Votação

Qual a solução mais sensata?

Sou a favor da construção dos dois.
37 (27.2%)
Sou a favor apenas do TGV.
11 (8.1%)
Sou a favor apenas do aeroporto.
25 (18.4%)
Nenhum, há outras prioridades.
63 (46.3%)

Votos totais: 117

Votação encerrada: Julho 05, 2005, 08:14:28 pm

Aeroporto da Ota e TGV... prioridades?

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« Responder #165 em: Junho 14, 2007, 04:01:22 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
http://www.youtube.com/watch?v=_dldQgNe6z0

 :G-beer2:

Excelente discurso, com um remate final soberbo!


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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Cabecinhas

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« Responder #166 em: Junho 14, 2007, 11:20:49 am »
Simplesmente soberbo este remate!

Estive a ler na Revista Visão desta semana (não quero fazer publicidade) que o campo de tiro de Alcochete tem um impacto ambiental menor que a Ota porque há um menor número de abate de árvores e aliado à segurança que este comandante demonstrou no vídeo convencem-me que a melhor opção entre estas duas é mesmo o campo de Tiro de Alcochete
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Mar Verde

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« Responder #167 em: Junho 14, 2007, 12:03:29 pm »
Citação de: "lurker"
Citação de: "Mar Verde"
o comportamento das associações ambientalistas é tb bastante estranho, criticam ferozmente qq alternativa e mantêm-se praticamente em silêncio qt à Ota
A Quercus tem sido perfeitamente clara e consistente na sua opinião: Ota é mau (e põe em causa a necessidade de um novo aeroporto), margem sul é "criminoso".


eles qd falam da margem sul ficam histéricos...na critica a Ota são muito mais discretos

viu-se agora, vieram logo a público dizer que opção Alcochete é "criminoso", mas usar o local como campo de tiro é perfeitamente normal


Citar
a Portela está realmente estagnada ou o problema assenta basicamente no handling e nas terminais ? e uma gestão competente e investimento nas terminais resolveria mt dos problemas ?
Vai haver um investimento de 500M EUR para prolongar a vida da Portela mas.. acho que é consensual que está mesmo limitado.

Creio que o limitador mais imediato da Portela é a falta de espaço para novos terminais e para estacionar os aviões.
Além disso, creio que com uma única pista não é possivel atingir o volume de tráfego estimado para o NAL.

ou sou apologista da opção Portela + 1

queria era a Portela a funcionar de uma forma eficiente, isso parece ser possivel com os novos investimentos q já estão programados nas terminais, tirar os militares de Figo Maduro, parte da manutenção TAP para Beja....

a adicionalmente Montijo com pista paralela para fazer face ao aumento do tráfego


é uma solução mais barata, mais rápida e não destrói valor

afastou-se o Montijo por critérios ambientais qd posteriormente fez-se naquela zona a ponte Vasco da Gama ( o Montijo faz agora cada vez mais sentido


 

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lurker

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« Responder #168 em: Junho 14, 2007, 01:29:25 pm »
Citação de: "Mar Verde"
viu-se agora, vieram logo a público dizer que opção Alcochete é "criminoso", mas usar o local como campo de tiro é perfeitamente normal


Isso creio que é falta de informação sua.
No passado a Quercus sempre se queixou da existência do CTA e opôs-se fortemente à sua expansão em 1985 (expansão essa que talvez tenha violado a lei ambiental da altura...).
Hoje em dia a existência do CTA tal como está é tolerada pelas associações ambientalistas porque a FAP compensa as relativamente limitadas actividades que lá se desenrolam com uma gestão ambiental muito cuidada do espaço e consideram isso preferivel à possibilidade de os terrenos serem utilizados para fins imobiliários.

Quanto ao Montijo, eu tinha na ideia que o Montijo tinha sido excluido, antes de as possibilidades se concentrarem em Rio Frio e Ota, devido ao conflicto de espaço aéreo entre a Ota e o Montijo.
Creio aliás que essa questão se coloca sempre à opção Portela + 1: o espaço aéreo é limitado e um segundo aeroporto tem sempre de ficar relativamente longe da Portela e logo, longe de Lisboa.
Além disso, há o facto não desprezável de a Portela estar numa zona urbana, com as implicações de segurança e ambientais que isso implica.

Já agora, quais são as estimativas de custos para uma solução Montijo + Portela ?
 

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Mar Verde

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« Responder #169 em: Junho 14, 2007, 03:27:40 pm »
nunca ninguém percebeu muito bem pq q o Montijo foi colocado de lado


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Três estudos iniciais comprometem decisão do Governo

Segundo Luís Gonçalves, "nos últimos quinze anos foram elaborados dois estudos comparativos de diferentes localizações para o NAL: um de 1994 da responsabilidade da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea, S.A., a pedido do Ministério das Obras Públicas; e um segundo, em 1999, produzido pelo consórcio Aéroports de Paris/Profabril, para a NAER - Novo Aeroporto S.A. O estudo de 2005, apresentado como o documento definitivo, é apenas um Estudo Preliminar de Impacto Ambiental (EPIA).

