A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4980 em: Abril 17, 2024, 08:13:12 am »
Quem viu o South Park o Filme nos anos 90 lembra-se que quando os EUA iam invadir o Canadá mandavam os p..... à frente :mrgreen:

Aqui mandam a BD
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4981 em: Abril 17, 2024, 10:01:08 am »
Uma pessoa tenta ter uma conversa de boa fé mas é difícil. Só estava a expor o máximo de sítios que eram facilmente identificados como podendo levar armamento. Não que estes seriam lá montados sem alterações. Mas pronto. Vou facilitar. Do MPSS 7000 para o 9000 são acrescentados 20 metros. Não se aumenta a ilha e temos mais 20mx9m (fora o espaço em frente da ilha na proa) de espaço livre no deck. Espaço por baixo do deck tem de sobra como vimos (2600m2 basicamente livres). Um VLS precisa de 3,5mX2,5m no deck para 8 células. Nesse espaço (9m) cabem 3 filas (24 VLS) e em comprimento cabem 5 dessas filas o que dá um grande total de 120 cannisters ou 480 ESSM. Espero que chegue. Agora ponham lá isso num NPO.

Um conselho para o dc. A discussão num fórum serve para melhorar as opiniões dos envolvidos e debater assuntos do interesse geral e não deve ser um exercício de ganhar discussões só por ganhar.
« Última modificação: Abril 17, 2024, 10:09:17 am por Visitante123 »
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4982 em: Abril 17, 2024, 10:27:23 am »
Citar
Já agora gostava de saber, onde é que num navio com comprimento máximo de 130 metros, consegues espetar meios de autodefesa e meios ofensivos credíveis, sem abdicar do convés de voo corrido.

O MPSS 9000 traz 2 canhões de 30mm. Querem substituir um deles por um RAM. Não será díficil. Querem pôr CIWS? E que tal no topo da ilha como o projeto do concurso do reabastecedor? No interior do navio estão 2600 m2 de espaço para cargas e drones. Para terem uma ideia é metade de um campo de futebol. Um VLS strike length é do tamanho de uma baliza. Não cabe querem ver? Têm dois elevadores 7mx6m bastava tirar um e já cabem 8 NSM com espaço de sobra. Querem por contentores de 40' (12 metrosx3m)? Na frente do 30mm têm 20mx9m livres no convés. Ponham lá dois e pumba são 32 ESSM.

Concordo contigo, com ressalva em duas coisas, a velocidade máxima é de apenas 18 nós e os dois canhões parecem-me ser o Bofors 40 Mk4.





Uma motorização nova seria precisa, sim.

Estilo isto...


The ASF has an unusual 3-screw arrangement consisting of a direct drive propeller on the centreline and two azipods. This solves the problem of space at the stern occupied by the mission bay and stern ramp and removes the need for rudders and steering gear.

 :arrow: https://www.navylookout.com/in-focus-bae-systems-adaptable-strike-frigate-concept/

O navio com tão grande tinha mais do que espaço para um sistema de propulsão como este.

Em relação aos VLS, o que me parece ser uma tendência para o futuro é todos os misseis serem lançado de lá, por exemplo os futuros FC/ASW vão ser possivelmente lançados dos Mk41/Sylver A70.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4983 em: Abril 17, 2024, 10:28:00 am »
Uma pergunta inocente.
Se uma Bimby aumentada por ter espaço para VLS para a navio substituto de fragata, porque não meter VLS em batelões e chamar-lhes fragatas ou em porta contentores em chamar-lhes cruzadores?

