Também os livros nos apresentam erros de tradução bastante interessantes, mais graves pelo posicionamento social do livro.
Na tradução portuguesa de The Face of Battle, O Rosto da Batalha (Ed. Fragmentos: 1987), obra-prima de John Keegan - leitura obrigatória para estudiosos da defesa, a palavra gun é insistentemente traduzida por espingarda, quando está num claro contexto de artilharia. Logo, teria que ser traduzido por peça ou canhão (sendo que o segundo termo peca por inexacto, mas seria mais adequado que o ridículo espingarda).
No livro Espionagem na Guerra (Tinta da China: 2006), também de John Keegan, temos um erro básico na página 194, relativos a um posto (ou patente, para os amigos brasileiros) da Marinha britânica:
"Almirante de Retaguarda" - concerteza o tradutor se refere a Rear-Admiral, que em português é Contra-Almirante.
Como sou também forte adepto de Antony Beevor, tentei esquecer os erros de tradução dos seus livros pela Bertrand (Estalinengrado, A Guerra Civil de Espanha, etc.), mas logo que voltar a lê-los, eles aparecerão.