O estudo de 1994 comparava quatro alternativas possíveis: Montijo A (orientação das pistas Norte/Sul), Montijo B (orientação das pistas Este/Oeste), Rio Frio e Ota. Na conclusão, as opções foram assim hierarquizadas: Montijo B, Montijo A, Rio Frio e, por último, a Ota, considerada simultaneamente a mais cara e a pior das localizações, com um investimento superior a 2 mil milhões de euros. Apesar da orientação do Governo no sentido da "transparência e divulgação pública", este estudo não figura no rol de 26 documentos disponíveis para consulta no sítio da NAER. A posterior decisão de avançar com a rede ferroviária de alta velocidade (AV) e a terceira travessia do Tejo (TTT), entre Chelas e o Barreiro, veio reforçar drasticamente as vantagens das localizações na margem sul do Tejo, em particular a opção do Montijo.

O estudo posterior, apresentado em 1999, comparava outras quatro alternativas: a SuperPortela (considerando a construção de uma nova pista paralela à existente), Rio Frio 17-35 (orientação das pistas Norte/Sul), Rio Frio 08-26 (orientação das pistas Este/Oeste) e Ota, não apresentando qualquer explicação para o facto de não ter sido considerada a localização mais bem classificada no estudo produzido apenas cinco anos antes.

Estas quatro opções foram classificadas, numa escala de 0 a 1000, à luz de diferentes critérios (operação aérea, acessibilidade terrestre, ambiente, custos de investimento, custo de exploração, etc.). As duas soluções para o Rio Frio obtiveram 728 pontos (E/O) e 675 pontos (N/S), tendo a Ota obtido a pior classificação (616 pontos), à semelhança do que tinha sucedido no estudo de 1994. A SuperPortela não chegou a ser valorizada por ter sido considerada um projecto com um impacto ambiental desmedido.

Entre 1999 e 2005, foram produzidos vários estudos (geológicos, geotécnicos, hidrológicos, movimentos de aves, caracterização da flora, etc.), para além do próprio "Plano Director de Referência de Desenvolvimento Conceptual do Aeroporto". No entanto, todos estes documentos usaram, como premissa, a localização do NAL na Ota, apesar de esta ter sido, até então, sempre considerada a pior opção. Se outros estudos foram feitos, não foram divulgados.


Citar
A alternativa do Montijo

Por seu lado, alegam, "a alternativa de localização do NAL na actual Base Aérea n.º 6 do Montijo apresenta vantagens que justificariam, pelo menos, um estudo definitivo para comparação com as opção da Ota e de Rio Frio: permite a instalação de duas pistas paralelas de 3600 metros de comprimento (um "layout" semelhante ao proposto para a Ota), sem expropriações, utilizando a superfície da base aérea actual, à qual teriam apenas de ser acrescentadas plataformas para os extremos das pistas; essa orientação seria igual à da pista 18-36 da Portela, ideal sob o ponto de vista dos ventos dominantes; as rotas de aproximação e descolagem seriam compatíveis com a configuração da Ponte Vasco da Gama (conforme as normas do ICAO) e com a área restrita D10 do Campo de Tiro de Alcochete; os seus terrenos são praticamente planos, não têm cursos de água e estão incultos, resultando num reduzido impacto ambiental sobre o local; as infra-estruturas rodoviárias existentes (ou com execução prevista) colocariam o NAL a 12 km do centro de Lisboa pela TTT, possuindo duas alternativas: a Ponte Vasco da Gama (24 km) e a Ponte 25 de Abril (40 km), colocando o NAL a 32 km de distância média ponderada aos concelhos da AML; o aproveitamento das infra-estruturas ferroviárias existentes (ou com execução prevista) permitiria integrar o aeroporto num anel abrangendo as duas margens do Tejo, colocando o NAL a 25 km de distância média ponderada aos concelhos da AML; permitiria uma perfeita integração da rede do nacional do TGV com o aeroporto, pois a distância de 13 km à Gare do Oriente transformaria a sua estação num novo centro direccional; reduziria o custo da construção da rede de TGV a construir, quer por uma questão de redução da extensão da linha para o Porto, quer pela oportunidade de desenvolver uma parte substancial do seu percurso na margem sul do Tejo, menos acidentada e menos povoada; a população afectada pelo ruído do sobrevoo das aeronaves seria sempre em número inferior à opção da Ota, independentemente do sentido de utilização das pistas e do volume de tráfego; a localização junto ao rio permitiria a construção de uma estação fluvial com ligações para Lisboa, fundamental para os períodos de congestionamento de trânsito; a sua localização numa península permitiria mais facilmente o controlo da pressão urbanística e aumentar a segurança do aeroporto; a chegada de avião a Lisboa em pleno estuário de Tejo seria um notável cartão de visita para o turismo da capital; a construção e existência de um equipamento com esta importância próximo de áreas urbanas deprimidas permitiria usar o aeroporto como estímulo de reconversão e de desenvolvimento, abrindo a possibilidade de Lisboa passar a ser verdadeiramente uma cidade de duas margens.


Os problemas do aeroporto do Montijo


Há, contudo, problemas detectados na opção do NAL no Montijo, nomeadamente: realojamento" da Base Aérea n.º 6 (mas mais económica que as expropriações e a modelação dos terrenos da Ota); impacto ambiental decorrente do sobrevoo do Estuário do Tejo (o que também acontecerá na Ota, ainda que com menos intensidade); a desafectação de uma área da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, integrada na Rede Natura 2000 (mas muito inferior à área de REN necessária destruir no caso da Ota); existência de problemas relacionados com as aves (no entanto, o histórico de "incidentes" indicia um risco, para o Montijo, inferior ou equivalente ao da Ota); impossibilidade de recorrer a financiamento comunitário para o projecto (no entanto, o sobrecusto global da solução na Ota, por comparação com o Montijo, será sempre muito superior ao montante da comparticipação europeia); impossibilidade de expansão do aeroporto, por não existir hipótese de aumentar o número de pistas, como acontece na Ota. No entanto, se se verificar que dentro de 40 anos é necessário construir um novo aeroporto, será possível manter o Montijo como segundo aeroporto junto do centro da cidade, algo inviável no caso da Ota.
É em face desta polémica que Cavaco Silva quer saber o que se passa para depois se pronunciar sobre a iniciativa de Santana Lopes no Grupo Parlamentar, ou mesmo, publicamente, admitem meios próximos, para tomar posição contra a decisão do Governo Sócrates.
Recorde-se que quer o TGV, quer a Ota, foram considerados pelo Presidente da República investimentos desnecessários, durante a campanha eleitoral.