Mas uma Fragatas é isso? Um barco grande com espeço para meter "coisas".
Então metam lança granadas ou um canhão nas Unimog  e chamem-lhes carros de combate, ou no mínimo a uma Nissan Patrol com umas coisa lá em cima será uma viatura de combate de infantaria. Tipo Siria e afins

Ilusões, Tangas. Para justificar o injustificável
Com tanta treta sobre navios de função dupla nem sei porque não adquirem um par de Crossover que são bem melhor que isso. E com esses metem umas dezenas de ESSM, canhões de tiro rápido ou RAM e outro canhão mais pesado, tendo ainda capacidade logística superior a Bimby
É só fixação na visão Marvel do almirante da tal Marinha que dá conta do recado em todo o lado, mas só anda enquadrada a fazer numero em esquadras dos outros.
Hã que separar as águas de navios civis para empregados da Marinha e civis convidados, de navios combatentes de militares
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4984 em: Abril 17, 2024, 10:33:57 am »
Citar
Já agora gostava de saber, onde é que num navio com comprimento máximo de 130 metros, consegues espetar meios de autodefesa e meios ofensivos credíveis, sem abdicar do convés de voo corrido.

O MPSS 9000 traz 2 canhões de 30mm. Querem substituir um deles por um RAM. Não será díficil. Querem pôr CIWS? E que tal no topo da ilha como o projeto do concurso do reabastecedor? No interior do navio estão 2600 m2 de espaço para cargas e drones. Para terem uma ideia é metade de um campo de futebol. Um VLS strike length é do tamanho de uma baliza. Não cabe querem ver? Têm dois elevadores 7mx6m bastava tirar um e já cabem 8 NSM com espaço de sobra. Querem por contentores de 40' (12 metrosx3m)? Na frente do 30mm têm 20mx9m livres no convés. Ponham lá dois e pumba são 32 ESSM.

Concordo contigo, com ressalva em duas coisas, a velocidade máxima é de apenas 18 nós e os dois canhões parecem-me ser o Bofors 40 Mk4.





Uma motorização nova seria precisa, sim.

Estilo isto...


The ASF has an unusual 3-screw arrangement consisting of a direct drive propeller on the centreline and two azipods. This solves the problem of space at the stern occupied by the mission bay and stern ramp and removes the need for rudders and steering gear.

 :arrow: https://www.navylookout.com/in-focus-bae-systems-adaptable-strike-frigate-concept/

O navio com tão grande tinha mais do que espaço para um sistema de propulsão como este.

Em relação aos VLS, o que me parece ser uma tendência para o futuro é todos os misseis serem lançado de lá, por exemplo os futuros FC/ASW vão ser possivelmente lançados dos Mk41/Sylver A70.

Belos canhões para meter num NPO, mas nem os planeados metem. O resto é treta fantasista.
Navios completamente ilusórios sem qualquer ajuste ao combate naval em  que submarinos fragatas e destroyers são os adversários. Como um complemente de vigilância marítima, certo. Com algum defesa de ponto e drones "armados" que possam criar situações de risco a possíveis adversários que se aproximem do território nacional. De resto nada mais.


 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4985 em: Abril 17, 2024, 11:18:19 am »
Uma pergunta inocente.
Se uma Bimby aumentada por ter espaço para VLS para a navio substituto de fragata, porque não meter VLS em batelões e chamar-lhes fragatas ou em porta contentores em chamar-lhes cruzadores?

Mas uma Fragatas é isso? Um barco grande com espeço para meter "coisas".
Então metam lança granadas ou um canhão nas Unimog  e chamem-lhes carros de combate, ou no mínimo a uma Nissan Patrol com umas coisa lá em cima será uma viatura de combate de infantaria. Tipo Siria e afins

Ilusões, Tangas. Para justificar o injustificável
Com tanta treta sobre navios de função dupla nem sei porque não adquirem um par de Crossover que são bem melhor que isso. E com esses metem umas dezenas de ESSM, canhões de tiro rápido ou RAM e outro canhão mais pesado, tendo ainda capacidade logística superior a Bimby
É só fixação na visão Marvel do almirante da tal Marinha que dá conta do recado em todo o lado, mas só anda enquadrada a fazer numero em esquadras dos outros.
Hã que separar as águas de navios civis para empregados da Marinha e civis convidados, de navios combatentes de militares

Goza goza mas os egipcios... :mrgreen:


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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4986 em: Abril 17, 2024, 01:10:35 pm »
O dito cujo não disse "thought" disse "tought". O vinho do Alfeite deve ser uma maravilha.  :mrgreen:

Um cocktail Molotov com um garrafão destes ainda faz uns estragos.. :mrgreen:



Um cocktail molotov de 5 kgs, Haja quem o consiga atirar.....um lançador de peso, ou disco, senão......

