Ataque Final a Falluja?

  • 26 Respostas
  • 7502 Visualizações
*

Normando

  • Perito
  • **
  • 339
  • +0/-0
Ataque Final a Falluja?
« em: Abril 27, 2004, 10:12:56 pm »
[Citação]

Público on line - 27/04/2004 - 20h43

"Intensos combates opõem esta noite os "marines" norte-americanos à guerrilha sunita em Falluja, no Oeste do Iraque, dando a entender que as forças da coligação terão desencadeado uma vasta operação militar para retomar o controlo da cidade.

Segundo um correspondente da Fox News que acompanha os "marines", a aviação norte-americana, incluindo helicópteros e aviões de ataque AC-130, foi chamada a intervir, ao mesmo tempo que são ouvidos disparos de artilharia pesada contra o Norte da cidade.

"Consigo ouvir mais de dez explosões por minuto. As chamas iluminam a cidade em plena noite", afirmou uma testemunha em declarações à Reuters, acrescentando que a força das explosões faz a terra tremer.

Imagens transmitidas pela Fox mostram dois focos de incêndio dentro da cidade, sendo visíveis os clarões provocados por explosões e trocas de tiros.

O correspondente da televisão norte-americana, que está a alguns quilómetros de Falluja, diz ouvir os muezins gritando aos altifalantes das mesquitas "Alá é grande" e exortando os habitantes a defender a cidade.

A operação militar ocorre horas depois de terminado o prazo dado pelos EUA para a guerrilha sunita entregar as armas em seu poder. Já hoje se tinham registado vários incidentes, que violaram o cessar-fogo em vigor há três semanas na cidade, cercada desde o dia 5 de Abril pelas tropas norte-americanas.

A trégua segue-se a uma operação militar norte-americana contra a cidade, desencadeada a 1 de Abril, com vista a capturar os Os combates provocaram mais de 200 mortos, entre civis e combatentes, desencadeando uma onda de protestos dentro e fora de Iraque, o que levou os EUA a suspender as acções.

Após intensas negociações foi assinado um acordo de trégua, na qual as forças americanas se comprometiam a não atacar a cidade em troca do desarmamento das milícias.Contudo, a entrega de armas nunca chegou a acontecer e os incidentes armados repetem-se a cada dia que passa."
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #1 em: Abril 28, 2004, 12:14:06 pm »
Eu acho que os americanos vão de vitória em vitória até à derrota final.

E isso, porque esta é uma invasão ilegítima e mal explicada.

Como no Vietname, e o que se passou desde os finais de Março fez-me lembrar a grande Ofensiva do Tet, quando os camones viram que a sua intervenção no Vietname não iria ser passeio nenhum.

Não se pense que bombardeamento e massacres irão vergar a vontade de um povo.

No Vietename também os EUA bombardearam por diversas vezes Hanoi, e não foi por isso que Ho Chi Min e os vietcong vergaram ou baixaram as armas.

Porque é natural que nenhum povo goste de ser invadido e ocupado violentamente, ainda por cima por uma potência e países de culturas diferentes.

O que acontece em Faluja faz lembrar o que as tropas nazis fizeram em Lidice e Oradour, em represália por a resistência ter morto uns ocupantes nazis.

Os americanos e outros ocupantes não têm qualquer legitimidade legal ou moral para massacrar um povo que está na sua terra, na sua pátria que que nada mais faz que a missão patrióica de se defender com as armas que tem.

Nem o governo fantoche que irá tomar posse será representativo, e muito menos o gauleiter ou pro-consul Bremmer o conseguirá.
 

*

JNSA

  • Analista
  • ***
  • 833
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #2 em: Abril 28, 2004, 06:08:43 pm »
Pelos vistos, não houve nenhuma ofensiva final, nem mesmo uma ofensiva - os americanos limitaram-se a defender posições...

A situação está preta... Faz lembrar as dificuldades que tiveram com a guerrilha urbana na Somália - pick-up's com RPG's vs carros de combate...

