Boas miguelbud,
O que me parece ( nota é só mesmo isso, não tenho qualquer fonte) é que existe uma parceria entre a Martifer e a Douro Azul, se repares naquela noticia sobre o ENVC, existia a intenção de ambas empresas "ficarem " com os ENVC.
Se for mesmo isto é finalmente para mim uma coisa bem pensada, só é pena não existir mais em Portugal, é a pareceria entre quem constrói e quem depois gere o produto, tem tudo para ter sucesso. Só tenho mesmo pena que os ENVC tenham ficado fora deste tipo de parceria. ( conforme mais abaixo pode significar muitos navios para construir )
Se confirmar a minha opinião, acho que os frutos começam aparecer, a Douro Azul começa a internacionalizar e por arrasto a Martifer começa a construir navios para "exportação".
Conforme esta entrevista e por mais alguma existe uma intenção de ter 3 navios a operar na amazónia até 2017 ( ou seja da quase um navio a cada dois anos, para "exportação" ) e chamo atenção a parte sublinhada a bold, o que poderá quer dizer que sejam necessários muitos mais navios.
" Aventuras na Amazónia e viagens ao espaço. O empresário Mário Ferreira não faz a coisa por menos. Mas os cruzeiros no rio Amazonas, com a Mystic Cruises, e as idas ao espaco, com a Caminho das Estrelas - duas empresas do Grupo Douro Azul -, pouco ou nada contribuem para as contas. Em entrevista ao ‘Projecto Empresa', do ETV, Mário Ferreira revela que os cruzeiros no Douro são a grande prioridade.
Em que fase está o projecto dos cruzeiros na Amazónia?
A secretária de Estado do Turismo da Amazónia desafiou-me a unir Manaus a Iquitos, num programa de dois mil quilómetros. É uma área muito vasta, com poucas ou nenhumas acessibilidades, o que torna o desafio muito grande. Um navio que possa funcionar entre Manaus e Iquitos terá de ter uma autonomia de sete dias. Essa parte está ultrapassada, já sabemos onde podemos parar e as visitas que podemos fazer e as grandes atracções que existem.
Falta o navio e financiá-lo....
Falta construir o navio, que já está aprovado. Agora estamos na fase intermédia, do financiamento, para depois entrar na construção e iniciar actividade.
E como o vai o financiar? Houve um projecto de IPO que não chegou a concretizar-se....
Esse IPO [Oferta Pública Inicial] esteve próximo de acontecer, mas a conjuntura não permitiu. Passámos à frente. Estamos agora com outro modelo de financiamento interessante, mas não posso ainda revelar as fontes interessadas em financiar o navio. Há duas possibilidades.
O grande objectivo era financiar o projecto da Amazónia?
Era dar o salto para a Amazónia mais rápido. Não o demos em 2012, quem sabe teremos o projecto em 2014... Dois anos de atraso, mas hoje a empresa vale mais, Por isso, não perdi - antes pelo contrário, ganhei muito em não ter feito o IPO em 2010.
Garantiu financiamento para os seus projectos de investimento?
Sim, porque temos feito operações interessantes. Fizemos o que alguns banqueiros e bancários portugueses achavam praticamente impossível, que foi, numa altura de crise, conseguir a confiança de bancos alemães e suíços para financiar os nossos projectos, a taxas muito competitivas. O 'mix' entre bancos portugueses, que também nos têm apoiado, e europeus, permite-nos trabalhar ainda com 'spreads' aceitáveis.
Tem dois navios-hotel em construção.
Sim, na Martifer, que é o 'Ama a Vida' e o 'Queen Isabel', que entram ao serviço logo no início de 2013 e estão já vendidos por cinco anos. Um para os mercados americano e australiano, e outro para os mercados americano e inglês.
Prevê duplicar a facturação até 2014. O que vai sustentar esse crescimento?
Vai ser sustentado, como no passado, em novos navios. Como vamos ter dois novos em 2013, haverá um salto grande na facturação. E com outros dois novos navios-hotel, em 2014, haverá outro grande salto. Como esses já estão pré-vendidos, é muito mais fácil sabermos com algum rigor o que vai ser a facturação e os EBITDA. Em 2013 vamos duplicar o EBITDA para cerca de dez milhões de euros. Em relação a 2014, andaremos nos 15 milhões. É uma subida grande? Sim. Mas a estrutura será a mesma.
Não receia uma reviravolta que ameace esses investimentos?
Temos 147 milhões de euros de pré-vendas a nível mundial, com empresas que têm 60 milhões de euros de lucros anuais. Empresas em que os contratos com a Douro Azul representam entre 2 e 3 % das vendas. É uma fatia muito pequena, o risco é limitado - embora exista sempre risco. Mas o risco está disperso a nível global.
A Douro Azul tem os direitos para comercializar em Portugal as primeiras viagens turísticas ao espaço. Já vendeu alguma?
Representamos a Virgin Galactic em Portugal e já vendemos quatro viagens, totalmente pagas, a portugueses. Mas temos 45 interessados registados no 'site'. A nave existe há muito tempo, só espera a certificação da FAA americana para começar os voos regulares. "