Vai à Fisga, no espaço da Marlin do NRP Setúbal.  :mrgreen:



Saudações  :mrgreen:

P.S. AA para a marinheca é calibre 0.50 à lá manápula. Misseis e sistemas autónomos não é para homens de barba rija :mrgreen:



"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4987 em: Abril 17, 2024, 02:15:17 pm »
Uma pergunta inocente.
Se uma Bimby aumentada por ter espaço para VLS para a navio substituto de fragata, porque não meter VLS em batelões e chamar-lhes fragatas ou em porta contentores em chamar-lhes cruzadores?

Estilo isto?






Vídeo :arrow: https://x.com/DeptofDefense/status/1433852377870839808

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Ilusões, Tangas. Para justificar o injustificável
Com tanta treta sobre navios de função dupla nem sei porque não adquirem um par de Crossover que são bem melhor que isso. E com esses metem umas dezenas de ESSM, canhões de tiro rápido ou RAM e outro canhão mais pesado, tendo ainda capacidade logística superior a Bimby
É só fixação na visão Marvel do almirante da tal Marinha que dá conta do recado em todo o lado, mas só anda enquadrada a fazer numero em esquadras dos outros.
Hã que separar as águas de navios civis para empregados da Marinha e civis convidados, de navios combatentes de militares

Eu também não penso que algo assim seja o substituto das Fragatas e sim um complemento como os Holandeses estão a pensar.
« Última modificação: Abril 17, 2024, 02:18:51 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4988 em: Abril 17, 2024, 04:46:24 pm »
Uma pergunta inocente.
Se uma Bimby aumentada por ter espaço para VLS para a navio substituto de fragata, porque não meter VLS em batelões e chamar-lhes fragatas ou em porta contentores em chamar-lhes cruzadores?

Mas uma Fragatas é isso? Um barco grande com espeço para meter "coisas".
Então metam lança granadas ou um canhão nas Unimog  e chamem-lhes carros de combate, ou no mínimo a uma Nissan Patrol com umas coisa lá em cima será uma viatura de combate de infantaria. Tipo Siria e afins

Ilusões, Tangas. Para justificar o injustificável
Com tanta treta sobre navios de função dupla nem sei porque não adquirem um par de Crossover que são bem melhor que isso. E com esses metem umas dezenas de ESSM, canhões de tiro rápido ou RAM e outro canhão mais pesado, tendo ainda capacidade logística superior a Bimby
É só fixação na visão Marvel do almirante da tal Marinha que dá conta do recado em todo o lado, mas só anda enquadrada a fazer numero em esquadras dos outros.
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Goza goza mas os egipcios... :mrgreen:




Funciona como o tal "modelo" contentor. É usado onde faz falta e retirado quando não. Um ideia semelhante, sem veiculo mas uma pequena plataforma contentor podia ser usado a vez nos NPO para missões "diferentes". Onde onde fosse necessário reforçar alguma defesas.

A imagem que me passa, é uma das viaturas que o exercito vai receber para contentores, pudesse ser usada para transportar um modulo com misseis AA a colocar onde fizer falta
« Última modificação: Abril 17, 2024, 04:53:28 pm por Pescador »
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4989 em: Abril 17, 2024, 04:48:55 pm »
Uma pergunta inocente.
Se uma Bimby aumentada por ter espaço para VLS para a navio substituto de fragata, porque não meter VLS em batelões e chamar-lhes fragatas ou em porta contentores em chamar-lhes cruzadores?