Pelos vistos é verdade o que alguém disse - pode-se derrotar um exército mas não um povo...
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7441
  • Recebeu: 949 vez(es)
  • +4507/-861
(sem assunto)
« Responder #3 em: Abril 28, 2004, 07:19:00 pm »
Os terroristas fanáticos não são povo nenhum.

Não passam de terroristas fanáticos que já colocaram bombas em Karbala e em Najaf para matar os seus proprios conterrâneos (que é o objectivo obvio quando se explodem bombas em mesquitas).

Os arabes são por definição uma raça de negociantes. Isto trata-se de um grupo de negociantes chiitas, que no DEVE e no HAVER, acharam que deviam ter direito a mais uns cobres. Logo, utilizando o fanatismo religioso, mandam os outros matar-se por eles.

O problema é que neste tipo de guerra não se pode agir.

Se os americanos utilizassem os mesmos métodos que utilizaram no Vietname, já não havia Al Sadr há muito tempo, porque já tinha ido direitinho pró inferno.

O Vietname era tudo o que o Iraque não é. Não há pistas de Ho-Chi-min, não há super-potências a apoiar os chiitas. A unica coisa que os mantém é a opinião publica americana, que vai votar de aqui a uns meses e não pode ficar impressionada com as imagens de muita gente morta, e os armazens de RPG's do Saddam. Quando acabarem, não vai haver nada para disparar.

Se estes fanaticos ganharem este conflito, vão ficar convencidos que tiveram o apoio de Alah o grande, o misericordioso, senhor de todas as coisas e não vão deixar de subsidiar e apoiar tudo quanto seja movimento terrorista que rebente os miolos dos infiéis Cristãos.

Nesta história vão perder também os iraquianos mais cultos, aqueles que têm uma educação ocidentalizada (ás custas do Saddam) e que não acreditam nas soluções religiosas.

No Iraque paga-se hoje o erro de ter uma grande parte da população semi-analfabeta e que não entende as prioridades.

Fico a pensar naquelas imagens da revolução em Portugal, onde havia gente a ocupar as empresas e a expulsar os patrões, dizendo que se sentiam mais livres e que trabalhavam melhor sem ter patrão, e depois a queixar-se de que as encomendas do estrangeiro paravam, porque as pessoas mais qualificadas que sabiam falar inglês, tinham sido saneadas.

Lá como cá, a falta de cultura é o pior inimigo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

fgomes

  • Perito
  • **
  • 475
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #4 em: Abril 28, 2004, 09:47:17 pm »
Realmente comparar o Iraque ao Vietname parece-me um erro porque:

- Não há nenhuma superpotência como a URSS a apoiar a guerrilha, fornecendo-lhe as armas mais recentes do seu arsenal.
- Não existe selva nem santuários além fronteira onde os guerrilheiros se possam refugiar.
- Os guerrilheiros não têm o treino, a organização e a disciplina dos vietnamitas.
- Não são comandados pelo general Giap.
- A diversidade étnica, religiosa é muito maior no Iraque.
- As forças armadas americanas, são constituidas por profissionais e comandadas por generais que combateram na guerra do Vietname como oficiais subalternos.
- A opinião pública americana mudou depois do 11 de Setembro.
- Naturalmente há mais razões.

Concluindo, se os americanos aguentarem não se "zapaterizarem" não há grande futuro para a guerrilha iraquiana.
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #5 em: Abril 29, 2004, 01:41:49 pm »
Ataque final a Faludja?

Eu acho que, como disse uma vez um velho militar, que este não é o princípio do fim para a resistência iraquiana, mas apenas o fim do princípio.

Quem não capitula é a resistência iraquiana, que com as poucas armas e muita coragem nas mãos,vão desgastando o super-equipado exérctito americano.

A coragem de um povo não verga tão fácilmente.
 

*

Ricardo Nunes

  • Investigador
  • *****
  • 1256
  • Recebeu: 4 vez(es)
  • Enviou: 5 vez(es)
  • +3/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #6 em: Abril 29, 2004, 01:44:22 pm »
Faço das palavras do papatango as minhas.

