Relações Brasil-Moçambique

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comanche

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Relações Brasil-Moçambique
« em: Setembro 07, 2007, 01:03:42 am »
Brasil: Governo assina acordo na área de biocombustíveis com Moçambique

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Brasília, 06 Set (Lusa) - Brasil e Moçambique assinaram hoje, durante a visita do presidente Armando Guebuza a Brasília, seis acordos, sendo o mais importante um memorando de entendimentos na área de biocombustíveis.

Este acordo estabelece um plano de acção a ser elaborado em 180 dias para promover a cooperação e o intercâmbio técnico na área dos combustíveis renováveis.

"A cooperação no âmbito dos biocombustíveis abre boas perspectivas para geração de empregos e rendimentos para muitos moçambicanos. Temos enorme potencial para a produção da matéria-prima", assinalou Armando Guebuza.

O presidente moçambicano destacou o efeito multiplicador deste acordo para o combate à pobreza e seus impactos para a protecção do meio ambiente e redução do aquecimento global.

"A política africana do governo do presidente Lula revela o compromisso do Brasil para a superação dos constrangimentos que impedem o continente africano de alcançar os níveis de desenvolvimento que anseia", destacou.

O presidente brasileiro, Lula da Silva, disse que o Brasil poderá contribuir também para viabilizar o potencial hidroeléctrico e petrolífero de Moçambique.

Recentemente, o governo de Maputo anunciou que será lançado ainda este ano um novo concurso internacional para a prospecção de petróleo e gás em diversas regiões do país.

Lula da Silva assinalou que o investimento da Companhia Vale do Rio Doce na exploração do carvão de Moatize deverá induzir um novo ciclo de investimentos brasileiros em Moçambique.

Segundo Lula, outras empresas brasileiras estudam investimentos nas áreas de infra-estrutura e energia no país africano.

Para além do memorando na área de biocombustíveis, os dois países assinaram acordos de cooperação para consultas políticas, projectos de educação à distância, formação de estudantes, construção de cisternas em comunidades rurais e troca de experiências entre as chancelarias.

Nesta sexta-feira, Armando Guebuza participa, como convidado de honra, ao lado de Lula da Silva, nas comemorações da data de independência do Brasil.

 

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André

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« Responder #1 em: Março 24, 2008, 06:45:30 pm »
Construção de barragem em Moçambique é "prova de fogo" para empresa brasileira

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A construção em Moçambique de uma das maiores barragens do continente africano será uma "prova de fogo" para a construtora brasileira Camargo Corrêa, admitiu hoje um director desta empresa responsável pelo empreendimento.

Com um potencial de produção de 1.500 MW de energia (Cahora Bassa tem uma capacidade de cerca de 2075 megawatts), a barragem de Mphanda Nkuma exigirá investimentos de 2,1 mil milhões de euros, valor três vezes superior a toda a carteira de contratos internacionais da construtora Camargo Corrêa.

"Essa será uma prova de fogo. Se concluirmos esse processo como esperamos, a Camargo Corrêa entrará em um novo patamar no cenário internacional", disse o director Kalil Cury ao jornal Valor Económico.

Segundo o contrato firmado com o Governo moçambicano, a companhia brasileira será responsável pelo projecto, execução da obra e possivelmente também pela operação da barragem.

Caberá igualmente à companhia encontrar investidores internacionais interessados em participar do projecto, cujas obras deverão ser iniciadas em Julho de 2009, com conclusão prevista para 2013.

A Camargo Corrêa está em fase final de contratação de um banco internacional para coordenar toda essa operação, sublinhou o diário brasileiro.

Kaliy Cury viaja hoje para Moçambique para discutir com as autoridades locais as futuras regras de cobrança para as tarifas da barragem.

O excedente de electricidade, cerca de 1.000 MW, será exportado para os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), nomeadamente a África do Sul, que depende da importação de energia de Moçambique.

O contrato inclui igualmente a construção de uma linha de transmissão de 1.400 quilómetros para ligar a barragem à capital Maputo.

A construtora brasileira está associada num consórcio às empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Energia Capital, também de origem moçambicana.

A barragem de Mphanda Nkuwa será construída a 60 quilómetros do empreendimento congénere de Cahora Bassa, na província de Tete, no centro do país, e utilizará também o potencial do rio Zambeze para produção de energia eléctrica.