Estilo isto?






Vídeo :arrow: https://x.com/DeptofDefense/status/1433852377870839808

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Ilusões, Tangas. Para justificar o injustificável
Com tanta treta sobre navios de função dupla nem sei porque não adquirem um par de Crossover que são bem melhor que isso. E com esses metem umas dezenas de ESSM, canhões de tiro rápido ou RAM e outro canhão mais pesado, tendo ainda capacidade logística superior a Bimby
É só fixação na visão Marvel do almirante da tal Marinha que dá conta do recado em todo o lado, mas só anda enquadrada a fazer numero em esquadras dos outros.
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Eu também não penso que algo assim seja o substituto das Fragatas e sim um complemento como os Holandeses estão a pensar.

Cá esses contentores não seriam misseis porque nem as Fragatas os tem todos. Cá era para adega e coisas para os palop.

Dizem, com razão, que a maior valor das Fragatas são as armas, nomeadamente misseis e os sensores, radares e outros.
Então onde está a poupança na Bimby?

Só em batelões civis adaptados ou tipo isso.
Mas noutros países que os usem como este apresentado, é em complemento de navios combatentes. Ou seja, são plataformas extra de onde podem disparar misseis de forma a não estarem todos concentrados nos navios principais.
Certo.
Mas como se aplica cá, se nem misseis e as vezes nem canhões compram????

Então era supostos adquiri 16 ESSM para as duas Fragatas da classe BD.
Seriam então 8 por cada navio, com o resto completado pelos existentes Sea sparrow. E ainda assim nem esses escassos ESSM vieram.
Mas não é brincar com isto? não é fantasiar? Não é arranjar argumentos vazios?
« Última modificação: Abril 17, 2024, 05:00:50 pm por Pescador »
 

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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4990 em: Abril 17, 2024, 06:48:07 pm »
Uma pessoa tenta ter uma conversa de boa fé mas é difícil. Só estava a expor o máximo de sítios que eram facilmente identificados como podendo levar armamento. Não que estes seriam lá montados sem alterações. Mas pronto. Vou facilitar. Do MPSS 7000 para o 9000 são acrescentados 20 metros. Não se aumenta a ilha e temos mais 20mx9m (fora o espaço em frente da ilha na proa) de espaço livre no deck. Espaço por baixo do deck tem de sobra como vimos (2600m2 basicamente livres). Um VLS precisa de 3,5mX2,5m no deck para 8 células. Nesse espaço (9m) cabem 3 filas (24 VLS) e em comprimento cabem 5 dessas filas o que dá um grande total de 120 cannisters ou 480 ESSM. Espero que chegue. Agora ponham lá isso num NPO.

Um conselho para o dc. A discussão num fórum serve para melhorar as opiniões dos envolvidos e debater assuntos do interesse geral e não deve ser um exercício de ganhar discussões só por ganhar.

Se quisesse "ganhar o argumento", bastava relembrar que dizias que no futuro fragatas serão obsoletas, porque tornava-se fácil para o adversário destruir um navio com tanto armamento, sendo preferível uma distribuição do poder de combate por navios mais pequenos... Agora defendes navios maiores que fragatas para as substituir, que é suposto terem todas as capacidades logísticas, de drones e de combate concentradas neles. Em que é que ficamos? O interesse de melhorar opiniões ou aprender alguma coisa ou assimilar variáveis não existe da vossa parte (à semelhança do que acontece com o CEMA).