Artigo
http://www.semanario.pt/noticia.php?ID=3236


Estudo da CIP


 

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N: «Maioria não concorda com novo aeroporto de Lisboa»
« Responder #170 em: Junho 14, 2007, 03:46:42 pm »
Citação de: "Raquel Oliveira, Ana Patrícia Dia; Correio da Manhã"
Maioria não concorda com novo aeroporto de Lisboa
A maioria dos portugueses não concorda com a construção de um novo aeroporto para Lisboa, mas, a ter de se construir, prefere que seja erguido na Margem Sul. Uma posição transversal aos votantes de todos os partidos políticos.

De acordo com uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã, 49,6 por cento dos portugueses acha que não é necessário um novo aeroporto, contra 40,1 que defende a sua construção. Quanto à melhor localização, 36,7 por cento aponta a Margem Sul enquanto 23,5 considera a Ota uma boa solução.

A Margem Sul surge destacada antes mesmo de o Governo ter anunciado que iria estudar a viabilidade de Alcochete, já que esta sondagem da Aximage foi efectuada no início deste mês.

A percentagem de portugueses que recusa a construção de um novo aeroporto subiu face a 2000, quando a questão dividia praticamente a meio as opiniões: 47 por cento dizia-se a favor e 46 contra.

Posições que, de resto, não variam com a preferência política, com socialistas, sociais-democratas e comunistas unânimes na rejeição do projecto. Apenas os votantes centristas das legislativas de 2005 se manifestam abertamente a favor da construção, com 70,6 por cento a considerar que Lisboa precisa de um aeroporto, contra 29,4 a dizer que não.

A maioria rejeita a construção não só porque a Portela é suficiente mas também porque tem um custo muito elevado. Com efeito, 39,7 por cento considera que se trata de um projecto com um “custo muito grande”, enquanto 39,5 refere que “o que há serve bem”. Mais de 10 por cento acha que há outras prioridades e 3,7 acredita que há alternativas mais baratas.

Posições que variam com as preferências políticas dos votantes das últimas eleições legislativas: os que votaram PS inclinam-se mais para o facto de a Portela servir bem (50,7 por cento), enquanto os do PSD afirmam que o custo é muito elevado (39,7 por cento).

A preferência por uma localização na Margem Sul é transversal aos partidos políticos. Todos, sem excepção, a defendem.

Eleitorado do PS está desiludido
O eleitorado do PS, à semelhança dos portugueses em geral, está desiludido com o Governo e o primeiro-ministro obteve mesmo a sua pior nota: 8,6. Mesmo assim, apesar do quadro negativo no lado socialista, o PSD não consegue travar a queda nas intenções de voto.

De acordo com uma sondagem CM/Aximage, 42 por cento dos eleitores que votaram no PS nas últimas legislativas considera que o Executivo socialista está a governar “pior do que esperava”, enquanto apenas 18,1 diz que superou as suas expectativas e 35,2 afirma que está “igual ao que esperava”. O eleitorado do PS acompanha assim a desilusão geral, já que 49,3 por cento dos inquiridos se afirmou insatisfeito com a governação socialista. Apenas 13,8 por cento considerou que o Governo está a governar “melhor do que esperava”.

O sentimento de desilusão reflecte--se, aliás, nas notas atribuídas aos membros do Governo. Numa escala de 0 a 20, José Sócrates não obteve mais do que 8,6. E até o seu eleitorado atribuiu um medíocre 11,8. Já no caso dos ministros, no fim da tabela com 6 valores está o ‘repetente’ ministro da Saúde, Correia de Campos, enquanto o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, mereceu a terceira pior nota do Governo: 9,5.

Quanto às intenções de voto, a queda nas expectativas no Governo reflecte-se na subida significativa da abstenção, que passou de 41 para 45,2 por cento. Ainda assim, o PS mantém a liderança com 38,5 por cento, tendo mesmo registado uma subida em relação ao mês de Maio, em que obteve 36,7 por cento.

O PSD não consegue travar a queda. Pelo terceiro mês consecutivo os sociais-democratas caem nas intenções de voto ao passar de 26,7 para 26,2 por cento. O líder do PSD obteve, aliás, este mês a sua pior nota desde Janeiro do ano passado: 6,7. Marques Mendes mereceu mesmo do seu eleitorado uma nota negativa: 9.

Negrão defendeu Portela. Mas PSD nada disse
O líder parlamentar do PSD, Marques Guedes, afirmou à TSF no dia 12 que o partido aceitará a opção Ota, caso o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) o recomende. Isto, desde que o Parlamento também possa acompanhar os trabalhos.

Em nenhum momento das suas declarações o parlamentar defende, por exemplo, que se tenha em conta também a solução “Portela + 1”, a hipótese que o candidato à Câmara de Lisboa social-democrata avançou recentemente à margem de uma visita ao Centro de Saúde de Alcântara.