Lusa

 

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comanche

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Agosto 07, 2008, 09:04:48 pm »
Brasil: Fábrica de anti-retrovirais de Moçambique começa a funcionar no final de 2009- Ministro da Saúde


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Brasília, 07 Ago (Lusa) - A fábrica de medicamentos anti-retrovirais que será construída em Moçambique com a ajuda do Brasil começará a funcionar no final de 2009, garantiu hoje o ministro brasileiro da Saúde, José Gomes Temporão.

"O projecto está pronto. Estamos a encaminhar ao Congresso Nacional o pedido de autorização de crédito no valor de quatro milhões de dólares para a construção da primeira etapa", disse Temporão aos correspondentes estrangeiros em Brasília.

No total, o Brasil vai investir 10 milhões de dólares (6,5 milhões de euros) na fábrica de anti-retrovirais de Maputo e os recursos para a primeira etapa deverão estar disponíveis até o final deste ano.

Segundo o ministro brasileiro, a fábrica é fruto de uma "cooperação Sul-Sul singular", já que a matéria-prima será fornecida pela Índia e a tecnologia, pelo Brasil.

Os técnicos moçambicanos serão formados pelo laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pertencente ao governo brasileiro, e a previsão é de que, na segunda etapa do projecto, Moçambique já detenha toda a tecnologia de produção dos anti-retrovirais.

Temporão avançou ainda que a Fiocruz abrirá em breve um escritório junto à União Africana, cuja sede será em Maputo.

A nova unidade de medicamentos de Moçambique vai fabricar oito dos 15 anti-retrovirais que o Brasil tem tecnologia para produzir.

O ministro brasileiro não soube precisar a capacidade da nova fábrica, mas disse que os remédios contra a Sida atenderão não só o mercado moçambicano, como o de outros países africanos.

Enquanto o Brasil tem uma taxa de prevalência da Sida de 0,6 por cento, em Moçambique este índice é de 15 por cento.

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para SIDA (UNAIDS), divulgado na semana passada, a África Subsaariana continua a concentrar a maior parte das pessoas portadoras do vírus HIV no mundo.

Dos 2,7 milhões de novos infectados no ano passado, 1,9 milhões de casos estão naquela área.

No Brasil, 30 mil novos casos de SIDA são registados por ano, um terço deles entre a população dos 15 aos 24 anos, mas a epidemia está estabilizada desde 2000 devido à política de acesso universal aos métodos de prevenção e tratamento.

O Brasil foi citado no relatório da UNAIDS como um exemplo de liderança no combate à SIDA, devido à política de saúde que aposta na prevenção, com campanhas educativas e distribuição de preservativos, e no fornecimento gratuito de medicamentos anti-retrovirais aos portadores do HIV.


 

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Lusitano89

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Re: Relações Brasil-Moçambique
« Responder #3 em: Maio 08, 2011, 01:43:37 pm »
Brasileira Vale inaugura projeto mineiro em Moçambique


A mineira brasileira Vale inaugura no domingo o seu projecto de Moatize, província de Tete, centro de Moçambique, onde prevê produzir na primeira fase até 11 milhões de toneladas de carvão por ano. O início da operação será assinalado com uma cerimónia com a presença do Presidente moçambicano, Armando Emílio Guebuza, e do presidente da Vale, Roger Agnelli.

Na sexta-feira, um director da empresa brasileira, a segunda maior mineira do mundo, avançou que os primeiros embarques de carvão de Moatize começam em Setembro.

De início, o carvão será transportado por via férrea para o porto da Beira, centro de Moçambique, mas o aumento da produção obrigará a um transporte ferroviário alternativo pelo Maláui até ao porto de Nacala, no norte do país.

Em Abril, a Vale e o governo do Maláui acordaram na construção de uma nova linha férrea, que atravessa o sul daquele país, o caminho mais curto entre Moatize e Nacala.

A cerimónia de arranque do projecto será uma “despedida” de Agnelli, que abandona o cargo em 20 de maio, depois de 10 anos em funções.

Agnelli será substituído por Murilo Ferreira, um executivo da empresa que acaba de anunciar lucros de 4,8 mil milhões de euros, no primeiro trimestre de 2011, o que constitui um novo recorde.

A empresa, privatizada nos anos 1990, é formada pela Previ (fundo de reforma dos funcionários do Banco do Brasil – estatal - sendo o maior accionista, com 49 por cento do capital), pelo banco Bradesco (21,21 por cento), pela trading japonesa Mitsui (18,24 por cento) e pelo BNDESpar (banco estatal - 11,51 por cento).

Lusa