou um concurso para construir uma auto-estrada num pais europeu (Polónia). Gostaria que companhias europeias pudessem ganhar concursos para construir auto estradas em províncias chinesas», referiu o embaixador da União Europeia.

Quanto às crescentes pressões públicas da administração norte-americanas para a China valorizar a sua moeda, Serge Abou defendeu que o caso «não deve ser abordado de uma forma confrontacional».

«Não há interesse em usar o megafone e a pressão. Não penso que a pressão seja a melhor maneira de resolver questões muito complexas», disse.

Lusa