Economia Mundial

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goldfinger

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Re: Economia Mundial
« Responder #120 em: Abril 20, 2020, 06:46:09 pm »
El barril WTI a 4,40 $...................... :conf: :amazing: :amazing: :amazing: :amazing:
A España servir hasta morir
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #121 em: Abril 20, 2020, 07:09:00 pm »
El barril WTI a 4,40 $...................... :conf: :amazing: :amazing: :amazing: :amazing:

Neste momento está a 0.79 USD.
 

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goldfinger

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Re: Economia Mundial
« Responder #122 em: Abril 20, 2020, 07:09:47 pm »
El canadiense en negativo a -0,64$.....
A España servir hasta morir
 

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Viajante

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Re: Economia Mundial
« Responder #123 em: Abril 21, 2020, 02:41:25 pm »
O Petróleo WTI chegou a negociar em -40$ e mais baixo ainda!!!!!

Devem estar a fugir muitos especuladores do mercado todos queimadinhos, coitados. Compraram futuros de petróleo e não querem que os contratos sejam executados, porque só especulam, não compram petróleo!!!!! Pagam para ficar com o petróleo!!!!

As voltas que o mundo dá!

Entretanto os países que dependem das exportações do petróleo, vão sofrer um enorme abalo, a somar à crise COVID-19.
« Última modificação: Abril 21, 2020, 02:45:37 pm por Viajante »
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #124 em: Abril 21, 2020, 07:24:11 pm »
Isto não tem a ver com os especuladores, isto tema a ver com o colapso económico americano. No resto do mundo, bem ou mal a procura ainda vai havendo. O Brent está a sofrer a pressão do que aconteceu ao WTI mas está a aguentar-se relativamente bem.
Os americanos estão a despejar biliões de USD no problema mas não serve de nada porque isto não se trata de liquidez. Simplesmente colapsou e não há grande volta a dar porque nestes 10 anos nada foi resolvido e limitaram-se a mascarar o problema. Os sinais estavam todos lá e o vírus foi a palha que partiu as costas ao camelo.

Agora eles não vão deixar isto seguir o curso de forma pacifica. Vão atirar lama para todo o lado na esperança de arrastar os outros com eles e, de algum modo, ficarem por cima. Esperar para ver.
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #125 em: Abril 21, 2020, 11:44:31 pm »
Isto não tem a ver com os especuladores, isto tema a ver com o colapso económico americano. No resto do mundo, bem ou mal a procura ainda vai havendo. O Brent está a sofrer a pressão do que aconteceu ao WTI mas está a aguentar-se relativamente bem.
Os americanos estão a despejar biliões de USD no problema mas não serve de nada porque isto não se trata de liquidez. Simplesmente colapsou e não há grande volta a dar porque nestes 10 anos nada foi resolvido e limitaram-se a mascarar o problema. Os sinais estavam todos lá e o vírus foi a palha que partiu as costas ao camelo.

Agora eles não vão deixar isto seguir o curso de forma pacifica. Vão atirar lama para todo o lado na esperança de arrastar os outros com eles e, de algum modo, ficarem por cima. Esperar para ver.

A queda abrupta e para valores negativos é um sinal suficientemente claro de que os especuladores foram apanhados com as calças nas mãos!!!! Até porque hoje já está nos 9 dólares por barril, em contraposição aos -40 dólares de ontem!!!!!!

Vamos ver como vai correr com os americanos, a dívida deles já ultrapassa os 100% do PIB e vai acelerar, só pelo efeito da quebra do PIB pós-covid-19, aliada às ajudas prometidas de vários milhares de milhões de euros!
E também com uma dívida de 24 biliões de euros e com ratings máximos de AAA, só podem estar tranquilos :)

Um pormenor, o Japão já são os maiores detentores de dívida pública americana!!!!!
https://www.thebalance.com/who-owns-the-u-s-national-debt-3306124
https://www.thebalance.com/the-u-s-debt-and-how-it-got-so-big-3305778
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #126 em: Abril 22, 2020, 08:14:47 pm »
O WTI apenas subiu porque o governo americano anunciou a compra de milhões de barris que nem sequer tem sitio onde os colocar. As reservas saltaram mais 15 milhões só hoje e até piscinas estão a ser alugadas para guardar o excesso. Apenas se está a empurrar o problema para a frente e a tornar a coisa ainda maior.
Que medida teve de tomar o USCF para que a situação não piore ainda mais e, na realidade, o que é que essa medida significa?
Vamos esperar para os últimos dias antes do fecho a 21 de Maio.