No PSD, algumas fontes, sob anonimato, referiram ao CM que o candidato do PS, António Costa, “se liberta da polémica”, mas, se não houver nenhum discurso alinhado com o candidato do partido, “quem fica em maus lençóis” é Negrão e não Costa.

“A agulheta pode virar-se contra Negrão”, afirma uma das fontes.

Portas quer analisar Portela + 1
Acompanhado pelo candidato do CDS-PP à Câmara de Lisboa, o líder centrista, Paulo Portas, anunciou ontem que o agendamento protestativo do partido, marcado para dia 20 de Junho na Assembleia da República, servirá para os democratas-cristãos pedirem ao Governo que o estudo encomendado ao LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) sobre o novo aeroporto abranja não só a Ota e Alcochete como também a solução “Portela + 1”.

Isto é, a avaliação dos custos benefícios da Ota, Alcochete e a manutenção do aeroporto da Portela, recorrendo ao Montijo, como aeroporto de apoio.

Mais, Portas lembrou que o LNEC não tem competência, pela sua lei orgânica, para avaliar os custos benefícios, por isso, quer que o Executivo alargue o número de entidades– público e privadas– responsáveis pelo estudo, cumprindo o prazo já estabelecido para o efeito: seis meses.

«Estudo cria instabilidade e prejudica economia»
A região do Oeste reagiu mal à decisão de estudar a viabilidade de Alcochete para acolher o novo aeroporto de Lisboa e acusa o Governo de criar instabilidade e prejudicar a economia.

Empresários, autarcas e agentes turísticos manifestaram ontem a sua “discordância” e preocupação pela “instabilidade aberta com esta decisão”.

Os agentes regionais alertaram, em conferência de imprensa, para o facto de muitos investidores terem acreditado “que valia a pena investir em novos territórios” e recordaram mesmo para investimentos em curso no turismo “já superiores a três mil milhões de euros”.

A Ota, segundo os representantes do Oeste, era “resultado de um processo amadurecido, transparente e com qualidade”.

“Esta decisão atrasa, desmobiliza e prejudica processos de investimento e desenvolvimento”, apontou Fernando Cardoso, presidente da Assembleia Geral do Conselho Empresarial do Centro, com sede em Coimbra, referindo que a região Centro representa 20 por cento da economia portuguesa.

Para o dirigente empresarial Fernando Cardoso, a localização do aeroporto internacional deve ser a Norte de Lisboa por ser onde se concentra “mais população, mais cargas, mais acessibilidades, projectos turísticos e também mais escoamento para a cidade de Lisboa, sem necessidade de passar pontes”.

Pacheco pede saída de Lino
Pacheco Pereira defendeu a saída do Governo do ministro das Obras Públicas, Mário Lino.

No programa ‘Quadratura do Círculo’ da SIC Notícias, Pacheco Pereira disse que um governante que defendeu tão convictamente a solução Ota, “e de uma maneira tão definitiva”, não tem a “imparcialidade suficiente” para agora analisar a alternativa Alcochete.

O comentador também defendeu que deveriam ser conhecidos os financiadores do estudo apresentado pela CIP ao Presidente da República.

Um "caminho sensato"
O estudo de uma alternativa à localização do novo aeroporto na Ota é uma boa decisão e um “caminho sensato” para o País.

Assim afirmou ontem Pedro Santana Lopes, na Figueira da Foz, a propósito do estudo da CIP – Confederação da Indústria Portuguesa –, segundo o qual Alcochete é o melhor local para o novo aeroporto internacional de Lisboa.

Acrescentou que é necessário concluir os estudos e abrir a base aérea de Monte Real ao tráfego civil, “seja qual for a opção sobre o novo aeroporto”.

Notas
A actuação de Cavaco Silva na Presidência da República está a satisfazer os portugueses, que atribuíram ao Chefe de Estado 15,2 valores. Na sondagem, 58,3% dos inquiridos considerou que Cavaco Silva está a actuar “bem”, enquanto 19,5% “assim-assim” e 8,4% “mal”.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, obteve a melhor nota dos membros do Governo: 12,1. Enquanto o recém--empossado ministro da Administração Interna, Rui Pereira, obteve a segunda melhor: 11,1.

O dirigente do BE, Francisco Louçã, foi o líder partidário com melhor nota: 11,8, seguido de Jerónimo de Sousa com 10,1. Já Paulo Portas, apesar de no total obter apenas 7,4, conseguiu uma nota positiva no seu eleitorado: 14,2. O que não acontecia com Ribeiro e Castro.

Opiniões

O candidato socialista, António Costa, desvalorizou a questão de o novo aeroporto ser na Ota ou em Alcochete. “ O essencial serão os acessos rápidos, baratos e cómodos”.

Manuel Cansado, Presidente da SATA, é favorável à construção do novo aeroporto na Ota porque “acredito na engenharia portuguesa”.

O Governo vai avançar com a candidatura do aeroporto da Ota a fundos comunitários até ao dia 20 de Julho, apesar de ponderar Alcochete.

O candidato do CDS-PP pediu um estudo para a solução aeroporto da “Portela + 1”, feito pela câmara, mas António Costa (PS) recusou.

