Caros amigos.
Li com atenção quase todos os posts deste tema aqui no forum, e começo a minha opinião pelo seguinte:
1º Os nossos F-16 MLU: Como sabem, neste momento temos células com 32 anos a voar, ou seja, os aviões do peace atlantis 2, se voarem até 2030 como foi dito aqui terão estas células 46 anos... não me parece que seja possível, por questões de segurança, apesar dos falcon up e afins, aliás, foram somente aviões deste lote que foram para a Roménia, que para quem não sabe, é apenas uma situação transitória que aponta para 10 anos, até escolherem um novo avião, ora isto leva-nos para 2025/2026. Por tudo isto acredito que no máximo estes aviões/células andem no ar mais 10 anos(2025) já muito esticadinho e com autorizações especiais pelo meio... até 2030 sim, mas os aviões do peace atlantis 1 que serão os últimos a ser substituídos e não me parece que possa haver interesse em mais upgrades aos nossos F-16, como radar AESA, e novos armamentos com as células em fim de vida.
2 - Avião para a substituição do F-16: por mais hipóteses que coloquemos em cima da mesa, é praticamente certo dentro da estrutura da FAP que vai ser o F-35 , o lobbie americano sempre dominou a FAP e não é agora que vai ser diferente, agora vão ser adquiridos no máximo 12/15 aparelhos, ou seja, o nº mínimo para se formar uma esquadra num investimento global a rondar os 1500 milhões de euros já com spares, treino de pilotos e equipas de manutenção, isto tendo em conta que se estima que cada F-35 em 2020 custe 75 milhões contando com o apoio/subsidio do governo americano á lockeed Martin para que as vendas do avião não sejam um fiasco... já assim foi a quando dos submarinos e a FAP tem a promessa de um investimento similar e não vai ficar atrás da Marinha.
Quanto á substituição dos F-16 do peace atlantis 1, como já não vai haver dinheiro suficiente para aviões novos, lá vamos nós ao AMARC ou diretamente á USAF buscar uns super hornet quando em 2025/2030 os primeiros forem substituidos pelos F-35. Só é pena que a linha de produção do F-16 vá fechar e nem mesmo a promessa do F-16V vai permitir continuar aberta porque os F-35 têm que se vender, senão seria claramente a melhor opção. O Gripen não é opção porque ainda tem menos raio de ação que o F-16 e isso tem sido um problema para a FAP por causa do enorme espaço aéreo Exclusivo de portugal em virtude da Madeira e Açores.