 
 
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #127 em: Abril 23, 2020, 07:20:46 am »
Extraido de or.fr    (as opiniões expressas vinculam o seu autor e são aqui reproduzidas com o objectivo de fazer reflectir )

"A Europa está completamente falida. A elite da UE  tenta desesperadamente unir um conjunto díspar de nações por meio da coerção da dívida,  retaliando com esta contra qualquer nação que ameaçe sair da UE ou do euro.
A Grécia e a Itália deveriam ter deixado a UE há muito tempo, deveriam introduzir a sua própria moeda desvalorizada e suspender o pagamento   das suas dívidas.   Mas estes paises foram travados por Bruxelas. Agora cairão com o resto da UE. Quando o povo britânico votou para deixar a UE, Bruxelas usou todos os meios para o evitar.

Um conjunto artificial de nações com pessoas, culturas, histórias, ambições, sistemas financeiros, taxas de crescimento, etc. muito diferentes estava fadado ao fracasso. O fato de essa mistura de países ser governada a partir de Bruxelas por uma elite não eleita e irresponsável só piora as coisas.
.../...
O sistema suíço com democracia direta e o poder do povo, bem como a distribuição do poder dentro dos cantões (estados locais), é muito mais eficaz.

Os governos e os media continuam a  alimentar-nos com notícias que nada têm a ver com o estado real da economia mundial.
Na Europa, os países do Mediterrâneo estão endividados a uma taxa exponencial.

Os rácios dívida / PIB de Espanha, Portugal, Itália e Grécia variam de 100% a 180%. Eles tentam de maneira fútil, medidas de austeridade, mas isso nada mais provoca do que crescimento fraco e dívidas mais altas.
Infelizmente, não há saída para estes países onde as pessoas sofrem terrivelmente. A melhor solução seria deixar a União Europeia e o euro, renunciar ao pagamento da dívida e desvalorizar a moeda. Mas os "eurocratas" não estão prontos para aceitar isso e preferem acrescentar ainda mais dívidas e imprimir mais dinheiro, tornando a situação muito pior.
"

« Última modificação: Abril 23, 2020, 03:04:03 pm por legionario »
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #128 em: Abril 23, 2020, 12:40:14 pm »
Extraido de or.fr    (as opiniões espressas vinculam o seu autor e são aqui reproduzidas com o objectivo de fazer reflectir )

"A Europa está completamente falida. A elite da UE  tenta desesperadamente unir um conjunto díspar de nações por meio da coerção da dívida,  retaliando com esta, qualquer nação que ameaça sair da UE ou do euro.
A Grécia e a Itália deveriam ter deixado a UE há muito tempo, deveriam introduzir a sua própria moeda desvalorizada e suspender o pagamento   das suas dívidas.   Mas estes paises foram travados por Bruxelas. Agora cairão com o resto da UE. Quando o povo britânico votou para deixar a UE, Bruxelas usou todos os meios para o evitar.

Um conjunto artificial de nações com pessoas, culturas, histórias, ambições, sistemas financeiros, taxas de crescimento, etc. muito diferentes estava fadado ao fracasso. O fato de essa mistura de países ser governada a partir de Bruxelas por uma elite não eleita e irresponsável só piora as coisas.
.../...
O sistema suíço com democracia direta e o poder do povo, bem como a distribuição do poder dentro dos cantões (estados locais), é muito mais eficaz.

Os governos e os media continuam a  alimentar-nos com notícias que nada têm a ver com o estado real da economia mundial.
Na Europa, os países do Mediterrâneo estão endividados a uma taxa exponencial.

