Navio da CPLP

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typhonman

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« Responder #15 em: Novembro 02, 2005, 05:21:04 pm »
Os colegas dos PALOPS nao tem capacidades nem finaceiras nem mesmo de comando de um navio daqueles.
 

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PereiraMarques

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« Responder #16 em: Novembro 02, 2005, 05:35:19 pm »
Primeiro, eu não sou propriamente um especialista em pescas, o máximo que tive foi uma disciplina de Ecologia e outra de Geografia do Mar e das Pescas na Faculdade...

Segundo, aquele discurso tudo não era no sentido de afirmar que Cabo Verde não tem recursos pesqueiros, Cabo Verde tem importantes reservas de atum e lagosta.

Posto isto deixo em seguida um conjunto de textos para o Pedro se "entreter"

Importância da Plataforma Continental:
http://www.onr.navy.mil/focus/ocean/reg ... floor2.htm

Outro texto sobre a relação entre as pescas e a plataforma continental:
Citar
Most fisheries are marine, rather than freshwater; most marine fisheries are based near the coast. This is not only because harvesting from relatively shallow waters is easier than in the open ocean, but also because fish are much more abundant near the coastal shelf, due to coastal upwelling and the abundance of nutrients available there.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Fisheries

Atum:
Citar
São peixes que vivem nas regiões tropicais e subtropicais de todos os oceanos. Têm o corpo alongado e fusiforme, boca grande, duas barbatanas dorsais bem separadas e ajustáveis a um sulco no dorso, seguidas por grupos de lepidotríquias (também na região ventral, a barbatana caudal é bifurcada e, no seu pedúnculo ostenta duas quilhas de queratina. Os atuns e espécies vizinhas têm um sistema vascular especializado em trocas de calor, podendo elevar a temperatura do corpo acima da da água onde nadam - são endotérmicos (ver Brock et al. 1993, Science 260:210-214). Por esta razão, são grandes nadadores, podendo realizar migrações ao longo dum oceano. Um atum pode nadar até 170km num único dia. Normalmente formam cardumes só de peixes da mesma idade. São predadores activos. Do ponto de vista da reprodução, são dióicos e não mostram dimorfismo sexual. As fêmeas produzem grandes quantidades de ovos planctónicos que se desenvolvem em larvas pelágicas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Atum

Artigo sobre Cabo Verde e a defesa da ZEE:
http://www.ipris.org/index.php?seccao_i ... nosi&id=16

Este último artigo penso que vai fazer as "delícias" do Pedro...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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pedro

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« Responder #17 em: Novembro 02, 2005, 10:15:39 pm »
caro amigo typhonman eu acreio se tuda a gente fizer um esforco ate a dinheiro e comando porque o comando e ser misto entre todos os paises. :D
 

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pedro

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« Responder #18 em: Novembro 02, 2005, 10:16:50 pm »
obrigado amigo pereira marques :D
 

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pedro

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« Responder #19 em: Novembro 03, 2005, 11:46:54 am »
caros amigos eu estive a pensar e seria uma boa ideia porque se portugal podesse construir uma parte dessa pequena armada ate poderia ser bom para os nossos estaleiros. :D  :G-bigun:
 

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JQT

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Re:
« Responder #20 em: Novembro 04, 2005, 05:24:01 pm »
Meus senhores, a vossa intenção é boa mas não sejam ingénuos: dos PALOP só podemos esperar calotes.

Quando a Marinha mandou uma MEKO de visita a Cabo Verde pela primeira vez, em 92 ou 93, logo a seguir o Governo Caboverdiano solicitou à cooperação portuguesa que lhes oferecesse uma MEKO igual, para a guarda costeira deles. Queriam uma MEKO de graça, no valor de 50 milhões de contos, paga a 100% por Portugal para um país cujo o PIB anual na altura não chegava a 30 milhões de contos.

Mais recentemente, durante o governo Guterres, foi proposto a Moçambique a venda de um ou dois NPOs, numa versão mais pequena - de 57 metros de comprimento - que seriam custeados a 66% por Portugal. Moçambique recusou: ou era pago 100% por Portugal ou nada feito.

Veja-se o óptimo negócio que fizeram com o Sócrates para comprarem a barragem de Cahora Bassa por menos de metade da dívida em troca da promessa de contratos para empresas portuguesas de construção. E hoje, (ver o Diário Económico) já se anuncia o interesse da África do Sul e do Stanley Ho de lhes comprar a eles.

Ninguém se deixa roubar tanto como os "colonialistas" portugueses.

JQT
 

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pedro

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« Responder #21 em: Novembro 04, 2005, 05:27:44 pm »
talvez seija assim mas se portugal pensa-se um pouco ja podiamos ter feito isso pois claro eles nao querem pagar nada mas talvez algum daqueles paises querao entrar neste projecto. :D
 

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E-migas

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Re:
« Responder #22 em: Novembro 04, 2005, 11:23:40 pm »
Citação de: "JQT"
Meus senhores, a vossa intenção é boa mas não sejam ingénuos: dos PALOP só podemos esperar calotes.