Completamente de acordo.

Citar
Os terroristas fanáticos não são povo nenhum.

Não passam de terroristas fanáticos que já colocaram bombas em Karbala e em Najaf para matar os seus proprios conterrâneos (que é o objectivo obvio quando se explodem bombas em mesquitas).
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #7 em: Abril 29, 2004, 02:06:44 pm »
Caro Ricardo Nunes

Você pode ser perito neste forum, mas repare:

Se as coisas fossem assim tão simples e lineares como se de um filme do Rambo se tratasse, não acha que os invasores já teriam posto os "terroristas" na ordem?

Se continuam a resistir é porque têm apoio popular.

Ou ache que um povo gosta de se ver invadido e ocupado, e ainda ver ser-lhe imposto um regime fantoche de emigrados, onde pontifica o bandido Chalabbi, tutelado por um "gauleiter" de nome Bremmer?
 

*

Guilherme

  • Perito
  • **
  • 379
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #8 em: Abril 29, 2004, 02:21:19 pm »
Os americanos vão desistir do cerco à Fallujah e entregarão a segurança da cidade a um general do regime de Saddam Hussein, que comandará uma força composta por iraquianos.  :?:  :?:

http://abcnews.go.com/wire/World/ap20040429_277.html

É ano de eleições, e não cai bem a imagem de dezenas de marines mortos em combates urbanos em Fallujah (na minha opinião, caso eles decidam invadir Fallujah, mesmo com todo o poderio bélico, ocorreriam muitas baixas em emboscadas ao invadirem casas, nas ruas estreitas, etc.).
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #9 em: Abril 29, 2004, 02:26:20 pm »
Quanto a mim até poderiam fazer melhor:

Pegavam no Saddam, escovavam-lhe a farda, pediam-lhe desculpa pelo incómodo, e com o pretexto de que de facto não há lá armas de destruição maciça,  colocavam-no num palácio que ainda esteja de pé, reabilitavam-no como fizeram ao Kadafy, esse grande paladino da liberdade e da democracia dos povos.

E assim os americanos e ingleses saiam airosamente do lamaçal em que estão, e evitava-se que os fundamentalistas islamistas tomassem conta do território.

Convinha que  durante a retirada não se esquecessem dos nossos GNR!!!
 

*

Ricardo Nunes

  • Investigador
  • *****
  • 1256
  • Recebeu: 4 vez(es)
  • Enviou: 5 vez(es)
  • +3/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #10 em: Abril 29, 2004, 02:37:46 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Caro Ricardo Nunes

Você pode ser perito neste forum, mas repare:

Se as coisas fossem assim tão simples e lineares como se de um filme do Rambo se tratasse, não acha que os invasores já teriam posto os "terroristas" na ordem?

Se continuam a resistir é porque têm apoio popular.

Ou ache que um povo gosta de se ver invadido e ocupado, e ainda ver ser-lhe imposto um regime fantoche de emigrados, onde pontifica o bandido Chalabbi, tutelado por um "gauleiter" de nome Bremmer?

Oh Rui, não sou perito e estou muito longe disso.

E pelo contrário. Não gosto de generalizar e sei muito bem que as coisas não são lineares. Aliás, eu penso que você é que generaliza ao ponto de dizer que todos os Iraquianos defendem a saída dos norte-americanos. Eu defendo o contrário: nem todos defendem a saída dos norte-americanos.

Já vi pelas suas intervenções que é um idealista, e ainda bem. Contudo existem "ocupações" e "ocupações". Eu compreendo bastante melhor estes "levantamentos" como uma tentativa de ocupação do poder por parte de Sunitas e Xiitas.
Nenhum povo gosta de ser ocupado, mas isto não se trata de uma luta pela liberdade. Estou convencido que a situação seria bastante mais caótica se a anarquia tivesse reinado.

Eu sou o primeiro a admitir que os americanos fizeram bastantes coisas erradas. Em particular a nível político e previsão da situação. Algumas atitudes de alguns dirigentes norte-americanos deixaram-me espantados.