2007-06-14 - 00:00:00
fonte: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=246335&idselect=90&idCanal=90&p=200

Artigo de opinião:
Citação de: "Carlos Abreu Amorim, Correio da Manhã"
Mudança de 360 graus
A política portuguesa é feita de navegação à vista. O candidato do Governo à Câmara de Lisboa andava aflito com a Ota. O próprio Executivo era embaraçado quando os seus defensores argumentavam – a retórica de Mário Lino, sobretudo, afundava o novo aeroporto, o Governo e a ele mesmo, sempre que era posta em prática.

Mas apareceu um estudo a falar de Alcochete. Como se essa localização tivesse emergido pela primeira vez, o Governo aproveitou para fazer repousar a ‘batata quente’ da Ota durante meio-ano.

Finalmente, António Costa pode respirar de alívio. Entretanto, o LNEC, entidade sujeita à tutela do ministro, vai fazer outro estudo. Mas só entre a Ota e Alcochete. A hipótese ‘Portela + 1’ não é tida nem achada. Nem qualquer outra. O ‘milagre’ que Mário Lino exigiu para mudar de opinião não aconteceu. Daqui a 6 meses estaremos na mesma.

2007-06-14 - 00:00:00
fonte: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=246339&idselect=239&idCanal=239&p=93

Estou 100% de acordo com esta opinião.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Mar Verde

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« Responder #171 em: Junho 14, 2007, 05:09:27 pm »
Citar
A Ota é apontada como uma localização «limitada», «com problemas» e «cara», pelo menos, desde 1994. Nesse ano, um estudo da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea - considerou-a a «pior opção», entre quatro hipóteses analisadas: duas no Montijo (A e B), uma em Rio Frio e, finalmente, uma na Ota.

O estudo nunca chegou a ver a luz do dia, pelo menos no que concerne ao material divulgado pelo Governo: nem nos CD, que Sócrates mostrou na Assembleia da República, em 2005, nem no site da NAER (Empresa responsável pela realização dos estudos do Novo Aeroporto de Lisboa).

Mas o PortugalDiário conta-lhe tudo sobre o estudo que considera que o Montijo é a melhor localização para o aeroporto. E a Ota é a pior de todas as opções.


Estudo da ANA: http://www.portugaldiario.iol.pt/extras/nal.pdf

O documento «Estudos de Localização» realizado pela Direcção de Estudos Aeroportuários, da ANA, em Agosto de 1994, defendeu que conjugando todos os aspectos se permitia «concluir com clareza pela vantagem da localização do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) na hipótese definida como Montijo B», lê-se no documento a que o PortugalDiário teve acesso.

Conclusão do relatório

Na apreciação final, os técnicos que realizaram o documento afirmam que «após apreciação dos vários estudos efectuados permite-se concluir que nenhuma das localizações é inviável». No entanto, «a conjugação de todos os aspectos permitem concluir com clareza pela vantagem da localização do NAL na hipótese definida como Montijo B». Seguida do Montijo A, Rio Frio e Ota.

Os vários elementos analisados foram: «aspecto operacional, perspectiva da engenharia, aspecto ambiental, perspectiva de acessibilidades, esforço financeiro e operação simultânea com Portela». O PortugalDiário deixa-lhe aqui algumas conclusões expressas no documento.

Aspecto operacional

Quanto à segurança das operações devido ao risco de «colisão com obstáculos» não foram identificados grandes problemas nas localizações, no entanto, «devido à orografia a Ota é a única que se aproxima do limite mínimo admissível, tendo que ser removidas várias linhas de alta tensão e existindo penetrações na superfície de aproximação, constituídas pelo Monte Gordo e Tapada».

«Avaliada a hipótese de acidente na aproximação ou descolagem e hipotéticas consequências quer para passageiros quer para habitantes no enfiamento das pistas, Rio Frio é o que apresenta menor risco» a curto prazo. Seguido pelo Montijo B, Montijo A e Ota. Numa visão a «médio e logo prazo, a zona do Montijo será melhor pelas limitações de construção na envolvente».

Quanto à colisão com aves, devido ao sobrevoo da Reserva natural do Estuário de Tejo, o Montijo surge como a pior localização e a Ota como a melhor. No entanto, os técnicos ressalvaram que «na Portela, os procedimentos de aproximação e descolagem também implicam o sobrevoo do estuário e o cruzamento com rotas de migração de aves. E entre 1986 e 1993, em 516 mil movimentos, registaram-se apenas 36 incidentes».

Perspectiva da engenharia

No relatório lê-se que quanto à topografia «os volumes de terra a movimentar na Ota são extraordinariamente elevados, 15 vezes superiores ao necessário em Rio Frio e 19 vezes relativamente ao Montijo B».

Em relação «a áreas de reserva» para expansão do aeroporto «Rio Frio é a melhor escolha, já que a Ota está condicionada pelas condições topográficas e pela proliferação de obstáculos artificiais, enquanto o Montijo tem os limites da península».

Aspecto ambiental

O Montijo está relativamente próximo do Estuário do Tejo, segundo os técnicos, mas estes referem, quanto a esta dificuldade «que a Portela se encontra, em relação à reserva, a metade da distância da opção Montijo».

Quanto à qualidade da água, o Montijo é a melhor opção porque «não interfere com cursos de água». Enquanto que «na Ota e no Rio Frio a hidrologia local poderá ser afectada, obrigando a intervenções significativas a fim de evitar inundações».

Esforço financeiro global: na perspectiva do sector público

O estudo concluiu que a opção «Montijo B apresenta o valor mais reduzido nos custos directos do aeroporto e a Ota os custos mais elevados». Já na perspectiva «dos custos das infraestruras de acessos e transportes, a opção Montijo (A e B) é a que apresenta menor valor e o Rio Frio o valor mais elevado».