Quando a Marinha mandou uma MEKO de visita a Cabo Verde pela primeira vez, em 92 ou 93, logo a seguir o Governo Caboverdiano solicitou à cooperação portuguesa que lhes oferecesse uma MEKO igual, para a guarda costeira deles. Queriam uma MEKO de graça, no valor de 50 milhões de contos, paga a 100% por Portugal para um país cujo o PIB anual na altura não chegava a 30 milhões de contos.

Mais recentemente, durante o governo Guterres, foi proposto a Moçambique a venda de um ou dois NPOs, numa versão mais pequena - de 57 metros de comprimento - que seriam custeados a 66% por Portugal. Moçambique recusou: ou era pago 100% por Portugal ou nada feito.

Veja-se o óptimo negócio que fizeram com o Sócrates para comprarem a barragem de Cahora Bassa por menos de metade da dívida em troca da promessa de contratos para empresas portuguesas de construção. E hoje, (ver o Diário Económico) já se anuncia o interesse da África do Sul e do Stanley Ho de lhes comprar a eles.

Ninguém se deixa roubar tanto como os "colonialistas" portugueses.

JQT


JQT,
Concordo em quase tudo.

Com a excepção de uma coisa:
Alguns "colonialistas" Portugueses saem-se bem desses negócios...

São os não "colonialistas" Portugueses que se "lixam"!
Cumprimentos,
e-Migas
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Una Salus Victus
 

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TOMKAT

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Re:
« Responder #23 em: Novembro 04, 2005, 11:29:25 pm »
Citação de: "JQT"
Meus senhores, a vossa intenção é boa mas não sejam ingénuos: dos PALOP só podemos esperar calotes.

Quando a Marinha mandou uma MEKO de visita a Cabo Verde pela primeira vez, em 92 ou 93, logo a seguir o Governo Caboverdiano solicitou à cooperação portuguesa que lhes oferecesse uma MEKO igual, para a guarda costeira deles. Queriam uma MEKO de graça, no valor de 50 milhões de contos, paga a 100% por Portugal para um país cujo o PIB anual na altura não chegava a 30 milhões de contos.

Mais recentemente, durante o governo Guterres, foi proposto a Moçambique a venda de um ou dois NPOs, numa versão mais pequena - de 57 metros de comprimento - que seriam custeados a 66% por Portugal. Moçambique recusou: ou era pago 100% por Portugal ou nada feito.

Veja-se o óptimo negócio que fizeram com o Sócrates para comprarem a barragem de Cahora Bassa por menos de metade da dívida em troca da promessa de contratos para empresas portuguesas de construção. E hoje, (ver o Diário Económico) já se anuncia o interesse da África do Sul e do Stanley Ho de lhes comprar a eles.

Ninguém se deixa roubar tanto como os "colonialistas" portugueses.

JQT


Nem mais JQT :?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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pedro

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« Responder #24 em: Novembro 04, 2005, 11:36:10 pm »
caros amigos olhem que nem todo o governo e parvo. :D
 

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typhonman

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« Responder #25 em: Novembro 07, 2005, 07:32:40 pm »
Cambada de animais.

Basta ver as MEKO da nigéria que bem conservadas estão. :roll:
 

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Rui Elias

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« Responder #26 em: Novembro 23, 2005, 06:00:42 pm »
Por mim, não me importava que fossem oferecidas as corvetas BdA e JC a alguns países como Moçambique e Cabo verde.

Depois, se não tivessem capacidade para as manter, poderia ser estudada uma forma de cooperação entre os 2 países.

Quanto a um navio para a CPLP:

Acho que a CPLP poderia ser potenciada na sua vertente militar de forma  a criar uma nova realidade geo-estratégica no Atlântico sul, mas só poderiamos contar com Portugal e Brasil para isso, e seria necessário que houvese vontade para essa cooperação e dinheiro.

Portugal poderia e quanto a mim, deveria ter um 2ª LPD mais civilista, que seria destacado para acções de coperação, como navio-hospital, acudir a catástrofes naturais, etc.

Serviria a Portugal e poderia ser um instrumento de cooperação.

Mas não acredito que haja essa vontade, nem na possibilidade de um 2º LPD.
 

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papatango

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« Responder #27 em: Novembro 23, 2005, 06:22:24 pm »
Citar
Por mim, não me importava que fossem oferecidas as corvetas BdA e JC a alguns países como Moçambique e Cabo verde.
Cá por mim, se eles quiserem os navios, tudo bem. Mas também os devemos oferecer ao Senegal, à Namibia, ou a outros países africanos que possam estar interessados.