É preciso analisar bem as coisas. Aceito perfeitamente que 57% dos Iraquianos gostariam de ver as tropas americanas retirar de imediato mas duvido que esses 57% peguem em armas e que aqueles que nelas pegam reflictam todo o povo iraquiano.

O conflito a que assistimos não é um conflito pela liberdade. É uma tentativa de influenciar e controlar o país, pois a liberdade iraquiana está mais do que garantida no futuro. Nunca os Iraquianos permitiriam que a autoridade do país permanecesse nas mãos dos norte-americanos depois do 30 de Junho nem os próprios americanos permitiriam isso.

Aqui fica uma notícia interessante onde é referido que 57% dos Iraquianos gostariam de ver a retirada norte-americana de imediato.

Citar
Poll: Iraqis conflicted about war, its impact

BAGHDAD, Iraq (CNN) -- Nearly half the Iraqis polled in a survey conducted primarily in March and early April said they believed the U.S.-led war had done more harm than good, but 61 percent of respondents said Saddam Hussein's ouster made it worth any hardships.

The CNN/USA Today/Gallup Poll showed conflicted feelings among Iraqis over the war and its impact at the time of the survey.

Most interviews were done between March 22 and April 9 -- before the latest flare-up of violence that brought some of the deadliest fighting since the end of major combat nearly a year ago.

Iraqi interviewers conducted face-to-face surveys with 3,444 adults in Arabic and Kurdish in respondents' homes. The poll covered urban and rural areas throughout Iraq, representing about 93 percent of the population. It has a sampling error of plus or minus 2 percentage points.

Nearly half -- 47 percent -- said they believed attacks against U.S. forces in Iraq could not be justified, while 52 percent said those attacks could be justified some or all of the time.

Thirty-three percent of those polled said the war had done more good than harm, while 46 percent said it had done more harm than good.

Forty-two percent said Iraq was better off because of the war, while 39 percent said it was worse off. Given the sampling error, those figures indicated a dead heat.

On a personal level, Iraqis appeared more optimistic, according to the poll. More than half of those surveyed -- 51 percent -- said they and their families were better off than they were before the invasion, while 25 percent said they were worse off.

Fifty-four percent said conditions for creating peace and stability had worsened in the three months before they were questioned for the poll. Twenty-five percent said conditions improved during that time before the upsurge in violence.

Those polled were virtually united in opposition to attacks against Iraqi police, the survey found. Ninety-two percent said those attacks could not be justified.

But the Iraqis surveyed were split on whether ongoing U.S.-led military action in the country was justified. Fifty-two percent said it was not, while 47 percent said it could be justified.

Asked about when they wanted U.S. and British forces to leave, 57 percent chose immediately, as in the next few months, the poll said; 36 percent said troops should stay longer.

At the time the question was asked, 53 percent said they would feel less safe if the U.S.-led coalition left immediately. About half as many -- 28 percent -- said they would feel more safe. Sixty-nine percent said they or their families would be in danger if they were seen cooperating with the coalition.

The respondents were split in their opinions of L. Paul Bremer, the U.S civilian administrator in Iraq. Forty-two percent said they held a unfavorable opinion, while 31 percent rated him favorably. He proved more popular than President Bush, disliked by more than half the respondents.

Forty-four percent gave Bush a very unfavorable rating and 11 percent somewhat unfavorable; 24 percent said they held a favorable opinion of the U.S. president. But Bush proved more popular than Saddam in the survey, with eight of 10 respondents viewing the ousted Iraqi leader unfavorably at the time the poll was done.

Negative view of U.S. forces

U.S. soldiers man a checkpoint Wednesday in Baghdad.
The poll suggested more than half of Iraqis had a negative impression of U.S. forces in general before the current wave of violence.

Twenty-nine percent said troops had conducted themselves very badly, while another 29 percent said fairly badly; 24 percent chose fairly well, and 10 percent said troops had acted very well.