Eu sei perfeitamente que o navio tem algum espaço para armamento, mas esse espaço não dá para tudo, sem se começar a "cortar" no convés de voo corrido. Não vejo nenhum país a esburacar o convés de voo em navios modernos para lá meter uns VLS. Não é falta de espaço, é certamente uma questão de custos, de se complicar um conceito simples e de segurança. Não deve "saudável" ter drones e pessoal a passar por cima das portas dos VLS.
O projecto base também poderá ser expandido e alterado para acomodar esta ou aquela capacidade, mas entre modificar para acomodar mais armamento com o pretexto de poder substituir fragatas, ou modificar de forma a poder operar mais e maiores drones ou até helicópteros, prefiro a segunda opção. No fim, a ideia é ser um porta-drones, um multiplicador de força, e o trabalho de escolta ficar para as escoltas. Eu antes preferia que houvesse capacidade de operar a versão de produção do XQ-58 e/ou outro UCAV como deve ser.

Até o Rotterdam podia receber contentores suficientes com armamento equivalente ao de qualquer fragata actual. Não deixa de ser um navio cheio de limitações, e em que, para se ter esta capacidade de combate, terias de abdicar daquilo que o convés de voo proporciona. Com uma fragata não tens que abdicar de nada, que já vem pensada para combate.

E repara:


Com 32 VLS e 2 canhões de 76mm (até podiam trocar 1 pelo RAM), mesmo assim não substitui fragatas. E o Cavour tem convés de voo para transportar uma carrada de contentores. Nenhum país anda a pegar nos seus "flagships" para substituir fragatas. Os porta-drones, sejam eles MPSS9000, ou Anadolu, ou o que seja, numa configuração "mini-LHD", nunca substituirão fragatas.
Os porta-drones em questão, nada têm a ver com navios tipo Absalon, Crossover 139CF ou MRCV, havendo uma grande diferença entre fragatas multifunção (incluindo capacidade para drones), e navios logísticos/anfíbios/porta-drones com espaço para contentores de missão.

Outra coisa que não percebem por aqui, é que a ideia de ter armamento em sistemas contentorizados, tem como objectivo expandir capacidades, não substituir combatentes de superfície clássicos. Na Holanda, casa da Damen que criou o MPSS, além das ASWF, vão avançar com fragatas para substituir as DZP. Eles que têm capacidade de desenvolver porta-drones e Crossovers (e têm inclusive intenção de substituir os LPDs e os OPVs por algo assim), e que estão a desenvolver as TRIFIC, insistem em ter fragatas.

Em tempos, foi-nos proposto isto, para o programa NAVPOL:



Olhemos para o seu armamento, e para o espaço disponível. Depressa concluímos que este navio, seria tudo o que o MPSS sonharia ser, conseguindo uma capacidade de drones e helicópteros muito superior, e ainda tinha o convés de voo inferior (na traseira do navio) para, por exemplo, uma catrefada de contentores. Mesmo com isto tudo, este navio não substituiria uma fragata.

EPA, isto quando o pessoal lhe dá para embirrar com uma coisa, é lixado… arranjam os argumentos mais excêntricos para evitar reconhecer que não têm razão… então agora querem ver que num navio de 130 m e 9000 tons não arranjam lugar para meter 8 SSM e 16 ou 32 VLS? Mas isto anda tudo a brincar, ou quê? Basta olhar para o desenho e dá para identificar imediatamente lugar para os ditos cujos, nem que seja nivelados com o convés… e é claro que pode levar radares AESA e todo o tipo de contramedidas, bem como CIWS… pode reduzir um pouco à área utilizável do convés e necessitar de reforço na ilha, mas é claro que dá para pôr. O grande problema é que quando tudo isso tiver sido incluído e o desenho adaptado para controlo de danos de especificações militares, bem como a motorização e o desenho abaixo da linha de água modificados para permitirem velocidades de 25-28 nós, o bicho vai custar os mesmos 1000 milhões de uma fragata moderna ou, provavelmente, ainda mais, além de que depois vai ser preciso encher aquilo de drones e drones ASW avançados não são assim tão baratos…

Portanto Bimbys militarizadas podem substituir as fragata as prazo? Podem… basta que se esteja disponível para entrar com o carcanhol, porque cada uma vai custar os olhos da cara…

Por vezes ler uma segunda vez ajuda.