Duvido, ou melhor, estou absolutamente seguro, de que Moçambique ou Cabo Verde não têm capacidade para operar esses navios.

Durante a guerra em África, até os Cacine tinham que vir a Lisboa para efectuar reparações. Desde as independências, foi constuido algum estaleiro nalgum dos PALOP's?
Eu acho que não. Portanto, se não havi nem capacidadde para limpar o casco de um Cacine, como é que se vai fazer uma reparação numa corveta, que já não é um navio novo e com motores já relativamente antiquados?

Citar
Acho que a CPLP poderia ser potenciada na sua vertente militar de forma a criar uma nova realidade geo-estratégica no Atlântico sul, mas só poderiamos contar com Portugal e Brasil para isso, e seria necessário que houvese vontade para essa cooperação e dinheiro.

A CPLP, é uma invenção engraçada, mas que na realidade ninguém está interessado em potênciar. Os países africanos estão interessados apenas no que lhes puderem dar, e o Brasil, não está minimamente interessado em contribuir para essa realidade, se não ganhar bastante com ela (no que não podemos criticar os brasileiros).

Portanto, a CPLP, corresponde em grande medida a uma visão portuguesa de uma espécie de Comonwealth, que não tem pernas para andar, mas também não tem vontade, porque a cabeça pende para um lado, o coração pende para outro, e as pernas pendem para o chão.

É uma realidade decorrente da enorme dispersão geográfica daquilo que foi no passado o império português. Os países de expressão portuguesa, estão separados por muitos quilometros e por realidades regionais completamente diferentes. O Brasil, tem que se preocupar com coisas como o Chavez, a Argentina ou o problema na Bolivia, Angola preocupa-se com o Zaire, Moçambique preocupa-se com a África do Sul e com o Zimbabwe, São Tomé preocupa-se com a Nigéria, Timor preocupa-se com a Austrália e com a Indonésia, e Portugal, preocupa-se com o deficit, e futuramente, deixará de se preocupar com as Forças Armadas, quando entregarmos a nossa defesa aos espanhóis, o que não levará mais que 15 a 20 anos.

Logo, a CPLP, também não interessa aos espanhóis, porque o Brasil é demasiado grande, pelo que, quando se integrar o exército português no futuro exército da ibéria, a nossa participação na CPLP também acabará por acabar.

Este futuro não é certo, mas o caminho que estamos a traçar, leva a esse destino, se nada acontecer para o evitar.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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NBSVieiraPT

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« Responder #28 em: Novembro 23, 2005, 06:28:14 pm »
Citação de: "Papatango"
e Portugal, preocupa-se com o deficit, e futuramente, deixará de se preocupar com as Forças Armadas, quando entregarmos a nossa defesa aos espanhóis, o que não levará mais que 15 a 20 anos.


Concordo com quase tudo, menos com a afirmação transcrita acima  :shock:
Ao partir do ponto em que entregamos a nossa defesa aos espanhóis deixamos de ser um Estado de Direito e Soberano... Isso acho que muito dificilmente acontecerá...muito menos nos próximos 15 a 20 anos.
 

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papatango

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« Responder #29 em: Novembro 23, 2005, 06:56:17 pm »
Estados muito maiores desapareceram. O império Bizantino, foi um dos mais ricos e poderosos da terra, e hoje, praticamente ninguém entende sequer o que foi.

O recente (e inofensivo) pedido do nosso amigo Sapateiro, para integrar militares da GNR nas forças espanholas, é apenas um exemplo disso.

Muitos militares portugueses, já formaram a ideia de que os espanhóis até são boa gente e que nos estão sempre a "oferecer cursos". Outros, esperam receber aumentos salariais, como aliás esperam muitos dos funcionarios públicos menos informados.

Por este caminho, a integração é inevitável. Os governos portugueses, que parecem ser sempre constituidos por gente sem coluna vertebral, parecem constituidos por louras burras, que caem com um xilique, sempre que ouvem um galanteio. Os espanhóis galanteiam um bocadinho e a loura burra de serviço cai logo no chão desfalecida de tanta honra.

O resultado está à vista, os portugueses habituam-se a ser uma espécie de força semi-espanhola, e sempre que for preciso tropas para algum lado, a União Euuropeia, a NATO ou o que for, telefonam aos espanhois para organizarem a força, e os espanhois telefonam para Lisboa a dar as ordens que houver que dar. Por enquanto as ordens estão disfarçadas de convite. No futuro, não sabemos como será.

É triste, mas cada vez fico mais com a impressão de que o Salazar é que tinha razão. Não queria os americanos no continente português, e não queria misturar-se com os Espanhóis, porque neles (prova a história), não é possível confiar.

Estamos a confiar demasiado nos espanhóis. Espero estar enganado, mas acho que nem sequer se coloca a  questão de sermos ou não sermos traidos, é apenas uma questão de saber QUANDO vamos acordar com uma faca enterrada nas costas.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...