Segundo o relatório, a opção Montijo B, tal como outras, podia ainda operar em simultâneo com a Portela.

No total e segundo valores de 1994 um aeroporto no Montijo B custaria 1,146 mil milhões de euros e a Ota chegaria aos 1,557 mil milhões de euros. Recorde-se que agora as previsões para o custo do Novo Aeroporto de Lisboa já ascendem a 3,1 mil milhões de euros.

Localizações analisadas

Orientações consideradas: Montijo A (03/21 - Norte/Sul); Montijo B (08/26 - Este/Oeste); Rio Frio (17/35) e Ota (01/19).

De acordo com Direcção de Estudos Aeroportuários, todos os locais, na margem Sul - Montijo e Rio Frio - obrigam à desactivação do Campo de tiro de Alcochete e da Base aérea nº 6 do Montijo.

Depois deste «Estudos de Localização» a opção Montijo foi afastada apesar de «vencedora» no conjunto de todos os pontos analisados. E o motivo não é perceptível. Segundo a NAER revela nos documentos divulgados no seu site, «os estudos foram concluídos sem definida qualquer localização. Rio Frio reunia um bom conjunto de vantagens casuais e a Ota um bom impacto a nível de desenvolvimento regional. O Montijo reunia aspectos positivos em todas as áreas, menos no impacto ambiental e social» e, por isso, deixou de ser opção.

Madrid sem concorrência

Outro dado curioso deste estudo prende-se com a visão dos técnicos relativamente ao aeroporto de Madrid: admitem que este «será o principal aeroporto do Sul da Europa. E que Lisboa deve ser vista como um complemento para distribuir pela Europa o tráfego da África e da América Latina».

Em seguida justificam: «Por análise comparativa dos fluxos de tráfego por continente dos dois aeroportos e dada a disparidade do dimensionamento desse mesmo tráfego, o aeroporto de Lisboa nunca poderá competir com o aeroporto de Madrid na hipótese de se tornar um Hub».
 

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JQT

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« Responder #172 em: Junho 14, 2007, 07:07:18 pm »
Na minha opinião, esta questão diz muito estado da Democracia portuguesa: a CIP não é um partido mas fez o que o Estado não quis fazer (e tinha obrigação), o que os partidos da oposição não se preocuparam em fazer (e têm essa função), o que o PR não teve coragem de pedir para ser feito, e o que as criaturas inúteis que povoam a Câmara Municipal de Lisboa provavelmente nem sequer tinham consciência de que poderia ser feito.

Em resumo, o estado actual da Democracia é de falência total e completa.
Todas as instituições falharam em fazer o que o interesse nacional ditava. Felizmente que ainda temos uma réstia daquilo que alguns chamam de Sociedade Civil. Resta saber até quando. O que é que vai acontecer quando a geração de Francisco Van Zeller (que já não é grande coisa) sair de cena?

Eu pergunto o mesmo que o Ricardo Costa (da SIC) perguntava na Segunda-feira, e que é: e se não fosse a CIP? O governo cometia um atentado histórico contra o interesse nacional e o País tinha que se resignar com mais um elefante branco que iria arruinar a economia da Lisboa e do País?

Já agora, reparam na reacção do PSD? Se o LNEC escolher a Ota, são a favor. Estão todos feitos com Espanha. Se alguém ainda tivesse dúvidas, desfê-las agora.

A posição do CDS é comparável à da Quercus: completamente idiota.

JQT
 

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Lancero

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« Responder #173 em: Junho 14, 2007, 07:25:17 pm »
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Ota: Autarca do Montijo diz que partidos esquecem aspectos ambientais na defesa do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete    

   Montijo, Setúbal, 14 Jun (Lusa) - A presidente da Câmara do Montijo,  Maria Amélia Antunes (PS), acusou hoje os partidos da oposição de se esquecerem  dos protestos que realizaram contra o alargamento do Campo de Tiro de Alcochete,  ao defenderem o novo aeroporto para aquele local.  

   "No final dos anos 90 as várias forças políticas da região manifestaram-se  contra o alargamento do Campo de Tiro de Alcochete devido a razões ambientais  e gostava de perceber o que mudou desde então para mudarem agora de ideias",  referiu à Lusa a autarca.  

   Maria Amélia Antunes recordou que a maioria do terreno do Campo de Tiro  pertence aos municípios de Montijo e Benavente e voltou a afirmar a importância  ambiental da região.  

   "Vamos aguardar pelos estudos de impacto ambiental, mas será que os  protagonistas políticos se esqueceram do Montado de Sobro, do estuário do  rio Tejo ou do aquífero?", questionou.  

   A autarca defendeu que até ao momento ainda não foi apresentada nenhuma  razão objectiva que justifique a mudança da construção do novo aeroporto  na Ota para o Campo de Tiro e refere que a questão tem um âmbito nacional  e não regional.  

   "O aeroporto na Ota foi o que todos os estudos revelaram. A decisão  vai ter em conta as avaliações técnicas e ambientais, mas será sobretudo  uma decisão política, que terá de ser a melhor para o país, pois este não  é um problema entra a Margem Sul e a Margem Norte do Tejo, é um assunto  de interesse nacional", defendeu.  

   A autarca lembrou que o estudo foi realizado pelo presidente da Confedereção  da Indústria Portuguesa, mas que não foi institucional, levantando algumas  dúvidas sobre a origem da ideia de realizar o estudo que levou o Governo  a aprofundar a análise em relação ao local para construir o novo aeroporto.  