A questão não é "se 130 metros chegam para", é num porta-drones, onde é que consegues arranjar espaço para colocar todo o armamento típico de uma fragata (ao ponto em que estas seriam substituídas por inteiro pelo dito porta-drones), sem abdicar das capacidade de drones aéreos. Por essa lógica, um NPO abdicando da vertente de patrulha, tem espaço para 64 VLS, e nunca mais saímos daqui.

Então e se, para tornar as coisas justas, futuras fragatas também puderem ter reforço do armamento com contentores? Ou seja, uma fragata com 130-140 metros, altamente automatizada (guarnição mais reduzida, logo menos espaço necessário para acomodações), possuir, além do armamento base, espaço "vazio" entre a superestrutura principal e o hangar? Da mesma forma que vemos fragatas actuais com baías multimissão (tipicamente no interior da superestrutura), mas desta feita este espaço a "céu aberto". Se calhar estas fragatas conseguem ser mais baratas que o porta-drones substituto de fragatas, e ainda assim ter mais capacidade de combate...

E se pelo preço de um PD de combate, der para comprar 2 corvetas/fragatas leves, decentemente equipadas? É que a malta esquece-se que, quando falam em "porta-drones que podem substituir fragatas", estes terão que competir com vários tipos de fragatas, para vários tipos de carteiras, com mais ou menos armamento. Se o porta-drones armado tiver um custo médio equivalente a uma Meko A300 ou Type 26, será que são dignos substitutos?

O próprio CEMA disse que estes porta-drones seriam capazes de substituir fragatas, e seriam mais baratos que estas.

Se calhar em vez de se estar a debater se dá para substituir fragatas com porta-drones, devia-se debater que tipo de combatentes de superfície devíamos ter. Só se tem debatido os conceitos, mas não se toca nos possíveis custos. Se não olharmos a dinheiro, existem N formas de substituir uma fragata. Quando o dinheiro passa a ser o factor, o cenário muda.
 

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dc

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« Responder #4991 em: Abril 17, 2024, 06:56:27 pm »
Uma pergunta inocente.
Se uma Bimby aumentada por ter espaço para VLS para a navio substituto de fragata, porque não meter VLS em batelões e chamar-lhes fragatas ou em porta contentores em chamar-lhes cruzadores?

Estilo isto?






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Ilusões, Tangas. Para justificar o injustificável
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É só fixação na visão Marvel do almirante da tal Marinha que dá conta do recado em todo o lado, mas só anda enquadrada a fazer numero em esquadras dos outros.
Hã que separar as águas de navios civis para empregados da Marinha e civis convidados, de navios combatentes de militares

Eu também não penso que algo assim seja o substituto das Fragatas e sim um complemento como os Holandeses estão a pensar.

Já tinha falado dos LUSV aqui. Esse tipo de navio tem futuro como complemento dos navios tripulados. Daí achar absurda a crença de que um porta-drones substitui fragatas, quando a lógica e a tecnologia nos diz que a Marinha seria muito mais equilibrada operando um conjunto de MPSS + fragatas + LUSV. O MPSS pelos seus sistemas não tripulados e capacidade multifunção, as fragatas pelo "pacote" que conseguem oferecer, entre características dinâmicas, sensores mais poderosos, armamento base, capacidade de comandar os LUSV, e os próprios LUSV, servindo de "loyal wingman" armados das fragatas.
 