Os rácios dívida / PIB de Espanha, Portugal, Itália e Grécia variam de 100% a 180%. Eles tentam de maneira fútil, medidas de austeridade, mas isso nada mais provoca do que crescimento fraco e dívidas mais altas.
Infelizmente, não há saída para estes países onde as pessoas sofrem terrivelmente. A melhor solução seria deixar a União Europeia e o euro, renunciar ao pagamento da dívida e desvalorizar a moeda. Mas os "eurocratas" não estão prontos para aceitar isso e preferem acrescentar ainda mais dívidas e imprimir mais dinheiro, tornando a situação muito pior.
"

Discordo da análise. A UE não está a empobrecer por causa do Euro. Isso aconteceu por causa da desindustrialização!!!!

Mesmo assim, a UE tem um claro excedente comercial com o mundo, logo não está a empobrecer como um todo. Não está é a enriquecer equitativamente, uns países são mais prejudicados do que outros, muito por culpa própria de países que se endividaram excessivamente (veja o nosso caso, todos nós temos 1, 2 ou 3 casas, compradas a crédito, 2, 3 ou mais carros também com recurso a crédito, e esse endividamento paga-se mais cedo ou mais tarde).

É verdade que o facto de não permitir imprimir moeda limita a resposta a uma crise, mas se imprimíssemos moeda sabe o que acontecia, certo? Basta recordar os tempos do escudo, aumentavam os trabalhadores 20% e a seguir desvalorizavam a moeda 30%, lixavam os trabalhadores e estes a pensar que estavam a ganhar!!!!

O caso da Suiça como exemplo eu torço o nariz. Sabe como é que os bancos Suiços enriqueceram? Têem muito ouro de proveniência duvidosa e não estou a falar só do ouro nazi. Conhece o modelo de pessoas sérias como o Blatter na FIFA ou o Ackermann que arruinou o Deutsche Bank.

O Euro não impede um país de crescer, o que torna é muito mais complicado fugir dos trilhos, porque perde o poder de desvalorizar uma moeda e a dívida sem limites tem consequências!!!!!!!
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #129 em: Maio 11, 2020, 09:01:04 pm »
Extraido de or.fr    (as opiniões espressas vinculam o seu autor e são aqui reproduzidas com o objectivo de fazer reflectir )

"A Europa está completamente falida. A elite da UE  tenta desesperadamente unir um conjunto díspar de nações por meio da coerção da dívida,  retaliando com esta, qualquer nação que ameaça sair da UE ou do euro.
A Grécia e a Itália deveriam ter deixado a UE há muito tempo, deveriam introduzir a sua própria moeda desvalorizada e suspender o pagamento   das suas dívidas.   Mas estes paises foram travados por Bruxelas. Agora cairão com o resto da UE. Quando o povo britânico votou para deixar a UE, Bruxelas usou todos os meios para o evitar.

Um conjunto artificial de nações com pessoas, culturas, histórias, ambições, sistemas financeiros, taxas de crescimento, etc. muito diferentes estava fadado ao fracasso. O fato de essa mistura de países ser governada a partir de Bruxelas por uma elite não eleita e irresponsável só piora as coisas.
.../...
O sistema suíço com democracia direta e o poder do povo, bem como a distribuição do poder dentro dos cantões (estados locais), é muito mais eficaz.

Os governos e os media continuam a  alimentar-nos com notícias que nada têm a ver com o estado real da economia mundial.
Na Europa, os países do Mediterrâneo estão endividados a uma taxa exponencial.

Os rácios dívida / PIB de Espanha, Portugal, Itália e Grécia variam de 100% a 180%. Eles tentam de maneira fútil, medidas de austeridade, mas isso nada mais provoca do que crescimento fraco e dívidas mais altas.
Infelizmente, não há saída para estes países onde as pessoas sofrem terrivelmente. A melhor solução seria deixar a União Europeia e o euro, renunciar ao pagamento da dívida e desvalorizar a moeda. Mas os "eurocratas" não estão prontos para aceitar isso e preferem acrescentar ainda mais dívidas e imprimir mais dinheiro, tornando a situação muito pior.
"

Discordo da análise. A UE não está a empobrecer por causa do Euro. Isso aconteceu por causa da desindustrialização!!!!