Among those who said the troops acted badly, 54 percent said their opinions were based on things they had heard. Thirty-nine percent said they decided based on things they had seen, while 7 percent said they were judging from personal experience.

Two-thirds -- 67 percent -- said troops were not trying at all to keep ordinary Iraqis from being killed in exchanges of gunfire, while 18 percent said the Americans were trying only a little and 11 percent said they were trying a lot.

Sixty percent of those surveyed said U.S. soldiers sometimes or often showed disrespect for Iraqis during home searches; 29 percent said that the troops did not. Forty-six percent said the troops sometimes or often showed disrespect for Iraqi women during such operations, while 39 percent said the soldiers did not.

Asked whether U.S. troops showed disrespect for Islam during such operations, respondents were split -- 42 percent said often or a little, while 43 percent said not at all.

Those polled gave the troops low marks for reconstruction efforts. Asked about the restoration of basic services such as electricity and clean drinking water, 41 percent said the troops were trying only a little and 44 percent said they were not trying at all.

Seventy-one percent surveyed said they saw troops mostly as occupiers, while 19 percent said they viewed them as liberators. Asked how they viewed troops at the time of the invasion a year ago, the respondents were split, with 43 percent saying they saw the coalition forces as occupiers and another 43 percent saying they considered them liberators at the time.

But asked, "Thinking about any hardships you might have suffered since the U.S.-Britain invasion, do you personally think that ousting Saddam Hussein was worth it or not?" Sixty-one percent said it was worth it. Twenty-eight percent said it was not, while 9 percent said they were not sure.


Como vê as opiniões estão divididas.  :wink:

Cumprimentos
« Última modificação: Abril 29, 2004, 02:40:42 pm por Ricardo Nunes »
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

*

Ricardo Nunes

  • Investigador
  • *****
  • 1256
  • Recebeu: 4 vez(es)
  • Enviou: 5 vez(es)
  • +3/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #11 em: Abril 29, 2004, 02:38:47 pm »
Citar
Pegavam no Saddam, escovavam-lhe a farda, pediam-lhe desculpa pelo incómodo, e com o pretexto de que de facto não há lá armas de destruição maciça, colocavam-no num palácio que ainda esteja de pé, reabilitavam-no como fizeram ao Kadafy, esse grande paladino da liberdade e da democracia dos povos.


Está a brincar não está?  :roll:
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

*

Normando

  • Perito
  • **
  • 339
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #12 em: Abril 29, 2004, 11:43:37 pm »
Ó Ricardo, voçê ainda se dá ao trabalho de replicar os comentários do Rui Elias? Para quê falar em sondagens feitas no Iraque? Ele vai dizer que foi uma manipulação do imperialismo norte-americano! Acha possível discutir seriamente com alguém que compara Paul Bremer a um Gauleiter (administrador nazi de territórios ocupados) dos tempos de modernos, ou que compara as acções militares norte-americanas na zona de Falluja aos massacres cometidos pelos nazis em Lidice, na Checoslováquia em 1942, ou à matança de civis pelas Waffen-SS e destruição da vila de Oradour-sur-Glane, na França em 1944? É um caso perdido este colega de fórum.

Ó Rui tenho um bom sit para si: http://www.vho.org/aaargh/engl/engl.html - Diz-se que é um site com teses históricas revisionistas, mesmo à sua medida, não?
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

*

Normando

  • Perito
  • **
  • 339
  • +0/-0
Apoio dos norte-americanos à guerra no Iraque diminuiu
« Responder #13 em: Abril 29, 2004, 11:46:59 pm »
[CITAÇÃO]

DiárioDigital
29-04-2004 20:29:54

O apoio dos norte-americanos à guerra no Iraque diminuiu consideravelmente no último mês, assim como o nível de aprovação ao modo como o presidente dos EUA está a gerir a crise, indica uma sondagem da cadeia CBS e do The New York Times difundida esta quinta-feira.

Inquiridos sobre se acreditam que se justificou a guerra, 47% dos norte-americanos disse que sim, frente a 58% há um mês atrás e 63% em Dezembro. Outros 46% respondeu que os EUA não deviam ter-se envolvido no Iraque, frente a 37% há um mês.

