Grupo Vangest investe 3,2 milhões em fábrica para indústria

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Grupo Vangest investe 3,2 milhões em fábrica para indústria
« em: Dezembro 05, 2006, 02:45:47 pm »
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Grupo Vangest investe 3,2 milhões em fábrica para indústria aeronáutica


Jacinta Romão  
 
O grupo Vangest, sedeado na Marinha Grande, decidiu entrar no mercado da aeronáutica, um nicho que a administração considera de grande potencial.

Para concretizar esta orientação, investiu 3,2 milhões de euros numa nova unidade de produção, a qual funciona no âmbito de uma das participadas da holding, a Distrim 2.

Victor Oliveira, administrador do grupo, afirma que "o objectivo é fazer peças para aviões através de processos de maquinação de alta velocidade".

A instalação dos equipamentos está concluída e a fábrica já se encontra a trabalhar num projecto de médio prazo, o qual poderá passar, de acordo com o administrador, para longo prazo, o que corresponde, em projectos deste tipo, respectivamente, a espaços de tempo entre os dois e os dez anos.

"Procuramos que a intervenção humana seja a melhor possível. A nível da preparação ela existe, mas apostamos, fundamentalmente, na automação", explica o industrial.

Componentes

Com a nova unidade, vão produzir componentes estruturais, não visíveis, do avião, em ligas metálicas extremamente leves e de grande resistência, como o alumínio e o titânio.

O que estão a fazer, desde já, são peças com dimensões entre os 400 e os 500 milímetros.

No primeiro ano de laboração, o grupo espera que a nova unidade acrescente cerca de 30% à facturação da Distrim 2, que ronda, este ano, os 2,5 milhões de euros.

A estratégia para a nova fábrica passa também por absorver algum do know-how do grupo nos moldes e na prototipagem rápida.

Assim, "procuramos rentabilizar áreas em que também estamos preocupados em evoluir e crescer", adianta Victor Oliveira, para quem a resolução da crise em que muitas empresas têm vivido passa, sobretudo, "por uma clara optimização de custos".

"Nós continuámos a crescer e a investir em tecnologia e meios." Foi desta forma que reagiram à crise, afirma o empresário, sublinhando: "Com uma resposta de valor acrescentado."

Há dez anos, adianta, decidiram fazer mais do que trabalhar o aço e passaram a ter no grupo uma oferta integrada, "que é o que o mercado procura". Isto permitiu-lhes passar "um bocadinho ao lado da crise".

Este foi mais um dos grupos que se deslocalizaram há seis anos, construindo uma fábrica no Brasil, mas Victor Oliveira considera que hoje "não faz sentido", porque o núcleo fundamental do trabalho que realizam "não é produzir os componentes, mas as máquinas que os fazem". E, neste caso, considera que "o custo da mão-de-obra versus a qualidade que existe em Portugal pode fazer a diferença".

Neste momento, o grupo está em negociações com três construtores aeronáuticos (Airbus, Embraer e Eurocopter), para perspectivar negócios futuros.  


Fonte: http://dn.sapo.pt/2006/12/05/economia/g ... s_fab.html
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.