Mesmo assim, a UE tem um claro excedente comercial com o mundo, logo não está a empobrecer como um todo. Não está é a enriquecer equitativamente, uns países são mais prejudicados do que outros, muito por culpa própria de países que se endividaram excessivamente (veja o nosso caso, todos nós temos 1, 2 ou 3 casas, compradas a crédito, 2, 3 ou mais carros também com recurso a crédito, e esse endividamento paga-se mais cedo ou mais tarde).

É verdade que o facto de não permitir imprimir moeda limita a resposta a uma crise, mas se imprimíssemos moeda sabe o que acontecia, certo? Basta recordar os tempos do escudo, aumentavam os trabalhadores 20% e a seguir desvalorizavam a moeda 30%, lixavam os trabalhadores e estes a pensar que estavam a ganhar!!!!

O caso da Suiça como exemplo eu torço o nariz. Sabe como é que os bancos Suiços enriqueceram? Têem muito ouro de proveniência duvidosa e não estou a falar só do ouro nazi. Conhece o modelo de pessoas sérias como o Blatter na FIFA ou o Ackermann que arruinou o Deutsche Bank.

O Euro não impede um país de crescer, o que torna é muito mais complicado fugir dos trilhos, porque perde o poder de desvalorizar uma moeda e a dívida sem limites tem consequências!!!!!!!

Impede sim e creio que o sabe muito bem. Porque o Euro não é a moeda de um país, mas sim de um "ajuntamento" de países com capacidades produtivas, políticas fiscais e economias de escalas completamente diferentes. Por isso sim, impede os países da periferia daquilo que se pode considerar o "coração" industrial e financeiro de utilizar ferramentas de compensação, pois não existe uma política fiscal europeia que permita fazer o que o governo federal nos EUA ou o governo russo na RF faz.

No longo prazo, o endividamento e perda de capacidade da periferia é incontornável até que seja posto em prática um mecanismo europeu comum. Claro que para um ou outro país, isso implica deixar de poder fazer o que estão a fazer actualmente, mas as elites das 3 (4 se considerarmos Espanha) mais poderosas economias da UE terão de se colocar de acordo sobre isso e os outros resta-lhes pouco mais que seguir.
 

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Daniel

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Re: Economia Mundial
« Responder #130 em: Junho 06, 2020, 07:51:19 pm »
Vem aí uma nova Ordem Económica Mundial
https://lidermagazine.sapo.pt/vem-ai-uma-nova-ordem-economica-mundial/
Citar
A empresa de consultoria em gestão de investimentos em fundos e soluções para a reforma Fidelity International publicou o que considera ser a nova ordem económica mundial. Em suma, uma recuperação em forma de U para criar mudanças duradouras na economia global; uma maior intervenção do Estado na economia; a continuidade da força económica vinda da Ásia; e ainda a existência de novas oportunidades de investimento em virtude da deslocalização.

No seu relatório “Nova Ordem Económica”, a Fidelity prevê que estas tendências se tornem permanentes, criando oportunidades de investimento em virtude da deslocalização.

“A crise financeira global levou a uma era de baixas taxas de juro, fraco crescimento e várias intervenções do banco central. Hoje consideramos que a crise da COVID-19 tem o potencial para trazer o seu próprio conjunto de mudanças”, acredita Andrew McCaffery, diretor global de investimentos da Fidelity.

O desenrolar da crise depende em grande parte da trajetória do vírus, das estratégias de saída do lockdown e de como os políticos lhes derem resposta. Com este contexto como pano de fundo, os analistas desta consultora com sede em Londres desenharam três cenários de futuro.

No seu melhor cenário, ao qual atribuíram uma probabilidade de se realizar na ordem dos 60%, dizem que iremos assistir a uma recuperação em forma de U – o que significa em teoria económica uma recessão com queda acentuada do emprego, do PIB, da produção industrial, seguida de um período de depressão que pode ser de um a dois anos, até voltar a melhorar.