   "Seria importante saber quem mandou fazer e pagou o estudo realizado  no Campo de Tiro, pois quando se fala em transparência e não se revela a  origem... São os interesses do país que estão em jogo", reforçou.  

   A terminar, Maria Amélia Antunes afirmou que é um "absurdo" colocar  em causa agora uma decisão que foi tomada "há vários anos".  

   "Existem interesses muito fortes por detrás desta decisão, mas os interesses  do país têm que se sobrepor a toda esta pressão e acredito que o Governo  vai tomar a decisão mais correcta nesse sentido", concluiu.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Mar Verde

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« Responder #174 em: Junho 14, 2007, 09:54:58 pm »
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A autarca lembrou que o estudo foi realizado pelo presidente da Confedereção da Indústria Portuguesa, mas que não foi institucional, levantando algumas dúvidas sobre a origem da ideia de realizar o estudo que levou o Governo a aprofundar a análise em relação ao local para construir o novo aeroporto.

"Seria importante saber quem mandou fazer e pagou o estudo realizado no Campo de Tiro, pois quando se fala em transparência e não se revela a origem... São os interesses do país que estão em jogo", reforçou.


os autores do estudo constam na página 3


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O presente estudo foi elaborado pela seguinte equipa técnica:

Coordenação:  
Carlos Borrego (Prof. Catedrático, Instituto do Ambiente e Desenvolvimento, IDAD)  
Miguel Coutinho (Doutor em Ciências Aplicadas ao Ambiente, IDAD)
 
Sistema de Informação Geográfica  
Sérgio Bento (Lic. em Planeamento Regional e Urbano, IDAD)  
Raquel Pinho (Lic. em Planeamento Regional e Urbano, IDAD)  
Paula Mata (Eng. do Ambiente, IDAD)
 
Hidrogeologia:
Luís Ribeiro (Professor Auxiliar, Instituto Superior Técnico, Centro de
Geossistemas)
 
Património Arqueológico, Arquitectónico e Etnográfico:  
Maria Adelaide Pinto (Pós-graduação Geoarqueologia, Lic. História ramo
Arqueologia, Crivarque)  
Cláudia São Pedro (Técnica, Crivarque)  
Joaquim  Pinhão  (Formação  em  Sistemas  de  Informação  Geográfica,
Crivarque)

Ecologia  
Sérgio Chozas (Lic. em Biologia, Mãe d’Água)  
Carlos Pacheco (Mestre em Ecologia, Lic. em Biologia, Mãe d’Água)
 
Ordenamento do Território  
Carlos  Nuno  (Mestre  em  Planeamento  Regional  e  Urbano,  Lic.  em
Antropologia, Ecossistema)  
Júlio Jesus (Eng. do Ambiente, Ecossistema)
 
Acessibilidades  
José Manuel Viegas (Professor Catedrático, TIS.pt)  
Miguel Gaspar (Eng., TIS.pt)  
Faustino Guedes Gomes (Eng., TIS.pt)
 

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Lancero

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« Responder #175 em: Junho 14, 2007, 10:03:27 pm »
Os autores técnicos sim. Mas e os autores morais/financiadores?

Questiono se a Lusoponte (e alguns homens que tem bem colocados no aparelho do PS) nada teve a ver com isso...

Mas isto sou eu a especular  c34x
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Mar Verde

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« Responder #176 em: Junho 14, 2007, 10:34:44 pm »
Citação de: "Lancero"
Os autores técnicos sim. Mas e os autores morais/financiadores?

Questiono se a Lusoponte (e alguns homens que tem bem colocados no aparelho do PS) nada teve a ver com isso...

Mas isto sou eu a especular  c34x


é irrelevante para mim quem pagou, e até se têm interesse directo ou não

o que interessa são as conclusões do estudo, se é imparcial, se é competente e esse está publicado na internet e os seus autores perfeitamente identificados

a conclusão é que há uma alternativa melhor à Ota

quem não concorde que investigue e refute o estudo


PS: umas das razões apontadas para o anonimato é o receio de virem a ser penalizados pelo governo no futuro
 

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comanche

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« Responder #177 em: Junho 14, 2007, 11:10:07 pm »
Aeroporto: Defesa não será obstáculo


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O ministro da Defesa, Severiano Teixeira, disse esta quinta-feira, em Bruxelas, estar disposto a estudar todas as alternativas para o local de construção do futuro aeroporto de Lisboa, escreve a Lusa.

«O Ministério da Defesa está disponível para estudar todas as alternativas que forem necessárias» para a construção do novo aeroporto, disse Nuno Severiano Teixeira aos jornalistas.

O ministro corroborou assim as declarações do Chefe de Estado Maior da Força Aérea, general Luís Evangelista de Araújo, que disse não ver qualquer obstáculo na construção do aeroporto no campo de tiro de Alcochete.

Severiano Teixeira participou hoje em Bruxelas numa reunião com os seus homólogos dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa).

 

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Mar Verde

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« Responder #178 em: Junho 15, 2007, 07:38:59 am »
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Estudo alternativo à Ota 2007-06-15 00:05
Grupo de empresários paga estudo de Alcochete
Os financiadores do estudo que aponta Alcochete como alternativa para o novo aeroporto têm cara e falaram ao Diário Económico.

Francisco Teixeira

O mote para a realização de um estudo alternativo à Ota foi lançado pelo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Francisco Van Zeller, mas foram mais de 20 os empresários que o financiaram.