Além disso, 58% indicou que os benefícios da guerra no Iraque não valiam a pena tendo em conta a perda de vidas norte-americanas, comparando com 54% há um mês, enquanto que 33% disse que valia a pena, quando há mês a percentagem era de 37%.

Contudo, os norte-americanos estão divididos (46% frente a 46%) entre quem opina que as tropas deveriam permanecer no Iraque até que esse país se estabeleça e os que crêem que deveriam retirar-se o quanto antes.

O nível de aprovação da gestão de Bush sobre a guerra caiu para 41%, frente a 49% o mês passado e 59% em Dezembro.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=125460
http://www.cbsnews.com/stories/2004/04/ ... 4605.shtml
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

*

emarques

  • Especialista
  • ****
  • 1177
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #14 em: Abril 30, 2004, 12:01:33 am »
O que parece é que os americanos não têm lá muita habilidade para se tornaram populares entre as populações. As tropas de outros países parecem não ter tantos problemas.

Citar
US tactics condemned by British officers
--------------------------------------------------------------------------------
From The Telegraph

By Sean Rayment, Defence Correspondent
(Filed: 11/04/2004)


Senior British commanders have condemned American military tactics in Iraq as heavy-handed and disproportionate.

One senior Army officer told The Telegraph that America's aggressive methods were causing friction among allied commanders and that there was a growing sense of "unease and frustration" among the British high command.

The officer, who agreed to the interview on the condition of anonymity, said that part of the problem was that American troops viewed Iraqis as untermenschen - the Nazi expression for "sub-humans".

Speaking from his base in southern Iraq, the officer said: "My view and the view of the British chain of command is that the Americans' use of violence is not proportionate and is over-responsive to the threat they are facing. They don't see the Iraqi people the way we see them. They view them as untermenschen. They are not concerned about the Iraqi loss of life in the way the British are. Their attitude towards the Iraqis is tragic, it's awful.

"The US troops view things in very simplistic terms. It seems hard for them to reconcile subtleties between who supports what and who doesn't in Iraq. It's easier for their soldiers to group all Iraqis as the bad guys. As far as they are concerned Iraq is bandit country and everybody is out to kill them."

The phrase untermenschen - literally "under-people" - was brought to prominence by Adolf Hitler in his book Mein Kampf, published in 1925. He used the term to describe those he regarded as racially inferior: Jews, Slaves and gipsies.

Although no formal complaints have as yet been made to their American counterparts, the officer said the British Government was aware of its commanders' "concerns and fears".

The officer explained that, under British military rules of war, British troops would never be given clearance to carry out attacks similar to those being conducted by the US military, in which helicopter gunships have been used to fire on targets in urban areas.

British rules of engagement only allow troops to open fire when attacked, using the minimum force necessary and only at identified targets.

The American approach was markedly different: "When US troops are attacked with mortars in Baghdad, they use mortar-locating radar to find the firing point and then attack the general area with artillery, even though the area they are attacking may be in the middle of a densely populated residential area.

"They may well kill the terrorists in the barrage but they will also kill and maim innocent civilians. That has been their response on a number of occasions. It is trite, but American troops do shoot first and ask questions later. They are very concerned about taking casualties and have even trained their guns on British troops, which has led to some confrontations between soldiers.

"The British response in Iraq has been much softer. During and after the war the British set about trying to win the confidence of the local population. There have been problems, it hasn't been easy but on the whole it was succeeding."

The officer believed that America had now lost the military initiative in Iraq, and it could only be regained with carefully planned, precision attacks against the "terrorists".

"The US will have to abandon the sledgehammer-to-crack-a-nut approach - it has failed," he said. "They need to stop viewing every Iraqi, every Arab as the enemy and attempt to win the hearts and minds of the people.

"Our objective is to create a stable, democratic and safe Iraq. That's achievable but not in the short term. It is going to take up to 10 years."

Sunday Telegraph


Isto já tem uns dias...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.