Esta visão de futuro implica, em termos globais, distanciamento social até ao final do ano e o levantamento do lockdown durante o verão ou outono. Neste caso, os políticos e legisladores darão apoio adicional, tanto monetário como fiscal. Mas, dada a escala dos desafios, advertem, incluindo inflação em queda, alto desemprego e uma profunda recessão, “isso pode levar a mudanças duradouras na economia, criando uma nova ordem económica.”
A nova ordem económica, segundo a Fidelity, assenta numa maior intervenção governamental, o que vem substituir as políticas de mercado aberto adotadas desde os anos 80. Pressupõe que o ativismo fiscal funcione em conjunto com a política monetária e que o governance corporativo e a sustentabilidade se tornem conceitos amplamente adotados, depois de terem provado o seu valor durante a crise. Algo que se estima não vir a mudar é o papel da Ásia no impulso ao crescimento global.

“Os investidores terão de se reconciliar com um ambiente de taxas de juros baixas e negativas, excesso de dívida, ferramentas de política monetária não convencionais, como o “yield curve control” ou controlo da curva de rendimento, e gastos fiscais numa escala nunca antes vista.” Mas, nem tudo é mau: estes desafios criam deslocalizações de mercado que os investidores podem explorar, defende a Fidelity.

“Vemos oportunidades emergentes na deslocalização através de novas formas de globalização.” E que novas formas são essas? A construção de resiliência em torno das cadeias de fornecimentos (especialmente se se tratar de segurança nacional), é uma delas. Além disso, oportunidades devem surgir nas disparidades regionais, quando se voltar ao “normal” depois da crise do vírus; e nas mudanças no perfil demográfico.

“O vírus está a acelerar a transição para o consumo online e as melhores empresas começaram a adaptar-se. Nesta onda de fortes disparidades na avaliação de negócios, há boas oportunidades para comprar empresas de qualidade. Nos investimentos de rendimento fixo, as taxas baixas e os programas de compra de títulos corporativos pelo banco central são benefícios para os ativos de risco”, recomendam os analistas financeiros.
 

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Daniel

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Re: Economia Mundial
« Responder #131 em: Junho 08, 2020, 09:32:40 pm »
Banco Mundial antecipa “pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial”. Contração será de 9,1% na Zona Euro
https://eco.sapo.pt/2020/06/08/banco-mundial-antecipa-pior-recessao-desde-a-segunda-guerra-mundial-contracao-sera-de-91-na-zona-euro/
Citar
Sem surpresas, é com pessimismo que o Banco Mundial atualizou esta segunda-feira as suas projeções económicas para este ano e para o próximo. Avisa que vem aí a “pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial” e que a Zona Euro será a região mais afetada. As economias dos países do euro vão, no conjunto, contrair 9,1% em 2020, o que compara com a quebra de 6,1% prevista para os EUA e Japão.“O rápido e enorme choque da pandemia de coronavírus e as medidas de confinamento para a conter mergulharam a economia mundial numa contração severa“, escreve o Banco Mundial nas projeções económicas de junho, assinalando que o PIB mundial deverá encolher 5,2% este ano, o que representa a “recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial”. Desde pelo menos 1870 que não havia tantos países a registar quebras no PIB per capita.

O pessimismo pode mesmo não ficar por aqui, avisa o diretor das previsões do Banco Mundial, Ayhan Kose: “Se o passado é algum tipo de guia [para o futuro], podem estar reservadas mais revisões em baixo do crescimento, o que implicará que os decisores políticos podem ter de estar prontos para utilizar medidas adicionais para estimular a atividade económica”. Basta recordar que as previsões atuais foram revistas em baixa de forma mais acentuada do que qualquer outra recessão desde pelo menos 1990.
A única notícia menos pessimista do Banco Mundial para a Zona Euro é que a região terá uma recuperação ligeiramente superior à das outras economias avançadas. Em 2021, o PIB do euro deverá crescer 4,5%, acima dos 4% previstos para os EUA e dos 2% do Japão. Em média, a recuperação será de 3,9% nas economias avançadas e de 4% no conjunto do mundo todo.

