O Japão, a Coreia do Sul e os EUA. Nos States até há artigos perplexos com o que eles chamam "perda de dinheiro" mas ou a Air Force se passou ou eles vêem limitações que podemos não conhecer. Admito que pode ser só uma ideia de curto prazo até ao block 4 estar 100% operacional e só para quem tem dinheiro para derreter.
Japão e Coreia do Sul vão ter F-35, e ambos possuem F-15 que mais tarde ou mais cedo teriam que ser substituídos, portanto optam pelo parente próximo mais moderno, já que o acesso ao F-22 está bloqueado (e a linha de montagem fechada) e não há mais nada equivalente no mercado ocidental. O F-35, lá está, não é o melhor avião para ser usado como interceptor.
Nos EUA é 8 ou 80. É sempre amor/ódio em quase todos os programas, vai haver vozes cegamente a favor, ou cegamente contra. Mas já deram conta que F-35 só, não faz tudo, por isso é que ainda vão modernizar F-16, comprar F-15EX, arrumar alguns F-22 e modernizar os restantes. Até os A-10, que com o ressurgimento de uma possível frente de combate na Europa, poderão ganhar um novo fôlego. Recentemente o A-10 foi testado a carregar 16 SDB, é sinal que não está morto e que terá o seu uso ainda em combate.
No caso Português em que o caça terá (deduzo eu) uma missão mais defensiva, fará sentido optar pelo F-35 e não por um caça que garanta superioridade aérea?
Em que casos o F-35 seria uma mais valia?
Obrigado
Depende sempre da ameaça. Por exemplo, precisas de interceptar uma dezena de bombardeiros russos no meio do Atlântico, carregados com armas de longo-alcance, convém que tenhas um caça mais rápido e com mais armamento (e preferencialmente com maior raio de acção), que consiga interceptar, e eventualmente destruir, a ameaça o mais depressa possível. Se tiveres que enfrentar caças num confronto directo, um F-35 em BVR terá a vantagem teoricamente. Para interceptar aeronaves civis ou militares em tempo de paz, os F-16 chegam bem.
Existem no entanto outras variáveis. Se em vez de aeronaves, forem navios? Aí consoante a ameaça, o F-35 poderá ser uma mais valia, se estivermos a falar de navios com elevada capacidade AA. Se estivermos a falar de Missile Boats e Corvetas, F-16 com Harpoon ou SDB-II e os P-3 com Harpoon e Maverick servem.
A questão dos F-35 em Portugal não é tanto defensiva, mas sim para operações em que possam ser necessários além fronteiras. Sabemos que pilotos e caças nos países da NATO não são infinitos, e num conflito de larga escala, muitos poderão sair destruídos antes sequer de levantarem voo, num ataque inicial russo. E aí, dá jeito à malta do cantinho da Europa, mais longe das armas russas, ter aeronaves que possam substituir/complementar as dos aliados.