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JohnM

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« Responder #4992 em: Abril 17, 2024, 07:03:59 pm »
Esse argumento não colhe… um MPSS tem MUITO mais capacidade de transportar e controlar drones aéreos, de superfície (incluindo LUSV) ou submarinos que qualquer fragata. E ainda bem que reconheces que um MPSS pode ser equipado, quer em termos de sensores, quer em termos de armamento como qualquer fragata topo de gama. Mesmo que perca alguma flexibilidade no número de drones que pode transportar (tudo é sempre um compromisso…), ainda consegue ser MUITO mais flexível que uma fragata. É tudo uma questão de dinheiro... é possível fazer? Claro que é! Basta estar disponível para gastar uns 1200-1500 milhões em cada um, incluindo o custo dos drones e dos mísseis. É possível fazer na loja dos 500? Claro que não… é apenas aí que eu acho que o CEMA está a falhar… é no vender de uma solução mais barata que fragatas… no meu ver, as fragatas são o complemento BARATO de um MPSS capaz de atuar em cenários de alta intensidade…
 

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« Responder #4993 em: Abril 17, 2024, 07:53:22 pm »
Um MPSS não tem capacidade de transportar um LUSV, ponto. Quanto à capacidade de controlar, é relativo, se o navio estiver a controlar uma carrada de outros drones, e ainda tiver que controlar os LUSV... Mas boa sorte com isso, o MPSS vai fazer milagres.

Mas quando é que deixas de ser Tóni? Ao menos tenta compreender o que foi dito rapaz.
A comparação era mesmo ter um porta-drones com preço parecido a uma Type 26, e capacidade de combate de uma Meko A200 ou ASWF (esta última só é topo de gama em ASW, sendo considerada limitada no resto).

Mas só para uma questão de argumento, um porta-contentores civil consegue ter a mesma capacidade de combate de um Arleigh Burke, se considerarmos estritamente o espaço para armas (contentores). E custará menos que o MPSS. Qual é o argumento aqui?

O MPSS é mais flexível? É. Por um pouco mais de dinheiro, compras um LHD como deve ser, que consegue ser ainda mais flexível e armado que o MPSS. Um MPSS que custo o mesmo que 2 fragatas leves é mais flexível? Se calhar não...

Mas repara, toda a argumentação a favor do MPSS como substituto de fragatas, assenta na ideia de que o desenvolvimento e configuração das fragatas estanca por completo, ao ponto em que usar contentores num convés de voo, passa a ser visto como suficiente para replicar as capacidades de uma fragata.
 

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Visitante123

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #4994 em: Abril 17, 2024, 08:00:06 pm »
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Se quisesse "ganhar o argumento", bastava relembrar que dizias que no futuro fragatas serão obsoletas, porque tornava-se fácil para o adversário destruir um navio com tanto armamento, sendo preferível uma distribuição do poder de combate por navios mais pequenos... Agora defendes navios maiores que fragatas para as substituir, que é suposto terem todas as capacidades logísticas, de drones e de combate concentradas neles. Em que é que ficamos? O interesse de melhorar opiniões ou aprender alguma coisa ou assimilar variáveis não existe da vossa parte (à semelhança do que acontece com o CEMA).

Eu concordo com o CEMA que as fragatas (enquanto as conhecemos) estão obsoletas. O que não quer dizer que concorde com tudo o que ele propõe. O que não suporto é dia após dia de pessoal só a falar mal e a dizer que a PNM não pode ser armada ou ser um combatente viável. Pode. Eu vejo-a como uma mothership com armamento disperso com vários drones ao seu redor, onde os drones serão as suas escoltas. Há neste momento UAV e USV e UUV com essas capacidades. Ainda não. O Camcopter S300 levanta 250 kgs. Quando chegarmos aos 600kgs, 700 kgs já poderão levar mísseis anti-navio.



Os outros países que estão mais perto da Russia estão com urgência no rearmamento e assim sendo só podem escolher fragatas. E bem.

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Eu sei perfeitamente que o navio tem algum espaço para armamento, mas esse espaço não dá para tudo, sem se começar a "cortar" :G-bigun: no convés de voo corrido.

Os 20mx9m são fora do convés de voo. O navio tem 11 m de pista e 20 metros totais de largura. Por isso sobram 9m sem pista.