Um dos fatores que leva a Zona Euro a ser mais afetada é a sua dependência maior no comércio internacional, através das exportações, o qual está a ser fortemente afetado pela pandemia.
 

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Lusitano89

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Re: Economia Mundial
« Responder #132 em: Junho 10, 2020, 04:55:23 pm »
OCDE prevê recessão global de pelo menos 6% em 2020


 

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perdadetempo

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Re: Economia Mundial
« Responder #133 em: Junho 28, 2020, 11:19:20 am »
A falência da fintech Wirecard

Citar
...A alemã Wirecard não resistiu às consequências do escândalo financeiro que rebentou nos últimos dias e anunciou, esta quinta-feira, a abertura de um processo de insolvência. A notícia surge cerca de uma semana depois de o histórico presidente da empresa se ter demitido, quando se tornou óbvio que a empresa tinha apresentado informação financeira falsa, designadamente relacionada com dois mil milhões de euros em alegadas reservas financeiras depositadas nas Filipinas que, afinal, (provavelmente) não existem. Depois de se demitir, Markus Braun foi detido pela polícia no início desta semana e saiu sob fiança de cinco milhões de euros.... continua

https://observador.pt/2020/06/25/alema-wirecard-nao-resiste-a-escandalo-financeiro-e-abre-processo-de-insolvencia/

Estas empresas mafiosas do sul da Europa... ???

O FINANXIAL TIMES tem um cronograma da empresa desde o seu inicio até ao estoiro final, incluindo os diversos episódios, alguns dos quais dignos de vários filmes, comédia, thriller ou tragédia conforme os gostos dos espectadores.

https://www.ft.com/content/284fb1ad-ddc0-45df-a075-0709b36868db

Cumprimentos,

 
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Re: Economia Mundial
« Responder #134 em: Junho 28, 2020, 04:22:30 pm »
A falência da fintech Wirecard

Citar
...A alemã Wirecard não resistiu às consequências do escândalo financeiro que rebentou nos últimos dias e anunciou, esta quinta-feira, a abertura de um processo de insolvência. A notícia surge cerca de uma semana depois de o histórico presidente da empresa se ter demitido, quando se tornou óbvio que a empresa tinha apresentado informação financeira falsa, designadamente relacionada com dois mil milhões de euros em alegadas reservas financeiras depositadas nas Filipinas que, afinal, (provavelmente) não existem. Depois de se demitir, Markus Braun foi detido pela polícia no início desta semana e saiu sob fiança de cinco milhões de euros.... continua

https://observador.pt/2020/06/25/alema-wirecard-nao-resiste-a-escandalo-financeiro-e-abre-processo-de-insolvencia/

Estas empresas mafiosas do sul da Europa... ???

O FINANXIAL TIMES tem um cronograma da empresa desde o seu inicio até ao estoiro final, incluindo os diversos episódios, alguns dos quais dignos de vários filmes, comédia, thriller ou tragédia conforme os gostos dos espectadores.

https://www.ft.com/content/284fb1ad-ddc0-45df-a075-0709b36868db

Cumprimentos,

A Alemanha tem coleccionado escândalos para as suas maiores empresas, não somos só nós que temos Novos Bancos, BPN, etc. A Alemanha tem coleccionado fraudes gigantes, para além da Wirecard:
- Deutsche Bank (várias fraudes pela venda de lixo tóxico, lavagem de dinheiro e manipulação de cotações e.... campeão dos escãndalos: https://www.dw.com/en/deutsche-banks-5-biggest-scandals/a-46510219);
- VW (adulteração dos testes de poluição);
- Adolf Merckle que se suicidou após perder milhares de milhões de euros a apostar na queda da VW (aqui não foi nenhuma fraude, apenas azar nas apostas);
- CumEx-Files (fraude de mais de 60 mil milhões de euros que afectou principalmente a Alemanha);
- Bankgesellschaft Berlin;
- Commerzbank;
- A Infineon (que nos afectou directamente, porque era um dos maiores exportadores de Portugal, ao nível da Auto Europa);
E por aí a fora.......