Os actuais C-130 da FAP deverão ser modernizados em breve para que a sua vida operacional seja expandida até 2015, quando deverão ser substituídos. Quanto à sua substituição em concreto, Portugal de facto fez parte do consórcio do A400M e esteve envolvido no seu desenvolvimento, mas acabou por sair por vontade do então ministro da defesa, Sr. Dr. Eng. Paulo Portas. Uma das alternativas para o A400M na altura seria o C-130J, mas que recentemente tem recebido bastante críticas por parte da Inglaterra, que os opera. E pelas últimas notícias sobre o assunto, de Janeiro de 2006, os norte-americanos parecem ter dificultado as negociações,
pois «as condições que os norte-americanos têm posto não são muito favoráveis».
A compra de 12 aviões C-295M deverá aliviar a pressão exercida sobre a frota dos actuais C-130, devido à sua maior autonomia e capacidade de poderem apoiar as missões no estrangeiro com o transporte de material e de tropas, como tal o número de aeronaves de maior capacidade já não deverá de ser tão elevado. Talvez 6 a oito unidades seria o suficiente.
Quanto aos gigantescos aviões norte-americanos, temos que ver que o C-5 já não é mais produzido, tendo a sua linha de montagem sido encerrada. E tal como referiu, os custos por unidade, quer seja do C-5 ou do C-17, e os custos de operação e manutenção destas bestas são tão gigantescos como os próprios aviões e isto é demais para um país como Portugal.
Muitos países europeus, incluindo a Suécia, criaram à tempos uma
pool designada de
NATO Strategic Airlift Capability com a intenção de todos os países membros dessa
pool comprarem e pagarem em conjunto um número de aviões C-17 de forma a colmatar a actual necessidade destes países para o transporte estratégico.
Pessoalmente - e ignorando a questão se Portugal deveria fazer parte desta
pool ou não - acho que Portugal devia manter a sua própria frota de aviões de transporte estratégico "médios" e ignorar estes gigantes, e apoio também a opção pelo A400M, que embora tenha tido alguns atrasos ultimamente ainda tem tempo até 2015 para mostrar a Portugal o que vale. Também o facto de ter maior capacidades (p.e. autonomia e capacidade de carga) que o C-130J e a possibilidade de poder ser instalado um
kit para reabastecimento aéreo deixou-me maravilhado por esta máquina. Portugal nunca deveria ter deixado o consórcio.
Cumprimentos,