Joe Berardo (empresário e investidor), Alexandre Patrício Gouveia (administrador do Corte inglês), Manuel Alfredo de Mello (empresário)  e Carlos Barbosa (empresário e presidente do ACP) estão entre os patrocinadores do documento que obrigou o Governo a recuar e a suspender durante seis meses a construção do novo Aeroporto de Lisboa na Ota até que a alternativa Alcochete seja aprofundada, através de um estudo encomendado pelo Executivo ao LNEC.

Os argumentos para o financiamento desta causa variam mas todos têm, em comum, um ponto: nenhum tem interesses financeiros na região de Alcochete. “Não quero que se entre numa situação em que um bilhete de taxi custe mais do que um bilhete de avião”, diz o comendador Joe Berardo que explicou ao Diário Económico que foi há três meses que um administrador do Deustche Bank, a título pessoal, o abordou. “Concordei e dei o meu contributo financeiro”, acrescenta, sem, no entanto, revelar o valor.

Alexandre Patrício Gouveia considera que é o futuro “de todos nós que está em causa”. Se a decisão for errada, como considera no caso da Ota, “todo o desenvolvimento do país estaria em causa”.

O presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, confirma que contribuiu financeiramente para o estudo  ( “Disse logo que sim.”) porque quer “apenas que se gaste bem o dinheiro público” e se garanta que “a escolha que se faz é a melhor e a que dura mais tempo”. “É uma questão patriótica. Não somos um grupo anti-Ota”.

Até agora e apesar das várias insistências dos defensores da Ota e até do próprio PS (que requereu à CIP a divulgação dos patrocinadores), desconheciam-se os financiadores do estudo que propõe a construção do novo aeroporto no campo de tiro de Alcochete.

Tal como o Diário Económico noticiou ontem, os promotores da iniciativa jantaram há cerca de três meses no Hotel Ritz tendo acordado que os responsáveis pela viabilidade financeira do documento ficariam no anonimato. A ideia não era hostilizar o Governo, mas sim a decisão até então irreversível de se construir o futuro aeroporto de Lisboa na Ota, a mais de 40 quilómetros da cidade. Neste jantar estiveram ainda presentes Carmona Rodrigues, ex-presidente da Câmara de Lisboa e repsentantes das confederações do comércio, indústria, turismo e da Associação Comercial do Porto.
 

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comanche

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« Responder #179 em: Junho 16, 2007, 11:48:36 am »
UE dá mais dinheiro a Alcochete do que à Ota



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A opção de construir o novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete pode resultar num apoio comunitário de 800 milhões de euros, ou seja, 38% do total do custo previsto (2,1 mil milhões de euros), contra apenas 5,6% dos 3,1 mil milhões de de euros no caso da Ota, apurou o DN junto de fonte ligada ao estudo patrocinado pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP).

Esta diferença explica-se pelo facto de o Campo de Tiro de Alcochete pertencer ao concelho de Benavente, o qual passou a integrar a região do Alentejo, considerada uma zona pobre para efeitos de elegebilidade de apoios comunitários, enquanto a Ota pertence à região de Lisboa Vale do Tejo, passou a ser considerada uma zona "rica".

Fonte da Comissão Europeia ligada aos fundos regionais explicou ao DN que em termos de elegibilidade existem dois tipos de regiões, e Benavente faz parte das zonas mais pobres, em que o Produto Interno Bruto (PIB) está abaixo dos 75%, o que não se passa na região de Lisboa e Vale do Tejo. O facto de Benavente estar fora de Lisboa e Vale do Tejo facilitaria uma potencial candidatura a apoios estruturais (FEDER) para a construção do aeroporto no Campo de Tiro

O Campo de Tiro de Alcochete ocupa uma extensão da ordem dos oito mil hectares, dos quais 7500 hectares estão localizados no concelho de Benavente e apenas 500 hectares em Alcochete, que por sua vez pertence à CCDR de Lisboa e Vale do Tejo. A extensão para a implementação da infra-estrutura aeroportuária prevista no estudo da CIP ocupa parte do terreno que pertence ao domínio público. A Ota ocupa 1 900 hectares e o montante previsto para as expropriações ronda os 150 milhões de euros.

Fonte do gabinete do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, confirmou ao DN que dos 400 milhões de euros de apoios públicos para o projecto da Ota 175 milhões correspondem a apoios comunitários no âmbito das redes transeuropeias.

Até dia 20 de Julho, o Governo português irá apresentar à Comissão Europeia, em Bruxelas, a solução Ota para se candidatar aos fundos comunitários.

Fonte da câmara municipal de Benavente lamentou ao DN o facto do Governo ir apresentar o projecto da Ota, tanto mais que no âmbito do QREN - Quadro de Referência Estratégica Nacional (o novo Quadro Comunitário de Apoio que irá vigorar até 2013A), a área ocupada pelo futuro aeroporto da Ota "vai sair da Região de Lisboa e Vale do Tejo e passará para a região Oeste".

A Ota está avaliada em 3,1 mil milhões de euros. O estudo da CIP conclui que em Alcochete o investimento para a construção da infra-estrutura ronda os 2,1 mil milhões, ou seja, poupam-se mil milhões em terraplanagens, preparação de terras e expropriações, além de se avançar 2,5 anos nas obras em relação à Ota. Também em infra-estruturas - rede de alta velocidade e ligação entre as duas margens do Tejo, por ponte ou túnel imerso, na zona entre o Braço de Ponte/Montijo, o custo será reduzido em três mil milhões, face à Ota.|